Este património que tanto faz parte da memória colectiva da nossa relação com o rio pode a curto prazo vir a funcionar. Ainda me lembro de ficar fascinado com aqueles montes brancos pra lá as caldeiras de águas rosadas onde no fundo raso, via-se o lodo gretado por onde passeavam os pequenos camarões que apanhávamos com uma serapilheira após abrirmos as comportas vigiando os passos dos marnotos. Embora estas não sejam as nossas salinas, é com mesmo saber e mar que são temperadas. Espero no entanto que as pessoas escolhidas para as dirigir tenham a seriedade, o talento e a sorte para não deixar morrer esta arte que faz parte da cultura, não só alcochetana como também de toda a comunidade desta margem e baía do Tejo.
2 comentários:
Essas suas memórias tenho-as eu relativamente às que existiam entre a Baixa da Banheira e Alhos Vedros.
Zona que actualmente é, porque ninguém (autoridades, camara, ou seja quem for) faz nada, deposito de lixo de construtores sem escrupulos.
Aliás também, segundo parece, existe por ai uma negociata, pois, o moinho da encharroqueira e sua zona envolvente eencontra-se actualmente na posse de um "agraciado" construtor cá da zona.
Também aqui na Moita Gaio-Rosário e S.Pequenos existem várias salinas ao abandono e nada foi feito para as desenvolver.
Sinto muito esta situação de irresponsabilidade dos proprietários e Câmara Municipal.
Desde a minha infância a trabalhar nas marinhas de sal, continuo entretanto à espera de ver a serra de sal prometida.
Em tempos fizemos propostas para tal. Não colheu confirmação por parte da CMM. E no entanto ainda tem à sua disposição duas ou três salinas de propriedade própria.
Nas minhas idas a Espanha,em luta anti base da Rota N/Americana vejo um monumento ao salineiro e às salinas à entrada de Santa Maria, configurado numa Serra de Sal e apetrechos salineiros.
Fez bem em lembrar amigo, um dos baluartes de luta anti fascista...
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