2006-12-31

Apesar de tudo, ainda vale a pena ver o mundo assim. Um bom 2007 para todos!

Recorrentemente querem acusar-nos do que não somos.

Já o disse repetidamente, aqui e não só, que ao contrário de outros não estamos interessados em controlar de qualquer espécie quem nos visita e/ou nos comenta, pelo que a mensagem que este post da vizinhança transmite, não só é mentirosa, como é reveladora da má fé com que somos atacados constantemente.
Bom ano e que:

1) alguns "bloguistas" arranjem assunto e não façam, nas sua grande maioria, post´s sobre outros "bloguers", fica mal;
2) alguns percebam que em democracia quem dá opinião geralmente gera uma outra opinião;
3) todos tenham boa saúde;
4) o referendo ao aborto tenha um desfecho justo;
5) se afirme o não à energia nuclear enquanto esta não for realmente limpa;
6) com aquecimento ou arrefecimento global o homem ganhe consciência que o seu modo de produção e o que consome estão desajustados aos recursos do planeta;
7) alguns ambientalistas se preocupem mais com o que é essencial e deixem de piscar o olho ao governo;
8) a co-incineração não seja mais feita;

2006-12-30








Em 26 de Maio de 2004 apresentei a minha dissertação de mestrado, “Análise de Lineamentos na Zona Vestibular da Bacia Tejo-Sado”. Nesta expunha que a margem continental portuguesa está em fase de deformação, originada por subducção incipiente. Os dados que apresentei referem-se à Península de Setúbal e apontam para que o campo de pressão (originado pela movimentação tectónica) tenha formado fendas de tracção a deformações nessa mesma margem. Segundo a nossa opinião (minha e do Professor António Ribeiro, sem dúvida um dos maiores Geólogos do Mundo) essas fendas, com uma orientação predominante provam a subducção incipiente e isto implica que um dos postulados da teoria tectónica de placas esteja errado (não só isto mas outras evidências em outras regiões, mas em Portugal isto pode ser constatado), o postulado da rigidez. O postulado indica que as deformações das placas ocorrem nas fronteiras de placas e o que os lineamentos (deformações) provam é que estas ocorrem no interior também. Sendo assim, António Ribeiro e outros cientistas com William Fyfe propõem que se reveja a teoria, alterando o postulado da rigidez e passando esta a chamar-se Teoria da Tectónica de Placas Deformáveis.


Outra evidência encontra-se no fundo oceânico. Ocorreu um impacto de um meteorito na nossa planície abissal o que formou cratera de impacto, ora esta cratera de impacto encontra-se com uma forma oval, deformada, pelo que é sem sombra de dúvida uma deformação e mais uma vez fora das fronteiras de placas. Isto é explicado pelas deformações que são facilitadas pela hidratação dos minerais que compõem as rochas. Um mineral hidratado é mais susceptível de alteração e uma rocha alterada é mais suscpetível de deformação/fracturação. Está provado que a circulação de água nas rochas que compõem o fundo oceânico ultrapassa os 10 km de profundidade, mas deixarei para os interessados material que prova o que aqui escrevi.

http://enggeografica.fc.ul.pt/documentos/tese_cavaco.pdf

http://correio.cc.fc.ul.pt/~fbarriga/Barriga1999ColoC.pdf

http://infociencias.fc.ul.pt/noticia.aspx?id=1408&info=122&seccao=directo

http://www.dct.fct.unl.pt/JPais/Arrabida_Sintra.pdf

De acordo com a Refer (Rede Ferroviária Nacional), a programação da electrificação do troço Barreiro/Pinhal Novo, por exemplo, "depende da evolução dos estudos relativos à Terceira Travessia do Tejo".














Sismicidade da zona oeste-ibérica, com base no catálogo sísmico do IGIDL e o catálogo 1970-2000 do IM www.igidl.ul.pt


Um factor a ter em conta no estudo das correntes oceânicas é a morfologia oceânica. Em Portugal, e como se pode constatar na figura a margem continental entre o Alentejo e o Algarve encontra-se bastante deformada. Isto deve-se a movimentação tectónica o que é evidente na figura pela distribuição da sismicidade. Poderemos estar e estamos com toda a certeza num processo de inicio de subducção (a placa oceânica a mergulhar sob a continental). Ou seja, o Oceânica Atlântico começou a fechar.


A Geodinâmica Interna influência a Externa. A movimentação das placas tectónicas induz mudanças climáticas e esta que estamos a presenciar irá de certo influênciar a circulação das águas e a circulação do ar.



Vejam o quanto isto é complexo.












Fonte: mapserver.inegi.gob.mx












Fonte: web.educom.pt/dgpedronunes/oceanos/Oceint.html


Fonte: web.educom.pt/dgpedronunes/oceanos/Oceint.html

2006-12-29

É impressão minha ou o Bloco de Esquerda anda a votar ao lado do PS.

Assembleia Municipal do BarreiroAprovadas Grandes Opções do Plano e Orçamento 2007
. PCP/CDU vota favoravelmente. PSD opta pela abstenção. PS e BE votam contra
. Fonte: Rostos

Vamos ver o que acontece aqui, cheira-me a aliança.

