2010-11-11

Precários Inflexíveis
De uma forma ou de outra, todos conhecemos alguém que trabalha em Centrais de Atendimento, designadas de Call Centers. Por alguma razão são dos maiores empregadores, existe sempre emprego. Porque será que as pessoas que aí trabalham raramente se aguentam muito tempo nesse ramo de actividade?
Esta actividade é resultado do avanço tecnológico que vivemos.
O avanço vertiginoso dos meios de comunicação têm revolucionado todo a nosso modo de vida em sociedade, para o bem e para o mal, vão tornando obsoletos os já velhos hábitos adquiridos da revolução Analógica, num novo modelo moldado pela era do Digital. É este novo paradigma que avança a uma velocidade tão rápida, que torna a nossa noção de uma década num século. Nos últimos "anos", temos constatado que essa Nova Revolução não tem pausas, nem as permite ao Homem, confundido cada vez mais aquela sequela entre Homem Vs Máquina, sobre quem é que domina quem. O ritmo que a Nova Revolução imprime, tem deixado a impressão que o Homem tem que fazer uma pausa para reflectir, não sobre uma nova máquina, mas sobre o novo Homem que esta se está a construir dentro deste modelo tecnológico, era onde parece, a inteligência artificial já se tornou obsoleta.
Torna-se por isso urgente, parar para pensar, ou forçar parar para fazer pensar. Foi isso que fizeram os manifestantes que invadiram o call-center. Não o vejo como uma denuncia, pois todos sabemos a precariedade, pressão e maquinação que estes trabalhadores estão sujeitos, vejo este acto como uma pausa necessária para levar a pensar para agirmos de outro modo.


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