Michael Moore despiu a America!
Acabou-se o "american way of life". Em "Sicko", Michael Moore mostra uma América (EUA) que tem muito boa gente, mas esta vive enganada à boa maneira romana (sem coliseo mas com tv). Este documento factual demonstra bem preocupação que alguns americanos têm em desviarem as atenções dos seus compatriotas para as guerras e outros tipos de violência de cenários "hollywoodescos" em detrimento daquilo que eles realmente se deviam preocupar.
http://www.michaelmoore.com/
blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2007-11-30
2007-11-26
ESTARÁ A UDCB A PAGAR O PREÇO DA ORIENTAÇÃO POLITICA DA MAIORIA DA POPULAÇÃO DA BAIXA DA BANHEIRA?
Há vinte anos que os três clubes da Baixa da Banheira (Real, Racing e Leais), com pragmatismo e modéstia, não hesitaram em abdicar das suas identidades e fundaram a U.D.C. Banheirense. Houve quem falasse de sacrifício… mas então um parque desportivo, como lhes foi prometido, não seria uma boa recompensa para praticarem a modalidade desportiva para a qual estão vocacionados? Assim pensaram jovens de vinte anos e de boa fé, que hoje com o cabelo branqueando continuam à espera de ver realizado um sonho de duas décadas que lhes é negado por gente sem escrúpulos e sem vergonha que, de legislatura em legislatura e com a cumplicidade dos subservientes locais, tem conseguido enganar muita gente durante muito tempo.
Actualmente no Governo, o Partido dos 10 estádios do Euro 2004 cujo o do Algarve é o paradigma da estupidez e do desperdício, dado que custa por dia, só em manutenção, 5.000 € (1000 contos) sem utilidade alguma, teve a genial ideia de financiar em 2 milhões de euros (400.000 contos) um estádio na Palestina. Se calhar para jogar à bomba e levar com os penalties de Israel, enquanto que por cá os nossos jovens da fusão vão jogando à bola, como podem e onde podem, sendo que para isso tenham de pagar. É caso para dizer que há pontapés no rabo que se perdem e que com políticos destes não há juventude que resista.
Há, portanto, duas décadas que é negada à U.D.C. Banheirense, sistematicamente, pela Administração Central, a comparticipação financeira do Estado às suas candidaturas para a construção do seu parque desportivo. A última candidatura, apresentada em 2000, foi seleccionada em 2003 e o projecto prévio aprovado em 20 de Julho de 2004, pela administração PSD, sendo então pedido àquela colectividade o resto da documentação necessária, incluindo o projecto completo de arquitectura no valor de 74.400 €, que em principio não podia de maneira nenhuma ser um tiro no escuro.
Em 03 de Maio de 2005, já com o PS no Governo, foi finalmente aprovado o projecto de execução e fornecidos os impressos que deveriam servir para o lançamento do concurso público da obra, estando o financiamento iminente. Contudo, o PS acabava de ser Governo, instala os seus boys e como de costume, depois de tanto trabalho, tanta despesa e sem explicação alguma, boicota o financiamento, apesar de ser considerado prioridade distrital e de interesse público pelo Governo Civil de Setúbal e com os pareceres favoráveis da CCDR – LVT e do Instituto do Desporto de Portugal.
Agora é preciso que a população da Baixa da Banheira saiba que se o PS não tivesse sido Governo em 2005, o parque desportivo estaria hoje, certamente, construído. Mas não é a primeira vez que o PS boicota esta infra-estrutura única para a nossa freguesia, porque já antes uma proposta apresentada pelo deputado Vicente Merendas (CDU) foi chumbada com um voto contra do PS, enquanto todos os outros partidos com assento no Parlamento votavam a favor. É caso para nos interrogarmos sobre este comportamento arrogante e revanchista de gente que, por razões de politica baixa, não hesitam em negar deliberadamente e de uma maneira incompreensível à população da Baixa da Banheira em geral e à sua juventude em particular, a comparticipação financeira de 46,3% do custo de um equipamento que lhes permitiria a prática do desporto para todos, que está consagrada na nossa Constituição. Estará a freguesia da Baixa da Banheira a pagar o preço da orientação politica da sua população? Mas então não estamos em democracia? É que há indícios que preocupam, porque ao que parece (e já foi dito) o facto do presidente da UDCB ter apoiado a candidatura do Engenheiro João Lobo à presidência da Câmara Municipal da Moita terá pesado fortemente na decisão do Secretário de Estado, João Ferrão, que como é sabido, teima em não assinar a comparticipação financeira do estádio, ao mesmo tempo que chegam àquela colectividade, recados como: “a União apostou no cavalo errado”.
Já a candidata do PS à presidência da Câmara Municipal da Moita, nas últimas autárquicas, comparou a sessão solene daquela colectividade a um comício, quando ainda lá se encontrava, revelando uma enorme falta de respeito pela instituição e uma maneira de cuspir na sopa, dado que foi no salão nobre daquela colectividade que teve lugar a apresentação dos candidatos do PS. Com tudo isto, não terá a senhora candidata à Câmara Municipal da Moita, ainda com o amargo da derrota eleitoral, segredado ao ouvido do seu camarada João Ferrão a sugestão de deixar o financiamento em banho-maria? Fica aqui a interrogação! Porque por ironia foi ela, então como vice-presidente da CCDR – LVT, a signatária do ofício que, em 31 de Agosto de 2006, informou a UDCB que a sua candidatura tinha sido definitivamente rejeitada. Mas que coisa curiosa! Mesmo alguém que não saiba mais do que um miúdo de 10 anos ficaria desconfiado.
A ex-candidata à presidência da Câmara Municipal da Moita, a ex-vice-presidente da CCDR – LVT e a actual Governadora Civil de Setúbal são a mesma pessoa, sendo no desempenho das suas actuais funções que esteve na ultima sessão solene da UDCB, mas desta vez em versão “Capuchinho Vermelho”, com uma cantilena de embalar, só que naquela sala havia muita gente que ainda não tinha esquecido o “Lobo Mau”, que comparara em 2005 a sessão solene da mesma colectividade a um comício.
No seu discurso trivial, tacanho e mal preparado mostrou não conhecer alguns assuntos que abordou, falando de percentagens sem ter em conta os plafonds dos financiamentos. Fica aqui a informação que a UDCB está a pedir 46,3% do custo da obra e não 65%. Falou de números errados que encontrou não se sabe onde, de tal maneira eles estão desactualizados, e também não sabia que a UDCB tem na CCDR – LVT, há muitos anos, uma candidatura do sub programa 2 para a remodelação do seu pavilhão gimnodesportivo, com projecto aprovado pela Câmara Municipal da Moita e que mereceu da parte do engenheiro Júlio Marques (CCDR – LVT) os maiores elogios pela maneira como foi apresentada, com fotografias de grande formato e a cores, apoiando e pondo em evidência as partes a remodelar, mas que mesmo assim tem sido sistematicamente rejeitada.