2006-12-27


Quem quiser ler o contraditório
sobre o aquecimento global encontra
informação aqui:

http://www.skepticism.net/faq/environment/global_warming/

Alguns link’s não funcionam mas outros revelam-nos verdades inconvenientes (para alguns). Não se pode querer que os seres humanos “protejam o ambiente” por puro medo, alinhando em soluções muito negativas para o planeta como a energia nuclear. O nosso modo de produção, assente na exploração do homem pelo homem e de alguns homens para com o meio, está errado e esse sim deve ser atacado e com verdade. O sistema capitalista não serve e não vão ser as suas mentiras que o vão justificar. Respeitar o ambiente é produzir o necessário para os humanos, produção essa que deve respeitar os limites do ambiente, para que de uma forma sustentada permita às novas gerações uma qualidade de vida não inferior aquela que temos hoje. A verdade inconveniente é que nos países ditos desenvolvidos consumimos demais e não nos importamos muito com isso. A verdade é que as políticas ambientais estão erradas e a prova é que o papel reciclado custa o mesmo ou mais que o outro, o que é um escândalo. A verdade é que tentamos reduzir as emissões de dióxido de carbono mas aprovamos a co-incineração. A verdade é que não impedimos a circulação automóvel em certas áreas da cidade, colocamos parquímetros e vedamos o acesso aos pobres. A verdade é esta.

Enquanto o sistema capitalista se nortear pela acumulação de riqueza (e isto é o que o caracteriza), o planeta terra e os seus habitantes serão apenas um recurso. O que aquece são as contas bancárias dos grandes capitalistas à custa de todos nós.

Vale a pena navegar pelo site acima referido. Vale a pena questionar.
"Viver no Vale da Amoreira à espera de melhores dias"
Se eu comi um frango e tu não comeste, em média, comemos meio frango cada um...

2006-12-24


Os autores deste blog desejam-vos um


FELIZ NATAL

2006-12-23

No Editorial do Expresso está escrito que "no ponto mais sensível da decisão da AdC - a fusão da Optimus com a TMN, criando um operador com mais de 60% do mercado -, a justificação do regulador é surpreendente. A AdC diz que até agora não apareceram operadores móveis virtuais porque os três existentes (TMN, Vodafone e Optimus) se terão conluiado, na prática, para o impedir. Mas com dois, um controlando 60% e outro 36%, não será provável esse conluio...

O segundo ponto estranho da argumentação da AdC é aquele em que sustenta que a par da defesa dos consumidores, deve olhar pela eficiência das empresas. E assim autoriza a OPA, com a fusão da Optimus e TMN, porque deste modo defende a eficiência do megaoperador que vai nascer. E defende os consumidores porque entrará um novo operador no mercado. Acontece, contudo, que está por provar que alguém queira entrar num mercado maduro (cada português já tem um ou mais telemóveis) para se bater com dois operadores que controlam dois terços e um terço dos clientes. E está por provar que peso terão os operadores virtuais, que até agora não surgiram. Noutros países europeus, o seu peso vai dos 2% aos 20%."
"Regulação independente em Portugal que perspectivas?"

2006-12-22

E depois somos nós que temos atitudes pidescas...
O Diário do Barreiro tem um artigo com dados interessantes sobre os 30 anos de prática de Aborto legal em França. A ler.

Algures por aqui será construida pela REFER a prometida nova passagem desnivelada sobre o caminho de ferro na Baixa da Banheira, a nascente da actual passagem de nível que, finalmente será encerrada.

2006-12-21

Lamentavelmente o post de baixo contém uma informação menos correcta. Álvaro Cunhal consta da lista dos 10 mais votados. Aparece em primeiro porque a lista está ordenada pela ordem alfabética. Eu é que li mal a noticia. Assim que vi Álvaro Cunhal supus que fosse o mais votado.

Peço desculpa a todos quanto leram o post e agradeço à pessoa que me corrigiu.

O restante texto do post mantenho e sublinho.
Segundo notícia do 24 horas, Álvaro Cunhal foi o mais votado para o concurso da RTP, os Grandes Portugueses. A ser verdade foi feita justiça ao homem que mais lutou pela Democracia Portuguesa e através dele, ao seu partido, o Partido Comunista Português.

No Jornal da Moita António Chora exerce o seu direito de resposta a Domingos Moura, sobre os assuntos sindicais propriamente ditos não opino porque não tenho conhecimentos para tal mas, deixo aqui uma preocupação. António Chora faz novamente uma crítica ao Partido Comunista Português mas a meio do texto refere Álvaro Cunhal, o que demonstra a falta de consciência deste senhor. Álvaro Cunhal continua a ser referência dentro do Partido Comunista Português. Foi um dos construtores deste partido. Falar mal do P.C.P. como o António Chora faz e a seguir elogiar ou referir Álvaro Cunhal é pura hipocrisia.

Por outro lado, referir a exploração do homem pelo homem e depois louvar países como a Alemanha, é estar de bem com o regime capitalista, é querer essa mesma exploração.

Eu até acho legitimo que o António Chora se esqueça de atacar a direita e o patronato só não acho legitimo é que depois levante bem alto as bandeiras da esquerda.
A 11 de Dezembro a CGTP avisava que "O compromisso agora assumido pelo Governo e pelo patronato vai exigir muita atenção e uma acção determinada de todo o movimento sindical para ser efectivamente cumprido em toda a sua extensão, designadamente em relação aos trabalhadores com vínculos de trabalho precário e no espaço da economia clandestina que, com toda a determinação, temos de combater."

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Francisco Van Zeller vem agora reforçar a razão da preocupação da CGTP. O que foi assinado afirma que a RMMG (Remuneração Mínima Mensal Garantida) deverá atingir o valor de 450 euros em 2009, assumindo-se como objectivo de médio prazo o valor de 500 euros em 2011, mas parece que, para o patronato, o compromisso não é para levar muito a sério.


bartoon de 9/12/2006
"De costas e sem rosto"
"A República implantou-se em grande parte devido à pouca vergonha do rotativismo e o Salazarismo manteve-se, não pela polícia política, mas pela imagem séria e honesta que transmitia e caiu quando essa imagem se insustentabilizou"

ok...

