2008-02-26

Cheias de 18 de Fevereiro de 2008- por Rui G. Moura

Após uma prolongada aglutinação anticiclónica (AA) que durou grande parte do início do ano de 2008, veio uma chuvada que provocou cheias no dia 18 de Fevereiro de 2008. O Instituto de Meteorologia (IM) chama-lhe «Precipitação forte em Portugal».

Mas as regiões do País mais afectadas foram as de Lisboa e de Setúbal. Segundo o IM bateram-se recordes de precipitação que recuavam a 1864. O anterior recorde era de 110 mm e passou para 118 mm de precipitação (não é claro qual foi o intervalo de tempo).

O IM refere uma depressão que caminhou do Oeste da Madeira para Nordeste. É pena não se indicar o valor da depressão. Deve ter sido bem cavada.

Mas ficou por explicar como se passou de uma situação de estabilidade anticiclónica para uma de depressão tão cavada.

O fenómeno é semelhante ao que acontece quando termina uma onda de calor mais ou menos prolongada provocada por pressões atmosféricas elevadas das aglutinações anticiclónicas (AA).

As AA fortes e persistentes não permitem a entrada de ar fresco oriundo do Oceano Atlântico. O ar dos recentes Anticiclones Móveis Polares (AMP) vai-se aglutinando de acordo com as respectivas menores densidades relativas.

Mas, aparecendo um ou mais AMP intensos, com densidades de ar mais elevadas, a AA rompe-se e deixa-os passar. Com eles são arrastadas as depressões que os contornam e se formam nas suas partes laterais.

Se os AMP são suficientemente fortes (quanto mais fortes forem as pressões anticiclónicas mais cavadas são as depressões) atravessam rapidamente as antigas AA. Então, as depressões D escapam-se do corpo principal do AMP. Tal acontece no Inverno.

Deste modo, as precipitações provocadas por depressões cavadas dão origem a cheias rápidas como lhes chamam os especialistas na matéria.

Foi o que aconteceu no dia 18 de Fevereiro de 2008. Os AMP desceram até à Península Ibérica por não serem capazes de romper o núcleo centrado a Norte sobre a Grã-Bretanha.

Passada esta fase de rompimento da anterior AA, formou-se nova AA. Daí que as eólicas tenham novamente quase parado de rodar (Vide REN do dia 20 de Fevereiro de 2008).

Desta vez foi o Diário de Notícias que se destacou a desinformar a opinião pública acerca da cheia de 18 de Fevereiro. Lê-se neste jornal, na notícia intitulada “Temporais vão ser mais frequentes”, o seguinte parágrafo:

«Com o aquecimento global esta situação tem tendência a aumentar e a piorar reforça ainda Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, associação ambientalista».

Já lá vai o tempo em que os professores nunca falavam em público – a começar perante os alunos – de assuntos que não conhecessem aprofundadamente.

Não há nenhuma explicação plausível para que num cenário de aquecimento global surjam mais episódios de cheias. Antes pelo contrário. Não é no Verão que surgem cheias frequentes. Nem é no deserto do Saará que chove mais, apesar do aquecimento que por lá se observa.

A grande cheia de 1967 da região de Lisboa – quando se registaram 700 mortes – verificou-se durante um período de dezassete anos, de 1960 a 1976, em que se registou uma descida pronunciada de temperaturas (Vide Fig. 3).

Nessa altura o alarmismo era sobre «arrefecimento global». A catástrofe então anunciada seria a da entrada numa nova idade do gelo. Alguns dos alarmistas do frio dessa época são os mesmos que falam agora do calor. Tudo serve para amedrontar as populações.

E em 1946, quando as emissões de dióxido de carbono eram muito inferiores às actuais, também já se verificavam cheias em Lisboa, como pode ser visto numa foto (Fig. 105) enviada pelo colega Medina Ribeiro, autor do blogue Sorumbático.

2 comentários:

António do Telhado disse...

Era uma vez, uma terra à beira mar governada pelo governo nacional-socialista rosinha, eram uns ditadores que vendiam a terra aos estrangeiros e escravizavam a população, que era flexibilizada conforme a vontade dos empresários sem escrúpulos que eram amigos do Soreich, um falso engenheiro que tomou o poder. Entre os muitos abusos do governo nacional-socialista, o medo e as ameaças eram o que mais dominava, era o lado mais visível da ditadura rosinha. Até que um dia o ditador Soreich tentou aplicar o pior dos golpes, tentou destruir a educação, começou por querer destruir os cursos de linguas, literatura, história, arte e todas as ciências socias e humanas, resumindo todos os cursos que estimulavam e apelavam ao pensamento e à reflexão. A filosofia foi mesmo considerada crime, os pensadores eram inimigos, o número de telenovelas e jogos de futebol aumentaram, assim como os programas pseudo dramáticos, os media controlados eram chamados a colaborar neste ataque contra o pensamento e educação. A próxima fase do ataque foi destruir os professores, como se atrevem eles a querer um ensino de qualidade? como se atrevem eles a querer os alunos bem preparados? O objectivo do governo nacional-socialista é uma enorme maioria sem educação, sem cultura, apenas uma mão de obra escravizada e obediente, afinal não precisam pensar porque o grande Soreich cuidará de tudo. No entanto os professores revoltaram-se, manifestaram-se, denunciaram o que se estava a passar, contaram as ameaças, ameaças feitas por representantes do governo nacional-socialista rosinha. As ameaças eram simples, ou os professores passavam uma elevada percentagem de alunos mesmo que estes não mereçam ou recebem uma má nota na avaliação e são enviados para o campo de concentração do desemprego situado em Socrauschwitz. O grande propósito era o governo nazi rosinha, mostrar no estrangeiro que a educação na terra à beira mar era muito boa, que as afirmações de ditadura eram apenas calúnias. Acontece que os professores enfrentaram o governo nacional-socialista rosinha e continuaram a manifestar-se na rua e a denunciar as situações, foi então que Soreich os acusou de serem judeus vermelhos, acusou-os de serem democratas e mandou as SS tirar os nomes de todos os professores que falaram aos media mais rebeldes que lhes deram voz. Esses nomes foram enviados para a sede da Gestapo para as devidas retaliações serem feitas contra esses professores judeus. No entanto a luta não vai parar, os professores vão continuar a lutar pela BOA EDUCAÇÃO, e em conjunto com outras forças lutar pela LIBERDADE, contra a ditadura do Soreich. VIVA A EDUCAÇÃO VIVA A LIBERDADE E DEMOCRACIA.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Muito grato(s) pela referência ao SORUMBÁTICO!