A UDCB está a pedir à Administração Central menos de 50% do valor de um equipamento para servir a juventude, ciente de que isso implicará muito mais trabalho e responsabilidade para os seus directores e associados em regime de voluntariado e quase sempre em detrimento das suas vidas familiar e profissional. Todos aqueles que estão na cadeia de decisão do financiamento e que não compreendem isso, ainda que com formação académica superior, são tão burros como os subservientes locais que, pelo seu silêncio e passividade, ainda não perceberam que estão a cortar a pernada da arvore onde estão sentados, prejudicando a sua terra, aqueles que os elegeram e até os próprios filhos. Desta gente pouco se pode esperar, porque não esqueçamos que todos eles pertencem à geração do charco (“pântano”), de um tal capitão Guterres que abandonou o barco ainda antes dos ratos, e que todos eles têm lugar cativo no contingente de boys, candidatos a um Job, que lhes dá a possibilidade de saltar de posto em posto à velocidade da luz. Mas não nos iludamos que esta gente sem escrúpulos e sem vergonha aparecerá na altura do próximo acto eleitoral, rastejando e com o mau hálito do sorriso mentiroso, fazendo as mesmas promessas que têm vindo a fazer há vinte anos. Mas desta vez só espero que os banheirenses os mandem dar uma curva e se possível com um pontapé no rabo, porque essa gente não respeita ninguém. Não respeita a empresa GOPP, que contribuiu com 200 mil euros (40 mil contos) para a construção da vedação e bilheteiras. Não respeita os dois directores que, em regime de voluntariado, durante cinco anos, a tempo inteiro, geriram as sessenta mil toneladas de entulho, nos cerca de 28 mil m2 do aterro. Não respeita os pequenos empresários que contribuíram com dezenas de horas de máquinas. Não respeita a autarquia que contribuiu com 800 horas de maquinaria pesada e custeou os projectos de arquitectura, no valor de 74.400 euros. Não respeita a UDCB, instituição de utilidade pública que, além da função social que desempenha no seio do movimento associativo, ainda, para o ultimo ano lectivo disponibilizou as suas instalações para aulas de inglês, musica e educação física a 170 alunos do agrupamento vertical Mouzinho da Silveira, prestando assim um precioso serviço à educação nacional. Não respeita a freguesia da Baixa da Banheira, nem a sua população, porque lhes nega, arbitrariamente, aquilo a que legitimamente têm direito. Para essa gente ficam aqui três perguntas: 1) Porque razão uma candidatura, considerada prioridade distrital e de interesse público para o Governo Civil de Setúbal, durante a Administração PSD, deixou de o ser assim que o PS chegou ao Governo? 2) Porque razão uma candidatura seleccionada em 2003 com projecto prévio aprovado em 2004, projecto de execução aprovado em 2005 e com o financiamento iminente, é rejeitada repentinamente sem explicação cabal e sustentada? Terá sido porque o resultado eleitoral nas últimas autárquicas não agradou àqueles que estão na cadeia de decisão? 3) Porque razão o facto do Presidente da UDCB ter apoiado um candidato que não o do PS à presidência da CMMoita, exercendo um direito de cidadania que só a ele diz respeito, pode influenciar negativamente a decisão do financiamento?
Se o PS não considera o Concelho da Moita como uma coutada sua deve ser capaz de responder a estas três perguntas; sem esquecer que a sua derrota eleitoral nas autárquicas 2005 foi ditada pela sua politica de terra queimada, boicotando tudo o que poderia ser uma mais valia para o Concelho, sendo o Centro de saúde e o Parque Desportivo da Baixa da Banheira, entre outros exemplos flagrantes.
José Vieira
Sócio nº 324 da UDCB
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União Desportiva e Cultural Banheirense
2007-11-25
Como o João Figueiredo já aqui publicou, decorreu neste fim de semana no Seixal a Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais. Esta Conferência, muito participada, não foi coberta pela comunicação social. Nos trabalhos preparatórios realizaram-se várias assembleias, debates e encontros. Nestas iniciativas participaram comunistas e outros, que não sendo comunistas, viram na Conferência uma porta aberta para uma alternativa de políticas às que efectivamente têm sido seguidas pelo PS, PSD com ou sem CDS. Neste trabalho imenso de milhares de pessoas fez-se o diagnóstico à situação actual, apresentaram-se propostas e concluiu-se que a luta é de todos, comunistas e não comunistas. De todos aqueles que querem um Portugal melhor, mais justo, onde os portugueses tenham acesso a educação, saúde, emprego, habitação e cultura.
Muitos dirão que é mais do mesmo. Outros dirão que não vale a pena lutar, que a globalização e a comunidade europeia controlam tudo e que a soberania portuguesa está ferida de morte. Os comunistas dizem que é altura de falar verdade e de atacar os problemas na sua essência.
Falemos de déficit. Portugal têm vários défices, não só o das contas públicas. Temos um déficit produtivo: alimentar, industrial, cultural, democrático e por aí fora. O que temos feito? Só nos temos preocupado com o das contas públicas. Quando utilizo o nós não o faço sem agora referir que somos mais uma vez todos responsáveis. Os problemas dos portugueses não se resolvem sem a participação dos portugueses e por isso vou transcrever as últimas palavras de Jerónimo de Sousa nesta grande iniciativa:
“A experiência histórica dos portugueses deve ser relevada e recordada. O impossível para muitos aconteceu a 25 de Abril.
É possível resistir e vencer. É possível romper com esta política injusta. É possível construir um País à medida das necessidades e aspirações do povo português.
Vale a pena lutar com este Partido. Apoiem o PCP. Apoiem este Partido que se opõe à exploração, à pobreza, à cada vez maior concentração da riqueza. Que não tolera a situação que permite a uma reduzida casta de privilegiados engrossar as suas fortunas à custa do país e da grande maioria da população. Este Partido que não aceita esta situação, não tolera este estado de coisas, que quer mudança, e luta com os trabalhadores e o povo para que haja uma profunda mudança em Portugal.
Partido portador de esperança e confiança que não desiste nem descansa de alcançar um país onde se viva melhor, com justiça, progresso, paz e democracia.
Num mundo em que o capitalismo mostra a sua natureza exploradora e agressiva, a todos dizemos, aos trabalhadores, ao povo português, apoiem este Partido portador de projecto que dá resposta aos problemas centrais da sociedade portuguesa!”
A consultar:
PCP
Para acesso a documentos
2007-11-24
Em directo
24 de Novembro (sábado):
10.30 h – 13.15 h
15.00 h – 17.00 h
17.30 h – 19.30 h
25 de Novembro (domingo):
9.30 h – 13.30 h
24 de Novembro (sábado):
10.30 h – 13.15 h
15.00 h – 17.00 h
17.30 h – 19.30 h
25 de Novembro (domingo):
9.30 h – 13.30 h
A organização da Cimeira das Lages, onde se anunciou oficialmente a guerra contra o Iraque, valeu-lhe a Presidência da Comissão Europeia. Agora que (finalmente) reconheceu que estava enganado, apareceu outro enganado a propor-lhe o Nobel da Paz, um prémio que, de acordo com a vontade de Alfred Nobel, deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".