2006-12-20

Pronto, está prometido, não falarei mais de hipocrisisa, vou só louvar os grandes escritos.
1) Escreve o vereador Vitor Cabral que o Presidente da Câmara Municipal "peca" por culto da personalidade e que o boletim municipal exagera de certa forma na sua presença. Não sei onde leu ele isto, se calhar nos blogues vizinhos que por acaso também fizeram questão de dar a mesma opinião. Por esta não esperava uma vez que o vereador faz parte de um partido onde nem um único militante tem a conduta que ele critica. Não senhor. Aliás a candidata derrotada às eleições, cabeça da sua lista, nem o tinha. Não me lembro de ver cartazes com 4m de altura com a senhora. Isso não, não é culto da personalidade, tem outro nome qualquer, mas isso não.


















Foto "gamada" ao av1

2) Às tantas quando não se tem mais nada para escrever ... lembra-se o passado recente e as verdades.















Foto gamada ao Brocas

Ainda que muitos não apareçam, estão sempre juntos.



3) Mas as grandes verdades devem ser mesmo lembradas.















Foto gamada ao Brocas

A foto não está lá grande coisa.


4) Falemos então agora um pouco de hipocrisisa, perdão queria escrever cidadania. Como uma imagem vale mil palavras:















Foto gamada ao oliude


Por último deixo-vos com uma imagem que vale por si e que é uma das minhas favoritas.


Foto gamada ao oliude
Sei que já tinha colocado uma igual, mas esta é muito boa mesmo.
Boa noite
P.S.- Aos amigos que "gamei", um muito obrigado por tudo.



Fotografar a realidade é quase como guardar o tempo, pena é que este não volte atrás.
Se há coisa de que gosto sempre é que apelem à minha honestidade, intelectual ou outra, não interessa. Acho que é bonito e fica bem. Principalmente a que faz post’s sem saber do que escreve.

O MasterPlan foi um projecto imobiliário da Quimiparque, ao qual o actual Executivo da CMB, contrariamente ao anterior, não deu o seu apoio por entender que não serve os interesses do Município.
"Insultando, praguejando, esbracejando, decretando a tontice, a paranóia e a demência alheias - mas que são afinal as dele e onde ele se reflecte"

2006-12-19
















A saudação faz lembrar velhos tempos. Serão tão velhos quanto isso?


Inaceitável

As juntas de freguesias têm sido assediadas para aceitarem que os desempregados se apresentem nas suas instalações a fim de serem controlados. A periodicidade da apresentação é quinzenal e surge como uma obrigação do próprio desempregado, correndo este o risco de perder direitos se não cumprir o prazo estipulado. Não haverá notificação, o desempregado é que tem de fazer o controle. Poupa assim o governo e manda o "odioso", lei-se controle, para cima das juntas de freguesia. Sei que houve contactos entre os centros de emprego e as juntas, alegando os centros que tinham acordado com a ANAFRE, mas não dando a ANAFRE conhecimento do acordo às Juntas de Freguesia, que são os seus associados. É inadmissível que se haja assim, aliás os centros de emprego andam a informar os desempregados que se poderão apresentar nas juntas ou no centro de emprego, cabendo a decisão ao próprio desempregado, isto antes de ouvirem as juntas, bem ao estilo do Partido Socialista.

As perguntas que se colocam:

1) Terão as juntas competência, disponibilidade e verbas para executar esta tarefa do poder central, quando o próprio governo não cumpre as suas obrigações com as juntas, não cumprindo a lei das finanças locais e agora aprovando uma nova, lesiva às populações?

2) É legitimo fazer isto usando a palavra proximidade quando fecham escolas, centros de saúde, tribunais e maternidades, etc, etc?

É uma vergonha, é o que é.



















Mas não fica sem resposta.

Um Mundo Novo e a esquerda neoliberal.
Há 45 anos dava-se a “Operação Vijay”

Durante a noite de 17 para 18 de Dezembro de 1961, o exercito da União Indiana composto por 50.000 homens, apoiado pela Força Aérea e Marinha, ocupa em pouco mais de 24 horas as terras de Goa, Damão e Diu.

Salazar nunca perdoa aos soldados portugueses, “cobardes” acusados de “traição à Pátria”, e perseguidos até ao fim do Regime.

Discretamente apoiado pelos Estados Unidos, este golpe marca a queda final do Império Colonial Português após o início sublevação em Angola, ainda em Fevereiro. É mais uma humilhação para a Ditadura de Salazar, que durante este ano resistira ao Golpe Botelho Moniz e já proferira duas frases que marcaram profundamente Portugal até ao 25 de Abril de 1974: “(para Angola) rapidamente e em força" e "orgulhosamente só".
Pode ler-se aqui:

"O estuário do Tejo, o maior da Europa Ocidental com os seus cerca de 320 km2 apresenta diversos habitats que contribuem para a sua enorme riqueza natural. Foram considerados como os principais habitats caracterizadores do Estuário do Tejo os seguintes: praias rochosas, bancos de vasa intertidais e subtidais, ostreiras, sapais e salinas.

Destacam-se, para cada um destes habitats, as características principais que justificam a sua importância, seja em termos da área que ocupam, do tipo de comunidades que suportam ou da importância que assumem na paisagem ecológica do Estuário.

