blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2008-09-26
Num passado já distante de 3 décadas, e em condições completamente díspares das actuais, a Baixa da Banheira viu aparecer o Parque Estrela Vermelha como um lugar que fez respirar uma nova área. Aquele espaço defronte da Escola Primária nº2, e onde conviviam as crianças que por ali moravam, brincando nos seus tempos livres entre os baloiços e um diminuto campo de futebol pelado onde muitos deram os seu primeiros pontapés na bola, e onde existia também uma biblioteca pública instalada num antigo eléctrico da Carris alterado para o efeito, fizeram com que se encerrasse ao trânsito automóvel um troço entre a Rua Parque Estrela Vermelha e Rua 5 de Outubro. O percurso encerrado, envolvente à escola, incluía o seu portão, melhorando significativamente a qualidade e a segurança do espaço público.
Anos mais tarde, o Parque José Afonso reconverte toda uma zona degradada junto à margem do Tejo, entregando à população banheirense, e não só, um espaço único de fruição, de convívio e de desporto, numa longa frente de rio, criando um novo ecossistema urbano, sendo hoje um postal por excelência da Baixa da Banheira.
A Rua 1º de Maio, antiga zona central de comércio e de convívio banheirense, entrou há alguns anos num ciclo de declínio. Os motivos serão certamente vários, mas alguns encontram-se entre a brutal desindustrialização que varreu os pólos empresariais que durante décadas favoreceram o crescimento banheirense, empurrando, uns para empregos mais distantes, outros para o desemprego, e muitos ainda para reformas de miséria. Novas ofertas, não só em grandes superfícies comerciais (e atenção porque aqui ao lado, no centro do Barreiro, está a nascer mais uma), ou ainda a deslocalização do centro de convívio local para o Parque Zeca Afonso, poderão ser também outros dos factores que conduziram a que algum comércio passe por dificuldades. No entanto, o aumento do tráfego automóvel é um dos factores que comprovadamente afasta as pessoas dos centros urbanos, e com o aumento do número de automóveis na via pública, a antiga Rua 13 converteu-se num eixo de atravessamento da vila.
As obras que decorrem actualmente na Linha do Sado, e que fomentaram o encerramento das cancelas, forneceram à Baixa da Banheira mais um pretexto para reverter este processo.
Para este efeito, estou convencido de que o encerramento permanente ao tráfego automóvel de uma zona significativa da Rua 1º de Maio será uma ferramenta importante, mas que a qualidade e o tipo de intervenção serão fundamentais para o êxito desta operação. Um espaço agradável, com um sistema de iluminação pública eficiente, bem integrado, com equipamentos que promovam o encontro dos banheirenses, (re)criando uma cultura de espaço público que possa dar alguma resposta a necessidades de sociabilização, motivará uma zona comercial porventura com características diferentes daquelas que até há pouco conhecemos, porque longe vão os tempos em que estabelecimentos como “Os Pereiras” arrastavam clientes das freguesias limítrofes, poderão ser a chave mestra para inverter uma tendência.
Imagine o leitor o prazer que poderá desfrutar ao passar alguns minutos de conversa com um amigo com quem já não se cruza há algum tempo, apesar de continua morar no mesmo sítio de sempre, ali mesmo ao seu lado, e que durante este tempo a vossa conversa não é interrompida por carros que aceleram rua acima, ou que se sentam tranquilamente numa esplanada, enquanto os vossos filhos brincam em segurança. É uma ideia agradável, não é?
Agora importa juntar a população, os comerciantes, as autoridades locais e discutir, para tentar chegar a uma conclusão, que podendo não ser unânime, seja pelo menos do agrado de uma larga maioria.
Anos mais tarde, o Parque José Afonso reconverte toda uma zona degradada junto à margem do Tejo, entregando à população banheirense, e não só, um espaço único de fruição, de convívio e de desporto, numa longa frente de rio, criando um novo ecossistema urbano, sendo hoje um postal por excelência da Baixa da Banheira.