2007-11-22
Sicko 2: A destruição do Serviço Nacional de Saúde britânico
por John Pilger
Deitado numa cama de hospital, cumpridos e bem todos os procedimentos, com uma chávena de chá a acompanhar agradavelmente a última dose de morfina, assistimos ao que há de melhor. Por melhor, quero dizer um vislumbre de uma sociedade sem os dogmáticos histriões dos media e da política determinados a mudar a forma como pensamos. Isso é o que há de pior. Por melhor, recordo a inesquecível manifestação dos mineiros de Murton, County Durham, surgindo em meio ao nevoeiro numa fria manhã de Março, com as mulheres a desfilarem à frente, a voltarem para o fosso da mina. Não importa que tenham sido derrotados por forças superiores, eles eram os melhores.
Numa cama de hospital, provavelmente o melhor é mais corriqueiro, com pessoas a trabalhar rotineiramente, escutando, respondendo, tranquilizando. O vocabulário dessas pessoas não é o da linguagem empresarial. A sua 'produtividade' não é um artifício para o lucro. O seu empenhamento não tem uma meta a cumprir e a sua camaradagem é como uma presença, e nós passamos a fazer parte dela. O denominador comum é a humanidade e a preocupação. Que exótico que isto soa. Ligamos a televisão do hospital e deparamos com um outro mundo bizarro de "notícias", com idiotas famosos a tecerem a destruição final da sociedade.
Lá está o louco do Blair a apelar para um ataque ao Irão e o secretário da educação, Ed Balls, a vender os seus diplomas falsos, e o primeiro-ministro Gordon Brown, que acabou de receber Rupert Murdoch e Alan Greenspan, a anunciar o seu "regresso à liberdade" juntamente com as suas últimas "reformas" que são uma safadeza para com a instituição que personifica a liberdade na Grã-Bretanha: o Serviço Nacional de Saúde. Nenhum deles tem a mais pequena ligação com as pessoas que mantêm o meu hospital a funcionar. O divisor de águas na Grã-Bretanha de hoje está entre uma sociedade representada por aqueles que mantêm o Serviço de Saúde a funcionar, e a sua mutação sintetizada pelo governo trabalhista de Blair e de Brown.
No filme Sicko, de Moore, o socialista Tony Benn profetiza uma revolução na Grã-Bretanha se o SNS for abolido. Mas o Serviço de Saúde da Grã-Bretanha está a ser destruído por desgaste, e se as últimas "reformas" não forem impedidas, será tarde demais para erguer barricadas. A 5 de Outubro, o secretário da Saúde, Alan Johnson, aprovou uma lista de catorze empresas que serão consultoras e assumirão a "delegação de poderes" dos serviços do SNS. Ser-lhes-á dada a possibilidade de escolha, se não o próprio controlo, sobre quais os tratamentos que os doentes devem receber e quem é que os irá proporcionar. Elas têm garantidos lucros de muitos milhões.
Essas empresas incluem as americanas UnitedHealth, Aetna e Humana. Estas organizações totalitárias têm sido multadas muitas vezes pelo seu conhecido papel no sistema de serviços de saúde americanos. No ano passado, o director geral da UnitedHealth, William McGuire, que ganhava 125 mil de dólares por ano, demitiu-se na sequência de um escândalo de direito de opção. Em Setembro, a companhia aceitou pagar 20 mil dólares de multa "por não atender a reclamações e não responder às queixas dos doentes". A Aetna teve que pagar 120 mil dólares de indemnização depois de um júri na Califórnia a ter condenado por "má-fé, opressão e fraude". No filme Sicko, mostra-se uma analista médica da Humana a testemunhar no Congresso que provocou a morte de um homem por lhe recusar assistência para poupar o dinheiro da empresa. Todos os anos morrem cerca de 18 mil americanos porque não têm acesso aos cuidados de saúde ou porque não os podem pagar.
Estas empresas são as amigas do governo trabalhista. Simon Stevens, antigo conselheiro da política de saúde de Blair, é hoje director executivo da UnitedHealth. Julian Le Grand, que escreve no Guardian como um distinto professor, dá a sua aprovação esclarecida às "reformas" – também ele foi conselheiro de Blair.
Em Manchester, há outras "reformas" em vias de destruir os serviços do SNS para os doentes mentais. William Scott suicidou-se depois de deixar de ter o apoio de um trabalhador do SNS que tratou dele durante oito anos. O que tudo isto significa é que o SNS está a passar sub-repticiamente para a privatização. É esta a política não confessada do governo de Brown, cujas acções predadoras no exterior estão a ser copiadas internamente. Foi Brown, enquanto tesoureiro, que promoveu a desastrosa "iniciativa financeira privada" como uma artimanha para construir novos hospitais, enquanto entregava enormes lucros a companhias suas protegidas. Em consequência disso, o SNS está a ser sangrado em 700 mil libras por ano. Isto provocou uma desnecessária "crise financeira" que é o argumento do 'Ardil 22' [NT1] para permitir que apareçam mais oportunistas para se apoderem do que foi outrora a maior proeza do antigo governo trabalhista. Vamos permitir que eles se safem com isto?
01/Novembro/2007
[NT1] Na novela Catch 22, de Joseph Heller, a expressão 'Ardil 22' adquiriu um uso idiomático com o sentido de 'beco sem saída'.
Ver também: Porque eles temem Michael Moore , de John Pilger.
O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=461
por John Pilger
Deitado numa cama de hospital, cumpridos e bem todos os procedimentos, com uma chávena de chá a acompanhar agradavelmente a última dose de morfina, assistimos ao que há de melhor. Por melhor, quero dizer um vislumbre de uma sociedade sem os dogmáticos histriões dos media e da política determinados a mudar a forma como pensamos. Isso é o que há de pior. Por melhor, recordo a inesquecível manifestação dos mineiros de Murton, County Durham, surgindo em meio ao nevoeiro numa fria manhã de Março, com as mulheres a desfilarem à frente, a voltarem para o fosso da mina. Não importa que tenham sido derrotados por forças superiores, eles eram os melhores.
Numa cama de hospital, provavelmente o melhor é mais corriqueiro, com pessoas a trabalhar rotineiramente, escutando, respondendo, tranquilizando. O vocabulário dessas pessoas não é o da linguagem empresarial. A sua 'produtividade' não é um artifício para o lucro. O seu empenhamento não tem uma meta a cumprir e a sua camaradagem é como uma presença, e nós passamos a fazer parte dela. O denominador comum é a humanidade e a preocupação. Que exótico que isto soa. Ligamos a televisão do hospital e deparamos com um outro mundo bizarro de "notícias", com idiotas famosos a tecerem a destruição final da sociedade.