As praias rochosas constituem um habitat pouco representado no Estuário do Tejo, existindo, fundamentalmente, entre a Trafaria e Cacilhas. São zonas sujeitas à influência das marés, o que justifica o tipo de comunidades que as colonizam. As características destas comunidades são, em muito, semelhantes às dos povoamentos de substracto rochoso da costa portuguesa, ainda que seja notória uma diversidade menor, justificável pelo sistema estuarino.

Os bancos de vasa, extremamente comuns no Estuário, dada a sua constituição (sedimentos finos), permitem a ocorrência de diversos invertebrados, o que justifica a enorme importância que este habitat apresenta para a alimentação de um elevado número de espécies com destaque para as aves limícolas. Na maré alta oferecem também biótopo de alimentação para diversas espécies de peixes, como as taínhas (Liza ramada, Liza aurata, Mugil cephalus e Chelon labrosus) e as patruças (Platichthys flesus).

As ostreiras constituíam, num passado não muito longínquo, povoamentos ricos e que eram explorados comercialmente. Hoje estão, praticamente, mortas. Não é, portanto, um habitat comum no Estuário, mas que apresenta uma importância significativa pelo tipo de diversidade florística e faunística que suporta. As conchas vazias, sobre substracto vasoso, conferem suporte para fixação de diversas espécies. Surgem espécies como a esponja laranja (Hymeniacidon sanguinea) e uma grande abundância de cracas (Balanus spp.) e mexilhões (Mytilus galloprovincialis). No entanto, o grupo mais representado nas ostreiras é o dos poliquetas, com referência a catorze espécies, destacando-se pela sua abundância Hediste diversicolori.

Os sapais constituem uma das zonas mais produtivas que se conhece. Apresentam um papel fundamental no equilíbrio ecológico do Estuário do Tejo e são ainda relativamente abundantes, ocupando cerca de 2 000 ha. A margem esquerda é aquela que apresenta as principais manchas de sapal, destacando-se o troço leste compreendido entre o Mouchão das Garças e Alcochete. Os sapais caracterizam-se pela presença de um tipo de vegetação específico, halófito, como a morraça (Spartina maritima), Arthrocnemum fruticosum e Halimione portulacoides. Nas zonas mais elevadas surgem tufos de Arthrocnemum glaucum e Sueda fruticosa. Os canais e esteiros que entrecortam os bancos de sapal são utilizados por plâncton e ictiofauna. As aves procuram, igualmente, este habitat. Tem-se assistido a uma diminuição generalizada das manchas de sapal no Estuário.

A importância do habitat “salinas” advém, fundamentalmente, da sua importância para o suporte das aves aquáticas. De facto, as salinas possibilitam a ocorrência de uma macrofauna diversa e rica que contribui para que este habitat seja utilizado para alimentação por diversas espécies de aves. Dos quase 1 000 ha de salinas que já existiram no Estuário, parte significativa encontra-se degradada ou transformada. Mesmo assim, o que resta, proporciona ainda importantes áreas de refúgio para largos milhares de aves limícolas. De entre as diversas espécies que utilizam as salinas destaca-se o pilrito-comum (Calidris alpina) e a tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola).

Verifica-se, portanto, que o Estuário do Tejo apresenta uma diversidade de habitats que justifica e condiciona a ocorrência de comunidades naturais interessantes."

2006-12-17

Como é natal ...










Viva o silicone

Afinal existe.

2006-12-15

Gosto muito pouco de sebastianismos, mas a Sra. Procuradora já tem provas dadas. Vale e Azevedo sabe-o bem...
A ver no Expresso, e não só porque também se passa à nossa porta. "Já não é a violência que choca, é a forma como ela se tornou tão banal"

Foto José Ventura
E se um Projecto de Lei for injusto, ou mesmo inconstitucional, deve ser apoiado apenas porque alguns energúmenos estão contra?

Mutação, razão e confusão não são sinónimos...

2006-12-14

Isto anda tudo ligado...

2006-12-12

Completamente de acordo, Sr. Presidente. Na minha opinião, não encontro motivos para que todo o ensino, desde os infantários às escolas secundárias (e a falta que fazem as escolas técnicas bem coordenadas com os empregadores locais), e os centros de saúde, e os serviços de apoio social, que perdidos em Setúbal se esqueceram do Centro de Bem-Estar Social da Baixa da Banheira, não estejam sob responsabilidade das autarquias, bem como os correspondentes meios financeiros, como é óbvio!

Mas, será que foi isto que V. Ex.ª fez nos longos anos em que foi Primeiro–Ministro?

Será que é nisto que este governo pensa?

Se assim for, passados 30 Anos de Poder Local Democrático, é um belo presente de aniversário, senão ficará apenas como mais um foguete perdido, iludindo para a realidade.
Andamos todos muito preocupados com as alterações climatéricas, com a subida do preço do petróleo e com todos os assuntos com estes relacionados, e que nos afectam directa e diariamente.

Será que pensamos nisto quando acendemos as luzinhas da nossa árvore de natal? Ou quando decidimos enfeitar a varanda do apartamento, ou a moradia, se for caso disso, com mais luzinhas? Ou quando admiramos as iluminações nocturnas que cada localidade se orgulha em exibir? Ou quando paramos para admirar as maiores árvores de natal da Europa?

2006-12-11


E eis que finalmente se junta à morte outro dos seus amantes. Sem admiração, é apenas mais um que parte sem justiça feita, também este rindo-se da memória dos que pereceram às mãos dos seus acólitos.

2006-12-09















Temperatura pelicular do Antárctico, 1982 a 2004. Fonte: NASA.



Segundo a NASA o Antártico continua a arrefecer, não a temperatura do ar mas sim da camada superficial, gelo ou água.