A Rua 1º de Maio, antiga zona central de comércio e de convívio banheirense, entrou há alguns anos num ciclo de declínio. Os motivos serão certamente vários, mas alguns encontram-se entre a brutal desindustrialização que varreu os pólos empresariais que durante décadas favoreceram o crescimento banheirense, empurrando, uns para empregos mais distantes, outros para o desemprego, e muitos ainda para reformas de miséria. Novas ofertas, não só em grandes superfícies comerciais (e atenção porque aqui ao lado, no centro do Barreiro, está a nascer mais uma), ou ainda a deslocalização do centro de convívio local para o Parque Zeca Afonso, poderão ser também outros dos factores que conduziram a que algum comércio passe por dificuldades. No entanto, o aumento do tráfego automóvel é um dos factores que comprovadamente afasta as pessoas dos centros urbanos, e com o aumento do número de automóveis na via pública, a antiga Rua 13 converteu-se num eixo de atravessamento da vila.
As obras que decorrem actualmente na Linha do Sado, e que fomentaram o encerramento das cancelas, forneceram à Baixa da Banheira mais um pretexto para reverter este processo.
Para este efeito, estou convencido de que o encerramento permanente ao tráfego automóvel de uma zona significativa da Rua 1º de Maio será uma ferramenta importante, mas que a qualidade e o tipo de intervenção serão fundamentais para o êxito desta operação. Um espaço agradável, com um sistema de iluminação pública eficiente, bem integrado, com equipamentos que promovam o encontro dos banheirenses, (re)criando uma cultura de espaço público que possa dar alguma resposta a necessidades de sociabilização, motivará uma zona comercial porventura com características diferentes daquelas que até há pouco conhecemos, porque longe vão os tempos em que estabelecimentos como “Os Pereiras” arrastavam clientes das freguesias limítrofes, poderão ser a chave mestra para inverter uma tendência.
Imagine o leitor o prazer que poderá desfrutar ao passar alguns minutos de conversa com um amigo com quem já não se cruza há algum tempo, apesar de continua morar no mesmo sítio de sempre, ali mesmo ao seu lado, e que durante este tempo a vossa conversa não é interrompida por carros que aceleram rua acima, ou que se sentam tranquilamente numa esplanada, enquanto os vossos filhos brincam em segurança. É uma ideia agradável, não é?
Agora importa juntar a população, os comerciantes, as autoridades locais e discutir, para tentar chegar a uma conclusão, que podendo não ser unânime, seja pelo menos do agrado de uma larga maioria.
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2008-09-24
A Cooperativa de Consumo da Baixa da Banheira comemorou o seu 50º aniversário.
"Fernando Parreira, presidente da direcção da PLURICOOP, divulgou que estão em marcha novos projectos da cooperativa no concelho da Moita, nomeadamente a abertura de uma nova loja no antigo mercado da Baixa da Banheira"
"Fernando Parreira, presidente da direcção da PLURICOOP, divulgou que estão em marcha novos projectos da cooperativa no concelho da Moita, nomeadamente a abertura de uma nova loja no antigo mercado da Baixa da Banheira"
Um grupo de jovens banheirenses foram a Alhos Vedros provocar desacatos.
Mais uma vez, a nossa região é falada pelas piores razões e é um estigma do qual não conseguimos libertar-nos. Este ajuste de contas, denuncia bem a incapacidade e o absentismo que existe nos pais e nas pessoas das suas comunidades no seu crescimento ético e moral. Muitos desses jovens que crescem entre nós e os nossos filhos, têm vidas familiares complicadas, mas pior que isso, vivem numa comunidade que ignora os seus problemas, deixando-os entregues dias inteiros às suas frustrações. "Como lixo", vão apinhando nas ruas, as quais, passam a ser o local onde encontram o seu semelhante. Como diz a música dos Delfins: "quando alguém nasce, nasce selvagem, não é de ninguém". Também eu acredito que estes jovens nasceram como qualquer um de nós, então o que falhou ou está a falhar? A Educação de um Ser não deve ser como uma linha de montagem onde quem não se encaixa no modelo instituído seja posto de lado, demonstrando dessa forma, a falha do mesmo.
