2008-08-18

A propósito de alguns comentários que têm surgido na sequência de alguns post’s lembrei-me de um texto do Paulo Querido onde se afirma o seguinte:

O anonimato não significa cobardia — embora alguns cobardes anónimos o usem para tentar insultar e denegrir terceiros.

O anonimato não significa irresponsabilidade ou inimputabilidade — apesar de alguns cobardes anónimos o usarem irresponsavelmente.


Já agora, gostava de perguntar ao António Chora (e se não foi ele que deixou o comentário, peço já as minhas desculpas), se por acaso se quer referir em particular a algum caso de atropelamento, despedimento ou outro, ou se as afirmações das 6:24 P.M. são apenas mais uma “figura de estilo” do discurso bloquista local.

14 comentários:

nunocavaco disse...

Caro João isto deve fazer parte do novo conceito de marxismo, ou melhor, do neo-marxismo.

Anónimo disse...

Eu sou da velha guarda, ainda pra mais tenho andado queixoso das minhas maleitas, mas sempre que posso e os meus olhos permitem venho até aqui para ver como vão as modas.
Gosto de ver certos pintores a pintarem fora da sua arte e isso é mau porque a pintarem ainda o fazem bem, mas com pintorices até me dá pena, ex:revolucionário, ex trabalhador do sindicato dos metalurgicos,ex e depois outros exs, trabalhor da Mutualista dos Pescadores eX funcionários do P.C.P. ACTUAIS agentes das forças de direita mais o Chorinha viagente, que com tanto lucro ne empresa, mais de 40% deve estar a tratar, talvez durante uma viagenzita ao México,na forma de passar os lucros de 40% para 50%
Chorai, chorai, esquerdistas da minha terra!
Abraços
Merceeiro Honesto

nunocavaco disse...

Caro Merceeiro Honesto, eu sou dos da nova guarda e se bem que no comentário onde o António Chora afirma o que o João Figueiredo cita neste post, e eu não o escrevi, escrevo agora:

O António Chora assumiu aqui um anti-comunismo primário e caluniou todos os comunistas deste concelho ao afirmar que nós perseguimos as pessoas. Convido António Chora a perguntar ao Carlos Brocas se já foi atropelado numa passadeira ou ao António Ângelo se lhe aconteceu algo semelhante. Não aconteceu. Por isso considero que António Chora deve um pedido de desculpas a todos os comunistas e também a alguns bloquistas. Não vou aqui escrever quem foi, e estou-me nas tintas se acreditam ou não, mas um membro do bloco ligou-me a pedir desculpa por esta posição de António Chora. Mais palavras para quê?

António Chora passou das marcas mas isso só lhe fica mal a ele. Como ex.comunista cuspir na sopa só lhe fica mal.

Por outro lado, deixa no ar que eu escrevi umas coisas a seu respeito mas que não assumi. Isso é falso. Não tenho, nem nunca tive medo de António Chora e não concordo com a sua forma de fazer política. Isso é público e bem notório.

Quantos aos anónimos, partilho a opinião do João e admito que tenho respeito por alguns neste concelho. Eu visito blogues como todos sabem, e interesso-me pela opinião de muitos, como o Carlos Brocas, os av´s, o broncas. Se calhar é defeito mas eu considero que é feitio.

Por último considero que António Chora, pelo que escreve se transformou num sindicalista moderno, do século XXI que entende que o trabalho sindical não é mais o mesmo que no passado, só que a realidade é mais dura e complexa do que no passado, porque regrediu e os conceitos de marxismo e leninismo estão cada vez mais actuais ainda que o liberalismo afirme o contrário e o que Lenine escreveu se assemelhe à nossa realidade!

Anónimo disse...

Amigo Nuno, tu só os conheces de agora eu que por cá ando á muito, sei o que eles são,nunca prestaram para nada, andaram encostados porque aqui dava geito, mas quando arranjaram tachinho mais fácil de tocar, logo se meteram no seu verdadeiro lucar ANTI-Comunistas Pró-capital
Um dia amigo, conto histórias antigas,algumas do tempo da campanha do PCP dos 50 mil outras que me foram contadas por trabalhadores emigrantes,,,
Ou talvez não conte, porque quem mas contou e comigo as viveu não quer, diz que é velho!!!
Adeus amigo, vou tomar os meus remédios que me levam metade da minha reforma

Abraços
Merceeiro Honesto

Anónimo disse...

