2008-10-23

A entrevista que esta semana Maria Filomena Mónica dá à Visão tem algumas partes hilariantes:

Se eu lhe perguntar se sabe cozinhar, por exemplo, soa a esquisito... É uma pergunta que se faz aos homens, já que as mulheres é suposto saberem...
Pois. E é que não sei mesmo. Pertenço a uma classe social e a uma época em que havia as criadas. Nós tínhamos empregadas. A minha mãe não punha os pés na cozinha e nós também não. Depois de casar, resolvi não facilitar. Se eu cozinhasse, iria gastar muito mais tempo do que a parte masculina do casal.

E, a partir daí, não cozinhou, mas por militância
Exacto, por militância!”

(...)

“Há para aí umas três pessoas cultas em Portugal”

(...)

Em que outra época gostava de ter nascido?
Em 1847, para aí... gostava de ter chegado à Regeneração, ao golpe do Duque de Saldanha, em que Fontes subiu a Poder, aí com 6 ou 7 anos...

Isso é a visão de uma historiadora. O que queria era viajar no tempo e observar com os seus olhos um período que lhe interessa...
Não. Gostava de ter vivido nessa época. Foi a época em que houve mais liberdade em Portugal, de expressão, de pensamento: é entre 1852 e 1890, até ao ultimatum.

Mais liberdade do que depois do 25 de Abril?
Sim, mas para um grupo muito pequeno. Eu teria ser da classe média alta ou da aristocracia.

(...)

Embora a condição feminina nessa altura...
Ah pois, esqueci-me de dizer: teria de ser homem! Se fosse mulher só mesmo da alta aristocracia do Paço.”

2 comentários:

Anónimo disse...

Intelectuas finas, muito tias é outra coisa! Ah pois é!!!

Eu por militância, fiz hoje um bacalhauzinho no forno... bom, nem queiram saber!
Mas este bacalhau não se pode repetir muitas vezes, sai caro milito mais no peixe cozido(congelado claro) omoletes... etc

Estas intelectuais de esquerda, na luta permanente dos direitos das mulheres, precisam de fazer um estágio numa empresa de Limpezas

Abraços
Lagartinha de Alhos Vedros

O Broncas disse...

Esta Srª Filomena Mónica julga-se, são vários os exemplos, a melhor interprete da LIBERDADE, de tal forma assim é, e a prová-lo, o seu fervoroso apoio a Bush aquando da intervenão no Iraque.