Pelas noticias foram cerca de 30 jovens entre 16 e 20 anos, que se envolveram em desacatos. O que quer dizer que algo correu mal ou foi ignorado na sua formação neste início de milénio. Por este andar, bem podemos ir todos para a policia e andar armados que acabaremos por tornar-nos naquilo que mais tememos, no agressor. Não se pode ambicionar uma sociedade melhor, sob a lei da agressão pela agressão, ignorando as causas para o seu aparecimento. Decerto não será ignorando estes factos e deixando a porta para outros fecharem que iremos inverter a má fama da nossa região que já vem do milénio passado e nos deve deixar envergonhados mas não parados. Cabe ao Estado mas também às instituições públicas regionais e locais e nós próprios uma profunda reflexão sobre este problema. Esta situação é um grito de alerta de uma nova geração dos nossos jovens, que espero que alguém os ouça.
2008-09-21
Posso estar enganado, mas parece-me que passados 100 anos o tirocínio continua sob a mesma forma. Não tenho dúvidas (nem posso) de que, com o apoio de “um Estado pluricontinental e multirracial” e “orgulhosamente só”, a CUF foi uma grande empresa, e não só a nível nacional. O meu lamento vai para o que das comemorações oficiais dos “100 anos da CUF” transpira, e que se centra com tanto afinco na figura e na obra de Alfredo da Silva e muito menos nos milhares de trabalhadores que estiveram na base deste império industrial.
A CUF não pagava melhor por generosidade, mas por necessidade em convencer portugueses a trocar uma miséria rural em que sobreviviam pela miséria urbana em que passaram a viver. Foi assim que o Barreiro cresceu e a Baixa da Banheira nasceu. Os bairros operários, e os não distantes bairros dos engenheiros, foram peças de um ardil de um império que se coseu à base de muito suor, GNR e PIDE em porções empiricamente estudadas, sempre avaliadas ao menor sinal de que o caldo não teria o tempero correcto.
A tão valorizada “obra social” foi também um engenho bem pensado e oleado. A medicina no trabalho e apoio à maternidade porque empregados saudáveis e pais descansados produzem mais, um sistema de ensino pronto a fornecer a mão-de-obra qualificada que a empresa necessitava, e uma despensa onde muitos produtos à disposição permitiam à empresa reaver rapidamente muitos dos valores despendidos em salários. E só é de admirar que passados tantos anos, ainda anda por aí muita gente com responsabilidade, de gestão e não só, que não percebeu isto. Afinal este era o país do Fado, Futebol e Fátima, e se dos dois primeiros (especialmente do segundo) o Barreiro não se podia queixar, para a Baixa da Banheira ainda foi encomendada a terceira, com os resultados que se conhecem.
Eu também estou grato à CUF, basta comparar com as corticeiras que abundavam por aqui e onde a miséria era ainda maior, mas sei o que isso custou a muitos que por lá deixaram anos e saúde. Sei, por exemplo, que alguns dos grevistas de 1943 que foram presos em Caxias, quando foram libertados mais de um ano depois e sem julgamento, ao chegaram a casa já nem os filhos os conheciam, e depois foram anos até arranjar outro emprego, porque a fama de grevista é coisa que se cola com muita facilidade mas não é com sabão que se tira. Sei que alguns trabalhadores não chegaram à reforma porque da química já se sabe que os ácidos e as bases nem sempre se combinam nas proporções correctas, e dentro do pulmão é muito mais difícil contar até 3. Não esqueço o país e a época em que a empresa se desenvolveu e também por isso estou grato à CUF, mas mesmo assim, a herança ainda é pesada.
Na passada época futebolística fui assistir ao grande derby barreirense. À chegada cruzei-me com dois adeptos, cada um com o seu cachecol e cada um com a uma bancada de destino. No "até já" entre dois amigos lá veio a memória de outros tempos: “Não te esqueças de mandar um beijinho ao Engenheiro!”, troçou o de vermelho...
A CUF não pagava melhor por generosidade, mas por necessidade em convencer portugueses a trocar uma miséria rural em que sobreviviam pela miséria urbana em que passaram a viver. Foi assim que o Barreiro cresceu e a Baixa da Banheira nasceu. Os bairros operários, e os não distantes bairros dos engenheiros, foram peças de um ardil de um império que se coseu à base de muito suor, GNR e PIDE em porções empiricamente estudadas, sempre avaliadas ao menor sinal de que o caldo não teria o tempero correcto.
