blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2008-10-31
2008-10-29
As contradições neste texto são muito interessantes:
“Com a construção de um grande aeroporto, no seu território, Canha vai entrar com a sua construção num novo ciclo da sua história.
A equipa que está a projectar o aeroporto e a Câmara Municipal de Montijo não podem deixar de ter em consideração a importância ambiental que representa o território da freguesia e a centenária história da Vila de Canha.
Penso que as zonas urbanizáveis na alteração do Plano Director Municipal de Montijo devem aumentar para alguns milhares de habitantes e ter em conta a importância do património histórico que representa a Vila de Canha.”
Ou seja, vamos retirar o aeroporto do centro da cidade, e agora já podemos construir uma cidade em volta do aeroporto, mesmo que apartamentos às moscas no concelho do Montijo seja coisa que não falte. É claro que as medidas preventivas previstas na legislação são para ter em conta, mas tudo em nome do “património histórico da freguesia de Canha e o ambiente sem prejudicar o seu desenvolvimento”, uma terra “que estava a morrer aos “poucos”, com uma população muito idosa.”
“Com a construção de um grande aeroporto, no seu território, Canha vai entrar com a sua construção num novo ciclo da sua história.
A equipa que está a projectar o aeroporto e a Câmara Municipal de Montijo não podem deixar de ter em consideração a importância ambiental que representa o território da freguesia e a centenária história da Vila de Canha.
Penso que as zonas urbanizáveis na alteração do Plano Director Municipal de Montijo devem aumentar para alguns milhares de habitantes e ter em conta a importância do património histórico que representa a Vila de Canha.”
Ou seja, vamos retirar o aeroporto do centro da cidade, e agora já podemos construir uma cidade em volta do aeroporto, mesmo que apartamentos às moscas no concelho do Montijo seja coisa que não falte. É claro que as medidas preventivas previstas na legislação são para ter em conta, mas tudo em nome do “património histórico da freguesia de Canha e o ambiente sem prejudicar o seu desenvolvimento”, uma terra “que estava a morrer aos “poucos”, com uma população muito idosa.”
2008-10-25
Aposto que o Sr. Primeiro Ministro e os Srs. Jornalistas que com ele conversaram se riram muito das patetices do Charlôt mas não viram o filme do Charlie Chaplin. Ou como dizia o outro: "Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara".
2008-10-23
A entrevista que esta semana Maria Filomena Mónica dá à Visão tem algumas partes hilariantes:
“Se eu lhe perguntar se sabe cozinhar, por exemplo, soa a esquisito... É uma pergunta que se faz aos homens, já que as mulheres é suposto saberem...
Pois. E é que não sei mesmo. Pertenço a uma classe social e a uma época em que havia as criadas. Nós tínhamos empregadas. A minha mãe não punha os pés na cozinha e nós também não. Depois de casar, resolvi não facilitar. Se eu cozinhasse, iria gastar muito mais tempo do que a parte masculina do casal.
E, a partir daí, não cozinhou, mas por militância
Exacto, por militância!”
(...)
“Há para aí umas três pessoas cultas em Portugal”
(...)
“Em que outra época gostava de ter nascido?
Em 1847, para aí... gostava de ter chegado à Regeneração, ao golpe do Duque de Saldanha, em que Fontes subiu a Poder, aí com 6 ou 7 anos...
Isso é a visão de uma historiadora. O que queria era viajar no tempo e observar com os seus olhos um período que lhe interessa...
Não. Gostava de ter vivido nessa época. Foi a época em que houve mais liberdade em Portugal, de expressão, de pensamento: é entre 1852 e 1890, até ao ultimatum.
Mais liberdade do que depois do 25 de Abril?
Sim, mas para um grupo muito pequeno. Eu teria ser da classe média alta ou da aristocracia.
(...)
Embora a condição feminina nessa altura...
Ah pois, esqueci-me de dizer: teria de ser homem! Se fosse mulher só mesmo da alta aristocracia do Paço.”
“Se eu lhe perguntar se sabe cozinhar, por exemplo, soa a esquisito... É uma pergunta que se faz aos homens, já que as mulheres é suposto saberem...