Como Rui Moura afirma, as boas notícias não são notícias e por isso os media internacionais esqueceram-se de dar importância a este estudo, foi esquecimento, não se esquecem é do aquecimento global, provando um esquecimento global.

2006-12-07

Na última edição do jornal "O Rio", foi publicado um artigo de Domingos Moura, que por falta de espaço foi abreviado pela redacção do órgão de comunicação social. Eu pedi por mail o artigo ao autor e este muito cordialmente autorizou-me a publicá-lo aqui no banheirense. Pelo que aqui fica.


NA AUTO EUROPA ESTÃO EM CONFRONTO A LUTA CONSCIENTE E O EXEMPLO REFINADO DA MODERNA COLABORAÇÃO DE CLASSES.



Duas questões me despertaram o interesse por este assunto. Por um lado, o facto de ter havido 36,5, isto é 864 trabalhadores que disseram não ao último acordo de Empresa o que se deduz que estavam dispostos a lutar por um melhor acordo.
Por outro lado o simpatiquíssimo acolhimento que o mesmo obteve nos meios de informação que geralmente estão sempre contra os trabalhadores.
Pensei logo no velho ditado : “quando o inimigo me elogia, pergunto-me que asneira cometi ?”
Depois comecei a ler os diversos artigos da autoria do Sr. Chora em vários jornais e verifiquei, que o tom dos mesmos é anormal no seio dos trabalhadores.
Depois, tive acesso a um comunicado da maioria da CT afecta ao Bloco de Esquerda, onde é divulgada uma carta recebida do Dr. Bernhard representante do grande capital alemão na Vw., com data de 24 de Outubro 2006, carta dirigida ao Sr. Chora. Não resisto a citar aqui algumas passagens da mesma : « fiquei bastante satisfeito com a noticia da passada quinta-feira, acerca do acordo a que chegaram a Administração e a Comissão de Trabalhadores da Auto Europa e o qual permite a redução dos custos de flexibilidade da Fabrica». «Hoje, felicito-o a si e a todos os colaboradores da Auto Europa, comprovaram mais uma vez que estão preparados para lutar pelo seu futuro, fazendo inclusive algumas concessões ». «Apenas posso encoraja-lo a si e a todos os colaboradores da Auto Europa para continuarem pelo caminho iniciado e agradecer-lhes pelo empenho no lançamento do EOS» (os sublinhados são meus).
Não há duvida, as relações são as melhores entre o colaborador principal Sr. Chora e o representante do grande capital alemão, que o incita a continuar pelo caminho iniciado leia-se, as cedencias e a colaboração sobre a melhor maneira de aumentar os lucros para os patrões alemães, sem levantar muitas ondas. Estas palavras entre eles contrastam imenso com as que o Sr. Chora dirige aos trabalhadores que votaram não.
Dei-me ao trabalho de analisar os artigos do Sr. Chora, e não me foi difícil compreender uma coisa ; para o Sr. Chora os inimigos principais são : os trabalhadores que disseram não ao acordo, os sindicatos e o PCP.
Falta-nos agora saber, quem são os inimigos principais para o Sr. Dr. Bernhard ? A resposta é obvia e todos os trabalhadores da Auto Europa conhecem a resposta.
Depois no seu ultimo artigo publicado no jornal o Rio, o Sr. Chora depois de agredir os 36,5 seja 864 trabalhadores que votaram não, ao actual acordo por o considerarem de cedência, e cujas opiniões eram e são de que se deveria lutar para melhorar o dito acordo. Em vez de compreensão e debate sério o Sr. Chora confundindo, o seu lugar no Bloco com o da CT, mostrou o seu tipo de democracia, desanca aqueles que não estão de acordo com aquilo que agrada e é elogiado pelos Media do capital e pelo Patrão da Auto Europa, esqueceu-se que outras lutas virão e que todos os trabalhadores são necessários para de mãos dadas unidos como os dedos da mão as poderem vencer. Ele afirma que os que não estão de acordo com a proposta que interessa ao patrão pretendem impor a vontade da minoria sobre a maioria afirmando : «ou seja utilizar as minorias para pressionar as maiorias esta é uma técnica conhecida».
Nesta sua tirada sobre minorias condena todos aqueles que através da historia lutaram pelos seus ideiais de liberdade, igualdade e fraternidade, quase sempre em minoria, e refiro-me especialmente aqueles que antes do 25 de Abril lutaram e sofreram as consequências dessa heróica luta até ao dia da nossa libertação
O Sr. Chora precisa de aprender a historia da luta dos povos, luta que já vem de muito longe.
Lembro-lhe que no Tarrafal estiveram apenas uma minoria, minoria que deve orgulhar qualquer democrata.
Spartakus ao ser derrotado em combate, e não em cedências ou compromissos com o inimigo gritou : “voltarei e serei milhões”.
Neste seu artigo o homem da Auto Europa assume o papel odioso de culpabilizar os trabalhadores e seus dirigentes sindicais e comissões de trabalhadores de serem os culpados dos despedimentos, e das deslocalizações desculpabilizando assim os patrões e seus governos, que se preocupam apenas com a procura do máximo lucro acima do ser humano, afirmando : «mas também evitamos embarcar em politicas que já foram testadas no pais e principalmente no Distrito, com os resultados desastrosos para milhares de trabalhadores». «Numa época em que deslocaliszar é a palavra chave neste pais, e até neste Distrito, garantir os seus empregos, garantir o seu futuro por muitos mais anos, e souberam dar no momento certo, o passo necessário para isso, é verdade que outros deram passos iguais sem resultados, mas digo eu deram-nos tarde demais». «Alguns tem a pratica e a politica de fazerem os possíveis para que tudo corra mal, para provarem que tem razão».
Considero esta linguagem, indigna de um membro de uma comissão de trabalhadores .
Este senhor ofende todos aqueles e são centenas de milhar que foram despedidos e “suas” empresas fechadas. Diz ele : “para provarem que tem razão”, mas que razão ? Razão de quê e para Quê ?
Num passado recente que não esquecemos havia nas empresas linguagens muito similares e provocatórias, eles tentavam fazer crer que os comunistas e outros democratas que lutavam eram gente ao serviço de interesses estrangeiros e que se serviam dos trabalhadores.