A tão valorizada “obra social” foi também um engenho bem pensado e oleado. A medicina no trabalho e apoio à maternidade porque empregados saudáveis e pais descansados produzem mais, um sistema de ensino pronto a fornecer a mão-de-obra qualificada que a empresa necessitava, e uma despensa onde muitos produtos à disposição permitiam à empresa reaver rapidamente muitos dos valores despendidos em salários. E só é de admirar que passados tantos anos, ainda anda por aí muita gente com responsabilidade, de gestão e não só, que não percebeu isto. Afinal este era o país do Fado, Futebol e Fátima, e se dos dois primeiros (especialmente do segundo) o Barreiro não se podia queixar, para a Baixa da Banheira ainda foi encomendada a terceira, com os resultados que se conhecem.
Eu também estou grato à CUF, basta comparar com as corticeiras que abundavam por aqui e onde a miséria era ainda maior, mas sei o que isso custou a muitos que por lá deixaram anos e saúde. Sei, por exemplo, que alguns dos grevistas de 1943 que foram presos em Caxias, quando foram libertados mais de um ano depois e sem julgamento, ao chegaram a casa já nem os filhos os conheciam, e depois foram anos até arranjar outro emprego, porque a fama de grevista é coisa que se cola com muita facilidade mas não é com sabão que se tira. Sei que alguns trabalhadores não chegaram à reforma porque da química já se sabe que os ácidos e as bases nem sempre se combinam nas proporções correctas, e dentro do pulmão é muito mais difícil contar até 3. Não esqueço o país e a época em que a empresa se desenvolveu e também por isso estou grato à CUF, mas mesmo assim, a herança ainda é pesada.
Na passada época futebolística fui assistir ao grande derby barreirense. À chegada cruzei-me com dois adeptos, cada um com o seu cachecol e cada um com a uma bancada de destino. No "até já" entre dois amigos lá veio a memória de outros tempos: “Não te esqueças de mandar um beijinho ao Engenheiro!”, troçou o de vermelho...
2008-09-20
O jornalismo nacional, e não me refiro ao apenas aos jornalistas ou às suas direcções mais ou menos submissas, mas sim a um sistema que permite concentrações de poderes perniciosas, está podre. O DN afunda-se a cada número, mas é sobre o exemplo do Público que o Nuno Ramos de Almeida escreve.
Sobre o jornalismo, e sobre o modo como se escreve em Portugal, deixei este comentário num blog de um director desportivo de uma TV qualquer:
Eu poderia dizer que a Bola não é o Record, mas que o Record se parece com o Correio da Manha e este com o (cada vez pior) DN; que a Tsf já foi uma rádio com informação, opinião(ões) e música, que o Público parece que é mas não é, que o Primeiro de Janeiro já foi, que o JN parece que tenta ser, que o Jogo mereceria melhor prosa (mas quem sou eu para falar nisso se até agora um parágrafo não acabei, e pontos finais nem vê-los); que na TVI o morangos estão azedos, na SIC não se vendem presidentes nem se ressuscitam hermanias e que na RTP ninguém sabe mais que um miúdo de 10 anos...
Sobre o jornalismo, e sobre o modo como se escreve em Portugal, deixei este comentário num blog de um director desportivo de uma TV qualquer:
Eu poderia dizer que a Bola não é o Record, mas que o Record se parece com o Correio da Manha e este com o (cada vez pior) DN; que a Tsf já foi uma rádio com informação, opinião(ões) e música, que o Público parece que é mas não é, que o Primeiro de Janeiro já foi, que o JN parece que tenta ser, que o Jogo mereceria melhor prosa (mas quem sou eu para falar nisso se até agora um parágrafo não acabei, e pontos finais nem vê-los); que na TVI o morangos estão azedos, na SIC não se vendem presidentes nem se ressuscitam hermanias e que na RTP ninguém sabe mais que um miúdo de 10 anos...
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2008-09-18
Campanha de ajuda humanitária ao povo de Cuba
As Caraíbas, o México o sul dos EUA foram nas últimas semanas afectados por vários fenómenos naturais extremos que causaram centenas de vítimas mortais e avultados prejuízos materiais ainda difíceis de contabilizar.
Em Cuba, afectada no espaço de uma semana e meia por dois furacões e uma tempestade tropical, e onde o furacão Ike assumiu proporções de grande gravidade, apenas a notável eficiência dos planos de emergência cubanos para este tipo de situações evitou que os violentos fenómenos naturais causassem um drama humano de grandes proporções, existindo contudo 7 vítimas mortais a lamentar.
