2008-03-17

Analogia da criatividade governativa
Estes últimos tempos têm-se revelado muito criativos para os membros do governo, desde a lei do tabaco passando pelas ambulâncias parideiras/mortuárias, "subsídios" de maternidade, até à mais recente avaliação dos professores. Tudo tem servido para mostrar trabalho. Apesar do governo e bem, ter "aumentado" as pensões para os mais necessitados, existem alguns senhores que persistem em transparecer que são governantes muito criativos.
Existem muitas formas de nos expressarmos. Embora não seja adepto dos piercings, gosto de os ver como adereços em algumas pessoas. Tal como os brincos, vejo-os como uma forma de expressão meramente estética. Percebo aqueles que querem regulamentar leis para colocar um tecto à criatividade. Como não conseguem perceber o que isso significa para quem os usa (os Piercings), tentam abordar a questão pela saúde pública. Embora esta seja uma questão pertinente e alarmante, não foi dado a conhecer nenhum caso em que este facto tenha ocorrido. No entanto, antes de legislar sobre o uso de piercings, deveriam primeiro, promover a discussão. Não sei se a fórmula agora é a de não ouvirem ninguém e pensarem que sabem tudo sobre tudo, sem precisarem de ouvir ninguém, o que denota falta de respeito para com os cidadãos deste Estado de direito. Já que foram tão lestos em arranjar soluções para os piercings, gostaria de ver a mesma atitude em relação a outras áreas que carecem de soluções milagrosas, como é o caso da segurança às portas das discotecas. Como disse um cidadão anónimo um dia destes numa reportagem televisiva, bastaria colocar policias em vez de seguranças privados, nos sítios de diversão nocturna para que houvesse um maior clima de segurança, de certeza que não ficariam mais caros do que os actuais. Neste caso ao contrário do anterior, existem muitos factos concretos onde se poderão basear, desde aparecimento de gangs de segurança duvidosa até aos ajustes de contas entre estes, para o domínio de zonas. Este cidadão anónimo ao dar a sua opinião, no meu ponto de vista, conseguiu  ir ao fundo da questão, porque só se pode combater a criminalidade, se tentarmos perceber onde e porque ela acontece.
Para finalizar penso, que a política de maioria absoluta não deve ser sinónimo de arrogância, apesar de por vezes ter que se implementar políticas urgentes para estabilizar o déficit, não se pode tomar tudo pela mesma medida, sob pena de se ser incongruente e arrastar consigo todo o governo para uma imagem negativa.

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