Também aqui o Sr. Chora inverte os papeis ou desconhece a historia. Lembrar-lhe-ei simplesmente caso a sua posição fosse de boa vontade o que duvido, que quem tem sido cúmplice e responsável das actuais politicas de desastre tanto em Portugal como nos outros países da Europa foram e são aqueles que colaboraram e colaboram na ilusão de uma pretensa comunhão de interesses entre o capital e o trabalho.
Foram eles na Alemanha que desenvolveram a co-gestão e em França os da participação nos benefícios que tinha como objectivo central responsabilizar os trabalhadores no funcionamento harmonioso colaborando no aumento da criação de lucros, mas a estes apenas lhe cabiam migalhas, e hoje que é feito de tudo isso ?
Já agora deixo-lhe aqui a informação que talvez não tenha ? Ou talvez não tenha querido divulgar. Os sindicatos espanhóis aceitaram um acordo nas fabricas de VW onde para alem de outras misérias, o despedimento de cerca de 800 trabalhadores. Mas durante alguns anos também falaram como o Sr. Chora.
Mas o pior da informação foi a noticia vinda a publico e que diz o seguinte : «O Citibank reconheceu num tribunal de Madrid o pagamento de mais de 650.000 Euros aos sindicatos CCOO, UGT e FITC pelo “esforço que realizaram” durante as negociações de 4 acordos laborais, de acordo com a revista Interviu. (Abel Alvarez, revista Interviu).
Disto não podem os nossos sindicatos de classe ser por si acusados ! E felizmente que para si a direcção apenas lhe mandou uma carta de agradecimentos, e de incitamento a continuar, não é Sr. Chora ?
O que impressiona nos artigos do homem do Bloco é que é tudo contra os que não estão de acordo com ele, silencio sobre os lucros da Auto Europa, silencio ou deformação dos resultados para os trabalhadores.
Estes perderam 8% do poder de compra com o anterior contrato.
Com o actual contrato perdem as percentagens dos sábados e perdem poder de compra, porque o que afirma o Sr. Chora de aumentos de 3% são apenas 2,25% ao ano e como a inflação é sempre acima do que anuncia o governo, teremos uma inflação nos 3% conclusão nova perda no salário real.
Normalmente o senhor procura sempre um bode expiatório aos crimes do capital, ou é a China ou são os sindicatos que lutam demais e não tem as excelentes relações de colaboração que o senhor tem com a direcção do capital alemão.
Assumir como o senhor o faz, a competitividade como critério central, equivale exactamente a aceitar o axioma central do capitalismo : “que a economia está ao serviço do lucro e não dos seres humanos. É uma lógica em que se confundem os interesses da empresa e os dos “seus colaboradores” um curioso regresso ao sindicalismo vertical.
O Sr. Chora tem de compreender que essas posições capitulatorias não tem futuro, com o fim da “co-gestão” na Alemanha, da “participação” em França e do estado Social Democrata, essa estrada reformista chegou ao fim, e que desde o seu inicio era um beco sem saída. Ironia amarga do desenvolvimento histórico contemporâneo, são os partidos sociais democratas da Inglaterra de Portugal e de outros países da Europa e do mundo agora instalados no poder, que não hesitaram em identificar-se sem reservas nem vergonha com a fase neo-liberal dos apologistas do capital.
Estes colaboradores na exploração dos trabalhadores merecem sempre elogios do patronato e seus servidores, através dos Media dos quais são proprietários. Na passada terça-feira 20/11/06 na Sic Noticias, até Basílio Horta, importante figura do patronato e do CDS, prestou homenagem ao Sr. Chora e á sua acção na conclusão de tão sábio acordo.
Num artigo sobre, o perigo fascista e o desemprego, Albert Einstein afirmava : «Não é sem dificuldades nem reticencias que o homem renuncia às suas liberdades e aos seus direitos. Mas basta que um povo se veja, em grande parte confrontado com uma situação insuportável para que se torne incapaz de um julgamento são, e se deixe abusar voluntariamente por falsos profetas. “Desemprego” é a palavra terrível que designa a situação, também o recear do desemprego é igualmente lancinante».
É neste contexto que tanto em todo o pais como na Auto Europa se desenrola a luta de classes, e com ela, a luta ideológica. As forças ao serviço do capital servem-se da “angustia lancinante” de que falava Albert Einstein para acentarem a sua autoridade chantageando os trabalhadores e acenando-lhes constantemente com o espantalho real do desemprego.
É então que aparecem os falsos profetas ! “Sou eu que com a minha colaboração com o patrão vos posso salvar do inferno do desemprego”.
Os outros são o diabo que vos tenta, acenando-vos com a luta para melhores salários, acenando-vos que outra sociedade é possível, etc, etc…
O papel de um homem que se diz de esquerda não pode ser um tal papel especialmente representando trabalhadores, o seu papel tem de ser o de esclarecedor, que dê combate ao conformismo, ao fatalismo, á descrença e ao colaboracionismo com a exploração, sempre visando um futuro livre de chantagens, de medos, de lacaios e da exploração.
«Se o povo se limita unicamente a fazer reivindicações pontuais não conseguirá mais do que remendar o capitalismo, melhorá-lo, embelezá-lo e sobreviver o dia a dia, mas nunca acabará com o sistema, nem com a sua miserável condição» (Rosa Luxembourg).
Toda a tese do Sr. Chora assenta num principio ultra reaccionario, que se pode definir de seguinte maneira : “acabe-se com os comunistas, acabe-se com os sindicatos e sindicalistas que baseiam a sua acção na luta de classes e na defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores, e promova-se e acarinhe-se tal como o fez o Dr. Bernhard e os Media patronais, os sindicatos e comissões de trabalhadores, que façam como o Sr. Chora que colabora em primeiro lugar com os patrões da empresa dos quais recebe cartas de felicitações quando vos convence a aceitar sem procurar melhorar, aquilo que os patrões acham bom. Se assim fosse feito seria o paraíso na terra, nas empresas e no pais, e não haveria mais deslocalizações, nem desemprego e iríamos todos para o céu de mãos dadas com o Dr. Bernhard.