Nuno è claro que isto é uma figura de estilo o que se refere a “passar com um carro por cima” minha e não do BE local porque eu ainda tenho independência suficiente para falar em meu nome e espero continuar a tê-la, sobre os despedimentos eles ainda não existiram porque tem sido impossivel (felizmente) identificar as pessoas que na Câmara tem feito passar documentos importantes para alguns blogs do concelho
Quero dizer que a coisa está colocada ao contrário quando referes que …alguns membros de CT´s incluindo o António Chora, contra quem não tenho nada, apenas discordâncias políticas profundas, estão mais ocupados na Comunicação Social a atacar o PCP e a CGTP, que a defender o interesse dos trabalhadores..
É que foi exactamente a forma como foram elaboradas as listas para o Sindicato de à três mandatos a esta parte, em que é dada prioridade não à competência mas sim à filiação partidário e contra a representatividade junto dos trabalhadores ( vê como os trabalhadores votam com participação de cerca de 70% para eleger a CT enquanto para a direcção do Sindicato votam 8% do total de filiados ou seja 2,8% do total de trabalhadores da fábrica é pois uma questão de representatividade, que se tem levantado as questões. Eu sou daqueles que entendo e defendo a CGTP como a principal central sindical dos trabalhadores portugueses, que combato e sempre combati a multiplicação de sindicatos (coisa que há muito se fala no sector automóvel e que se agravou com a condução dos problemas da Opel, respeito o sindicalismo e os sindicatos, mas ninguém em situação alguma, me proíbe de lhes apontar os erros, a falta de soluções, as politicas negociais de recusa de apresentar propostas porque como dizem isso compete ao patronato, e também ninguém me calará na apresentação da minha opinião favorável ao que entendo fazerem bem. Na Autoeuropa sempre alinhámos, apoiámos as lutas desenvolvidas pela CGTP, tendo em conta as decisões e opiniões dos trabalhadores, por isso fazemos Plenários para explicar as razões da CGTP, e a esmagadora maioria da CT vai ás concentrações e manifestações.
Quanto ao PCP, partido histórico da esquerda portuguesa nada me move contra ele a nivel nacional, não concordando com as soluções para os problemas nacionais diz respeito não porque não sejam justas, mas porque são impraticáveis no Portugal saído da contra revolução, não abordo as internas porque essas são da exclusiva responsabilidade dos seus militantes, como não concordo com as posições assumidas pelos dirigentes locais do PCP, na Autoeuropa, onde os comunicados do sindicato e da célula se confundem, apesar dos da célula atacarem sempre que podem a CT da Autoeuropa sem que apresentem exemplos de condução de lutas bem sucedidas em qualquer outra empresa do parque ou do distrito, não concordo também a nivel concelhio com o que diz respeito ao PDM e aí é uma discordância profunda sobre as politicas de desenvolvimento local.
Se criticar é entendido como atacar então espero que estejam muitos mas muitos anos fora do poder para evitar prisões politicas de novo no nosso país, sei que não defendes isto, mas a raiva que alguns colocam quando ouvem criticas e as insinuações de que criticas são ataques levam historicamente a isso.


Dizes ….Uma coisa é o trabalho desenvolvido na empresa, outra é a ideologia de cada um, e é aqui que eu discordo de António Chora e de outras pessoas…”