Lá está o louco do Blair a apelar para um ataque ao Irão e o secretário da educação, Ed Balls, a vender os seus diplomas falsos, e o primeiro-ministro Gordon Brown, que acabou de receber Rupert Murdoch e Alan Greenspan, a anunciar o seu "regresso à liberdade" juntamente com as suas últimas "reformas" que são uma safadeza para com a instituição que personifica a liberdade na Grã-Bretanha: o Serviço Nacional de Saúde. Nenhum deles tem a mais pequena ligação com as pessoas que mantêm o meu hospital a funcionar. O divisor de águas na Grã-Bretanha de hoje está entre uma sociedade representada por aqueles que mantêm o Serviço de Saúde a funcionar, e a sua mutação sintetizada pelo governo trabalhista de Blair e de Brown.
No filme Sicko, de Moore, o socialista Tony Benn profetiza uma revolução na Grã-Bretanha se o SNS for abolido. Mas o Serviço de Saúde da Grã-Bretanha está a ser destruído por desgaste, e se as últimas "reformas" não forem impedidas, será tarde demais para erguer barricadas. A 5 de Outubro, o secretário da Saúde, Alan Johnson, aprovou uma lista de catorze empresas que serão consultoras e assumirão a "delegação de poderes" dos serviços do SNS. Ser-lhes-á dada a possibilidade de escolha, se não o próprio controlo, sobre quais os tratamentos que os doentes devem receber e quem é que os irá proporcionar. Elas têm garantidos lucros de muitos milhões.
Essas empresas incluem as americanas UnitedHealth, Aetna e Humana. Estas organizações totalitárias têm sido multadas muitas vezes pelo seu conhecido papel no sistema de serviços de saúde americanos. No ano passado, o director geral da UnitedHealth, William McGuire, que ganhava 125 mil de dólares por ano, demitiu-se na sequência de um escândalo de direito de opção. Em Setembro, a companhia aceitou pagar 20 mil dólares de multa "por não atender a reclamações e não responder às queixas dos doentes". A Aetna teve que pagar 120 mil dólares de indemnização depois de um júri na Califórnia a ter condenado por "má-fé, opressão e fraude". No filme Sicko, mostra-se uma analista médica da Humana a testemunhar no Congresso que provocou a morte de um homem por lhe recusar assistência para poupar o dinheiro da empresa. Todos os anos morrem cerca de 18 mil americanos porque não têm acesso aos cuidados de saúde ou porque não os podem pagar.
Estas empresas são as amigas do governo trabalhista. Simon Stevens, antigo conselheiro da política de saúde de Blair, é hoje director executivo da UnitedHealth. Julian Le Grand, que escreve no Guardian como um distinto professor, dá a sua aprovação esclarecida às "reformas" – também ele foi conselheiro de Blair.
Em Manchester, há outras "reformas" em vias de destruir os serviços do SNS para os doentes mentais. William Scott suicidou-se depois de deixar de ter o apoio de um trabalhador do SNS que tratou dele durante oito anos. O que tudo isto significa é que o SNS está a passar sub-repticiamente para a privatização. É esta a política não confessada do governo de Brown, cujas acções predadoras no exterior estão a ser copiadas internamente. Foi Brown, enquanto tesoureiro, que promoveu a desastrosa "iniciativa financeira privada" como uma artimanha para construir novos hospitais, enquanto entregava enormes lucros a companhias suas protegidas. Em consequência disso, o SNS está a ser sangrado em 700 mil libras por ano. Isto provocou uma desnecessária "crise financeira" que é o argumento do 'Ardil 22' [NT1] para permitir que apareçam mais oportunistas para se apoderem do que foi outrora a maior proeza do antigo governo trabalhista. Vamos permitir que eles se safem com isto?
01/Novembro/2007
[NT1] Na novela Catch 22, de Joseph Heller, a expressão 'Ardil 22' adquiriu um uso idiomático com o sentido de 'beco sem saída'.
Ver também: Porque eles temem Michael Moore , de John Pilger.
O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=461
Em inglês ...
The Phobia of Dangerous Human-caused Global Warming
Professor Bob Carter
It is scarcely necessary to tell an audience whose jobs rest upon their knowledge of nuclear science that a basic human emotion is fear of the unknown. For it is a commonplace amongst credentialled nuclear scientists that satisfactory and safe technological solutions already exist for both the generation of nuclear power and the disposal of nuclear waste. Yet public phobia regarding the nuclear industry remains strong, and is easily fanned by self-interested groups such as environmental lobbyists. The nuclear power “problem”, then, is almost entirely one of politics, not technology.
Fear of invisible radiation is one thing, and fear of the invisible, reputedly-dangerous greenhouse gas carbon dioxide is another similar thing. For over the last few years, many good citizens and expert scientists alike have become strongly committed to the view that global warming caused by human carbon dioxide emissions poses a terrible danger to the future of planet Earth. As a consequence, climate change now ranks second only to terrorism as a topic for political grandstanding by western politicians.
Some simple science facts
To a scientist who is familiar with the factual evidence regarding climate change, this state of affairs is somewhat puzzling. For three key things are known. The first is that climate is always changing: change is what climate does. The second is that the rates and magnitudes of warming during the late 20th century fell within the limits of earlier natural climate change; that they had a mostly or even partly human origin cannot be demonstrated. And the third is that the average global temperature has not increased during the 8 years since 1998 (a warm El Nino year), despite an increase in atmospheric carbon dioxide of 15 ppm (4%) over the same period.
Yet the public perception remains that dangerous warming is occurring now, and that it is caused by industrial carbon dioxide emissions. How can such a yawning gap have developed between public perception and what empirical science is telling us?
The answer, as any advertising executive can tell you, is money spent towards the specific end of spreading alarmism on climate. And lots of it: one estimate is that since 1990 the UN and western nations have spent more than $80 billion on climate research. Alarmist results from that research have been widely promulgated by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) and environmental NGOs such as WWF and Greenpeace.
But despite the massive expenditure, and the best efforts of the thousands of scientists whose endeavours it supports, the reality is that the human influence on global climate that is predicted from computer modelling has not yet been detected. A taxpayer might be tempted to conclude that this particular haystack does not contain a needle at all, but in actuality the human signal that must be there (for humans indubitably have an effect on local climates) is probably simply obscured within the noise and variation of the natural climate system.
How has this state of affairs come about?
The public, then, has been gulled into believing propaganda and speculative computer models rather than being informed with basic facts about climate change. There are two powerful causes of this misinformation. First, the lobbying activities of environmental NGOs and their allies. Second, the now doctrinal, and indeed sometimes intimidatory, nature of modern Western education systems. The indoctrination acts on all school children, but is reinforced strongly for those individuals who pursue tertiary education and emerge as today’s climate research scientists.
The problem can be understood by reading the following four letters in sequence. They were all sent to me in response to a newspaper opinion piece in which, as I do here, I questioned the prevailing mantra on the threat of dangerous human-caused climate change, and attempted to introduce some balanced commonsense into the public discussion.