Mas a destruição provocada é enorme e sem precedentes: Estima-se que 350.000 casas tenham sido afectadas, 30.000 das quais com capacidade de reconstrução bastante limitada. Em algumas províncias esses números significam 80% do total das habitações. Importantes infra-estruturas, como estradas, rede eléctrica e armazéns de reservas estratégicas, foram severamente lesadas. Uma primeira estimativa dos prejuízos causados em Cuba pelos furacões aponta para cerca de 150 milhões de dólares de prejuízos. Particularmente afectadas pela devastação foram as culturas agrícolas, o que já obrigou o governo cubano a recorrer a todas as reservas alimentares para atenuar os efeitos imediatos da escassez de alimentos.
Cuba é sempre o primeiro país a disponibilizar e a prestar auxílio – alimentar, médico e técnico - a todos os povos e países vítimas de catástrofes naturais ou de outras calamidades. Foi o primeiro a oferecer ajuda aos EUA aquando das terríveis inundações provocadas pelo Katrina, apenas para referir um exemplo recente e da mesma natureza. Contudo, mesmo sendo vítima de uma catástrofe natural destas dimensões, Cuba permanece sujeita ao criminoso bloqueio económico imposto pelos EUA – o mais longo da história da humanidade.
À semelhança de muitos outros países e organizações por todo o mundo é tempo de os portugueses furarem o criminoso bloqueio a Cuba e se mobilizarem para enviar para o País que está sempre na primeira linha da solidariedade internacional a amizade, o apoio e a ajuda que o povo de Cuba agora necessita. Cuba está sempre por todos, é altura de todos estarmos por Cuba.
Assim, por iniciativa da Associação de Amizade Portugal-Cuba, a que se associam muitas outras organizações sindicais, do movimento da paz, de variados movimentos sociais e políticos, lança-se em Portugal uma Campanha de Solidariedade com Cuba “Cuba por Todos, Todos por Cuba”, com o objectivo de fazer chegar ao povo cubano géneros alimentares de primeira necessidade (conservas, leite em pó, farinhas, massas e arroz, feijão) e recolher fundos para apoiar a reconstrução em Cuba.
Ao lançar esta campanha a Associação de Amizade Portugal-Cuba e as organizações subscritoras deste apelo apelam à participação de todas as organizações, entidades, públicas e privadas e cidadãos, nesta campanha para apoiar a reconstrução em Cuba.
Brevemente serão disponibilizadas informações sobre outros pontos de recolha dos alimentos para Cuba e o número da conta bancária para recepção de toda a solidariedade com que cada um possa contribuir.
Outras iniciativas de solidariedade com o mesmo objectivo serão em devido tempo comunicadas a todos aqueles que se queiram associar a esta campanha. Todas as informações podem ser obtidas junto do Secretariado Permanente da Campanha “Cuba por todos, todos por Cuba” que funcionará na Casa da Paz, em Lisboa.
As organizações subscritoras:
Associação de Amizade Portugal-Cuba
CGTP/IN
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático das Mulheres
Voz do Operário
CONTACTOS:
Secretariado permanente da Campanha
Casa da Paz
Rua Rodrigo da Fonseca, 56 – 2º – Lisboa (perto do Marquês de Pombal)
Contactos
Telefones: 213 863 375 / 213 863 575
Fax: 213 863 221
Telemóveis: 962 022 207, 962 022 208, 966 342 254, 914 501 963
E-mail: todosporcuba@gmail.com
Centros de Recolha:
Armazém Central de Recolha
Alameda D. Afonso Henriques nº 42 (junto à Fonte Luminosa)
Lisboa
(entrada de viaturas pela Rua do Garrido, lote 748, Lisboa)
Associação de Amizade Portugal-Cuba
Rua Rodrigo da Fonseca 107-r/c-Esq, Lisboa
1070-239 LISBOA
Telefone: 21 385 73 05
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Rua Rodrigo da Fonseca, 56 – 2º
1250-193 Lisboa
Telefone: 21 386 33 75 / 21 386 35 75
A Voz do Operário
Rua Voz do Operário, 13
1100-620 LISBOA
Telefone: 21 886 21 55
Movimento Democrático das Mulheres
Avenida Almirante Reis 90,7º-A
1169-161 LISBOA
Telefone: 218 160 980
Junta de Freguesia de São Vicente de Fora
Campo Stª Clara 60
1100-471 LISBOA
Telefone: 21 885 42 60
Juventude Comunista Portuguesa
Av. António Serpa nº 26 – 2º esq
1050-027 Lisboa
Telefone: 21 793 09 73
2008-09-15
Para hoje apenas os parabéns pelos 18 anos do Centro de Atletismo da Baixa da Banheira. Assim que tiver algum tempo mais livre tentarei fazer um apanhado da entrevista a Adriano Encarnação da ultima edição do Jornal da Moita.
