A leviandade com que se propõe a mudança da localização da terceira travessia do Tejo em Lisboa é assustadora. Para José Manuel Viegas, Catedrático em transportes do Instituto Superior Técnico, os cerca de 150 mil habitantes dos concelhos do Barreiro e Moita não interessam, nem mesmo para comparar com os 40 mil que moram no concelho do Montijo, ou com os 15 mil de Alcochete. Nem interessa que os milhares de trabalhadores que diariamente se deslocam dos concelhos do Barreiro e da Moita para trabalhar em Lisboa estejam, não só saturados de uma linha do Sado que não os serve, como das várias mudanças de transportes a que são obrigados. No meu caso são 4 meios de transporte pela manhã, repetidos pela ordem inversa, ao fim do dia. Por algum motivo o número de automóveis que se desloca desta banda para Lisboa não abranda, não é?
Nada disto é importante, o que interessa são os 400 milhões de euros poupados numa ponte para a ligação de um TGV em estudo a um proposto aeroporto em Alcochete. Curiosamente, nestas contas não entra a Linha do Sado (será que é para acabar, assim como as oficinas da EMEF no Barreiro?), nem os custos de continuar a discriminar a população deste pedaço da margem sul. Será preciso lembrar que, por exemplo, até à chegada dos catamarãs a ligação via fluvial Barreiro-Lisboa se manteve inalterada durante 40 anos, ou que pela Linha do Sado o percurso de 30 Km entre Barreiro e Praias do Sado, e onde está localizado o Instituto Politécnico de Setúbal, se faz actualmente numa penosa hora, enquanto que de automóvel bastam 30 minutos?
Nada disto é importante, o que interessa são os 400 milhões de euros poupados numa ponte para a ligação de um TGV em estudo a um proposto aeroporto em Alcochete. Curiosamente, nestas contas não entra a Linha do Sado (será que é para acabar, assim como as oficinas da EMEF no Barreiro?), nem os custos de continuar a discriminar a população deste pedaço da margem sul. Será preciso lembrar que, por exemplo, até à chegada dos catamarãs a ligação via fluvial Barreiro-Lisboa se manteve inalterada durante 40 anos, ou que pela Linha do Sado o percurso de 30 Km entre Barreiro e Praias do Sado, e onde está localizado o Instituto Politécnico de Setúbal, se faz actualmente numa penosa hora, enquanto que de automóvel bastam 30 minutos?
3 comentários:
cá pelo eu, tanto se me dá...
Amigo João Figueiredo, fiquei encantado com as suas posições.
Reclamar por respeito para com os trabalhadores e gentes da Moita e Barreiro que todos os dias se deslocam dezenas de Km para trabalhar.
E o comboio que é mau.
E a ponte que não surge.
Mas mesmo com bons transportes e uma terceira ligação no Barreiro o ideal mesmo seria... conseguir empregos na margem sul!
Isso sim! Isso ia melhorar a qualidade de vida das pessoas de cá!
Mas se defende isto, então o meu amigo é um apoiante meu contra as ideias do João Lobo e da CDU de mais habitação e menos emprego. O amigo apoia-me na luta contra este PDM que só defende a construção de habitação.
Acredito que o Concelho está a mudar e a abrir os olhos, obrigado pelo seu apoio.
Luís Nascimento (vereador na CMM)
O meu amigo Luís Nascimento (vereador na CMM) saberá, provavelmente muito melhor que eu, que o factor mobilidade, tanto de pessoas como de mercadorias, é um factor determinante na criação de empresas e emprego.
Provavelmente também saberá que não foi nenhum PDM que foi fechando a indústria, nem nestes concelhos, nem no resto do País...
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