Letter 1 - From a School pupil’s parent
I appreciated your recent article regarding the global warming hysteria. My children have been filled with dread by all of the hype coming through our school system, reinforced by interminable media support. I have patiently explained things as best I can, but being a simple grocer from the Midwest (USA) I have less credibility than the experts.
I’d appreciate a bit of steerage towards some good information (in addition to your article) that will help me refute the current pop-culture pseudo-science.
Letter 2 - From a University student
My classes in Geology taught me how warming AND cooling trends occur throughout the history of the planet. Why is it so hard for people to understand that the planet is old and has had many episodes of climatic change?
I write to you today, because I am now in my Junior year at a technical college in Virginia - I am enrolled in several Urban Affairs and Planning courses - one in particular is Environmental Planning. Time and again, I find myself at odds with nearly every one of my 55 classmates, in addition to the instructor, over the issue of global warming. Your article gives another voice to my own opinions. I guess my being 40+ years old in the mix of 20 year olds that surround me, perhaps may have something to do with it as well.
Letter 3 - From a civil servant at the start of a professional career
Earlier this year, the Financial Times Magazine contained an article about Sir Gus O'Donnell, Secretary to the Cabinet, Head of the Civil Service and former Permanent Secretary to H. M. Treasury. Here is the rhetorical question that he is reported to have posed to an audience of newly-joined civil servants (Whitehall's newest and brightest recruits):
"When you go to dinner parties do you want to be able to say that you work with an accountancy firm and you've spent the day helping some company pay less tax? Or do you want to say you've been working with the environment department to help save the planet, or with the G8 group of countries to reduce child poverty?"
Letter 4 - From a mid-career university climate teacher and researcher
The reason for the apparent absence of public suppport from scientists for a sceptical position on climate change is professional intimidation.
I have experienced it: letters to my CEO saying that I am irresponsible, snarly comments from students, personal threats from green wackos, condemnation by a national newspaper columnist (which caused me to take legal action), scowls and derision from all the folk who work for the government's main advisory department on climate change, and contempt from those of my colleagues who depend upon the research money on which global warming hysteria feeds.
Those scientists and university teachers who wish to avoid unemployment will not want to appear to take a rational position on the climate issue, not publicly anyway.
Conclusions
These examples were sent to me from three different countries, and I am writing from a fourth about which I have direct personal knowledge; thus the indoctrination and intimidation problems that they exemplify seem likely to be global in scope.
Rather than teaching about the Four Ages of Man, many western education and training systems have now reached the nadir of perpetrating instead the Four Stages of Indoctrination. Climate change is taught in school using the multitude of glossy publications and websites that are provided by alarmist interest groups, which include many government departments. The propaganda is as skilful as it is persuasive, for no expense is spared to spread the alarmist message. It is little wonder that well-meaning members of the public - not to mention sophisticated reporters writing for magazines such as Time, Scientific American and New Scientist - are duped into believing that a climate apocalypse is at hand. Climate reality is different, and is that the planet simply continues to go about the business that it knows best: change is what climate does, and nothing is more certain than that it will continue in future.
The biggest problem with the present-day unwarranted focus on human-caused global warming is that the hysteria surrounding it has distracted governments from the real climate change problem. Which is the threat of natural climate change, the most damaging aspect of which in turn is the future coolings that will occur; indeed, the next may already have started. Government climate planning is needed, but in a way that is responsive to both coolings and warmings, as they occur and if they prove dangerous. It is in this sensible fashion that we manage the aftermath of other unpredictable natural hazards, such as earthquakes and volcanic eruptions.
Control of human carbon dioxide emissions, however strict it is, will likely make no measurable difference to future climate. Attempts to “stop climate change” in this or any other fashion are therefore expensive exercises in utter futility.
Fear of radiation and fear of chimerical climate change well up from similar depths in the human psyche. Those who understand their true scientific basis have a deep obligation to allay the widespread and unnecessary public fear that exists regarding these phenomena, not to stimulate it.
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Professor Bob Carter is a geologist and environmental scientist at James Cook University, Queensland, Australia, where he is engaged in palaeoclimate research.
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The Phobia of Dangerous Human-caused Global Warming
Professor Bob Carter
It is scarcely necessary to tell an audience whose jobs rest upon their knowledge of nuclear science that a basic human emotion is fear of the unknown. For it is a commonplace amongst credentialled nuclear scientists that satisfactory and safe technological solutions already exist for both the generation of nuclear power and the disposal of nuclear waste. Yet public phobia regarding the nuclear industry remains strong, and is easily fanned by self-interested groups such as environmental lobbyists. The nuclear power “problem”, then, is almost entirely one of politics, not technology.
Fear of invisible radiation is one thing, and fear of the invisible, reputedly-dangerous greenhouse gas carbon dioxide is another similar thing. For over the last few years, many good citizens and expert scientists alike have become strongly committed to the view that global warming caused by human carbon dioxide emissions poses a terrible danger to the future of planet Earth. As a consequence, climate change now ranks second only to terrorism as a topic for political grandstanding by western politicians.
Some simple science facts
To a scientist who is familiar with the factual evidence regarding climate change, this state of affairs is somewhat puzzling. For three key things are known. The first is that climate is always changing: change is what climate does. The second is that the rates and magnitudes of warming during the late 20th century fell within the limits of earlier natural climate change; that they had a mostly or even partly human origin cannot be demonstrated. And the third is that the average global temperature has not increased during the 8 years since 1998 (a warm El Nino year), despite an increase in atmospheric carbon dioxide of 15 ppm (4%) over the same period.
Yet the public perception remains that dangerous warming is occurring now, and that it is caused by industrial carbon dioxide emissions. How can such a yawning gap have developed between public perception and what empirical science is telling us?
The answer, as any advertising executive can tell you, is money spent towards the specific end of spreading alarmism on climate. And lots of it: one estimate is that since 1990 the UN and western nations have spent more than $80 billion on climate research. Alarmist results from that research have been widely promulgated by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) and environmental NGOs such as WWF and Greenpeace.
But despite the massive expenditure, and the best efforts of the thousands of scientists whose endeavours it supports, the reality is that the human influence on global climate that is predicted from computer modelling has not yet been detected. A taxpayer might be tempted to conclude that this particular haystack does not contain a needle at all, but in actuality the human signal that must be there (for humans indubitably have an effect on local climates) is probably simply obscured within the noise and variation of the natural climate system.
How has this state of affairs come about?
The public, then, has been gulled into believing propaganda and speculative computer models rather than being informed with basic facts about climate change. There are two powerful causes of this misinformation. First, the lobbying activities of environmental NGOs and their allies. Second, the now doctrinal, and indeed sometimes intimidatory, nature of modern Western education systems. The indoctrination acts on all school children, but is reinforced strongly for those individuals who pursue tertiary education and emerge as today’s climate research scientists.