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2008-09-10
Não deixo de sorrir de soslaio sempre que a nação do liberalismo manda o capitalismo selvagem às ortigas...
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2008-09-09
A imprensa livre em Portugal prefere um discurso inócuo da líder do PSD e um arrufo no PP à Festa do Avante!, ou como dizia o José Barata Moura no debate sobre os 160 anos do Manifesto do Partido Comunista, liberdade sim, mas desde que não se meta o capitalismo em causa, que o respeitinho ao patrão é muito bonito...
2008-09-03
2008-09-02
Confesso que tenho uma certa curiosidade em saber que candidaturas a este programa do QREN não foram aprovadas, mesmo tendo chegado a horas, por má qualidade das propostas apresentadas...
2008-09-01
A verdade acima de tudo
Na Terça-Feira, dia 26 de Agosto, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP visitou o concelho de Alcochete e nesta iniciativa, contestou a decisão/intenção do governo de entregar a gestão urbanística em redor ao Novo Aeroporto de Lisboa à ANA – Aeroportos de Portugal, empresa que está na calha para ser privatizada, passando assim, para as mãos de um privado o poder de decisão sobre o Uso do Solo em vários quilómetros quadrados no Distrito de Setúbal. O secretário-geral do PCP afirmou que não é aceitável que se tomem decisões destas à revelia das autarquias, considerando que este facto representa «uma expropriação das competências dos municípios em matéria de ordenamento do território e gestão urbanística». O assunto assume extrema gravidade não só no que respeita à Gestão do Território e ao respeito pelos órgãos eleitos democraticamente, mas também porque surge aliado à vontade de privatizar a ANA, “vendendo” assim mais um pouco da nossa soberania nacional.
O Bloco de Esquerda surge muitas vezes indignado com um suposto ataque do PCP às suas ideias e propostas, deixando de lado a política de direita do PS, mas vejamos na prática como a verdade vem ao de cima.
No meio de posições contraditórias quanto a este tema, António Chora, escreveu um artigo, a que deu o nome de “Agir enquanto é tempo”, onde reconhece a validade das palavras de Jerónimo de Sousa na denúncia do sucedido. No mesmo texto aproveita para fazer “ataques” ao Partido Comunista Português, o seu antigo partido. António Chora escreveu que as autarquias do Distrito de Setúbal privatizaram a “reciclagem das águas fluviais” entregando-as à SIMARSUL (deverá ser uma gralha e onde se lê “fluviais” deverá ler-se “residuais” e onde se lê “reciclagem” deverá ler-se “tratamento”, salvo melhor indicação por parte de António Chora) e a recolha de resíduos domésticos à AMARSUL (também deve ser uma gralha que António Chora poderá esclarecer melhor), o que, segundo a opinião deste nosso ex-deputado à Assembleia da República pelo distrito de Setúbal, resultou no aumento das tarifas de água, das taxas de recolha de resíduos e taxas de saneamento, e que este processo não se pode diferenciar em muito do que o Governo PS pretende fazer com a ANA.
Como isto é falso, importa “informar” António Chora de que para agir é importante conhecer. O PCP foi e é contra este modelo de serviços. Muito antes da criação da AMARSUL o PCP denunciou e lutou para que a filosofia de criação e funcionamento destas empresas fosse diferente, que o capital das autarquias fosse de pelo menos 51%, ao invés dos 49% actuais, para que a última decisão ficasse nas mãos das Autarquias. Se António Chora não sabe disto deveria ler mais, informar-se melhor, ou então apelar à sua própria memória!