O papel de um membro de uma qualquer CT é o de unir, debater, esclarecer, não pode ser o de um sectário que nos lembra o tempo dos provocadores . Partir do principio democrático que todos são trabalhadores explorados, os que votaram sim e os que votaram não.
Não condeno, não posso condenar nem os que acham que se deveria lutar por um melhor acordo, nem os que disseram sim, tal como não condeno aqueles que deram a maioria absoluta ao PS, porque ao faze-lo esperavam que com esse voto estavam a votar contra a direita, por um futuro melhor para todos, mesmo se para mim isso era uma grave ilusão.
Hoje, mais que nunca, é urgente a exigência de se declarar a que campo se pertence. Por mais que tentem não conseguirão esconder que as relações sociais continuam a ser determinadas pela luta, pelo conflito e não pela colaboração e suas obscuras manigâncias.
Confiar na historia que nos ensina que quando se luta nem sempre se ganha, mas quando se abdica da luta perde-se sempre.

Domingos Moura, antigo membro da Comissão de Trabalhadores da Setenave.

2006-12-05



Mensalmente, John Christy e Roy Spencer publicam valores das anomalias das temperaturas das camadas baixas da troposfera (até 3000 metros de altitude). As anomalias são calculadas em relação à média de um período de vinte anos (1979-1998). Já aqui tinhamos publicado dados relativamente ao hemisfério sul e à zona tropical, fica aqui então as temperaturas globais recolhidas por radiomentros instalados no satélite AQUA da NASA.

O que verificamos:

De Janeiro de 1990 até Outubro de 2006 observam-se dois acontecimentos climáticos com repercussões muito significativas:

- a erupção do Pinatubo (Junho de 1991), com um abaixamento da temperatura média global (0,2 ºC a 0,4 ºC durante meses)

- El Niño (1997-1998), com um aumento de temperatura visível no gráfico, de cerca de 0,8 ºC.

Deste pequeno exemplo, podemos concluir que são vários os fenómenos a afectar o clima e que reduzir a ciência climatológica ao estudo do CO2 na atmosfera, como o IPCC (tem andando a fazer é pura ...

Deixo-vos também com uma prova física que contraria a pseudo-teoria do aquecimento global:

Pressão atmosférica de Lisboa-Porto. Fonte: Marcel Leroux.

Aqui então o caso muda de figura. Sabe-se que o aquecimento do ar origina uma diminução de pressão e o arrefecimento do ar, aumenta a pressão. Isto constata-se facilmente com a observação de uma balão, em que se aquece ar para que este se eleve. Assim, e se estivesse mesmo a ocorrer um aquecimento global, como é anunciado, a pressão atmosférica tinha de diminuir e não é isso que acontece. Desde os anos 70 que esta aumenta. Esta figura mostra-nos isso e para duas cidades portuguesas.

2006-12-03

Al Gore vai ser assessor ambiental de Blair

Já estamos safos, o especialista em ambiente, Al Gore vai começar a tomar conta do mundo. Hoje vou dormir melhor e ele também.

"Com o objectivo de liderar a nível internacional a luta contra as alterações climáticas, Londres anunciou ontem que o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, ocupará o cargo de conselheiro ambiental do Governo britânico para este dossier. Gore vai apoiar o Executivo a pôr em prática um ambicioso plano para reduzir 60 por cento das emissões até 2050. O político norte-americano é há muito reconhecido pelas suas posições ambientalistas, com destaque para as alterações climáticas. Foi o responsável político que representou o seu país em Quioto e foi presidente da Globe (Global Legislators for Balanced Environment), uma associação internacional de políticos para o ambiente. Mas recentemente assumiu um lugar central no debate sobre as alterações climáticas com o seu filme Uma Verdade Inconveniente, que relata os impactos devastadores do efeito de estufa que pesa sobre o planeta." - in Público, 31 de Outubro de 2006.

Bem, agora só falta começar a falar verdade e aí sim, pode ser inconveniente.














Ora não é que um satélite da NASA (AQUA) anda a mostrar que o planeta não aquece. A figura acima, de Antón Uriarte Cantola, um climatologista basco, mostra as anomalias de temperatura entre 1990 e 2006 na zona tropical, ou seja os desvios à chamada normalidade. Observando a figura verificamos que não existe qualquer tendência de aquecimento

Se quiserem ter acesso aos dados recolhidos carreguem aqui .

