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2008-12-15

“Mais duvidosa será uma eventual convergência quanto à criação de uma imaginada frente eleitoral ou de um qualquer programa político alternativo. Mas, a manterem-se estes canais de diálogo, e caso o PS venha a perder a maioria absoluta (e precise dos deputados do BE para governar), será mais fácil isso acontecer com M. Alegre no PS do que fora dele. Ele pode continuar a ser uma importante força de pressão dentro do partido, uma voz de peso da esquerda socialista (capaz de pressionar o governo pelo menos em algumas áreas) e nesse caso assumir-se como elemento mediador entre o BE e o PS. Mas importa ainda saber da estratégia, da prática e do discurso do BE até aos próximos actos eleitorais...” in BoaSociedade de Esílio Estanque que foi um dos promotores do Fórum das Esquerdas.

Este discurso permitiu um esgrimir de argumentos no próprio blogue e também em muitos outros como o anti-trollurbano.

Apesar de o PCP não ter sido convidado a estar presente, muita da discussão passa por este partido, pelo meu partido, e assim, considero que a nossa posição é mais que justa ao afirmarmos este encontro como sectário e fechado. Não se pode falar de esquerda em Portugal sem referir o PCP, mesmo sem ser explícito, todos o reconhecem. Para o comprovar basta lembrar as comemorações dos 100 anos da CUF feitas pelo Bloco de Esquerda, lá estavam os Avantes, lá estavam os depoimentos de comunistas. Se a luta não é propriedade de um partido, convenhamos que em Portugal esta tem muito do PCP e este país era pior se os comunistas não lutassem.

Por último, a ser verdade o que Elísio Estanque escreveu no seu blogue, anunciam-se tempos muito difíceis para Portugal. Se o Partido Socialista convergir para com o Bloco de Esquerda pela mão de Manuel Alegre, caso não tenha maioria absoluta, o cenário político não mudará muito. Os próprios socialistas consideram que Alegre o que quer é ser candidato presidencial com o apoio do Partido Socialista.Anunciar uma convergência de esquerda sem uma parte importância da esquerda e para servir interesses de uma ou duas personalidades de esquerda, pode sair caro à esquerda e fortalecer a direita.