No meio desta conversa lá vem novamente com a mesma cassete que de tanto ser passada já está degradada, criticando a Revisão do PDM, as alegadas irregularidades e ilegalidades que nunca são provadas mas que continuam a ser “anunciadas”, e os processos de descentralização em curso pelo governo socialista para as Câmaras Municipais no que compete à aprovação dos PDM´s e delimitação das Reservas Nacionais, quer agrícola, quer ecológica, nunca referindo o principal problema, que consiste na falta de articulação entre os vários Planos de Ordenamento do Território.
Nunca é tarde para lembrar que a Câmara Municipal da Moita foi das primeiras a elaborar um PDM, mesmo antes da legislação que os enquadra e sem um modelo de gestão territorial de âmbito nacional/regional bem definido. Importa também esclarecer que o edifício do ordenamento do território em Portugal prevê uma hierarquia nos Planos, do nível Nacional para o Local, mas que em Portugal se fez a casa pelo telhado, elaborando-se primeiro os PDM´s e só recentemente o Plano Nacional de Ordenamento do Território.
No seu artigo, António Chora critica ainda a aprovação do Plano de Saneamento Financeiro da Câmara Municipal da Moita, passando um atestado de incompetência tanto ao Município como ao Tribunal de Contas, para terminar com um ensaio do tipo Zandinga, sobre os resultados das eleições autárquicas, apelando ao voto dos abstencionistas.
Considera António Chora que todos aqueles que não votam o fazem por estarem desacreditados com a política praticada pela CDU. Se olharmos para os resultados eleitorais em 2005 no Concelho da Moita, verificamos que a CDU conseguiu 49,79% dos votos, aumentando a sua votação em relação a 2001, quer em percentagem passando de 41,4% para os actuais 49,79%, quer em termos absolutos (de 10751 votos em 2001 para 13930 em 2005), isto num acto eleitoral onde o número de votantes aumentou em relação a 2001, em termos percentuais, de 45,94% para 49,52%, (e em termos absolutos de 25968 para 27975 votantes).
Da relação entre os resultados destas duas eleições a única coisa que se pode aferir é que, ao contrário do que insinua António Chora, abstenção não favorece a CDU. Diria mesmo que não favorece ninguém, mas alguns “democratas” assim não o entendem.
Aproveito também para recordar que os eleitores dos concelhos da Moita e do Barreiro, votaram maioritariamente em Jerónimo de Sousa para a Presidência da República, vencendo o Secretário-Geral do PCP as eleições presidenciais nestes dois concelhos, com 30,90% dos votos na Moita e 30,01% no Barreiro.
Com este artigo espero esclarecer que estes argumentos, tantas e tantas vezes usados, não são válidos nem se transformam em “verdades”. Não basta opinar, temos de saber minimamente do que falamos porque se o não fizermos, então sim, estaremos certamente a criar mais abstencionismo e a desacreditar ainda mais a nossa política e os nossos políticos.
Nuno Cavaco
Membro da DORS do PCP
Na Terça-Feira, dia 26 de Agosto, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP visitou o concelho de Alcochete e nesta iniciativa, contestou a decisão/intenção do governo de entregar a gestão urbanística em redor ao Novo Aeroporto de Lisboa à ANA – Aeroportos de Portugal, empresa que está na calha para ser privatizada, passando assim, para as mãos de um privado o poder de decisão sobre o Uso do Solo em vários quilómetros quadrados no Distrito de Setúbal. O secretário-geral do PCP afirmou que não é aceitável que se tomem decisões destas à revelia das autarquias, considerando que este facto representa «uma expropriação das competências dos municípios em matéria de ordenamento do território e gestão urbanística». O assunto assume extrema gravidade não só no que respeita à Gestão do Território e ao respeito pelos órgãos eleitos democraticamente, mas também porque surge aliado à vontade de privatizar a ANA, “vendendo” assim mais um pouco da nossa soberania nacional.
O Bloco de Esquerda surge muitas vezes indignado com um suposto ataque do PCP às suas ideias e propostas, deixando de lado a política de direita do PS, mas vejamos na prática como a verdade vem ao de cima.