Mas segundo o mesmo climatologista e segundo os dados do mesmo satélite o hemisfério sul também não mostra sinais de aquecimento (figura abaixo).















Bem, das duas uma, ou não existe aquecimento global, porque algumas regiões arrefecem e isto não passa de um lamentável engano, ou alguém anda a querer distrair as pessoas. Não sei porquê mas vou mais pela segunda hipótese.

No Ártico, também não se observa durante um longo período grandes sinais de mudança, como a figura abaixo mostra. Os vermelhos representam regiões que aqueceram e os azuis, regiões que arrefeceram.














O clima é dinâmico, por outras palavras, muda, altera-se e a normalidade é coisa que não existe. Deixo aqui uma imagem do Tamisa gelado e nem se passou tanto tempo assim e como é uma pintura, a sua fonte. Boa noite.

2006-12-02



Particular a esta exposição é o facto de ser composta por fotografias que os banheirenses vão trazendo. Sendo, portanto, uma exposição em crescendo, que irá finalizar com uma exposição global de todas as anteriores.

Fica desde já feito o desafio a todos os banheirenses que possam ter em casa fotos que acrescentem um pouco mais à História da Baixa da Banheira, uma História feita de pequenas e grandes histórias individuais.


Por mais que tente não consigo perceber qual será o motivo que leva alguém a partir árvores e a derrubar caixotes do lixo a meio da noite, como aconteceu esta semana na Rua de Trás-os-Montes
Em conversa com João José da Silva, a propósito da exposição que hoje é inaugurada na Baixa da Serra, e à qual o Nuno já aqui fez referência, mostrou-me ele alguns artigos sobre a História da Baixa da Banheira em 2 jornais antigos que consultara recentemente. Pela curiosidade do tema, aqui vos mostro um dos artigos, com a certeza que voltarei a mais algumas curiosidades da época.

Rancho Folclórico «Os Operários do Sul do Tejo»

Se falar em folclore na Baixa da Banheira parece um pouco arrojado, mais ainda o pode parecer a criação dum Rancho Folclórico, sabendo que folclore é tradição, e que a Baixa da Banheira, com os seus 20 anos e poucos de existência, não a pode ter. Porém, se atentarmos no caso ímpar que no nosso país é esta vila, verificá-la-emos enriquecida não por uma, mas por múltiplas tradições, que a tornam terra dotada de um previlégio, dum motivo determinante e imperativo da criação dum rancho de folclore que traduza com fidelidade a origem heterogénea da nossa Baixa da Banheira, sem prejuízo de criações interpretativas, desta região industrial.

Se falar em folclore na Baixa da Banheira parece um pouco arrojado, mais ainda o pode parecer a criação dum Rancho Folclórico, sabendo que folclore é tradição, e que a Baixa da Banheira, com os seus 20 anos e poucos de existência, não a pode ter. Porém, se atentarmos no caso ímpar que no nosso país é esta vila, verificá-la-emos enriquecida não por uma, mas por múltiplas tradições, que a tornam terra dotada de um previlégio, dum motivo determinante e imperativo da criação dum rancho de folclore que traduza com fidelidade a origem heterogénea da nossa Baixa da Banheira, sem prejuízo de criações interpretativas, desta região industrial.

Posto isto, já para não podermos admirar-nos da tentativa de materialização duma aspiração, a criação dum Rancho que se propõe apresentar nas suas actuações, não exclusivamente o folclore desta ou daquela região, mas um pouco do folclore de todas as regiões, e aquele que será criação sua – o folclore industrial. E, por falar de folclore industrial devo esclarecer que entendo como tal o folclore interpretativo do ritmo da máquina, típico da nossa região, e que será a mais interessante característica do nosso rancho e a melhor razão do orgulho para nós e para a Baixa da Banheira, por suceder ser caso único no nosso país e, creio que, no Mundo.

Para já, e para não me alongar em considerações que poderiam parecer prematuras, posso afirmar que nos tem rodeado um ambiente de carinho, de compreensão, de ajuda desinteressada que é um estímulo, não só por se saber que se a criação do nosso rancho é, em si, um fim também pelo qual pensamos oferecer às crianças da Baixa da Banheira um Parque Infantil.

O rancho, que ensaia na garagem de recolha do Sr. José Casimiro, por sua amável deferência, tem a direcção artística o prestimoso e prestigioso artista-amador barreirense Sr. Lavínio Vaz, que recentemente nos deu a sua adesão e que já nos dirigiu o ensaio que se realizou no pretérito dia 2 de Julho.
Acompanham o rancho os acordeonistas Sr. Francisco Nunes, e os seus dois filhos, Noémia (20 anos de idade) e Eduardo Nunes (16 anos de idade), todos moradores na rua 36 – vivenda Albino Mateus, nº7. Tecer encómios aos jovens acordeonistas, ou ao seu pai, é repetir o que é lugar comum porque, pelas suas actuações em público, nesta vila e nas digressões que têm realizado pela província, todos sabem do seu valor – valor que constitui justo motivo de orgulho para o nosso Rancho Folclórico, ao qual já deram a sua adesão as meninas:

Delmira Cruz Guerreiro
Deolinda Clara
Domingas Rodrigues
Esmeralda Fernandes
Maria Alice Torrado
Maria da Conceição
Maria Manuela
Maria Rosa
Maria Rosinda
Misabel Matos
Noémia Costa

E os Srs. :

Benigno Alvarez
Eduardo Campos
Lorivaldo
Joaquim Manuel
Jorge Matos
José Cabrita
Veríssimo Amado