2009-02-06

Descobrir um caminho para sair da crise!


Segundo o nosso primeiro ministro, chegou a altura dos partidos da oposição em vez de atacarem o seu governo, dizerem o que pretendem fazer para a recuperação do país. Não sei porquê mas parece que já ouvimos esta cassete dita anteriormente pelos outros governos. Não sei se é um prenúncio de um vazio de ideias, mas revela o enorme incómodo em que o governo se encontra devido ao descrédito da sua palavra. Talvez a solução esteja gravada na nossa história. Antigamente os portugueses olhavam para o seu território não como um subúrbio da Europa mas como uma porta para o mundo. Hoje, países existem, que no centro da Europa, para os seus residentes e mercadorias poderem deslocar-se até outros países fora da sua área, têm que atravessar por países vizinhos. Nós hoje vemos o mar não como uma estrada que nos liga a todo o mundo mas como uma barreira, e é aqui que percebemos como os tempos mudaram em relação aos nossos antepassados. Porque não temos grandes barcos de transporte para comercializarmos os nossos produtos com o mundo e vice versa? Penso que o aproveitamento do Porto de Sines e outros são muito mal aproveitados em relação a outros portos europeus. A nossa industria naval (estaleiros) que já foi das maiores a nível mundial, hoje não passa de uma sombra. Não percebo como um povo que foi pioneiro na globalização, não tem mais ideia das mais valias que isso pode nos trazer. Sabemos que temos um país pequeno em comparação com outros mas isso não justifica que também tenhamos ideias pequenas, e todos percebemos bem o que significa tê-las. Se no passado com poucos recursos conseguimos fazer aquilo que outros com muitos não conseguiam, porque razão será que hoje vivemos com a consciência restringida aquilo que vemos do exterior e não olhamos para as nossas características pessoais e territoriais para retirarmos o melhor partido? De certeza que não necessitamos somente que outros nos digam o que fazer, pois sabemos muito bem. Um dos elementos que nestes dias temos visto a sua extrema necessidade e que nós negligenciamos é o Sal. Vejam a necessidade que dele têm os países do norte por causa da neve nas estradas. Foi com ele que em 1669 Portugal pagou aos holandeses para saírem do Brasil. Hoje por ironia ainda importamos anualmente algumas toneladas. Ideias para recuperar o pais, todos nós temos, mas alguns é que são eleitos para não as faltar. Temo no entanto que a proposta da regionalização seja só mais uma manobra para "feudapartidalizar" o país do que para resolver os seus problemas.

7 comentários:

Anónimo disse...

#mas alguns é que são eleitos para não as faltar#

desculpa lá fugir ao contesto mas esta frase está de mais...

o vosso melhor amigo (da onça)

Anónimo disse...

não uses # usa "

lagartinha melancia

Anónimo disse...

deixem-se de merdas, o banheirense é fixe

o vigilante

Anónimo disse...

Vigilante tens andado desaparecido!
Para mim o Banheirense é muito fixe.
Gosto de passar por aqui.
Para ser mais fixe ainda, falta uma música muito boa.
Um abraço
Lagartinha de Alhos Vedros

Anónimo disse...

hoje não malharam no AC, Fixe... este blog está a melhorar
HeHeHeHe......

AV disse...

"Temo no entanto que a proposta da regionalização seja só mais uma manobra para "feudapartidalizar" o país do que para resolver os seus problemas."

Eu não temo, tenho a certeza que isso acontecerá, se criarem esse monstro autofágico.

A solução é a duplicação dos municípios, a livre associação de municípios e a interdição dos partidos nacionais concorrerem a eleições autárquicas (apenas listas de cidadãos)e a proibição de partidos regionalistas para evitar a desfragmentação da nossa Pátria.

AV2

Anónimo disse...

Um amigo, teve a amabilidade de me enviar uma passagem do "Capital" de que me não lembrava, mas que é tão actual que não posso deixar de a partilhar.
" Os donos do Capatal vão estimular a classe trabalhadora s comprar bens caros, casa e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais,até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão de ser nacionalizados pelo Estado"
Karl Marx, in Das Kapital 1876

Um abraço
O Merceeiro Honesto