Pois. E é que não sei mesmo. Pertenço a uma classe social e a uma época em que havia as criadas. Nós tínhamos empregadas. A minha mãe não punha os pés na cozinha e nós também não. Depois de casar, resolvi não facilitar. Se eu cozinhasse, iria gastar muito mais tempo do que a parte masculina do casal.
E, a partir daí, não cozinhou, mas por militância
Exacto, por militância!”
(...)
“Há para aí umas três pessoas cultas em Portugal”
(...)
“Em que outra época gostava de ter nascido?
Em 1847, para aí... gostava de ter chegado à Regeneração, ao golpe do Duque de Saldanha, em que Fontes subiu a Poder, aí com 6 ou 7 anos...
Isso é a visão de uma historiadora. O que queria era viajar no tempo e observar com os seus olhos um período que lhe interessa...
Não. Gostava de ter vivido nessa época. Foi a época em que houve mais liberdade em Portugal, de expressão, de pensamento: é entre 1852 e 1890, até ao ultimatum.
Mais liberdade do que depois do 25 de Abril?
Sim, mas para um grupo muito pequeno. Eu teria ser da classe média alta ou da aristocracia.
(...)
Embora a condição feminina nessa altura...
Ah pois, esqueci-me de dizer: teria de ser homem! Se fosse mulher só mesmo da alta aristocracia do Paço.”
2008-10-22
Imagens das Obras da REFER na Baixa da Banheira, onde felizmente o mural foi respeitado. Mural esse, que a seu tempo será finalmente restaurado.
Etiquetas:
Baixa da Banheira em imagens,
Linha do Sado
2008-10-15
O Prof. Moniz Pereira, aliás o “Sr. Atletismo” como é conhecido, vai estar no dia 16 de Out. pelas 21,00h no auditório da Biblioteca Municipal Bento Jesus Caraça na Moita, no âmbito do Mês do Idoso. Ele vem partilhar connosco alguns episódios graciosos e humorísticos da sua vivência enquanto atleta, treinador (de Carlos Lopes, Fernando Mamede entre outros), dirigente e sócio n.º 2 do Sporting C. P.
2008-10-14
Para quem estiver interessado, aqui fica o link para o Resumo não técnico do Estudo de Impacto Ambiental da TTT em Lisboa.
Etiquetas:
terceira travessia do Tejo
2008-10-13
2008-10-12
Porque a Magnum não é um grupo de velhinho a recordar as belas fotografias que faziam há 50 anos, Gilles Peress pode fazer isto.
2008-10-08
2008-10-07
"As decisões que o Congresso tem de tomar neste momento afectarão não só as perspectivas de curto prazo para a economia norte-americana, como também desenharão o tipo de capitalismo que teremos nos próximos 50 anos. Queremos viver num sistema em que os lucros são privados, mas as perdas são colectivizadas, em que o dinheiro dos contribuintes é utilizado para salvar empresas em processo de falência? Ou queremos viver num sistema em que as pessoas são responsabilizadas pelas suas decisões, em que o comportamento imprudente é penalizado e o comportamento prudente é recompensado?
Para quem quer que acredite no mercado livre, o risco mais sério da actual situação é que o interesse de uns quantos financeiros destrua as bases do próprio capitalismo. Chegou a hora de salvar o capitalismo dos capitalistas." in jornal de negócios online
Quando já se fala assim é óbvio e mais do que certo de que depois do que se está a passar nada vai ser igual. A questão central é o tipo de sistema que queremos. Bipolar, Unipolar, participativo, repressivo, plural, com muito cuidado. Esse sistema depende de nós e da moral da história que retiraremos desta grave crise.
Não adianta agora vir somente com os chavões do costume, é urgente tentar criar mais riqueza e exigir uma distribuição mais justa da mesma. É urgente respeitar a liberdade em todas as suas formas e para tal importa inverter as políticas, valorizando o trabalho, valorizando as pessoas.
É agora a altura de inverter o que foi feito, apostando na produção e em quem produz e negar com muita força os remédios que nos querem apresentar, garantindo o quinhão dos gulosos à conta do povo trabalhador, mantendo tudo na mesma. A justiça não pode ficar à espera e esta, quero crer que tarda mas não falha.
Há muito a fazer agora que a verdade foi revelada.