The problem can be understood by reading the following four letters in sequence. They were all sent to me in response to a newspaper opinion piece in which, as I do here, I questioned the prevailing mantra on the threat of dangerous human-caused climate change, and attempted to introduce some balanced commonsense into the public discussion.
Letter 1 - From a School pupil’s parent
I appreciated your recent article regarding the global warming hysteria. My children have been filled with dread by all of the hype coming through our school system, reinforced by interminable media support. I have patiently explained things as best I can, but being a simple grocer from the Midwest (USA) I have less credibility than the experts.
I’d appreciate a bit of steerage towards some good information (in addition to your article) that will help me refute the current pop-culture pseudo-science.
Letter 2 - From a University student
My classes in Geology taught me how warming AND cooling trends occur throughout the history of the planet. Why is it so hard for people to understand that the planet is old and has had many episodes of climatic change?
I write to you today, because I am now in my Junior year at a technical college in Virginia - I am enrolled in several Urban Affairs and Planning courses - one in particular is Environmental Planning. Time and again, I find myself at odds with nearly every one of my 55 classmates, in addition to the instructor, over the issue of global warming. Your article gives another voice to my own opinions. I guess my being 40+ years old in the mix of 20 year olds that surround me, perhaps may have something to do with it as well.
Letter 3 - From a civil servant at the start of a professional career
Earlier this year, the Financial Times Magazine contained an article about Sir Gus O'Donnell, Secretary to the Cabinet, Head of the Civil Service and former Permanent Secretary to H. M. Treasury. Here is the rhetorical question that he is reported to have posed to an audience of newly-joined civil servants (Whitehall's newest and brightest recruits):
"When you go to dinner parties do you want to be able to say that you work with an accountancy firm and you've spent the day helping some company pay less tax? Or do you want to say you've been working with the environment department to help save the planet, or with the G8 group of countries to reduce child poverty?"
Letter 4 - From a mid-career university climate teacher and researcher
The reason for the apparent absence of public suppport from scientists for a sceptical position on climate change is professional intimidation.
I have experienced it: letters to my CEO saying that I am irresponsible, snarly comments from students, personal threats from green wackos, condemnation by a national newspaper columnist (which caused me to take legal action), scowls and derision from all the folk who work for the government's main advisory department on climate change, and contempt from those of my colleagues who depend upon the research money on which global warming hysteria feeds.
Those scientists and university teachers who wish to avoid unemployment will not want to appear to take a rational position on the climate issue, not publicly anyway.
Conclusions
These examples were sent to me from three different countries, and I am writing from a fourth about which I have direct personal knowledge; thus the indoctrination and intimidation problems that they exemplify seem likely to be global in scope.
Rather than teaching about the Four Ages of Man, many western education and training systems have now reached the nadir of perpetrating instead the Four Stages of Indoctrination. Climate change is taught in school using the multitude of glossy publications and websites that are provided by alarmist interest groups, which include many government departments. The propaganda is as skilful as it is persuasive, for no expense is spared to spread the alarmist message. It is little wonder that well-meaning members of the public - not to mention sophisticated reporters writing for magazines such as Time, Scientific American and New Scientist - are duped into believing that a climate apocalypse is at hand. Climate reality is different, and is that the planet simply continues to go about the business that it knows best: change is what climate does, and nothing is more certain than that it will continue in future.
The biggest problem with the present-day unwarranted focus on human-caused global warming is that the hysteria surrounding it has distracted governments from the real climate change problem. Which is the threat of natural climate change, the most damaging aspect of which in turn is the future coolings that will occur; indeed, the next may already have started. Government climate planning is needed, but in a way that is responsive to both coolings and warmings, as they occur and if they prove dangerous. It is in this sensible fashion that we manage the aftermath of other unpredictable natural hazards, such as earthquakes and volcanic eruptions.
Control of human carbon dioxide emissions, however strict it is, will likely make no measurable difference to future climate. Attempts to “stop climate change” in this or any other fashion are therefore expensive exercises in utter futility.
Fear of radiation and fear of chimerical climate change well up from similar depths in the human psyche. Those who understand their true scientific basis have a deep obligation to allay the widespread and unnecessary public fear that exists regarding these phenomena, not to stimulate it.
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Professor Bob Carter is a geologist and environmental scientist at James Cook University, Queensland, Australia, where he is engaged in palaeoclimate research.
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O que fizemos para merecer isto?
Com a aprovação do Orçamento de Estado para 2008 os portugueses em geral e os habitantes do Distrito de Setúbal tiveram uma má noticia. Este Orçamento de Estado significa a continuação da redução do investimento público no nosso Distrito. O distrito de Setúbal continua a ser dos mais penalizados, com uma quebra de investimento de cerca de 57% nos últimos três anos.
Regista-se um aumento do investimento previsto em quatro Concelhos, Grândola, Moita, Seixal e Setúbal, devido à construção de um Estabelecimento Prisional em Grândola e à construção de Escolas nos restantes concelhos.
Nós na Moita sabemos que a construção da Escola Secundária da Moita só vai ser possível devido à luta das populações, Comunidade Educativa e à persistência dos eleitos da CDU nas Autarquias Locais e na Assembleia da República, que durante vários anos apresentaram estas propostas que nunca foram atendidas pelas maiorias, quer do Partido Socialista, quer do Partido Social Democrata. Assim vence a razão e a luta e mais uma vez se prova de que sem luta nada se consegue.
No quadro actual de graves problemas sociais e das necessidades da população o investimento necessário para o nosso Distrito não é feito e obras como o futuro Hospital Regional a construir no Seixal, ou os Centros de Saúde de Sines, Corroios/Vale da Milhaços e Baixa da Banheira, ou a Repartição de Finanças da Baixa da Banheira, ou também alguns equipamentos desportivos um pouco por todo o Distrito, não serão feitas em 2008 ainda que algumas sejam reivindicadas há vários anos e outras já tenham sido alvo de algum tipo de aprovação.
Por outro lado, a injustiça social continua a agravar-se. O governo do partido socialista continua a penalizar quem trabalha, quem estuda, quem é reformado e quem está doente e poupa claramente alguns dos que poderiam suportar parte da crise, aqueles que mais podem e mais têm. Para além disso continua a penalizar todos os consumidores com um imposto sobre o valor acrescentado (IVA) que é uma ameaça à economia portuguesa, o que dificulta a vida de todos os portugueses e a saúde financeira das empresas portuguesas. Lembremo-nos que em Espanha o IVA é muito baixo do que em Portugal, o que torna o valor deste imposto um obstáculo ao desenvolvimento da economia portuguesa, o que é facilmente constatado pelos fluxos de comercio nas zonas fronteiriças, com claro benefício para os espanhóis.
Por último e para finalizar, ainda que muito fique por escrever, a taxa de inflação prevista é anedótica e a real, vai ficar mais um ano acima do previsto. O governo prevê que a inflação em 2008 seja de 2,1% e com este valor negoceia e faz negociar os aumentos salariais, contribuições sociais, transferências de verbas de várias ordens, o que significa que o ano de 2008 significará menos capacidade financeira para instituições públicas e para a maioria dos portugueses. Apesar de várias entidades estimarem a inflação para Portugal acima deste valor, o governo, muito convenientemente vai em frente com esta teimosia.
