2010-03-26

O PDM da Moita foi aprovado.

Há quem deva explicações à população.

Aguardo serenamente.

2010-03-16

2010-03-10

Nicorette - Musica pra deixar de fumar!

2010-03-09

Parabéns e longa vida ao PCP!

O Partido Comunista Português foi criado em 1921. Há 89 anos. Nasceu da luta dos trabalhadores e ao contrário de muitos outros partidos comunistas, não nasceu de uma cisão de um partido socialista.
Enquadrando a sua fundação, recordemos que esta acontece depois da primeira guerra mundial, num período muito conturbado, em que os preços subiram de uma forma vertiginosa e o desemprego alcançou níveis muito elevados. Em 1919 ocorreram muitas lutas face ao agravamento das condições de vida. É também em 1919 que se funda a Confederação Geral do Trabalho (CGT), reforçando a unidade de acção dos trabalhadores, que rapidamente chega a 100 000 membros. Os trabalhadores, fruto do acumular de experiência e da tomada de consciência social e política, cedo tomaram noção de que sem um programa político, a classe operária estava isolada nas suas justas lutas. Surge daqui a criação de um partido de vanguarda, o partido da classe operária e de todos os trabalhadores: o PCP.
Feita a referência à fundação do PCP passamos a referir alguns momentos de significativa importância. De 1921, ano da fundação, a 28 de Maio de 1926, o PCP na legalidade lutou e cresceu. A partir 28 de Maio de 1926, data do golpe militar fascista, que originou o fim das liberdades políticas e a proibição da actividade de partidos políticos e a ilegalização do PCP em 1933/34, o PCP organiza-se na clandestinidade e aumenta a sua influência junto da classe operária e dos trabalhadores. A feroz repressão que se abateu sobre o PCP, com os dirigentes mais destacados presos no Campo de Concentração do Tarrafal, conduziram a uma grande crise no PCP tornando necessária uma reorganização no início dos anos 40.
O regime fascista de Salazar anunciou várias vezes a morte do PCP, que estava acabado… Como é óbvio, tais argumentos anti-comunistas e anti-PCP ainda hoje são repetidos por “novos profetas” ao serviço do capital. O PCP foi o único partido a não respeitar o decreto fascista de dissolução, optando pelo caminho da resistência da ditadura, da luta pelas liberdades, da luta pelos salários, pela paz, com o objectivo de construir uma sociedade sem exploradores e sem explorados.
No período de 1950 a 1967, desenvolveram-se grandes lutas de massas e novas lutas no terreno eleitoral fascista. A luta vitoriosa da jornada de trabalho de 8 horas nos campos do Alentejo e Ribatejo, as “eleições” de 1958 fazem tremer a ditadura de Salazar, de tal modo que o ditador acabou com as “eleições directas” para a Presidência da República. De 1968 e até 1974, em plena agonia do regime fascista, a luta desenvolve-se em muitas frentes, a luta operária e luta sindical, a luta dos estudantes, a luta dos militares. Ao PCP se deve o fomento e o desenvolvimento das lutas de massas e da unidade das forças democráticas, bases para a Revolução de Abril.
No 25 de Abril, um longo caminho foi percorrido, com o PCP a dar uma contribuição decisiva para a instauração das conquistas de Abril consagradas na Constituição da República. A construção de um país melhor, que nós membros do PCP chamamos de luta, é feita em condições muito difíceis e complexas, e que já leva mais de três décadas. A situação actual exige que a luta se intensifique e amplie, fruto da ofensiva contra os trabalhadores e contra o povo. A luta continua, e é essa certeza, a certeza de que podemos transformar a sociedade, a nossa melhor prenda de aniversário.
Este artigo de opinião, curto, porque assim sou obrigado, tenta atenuar o silenciamento com que os órgãos de comunicação social presentearam o PCP em mais um aniversário. Este pequeno esforço não pretende colmatar essa falha, mas sim, e com umas poucas letras, ilustrar o muito de que o PCP fez e faz. Por isso, parabéns e longa vida!

Nuno Cavaco
Membro da DORS do PCP