Para quem quer que acredite no mercado livre, o risco mais sério da actual situação é que o interesse de uns quantos financeiros destrua as bases do próprio capitalismo. Chegou a hora de salvar o capitalismo dos capitalistas." in jornal de negócios online
Quando já se fala assim é óbvio e mais do que certo de que depois do que se está a passar nada vai ser igual. A questão central é o tipo de sistema que queremos. Bipolar, Unipolar, participativo, repressivo, plural, com muito cuidado. Esse sistema depende de nós e da moral da história que retiraremos desta grave crise.
Não adianta agora vir somente com os chavões do costume, é urgente tentar criar mais riqueza e exigir uma distribuição mais justa da mesma. É urgente respeitar a liberdade em todas as suas formas e para tal importa inverter as políticas, valorizando o trabalho, valorizando as pessoas.
É agora a altura de inverter o que foi feito, apostando na produção e em quem produz e negar com muita força os remédios que nos querem apresentar, garantindo o quinhão dos gulosos à conta do povo trabalhador, mantendo tudo na mesma. A justiça não pode ficar à espera e esta, quero crer que tarda mas não falha.
Há muito a fazer agora que a verdade foi revelada.
2008-10-06
2008-10-04
2008-10-03
2008-10-01
"A CGTP-Intersindical comemora os seus 38 anos de vida com um Dia Nacional de Luta, em 1 de Outubro de 2008, através de greves, paralisações, concentrações e contactos com os trabalhadores e as populações. Na Baixa da Banheira, a União dos Sindicatos de Setúbal realizou, esta manhã, uma arruada, com numerosos participantes, activistas sindicais, trabalhadores e reformados, que contactaram e distribuíram comunicados à população. “Melhores salários, emprego sem precariedade e contra esta revisão laboral” foram as palavras de ordem mais gritadas."
ver mais em CGTP
Etiquetas:
A Luta Continua,
Baixa da Banheira
Dia do [Sistema] idoso.
Numa altura em que vivemos uma crise de "valores", dificilmente pensamos naqueles que foram os jovens trabalhadores e sonhadores de outros tempos. Outrora, entre nós, a sua maioria vivia para subsistência cujo o sonho estava condicionado à dimensão de um prato. Eram tempos dos Padres, Professores, Doutores e Engenheiros e …do povinho. Nessa altura não havia o problema do idoso, pois na sua esmagadora maioria, morriam cedo devido não só aos "males" de saúde derivados de doenças mortais hoje tratáveis, de anos de trabalho de Sol a Sol, e também de uma atitude não-preventiva, resultado da mentalidade que então havia, trabalhar até cair, como se essa atitude os liberta-se da miséria que os ameaçava constantemente. E deveria… não fosse do outro lado social, estar alguém para quem estes não eram mais do que engrenagens da sua fortuna. Se hoje existem os recibos verdes, nessa altura eram pagos em pratos de sopa e "esmolas". Férias? era o trabalho dos ricos, que consistia em "torrar" as suas fortunas em casinos e ballet roses.
Por isso, é de perceber porque muitos anos de trabalho desses jovens de outros tempos, não são hoje contabilizados. Foi assim para muita gente até ao 25 de Abril de 1974. Nesses tempos antecedentes à revolução, os que intentavam em sonhar fora do prato, eram perseguidos pelos bufos cobardes, que eram recrutados entre a classe explorada a troco de uma sobremesa de restos, pensando que dessa forma, inverter a sua própria condição social, não percebendo que também eles eram peças da engrenagem corrupta das classes.
Hoje, temos 34 anos de Liberdade mas, talvez ela também esteja a ficar precocemente idosa. As engrenagens de outrora tentam corromper tudo aquilo que ela nos trouxe. Com a bandeira da globalização tentam inverter o fluxo do lucro que Abril nos trouxe. Os Bufos cobardes, já não são recrutados entre o povinho, mas entre aqueles que ele elege como seus representantes, a quem aliciam com uma "baba de camelo" em forma de um ordenado num cargo numa das empresas ex-públicas. Através de frases feitas, refazem discursos hipócritas jogando com aqueles que não têm "valores" e com aqueles que os têm, pretendendo refazer a engrenagem corrupta de classes. Lavam as mãos com o sabonete da competência, com intuito de tornar a apertar as mãos a quem lhes confiou o futuro não vendo que são eles que fedem a idoso, a velho, a podre Sistema.
Subscrever:
Mensagens (Atom)