Alguma da injustiça social está relacionada com a política fiscal e para que não restem dúvidas ainda não vai ser em 2008 que o Estado vai fomentar a equidade fiscal para cidadãos e empresas, o que significa que as maiores empresas, fruto do chamado “planeamento fiscal”, aumentem ainda mais os seus lucros à medida quase directa que os contribuintes individuais vejam aumentar as suas contribuições e as pequenas e médias empresas sejam apertadas pela máquina fiscal para pagarem mais em termos relativos do que as que conhecem melhor as regras e por isso usam as leis para o seu “planeamento estratégico”, que em muitos casos deveria ter outro nome: os pobres roubam, os ricos desviam ou fazem “planeamento consentido”.
Por tudo isto e porque já começa a ser hábito apontar estas falhas ao Orçamento de Estado, fica a pergunta: O que é que fizemos para merecer isto?
Nuno Miguel Fialho Cavaco
Membro da DORS do PCP
Com a aprovação do Orçamento de Estado para 2008 os portugueses em geral e os habitantes do Distrito de Setúbal tiveram uma má noticia. Este Orçamento de Estado significa a continuação da redução do investimento público no nosso Distrito. O distrito de Setúbal continua a ser dos mais penalizados, com uma quebra de investimento de cerca de 57% nos últimos três anos.
Regista-se um aumento do investimento previsto em quatro Concelhos, Grândola, Moita, Seixal e Setúbal, devido à construção de um Estabelecimento Prisional em Grândola e à construção de Escolas nos restantes concelhos.
Nós na Moita sabemos que a construção da Escola Secundária da Moita só vai ser possível devido à luta das populações, Comunidade Educativa e à persistência dos eleitos da CDU nas Autarquias Locais e na Assembleia da República, que durante vários anos apresentaram estas propostas que nunca foram atendidas pelas maiorias, quer do Partido Socialista, quer do Partido Social Democrata. Assim vence a razão e a luta e mais uma vez se prova de que sem luta nada se consegue.
No quadro actual de graves problemas sociais e das necessidades da população o investimento necessário para o nosso Distrito não é feito e obras como o futuro Hospital Regional a construir no Seixal, ou os Centros de Saúde de Sines, Corroios/Vale da Milhaços e Baixa da Banheira, ou a Repartição de Finanças da Baixa da Banheira, ou também alguns equipamentos desportivos um pouco por todo o Distrito, não serão feitas em 2008 ainda que algumas sejam reivindicadas há vários anos e outras já tenham sido alvo de algum tipo de aprovação.
Por outro lado, a injustiça social continua a agravar-se. O governo do partido socialista continua a penalizar quem trabalha, quem estuda, quem é reformado e quem está doente e poupa claramente alguns dos que poderiam suportar parte da crise, aqueles que mais podem e mais têm. Para além disso continua a penalizar todos os consumidores com um imposto sobre o valor acrescentado (IVA) que é uma ameaça à economia portuguesa, o que dificulta a vida de todos os portugueses e a saúde financeira das empresas portuguesas. Lembremo-nos que em Espanha o IVA é muito baixo do que em Portugal, o que torna o valor deste imposto um obstáculo ao desenvolvimento da economia portuguesa, o que é facilmente constatado pelos fluxos de comercio nas zonas fronteiriças, com claro benefício para os espanhóis.
Por último e para finalizar, ainda que muito fique por escrever, a taxa de inflação prevista é anedótica e a real, vai ficar mais um ano acima do previsto. O governo prevê que a inflação em 2008 seja de 2,1% e com este valor negoceia e faz negociar os aumentos salariais, contribuições sociais, transferências de verbas de várias ordens, o que significa que o ano de 2008 significará menos capacidade financeira para instituições públicas e para a maioria dos portugueses. Apesar de várias entidades estimarem a inflação para Portugal acima deste valor, o governo, muito convenientemente vai em frente com esta teimosia.
Alguma da injustiça social está relacionada com a política fiscal e para que não restem dúvidas ainda não vai ser em 2008 que o Estado vai fomentar a equidade fiscal para cidadãos e empresas, o que significa que as maiores empresas, fruto do chamado “planeamento fiscal”, aumentem ainda mais os seus lucros à medida quase directa que os contribuintes individuais vejam aumentar as suas contribuições e as pequenas e médias empresas sejam apertadas pela máquina fiscal para pagarem mais em termos relativos do que as que conhecem melhor as regras e por isso usam as leis para o seu “planeamento estratégico”, que em muitos casos deveria ter outro nome: os pobres roubam, os ricos desviam ou fazem “planeamento consentido”.
Por tudo isto e porque já começa a ser hábito apontar estas falhas ao Orçamento de Estado, fica a pergunta: O que é que fizemos para merecer isto?
Nuno Miguel Fialho Cavaco
Membro da DORS do PCP
Daqui a poucas semanas ficar-se-á a conhecer a decisão do governo sobre o novo aeroporto de Lisboa e da localização da chamada Terceira Travessia do Tejo. Sobre o estudo patrocinado pela CIP a primeira ideia que dele retiro é que é uma pena que não se possa fazer um aeroporto junto à Marginal, pois parece que a grande preocupação é construir uma ligação rodoviária Cascais-Aeroporto, já que “Em qualquer das configurações, os resultados obtidos em termos de tráfego são sempre mais equilibrados quando a terceira travessia rodoviária é construída em Algés-Trafaria do que quando ela é feita em Chelas-Barreiro. Isto porque se reduz significativamente o tráfego na Ponte 25 de Abril, se conseguem níveis de serviço de boa qualidade na ligação Almada-Oeiras/Cascais”.
Em todo o caso, a RAVE continua a defender a ligação ferroviária Barreiro-Chelas, e uma entrevista recente da Secretária de Estado dos Transportes à Reuters aponta inequivocamente para mesma solução:
“R: A ligação Chelas-Barreiro não está em questão.
APV: É, porque não se trata de uma ponte de alta velocidade. Temos de um lado a linha do Alentejo e temos a linha do Norte. Queremos ligá-las. Ou era só para alta-velocidade, e aí depende do que é que nós tínhamos previsto... Aquilo que é mais importante para pessoas sao os transportes suburbanos e, em termos de transportes de mercadorias e de longo curso, temos de ligar essa duas redes.”