Todos sabemos (os que andam na politica, que as opções que tomamos tem quase sempre a ver com opções politicas, mas o que eu disse e repito é que nunca recebi recomendações do BE sobre o meu trabalho e o da maioria da CT na empresa.
Dentro da empresa sou pragmático o suficiente para só ouvir e discutir com os trabalhadores as melhores decisões para um futuro de sucesso para a empresa e por força da razão para os trabalhadores que são os responsáveis desse sucesso.
Isso não me impede que na sociedade assuma as minhas opiniões politicas e a minha clara opção pelo Socialismo de liberdade de organização e de expressão de todos os habitantes deste país e do Mundo, só um socialismo democraticamente escolhido por todos é duradouro e solidário, e não confundo o Socialismo que defendo com aquele que há cerca de 100 anos nos vem vendendo, desde Quental a Soares, homens que considero de esquerda mas com os quais não tenho que estar de acordo em todos os passos da história, o mesmo se aplica em relação ao PCP.
Afirmas que o que escrevi dobre
….o Leninismo é totalmente descabida e fora de contexto, porque o leninismo tem por força o que António Chora considera pertinente, e passo a citar: "... a travar lutas globais contra a globalização do capital."
Sabes também como eu que Lenine recorreu a Dirigentes do Capitalismo para gerirem as empresas da União Soviética reconhecendo a incapacidade e impreparação dos revolucionários para as levarem em frente.
E hoje a globalização do capital exige a globalização das lutas, tal como a necessidade de agir local a pensar global se aplica a toda a sociedade e a toda a nossa forma de fazer politica desde as autarquias ao governo .
Entendo a tua dificuldade em entenderes que existem hoje novas formas de operariado, do intelectual ao manual, se é verdade e tens razão que por força das posições que ocupam, os directores das empresas tomam posições na defesa do capital, é para isso que são pagos e nada me move contra eles, sobre isso, mas o combate que lhes dou e que todos devemos dar é diferente do que damos a um patrão, pois enquanto com os directores as negociações muitas vezes são interrompidas para que elas adquiram autorização para responder positivamente a algumas das nossas reivindicações, e tal só é possível porque sendo eles assalariados entendem melhor os problemas daqueles com quem trabalham todos os dias e que vivem no mesmo país que eles, com os patrões a coisa é diferente, esses se são mesmo patrões são autênticos ditadores e na falta de propostas com “pés para andar” por parte dos trabalhadores fazem o que querem e por isso não recebem os sindicatos nem respondem ás CTs., e quando o fazem é na presença da autoridades e apenas nesse dia, pagando depois acima da tabela, dando uns prémios por fora, levando assim os trabalhadores a porem fora os seus representantes, é isto que existe no nosso país, Portugal não é o distrito de Setúbal, neste distrito apesar de haver alguma coisa destas em nada se compara com o que os trabalhadores sofrem por esse país fora, e que os leva a fazer coisas como na Yasaki onde pela defesa do emprego apenas o delegado sindical fez greve, è isto que temos que estudar, é isto que temos que mudar, e só mudamos com responsabilidade com mais competência e menos ideologia dentro das empresas.
Não admites as referencias ás ditaduras da maioria, mas é o que o teu partido argumenta todos os dias e bem na Assembleia sobre o comportamento do PS e aqui no concelho o comportamento do PCP nas autarquias é exactamente igual ao do PS no Governo.

Agradeço o pedido provavelmente com alguma ironia para discussões inteligentes no comentários e sem ofensas, sabes que isso é quase impossível quanto falta o argumento e a razão aos comentaristas que por aqui aparecem.
Já tinha deixado de aqui vir por isso mesmo, porque os comentaristas eram tão fracos nos argumentos que optavam sempre pela ofensa, agora voltei porque vi o meu nome envolvido e até gosto de vir ao debate, desde que as pessoas se respeitem, aceito um blog partidáriamente referenciado, não aceito comentadores moralmente impotentes e como tal ofensivos.

nunocavaco disse...

Caro António Chora

Penso sem ironias que todos podemos discutir sem nos ofendermos. Não concordo com a divisão entre partidos e sindicalismo, mas respeito ainda que considere que esta só serve para alimentar argumentos menos válidos por parte de quem não quer defender os interesses dos trabalhadores, porque afinal os partidos existem para defender interesses, ou melhor classes.

Penso que é esta a nossa grande diferença, mas tenho humildade suficiente para admitir que no sindicalismo (como em outras áreas) o António Chora conhecerá melhor que eu a realidade. No entanto, as minhas opiniões não são formuladas com distanciamento da realidade, porque também eu contacto com problemas laborais e assim considero legitimas as minhas preocupações.

nunocavaco disse...

Por último e por considerar o comportamento do PCP nas autarquias semelhante ao comportamento do governo, discordo e admito que não é numa caixa de comentários que esta discussão fará mais sentido. Esta comparação não tem fundamento até porque para a fazer, com pés e cabeça, teremos de avaliar o comportamento da oposição. Mas estou disponível se o quiser fazer.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Merceeiros honestos?
Aonde?
Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?Aonde?

