A prova de 50 km contou com dois heróis, não dos de ouro mas dos outros, daqueles que rápida e injustamente são esquecidos, se é que alguma vez foram lembrados. António Pereira fez a melhor marca nacional: "Para um trabalhador como eu, que trabalho oito horas por dia como electricista na construção civil, acho que o tempo de 3h48,12m não é para qualquer um. Mas faço o que posso".
Augusto Cardoso, 37 anos, chegou um pouco atrás, na 40ª posição: "Eu trabalho oito horas por dia e depois treino. Pinto gruas e a minha empresa deixou-me treinar para estes Jogos. Pagou-me dois meses de ordenado para eu ir fazer estágio e eu queria agradecer-lhes. Se eu estou aqui é graças a eles". "Foi muito duro" foram as palavras de um atleta que, na noite anterior à prova dormiu poucas horas, teve febre, suores frios e vómitos.
Estes dois atletas representam o que é a generalidade do desporto em Portugal: falta de apoios, dedicação, sacrifício, e esquecimento. E às vezes, quando as coisas correm bem, lá chegam umas palmadinhas nas costas.
Augusto Cardoso, 37 anos, chegou um pouco atrás, na 40ª posição: "Eu trabalho oito horas por dia e depois treino. Pinto gruas e a minha empresa deixou-me treinar para estes Jogos. Pagou-me dois meses de ordenado para eu ir fazer estágio e eu queria agradecer-lhes. Se eu estou aqui é graças a eles". "Foi muito duro" foram as palavras de um atleta que, na noite anterior à prova dormiu poucas horas, teve febre, suores frios e vómitos.
Estes dois atletas representam o que é a generalidade do desporto em Portugal: falta de apoios, dedicação, sacrifício, e esquecimento. E às vezes, quando as coisas correm bem, lá chegam umas palmadinhas nas costas.
1 comentário:
porra que tu postas muito jan-pierre
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