2009-07-15





Fico curioso (para não escrever outra coisa), muito curioso, quando constato que alguns dos mais rígidos defensores da democracia participativa/participada não aceitam uma opinião. Mais curioso fico quando denoto nesses acérrimos defensores da participação uma falta de fair play e um egozito muito requintado. Os adeptos da própria opinião estão por aí, estão em todo o lado. A participação é por eles tida como um momento em que se afirmam, porque lá no fundo sabem uma coisa: a sua opinião é a melhor e é esta a que conta.

Sou um defensor e um praticante da democracia participada/participativa. Penso que uma decisão é tão mais forte, quanto mais pessoas nela participarem. Penso que uma opinião é tão mais forte, quanto mais pessoas a construírem. Dou muitas opiniões mas entendo que os outros têm o mesmo direito e que a minha razão nunca poderá ser absoluta. Sou daqueles que entende que quando se propõe mais vale alterar a proposta e esta ser aceite por mais gente do que a proposta apenas ter a subscrição do Grupo Proponente. A isto chamo democracia. É por tudo isto que me bato e baterei e por isso que me indigno quando alguém usa métodos rasteiros para silenciar ou inibir opiniões. A esses respondo à minha maneira.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora, ora, N.Cavaco!
Continuas a engulir savelhas pelo colectivo.
Essa de respeitares a maioria, que por sinal, pode não ter razão, chega. Essa abate qualquer opinião!

Quero crer que ao defenderes? a democracia participada/interventiva, ou melhor dizendo, de intervenção, que não é mesmo que se faz no teu colectivo e, mais que por aí há...

Se ao alterares a proposta que jugaste e com razão ser a verdade, então amigo e companheiro não prestas.

Fazes me lembrar a feitura do Dique que agora derrubaram. Levou foi 12 anos para lhe só tirarem metade...
Do Catraio um abraço

O Broncas disse...

A imagem é bastante ilucidativa, do resto só percebi e estou de acordo contigo"...quando alguém usa métodos rasteiros para silenciar ou inibir opiniões".

Digo isto porque já me senti várias vezes indignado, rasgado e ferido, até a ter de ser hospitalizado, porque alguém usou métodos rasteiros, a calada da noite, pretendendo silenciar-me e impedir-me de alinhar na defesa de uma das grandes conquistas de Abril.