Anónimo disse...

nunocavaco disse...
Caro João isto deve fazer parte do novo conceito de marxismo, ou melhor, do neo-marxismo.

7:14 PM, Agosto 18, 2008

MARXISMO COM OVO CONCEITO?
QUE RAIO DE COMUNISTA ME SAIU O NUNOCAS CAVACAS?

Anónimo disse...

nunocavaco disse...
Caro João isto deve fazer parte do novo conceito de marxismo, ou melhor, do neo-marxismo.

7:14 PM, Agosto 18, 2008

MARXISMO COM NOVO CONCEITO?
QUE RAIO DE COMUNISTA ME SAIU O NUNOCAS CAVACAS?

Anónimo disse...

MARXISMO É DE MARX E NÃO DO TIPO DA POVOA DE SANTA IRIA....

Anónimo disse...

O sr. Chora disse: "Yasaki onde pela defesa do emprego apenas o delegado sindical fez greve, è isto que temos que estudar, é isto que temos que mudar, e só mudamos com responsabilidade com mais competência e menos ideologia dentro das empresas."

Este discurso é extraordinário. Faz-me lembrar o administrador de uma empresa onde trabalhei que, em 1974, ao ser por mim abordado para comprar um postal de solidariedade com o povo chileno (à época sob a sangrenta ditadura de Pinochet abençoada, esta e outras, pelos USA a maior "democracia" do mundo) me respondeu:
--"senhor X, no inverno ou em qualquer outra estação do ano ao entramos na casa de alguém a gabardina fica à porta, com a política e a ideologia tem de acontecer exactamente o mesmo". Se o referido administrador/patrão conhecesse o sr. Chora (ou qualquer da espécime dele) de certeza o elegia para assessor.

Não é novidade que ao longo dos tempos sempre houve e há-de continuar a existir, até um dia porque tudo o que é mau tem um fim, quem de entre os explorados os venda. Foi assim na escravatura e, liofilizadamente, é assim nos dias de hoje com, por exemplo, viagens ao estrangeiro para reuniões com os administradores de recursos "humanos" de multinacionais que servem, graças à "filantropia" do patrão da S.A., para explicar e ensinar aos cordeirinhos o sindicalismo do novo(?) tempo e um fluente discurso de "socialismo moderno". Dizem que é uma sociedade, só pode ser por milagre, com lugar para todos: explorados e exploradores, vitímas e agressores. Coisa fantástica.

Vejam só, andava eu a acreditar que o tempo continuava a ser o mesmo, não era novo nem velho.
O tempo era apenas de INJUSTIÇA e de DESIGUALDADES, de EXPLORAÇÃO e dos que tudo produzindo têm cada vez menos direitos e vêem cada vez mais longínqua a perspectiva de um futuro harmonioso, em escandaloso contraste com os "Srs.", herdeiros do passado, e suas familias que nada criando nada lhes falta e tudo têm a começar pelo determinar da nossa existência em condições no minimo absurdas... e hoje servidas em embrulho cor de rosa.

A concluir afirmo que o problema da Yasaki e de todas as outras, ao contrário da opinião dos Choras deste país, é de falta ou incipiente consciência social e política. Pelo que os conceitos de(organização da vida)esquerda ou direita nunca deixaram de fazer sentido e hoje, como ontém, de igual modo.
Um HOMEM sem raízes é incapaz de transformar o presente no sentido de um amanhã onde ele e todos os seus vivam sem angústias e sem medos. E para isso, a IDEOLOGIA nunca foi mais necessária.

Com saudações revolucionárias,
O vosso melhor amigo.

Anónimo disse...

Se calhar tambem lhe oferecem viagens ao vendido do chora para a holanda, a terra da mais velha profissao do mundo.
Assim ja pode dizer aos trabalhadores da auto europa que a holanda serve de exemplo: la os trabalhadores (nomeadamente aqueles que estao nas montras do red light district) nao piam.
E a maxima do socialismo moderno, if you know what i mean.

Anónimo disse...

o cavaquinho tá parvo de todo
subiu-lhe à cabeça qualquer coisa
será falta de?