No meio de posições contraditórias quanto a este tema, António Chora, escreveu um artigo, a que deu o nome de “Agir enquanto é tempo”, onde reconhece a validade das palavras de Jerónimo de Sousa na denúncia do sucedido. No mesmo texto aproveita para fazer “ataques” ao Partido Comunista Português, o seu antigo partido. António Chora escreveu que as autarquias do Distrito de Setúbal privatizaram a “reciclagem das águas fluviais” entregando-as à SIMARSUL (deverá ser uma gralha e onde se lê “fluviais” deverá ler-se “residuais” e onde se lê “reciclagem” deverá ler-se “tratamento”, salvo melhor indicação por parte de António Chora) e a recolha de resíduos domésticos à AMARSUL (também deve ser uma gralha que António Chora poderá esclarecer melhor), o que, segundo a opinião deste nosso ex-deputado à Assembleia da República pelo distrito de Setúbal, resultou no aumento das tarifas de água, das taxas de recolha de resíduos e taxas de saneamento, e que este processo não se pode diferenciar em muito do que o Governo PS pretende fazer com a ANA.
Como isto é falso, importa “informar” António Chora de que para agir é importante conhecer. O PCP foi e é contra este modelo de serviços. Muito antes da criação da AMARSUL o PCP denunciou e lutou para que a filosofia de criação e funcionamento destas empresas fosse diferente, que o capital das autarquias fosse de pelo menos 51%, ao invés dos 49% actuais, para que a última decisão ficasse nas mãos das Autarquias. Se António Chora não sabe disto deveria ler mais, informar-se melhor, ou então apelar à sua própria memória!
No meio desta conversa lá vem novamente com a mesma cassete que de tanto ser passada já está degradada, criticando a Revisão do PDM, as alegadas irregularidades e ilegalidades que nunca são provadas mas que continuam a ser “anunciadas”, e os processos de descentralização em curso pelo governo socialista para as Câmaras Municipais no que compete à aprovação dos PDM´s e delimitação das Reservas Nacionais, quer agrícola, quer ecológica, nunca referindo o principal problema, que consiste na falta de articulação entre os vários Planos de Ordenamento do Território.
Nunca é tarde para lembrar que a Câmara Municipal da Moita foi das primeiras a elaborar um PDM, mesmo antes da legislação que os enquadra e sem um modelo de gestão territorial de âmbito nacional/regional bem definido. Importa também esclarecer que o edifício do ordenamento do território em Portugal prevê uma hierarquia nos Planos, do nível Nacional para o Local, mas que em Portugal se fez a casa pelo telhado, elaborando-se primeiro os PDM´s e só recentemente o Plano Nacional de Ordenamento do Território.
No seu artigo, António Chora critica ainda a aprovação do Plano de Saneamento Financeiro da Câmara Municipal da Moita, passando um atestado de incompetência tanto ao Município como ao Tribunal de Contas, para terminar com um ensaio do tipo Zandinga, sobre os resultados das eleições autárquicas, apelando ao voto dos abstencionistas.
Considera António Chora que todos aqueles que não votam o fazem por estarem desacreditados com a política praticada pela CDU. Se olharmos para os resultados eleitorais em 2005 no Concelho da Moita, verificamos que a CDU conseguiu 49,79% dos votos, aumentando a sua votação em relação a 2001, quer em percentagem passando de 41,4% para os actuais 49,79%, quer em termos absolutos (de 10751 votos em 2001 para 13930 em 2005), isto num acto eleitoral onde o número de votantes aumentou em relação a 2001, em termos percentuais, de 45,94% para 49,52%, (e em termos absolutos de 25968 para 27975 votantes).
Da relação entre os resultados destas duas eleições a única coisa que se pode aferir é que, ao contrário do que insinua António Chora, abstenção não favorece a CDU. Diria mesmo que não favorece ninguém, mas alguns “democratas” assim não o entendem.
Aproveito também para recordar que os eleitores dos concelhos da Moita e do Barreiro, votaram maioritariamente em Jerónimo de Sousa para a Presidência da República, vencendo o Secretário-Geral do PCP as eleições presidenciais nestes dois concelhos, com 30,90% dos votos na Moita e 30,01% no Barreiro.
Com este artigo espero esclarecer que estes argumentos, tantas e tantas vezes usados, não são válidos nem se transformam em “verdades”. Não basta opinar, temos de saber minimamente do que falamos porque se o não fizermos, então sim, estaremos certamente a criar mais abstencionismo e a desacreditar ainda mais a nossa política e os nossos políticos.
Nuno Cavaco
Membro da DORS do PCP
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