O que não nos podemos esquecer é que qualquer uma destas soluções tem como principal preocupação a ligação a Lisboa. O cenário da mobilidade ao longo da Margem Sul do Tejo fica praticamente na mesma, com a separação entre os blocos constituídos pelos municípios de Almada/Seixal e Barreiro/Moita/Montijo. Querem um exemplo? Perguntem a um estudante banheirense quanto tempo demora a chegar à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (ou ao Instituto Piaget, por exemplo) utilizando transportes públicos? Quando lá estudei o percurso iniciava-se com uma viagem nos TCB’s, seguida da meia hora nos barcos da Solfusa (entretanto reduzida para metade) seguida de 5 minutos de Cacilheiro que se apanhavam logo ali junto ao Cais das Colunas e que agora só se encontram no Cais do Sodré (e assim se perdem os 15 minutos ganhos com os catamarãs) seguido de uma viagem nos TST’s, com passagem pelo centro de Almada, até ao Monte da Caparica, num total de 2 horas que ao fim do dia se repetiam. Hoje em dia não perderão menos do que 4 horas diárias em transportes para se deslocarem 30km dentro de uma Área Metropolitana
O certo é que, com o desmantelamento dos Estaleiros da Lisnave na Margueira e da Siderurgia no Seixal, os movimentos entre estes dois blocos modificaram-se e os novos passageiros destas rotas foram empurrados para o transporte próprio. Este anacronismo poderia ser mitigado com a tão desejada ligação Barreiro-Seixal e com a extensão do Metro Sul do Tejo ao Barreiro, mas parece que ainda não se pensa seriamente no assunto...
Em todo o caso, a RAVE continua a defender a ligação ferroviária Barreiro-Chelas, e uma entrevista recente da Secretária de Estado dos Transportes à Reuters aponta inequivocamente para mesma solução:
“R: A ligação Chelas-Barreiro não está em questão.
APV: É, porque não se trata de uma ponte de alta velocidade. Temos de um lado a linha do Alentejo e temos a linha do Norte. Queremos ligá-las. Ou era só para alta-velocidade, e aí depende do que é que nós tínhamos previsto... Aquilo que é mais importante para pessoas sao os transportes suburbanos e, em termos de transportes de mercadorias e de longo curso, temos de ligar essa duas redes.”
O que não nos podemos esquecer é que qualquer uma destas soluções tem como principal preocupação a ligação a Lisboa. O cenário da mobilidade ao longo da Margem Sul do Tejo fica praticamente na mesma, com a separação entre os blocos constituídos pelos municípios de Almada/Seixal e Barreiro/Moita/Montijo. Querem um exemplo? Perguntem a um estudante banheirense quanto tempo demora a chegar à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (ou ao Instituto Piaget, por exemplo) utilizando transportes públicos? Quando lá estudei o percurso iniciava-se com uma viagem nos TCB’s, seguida da meia hora nos barcos da Solfusa (entretanto reduzida para metade) seguida de 5 minutos de Cacilheiro que se apanhavam logo ali junto ao Cais das Colunas e que agora só se encontram no Cais do Sodré (e assim se perdem os 15 minutos ganhos com os catamarãs) seguido de uma viagem nos TST’s, com passagem pelo centro de Almada, até ao Monte da Caparica, num total de 2 horas que ao fim do dia se repetiam. Hoje em dia não perderão menos do que 4 horas diárias em transportes para se deslocarem 30km dentro de uma Área Metropolitana
O certo é que, com o desmantelamento dos Estaleiros da Lisnave na Margueira e da Siderurgia no Seixal, os movimentos entre estes dois blocos modificaram-se e os novos passageiros destas rotas foram empurrados para o transporte próprio. Este anacronismo poderia ser mitigado com a tão desejada ligação Barreiro-Seixal e com a extensão do Metro Sul do Tejo ao Barreiro, mas parece que ainda não se pensa seriamente no assunto...
Etiquetas:
mobilidade,
terceira travessia do Tejo
2007-11-17
2007-11-15
Cátia Alves, uma dos 3 atletas do Ginásio Atlético Clube que representaram a selecção nacional, qualificou-se em 8º lugar na Competição Mundial por Grupos de Idades em Duplo Minitrampolim.
2007-11-14
POR QUÉ NO TE CALLAS?
Muita tinta e muitos bytes tem feito correr esta interferência do Rei de Espanha na discussão entre Zapatero e Chavez.
Se por um lado Chavez está habituado aos seus monólogos televisivos, por outro, o Rei promoveu a República como ninguém. Ambos têm que aprender a fazer o trabalho de casa. Deviam escrever 1000 vezes aquilo que Zapatero disse "para se ser respeitado é preciso saber respeitar".
Se por um lado Chavez está habituado aos seus monólogos televisivos, por outro, o Rei promoveu a República como ninguém. Ambos têm que aprender a fazer o trabalho de casa. Deviam escrever 1000 vezes aquilo que Zapatero disse "para se ser respeitado é preciso saber respeitar".
2007-11-12
Até o nosso Presidente da República se preocupa com o aquecimento global pena é que apresente uns dados muito, mas muito duvidosos. É caso para dizer: se até o cavaco se preocupa eu também me preocupo.
Começa bem, com a expressão “Desenvolvimento Sustentável”, que foi usada pela primeira vez pelos suecos como uma forma de sustentar o capitalismo, ou seja vamos explorar os recursos naturais e os homens de forma a que o sistema de produção parasitário capitalista se mantenha e os padrões de consumo se mantenham altos. Claro que está que para isto ser sustentável há que impor a pobreza e a fome a muitos milhões de habitantes do sítio que se quer sustentável.
Os problemas ambientais começam-se a resolver com um novo sistema de produção, mais limpo e que vise menores consumos, porque consumimos mais recursos do que o planeta suporta. Cavaco Silva não sabe isso, só sabe que o liberalismo económico tudo resolve, tudo menos os problemas que cria.
Era interessante saber qual a opinião de Cavaco Silva sobre os graves problemas ambientais impostos pela exploração de petróleo em alguns países africanos. Disso ele não fala, porque o liberalismo que ele defende precisa do petróleo e não liga patavina aos problemas que cria.
Sr. Presidente o que defende é errado e injusto, falta-lhe uma parte, porque o uso de tecnologias limpas não resolve os problemas de consumo excessivo gerado pelo capitalismo selvagem que tanto defende.
a consultar
2007-11-10
Todos aqueles que recordam a Baixa da Banheira de há 20 ou 30 anos lembram-se das inúmeras horas que polvilhavam algumas zonas da freguesia. Ainda apegados aos hábitos trazidos das suas terras de origem, era no meio de construções abarracadas na zona ribeirinha e num espaço da antiga Quinta do Petinga confinado entre as ruas dos Açores e de São Tomé e Príncipe (para referir exemplos de que recordo bem) onde alguns (não poucos) banheirenses passavam os seus tempos livres entre couves, alfaces ou galinhas, ainda retirando daí algum sustento.
Hoje esta actividade quase desapareceu. O Parque Zeca Afonso abriu o Tejo com outros horizontes e uns poucos sobreviventes da zona ribeirinha só se encontram no extremo norte da Vila, já na Barra-a-Barra dividida com o Lavradio. Nos antigos terrenos do Petinga, onde dantes um caminho de terra serpenteava entre cercas de madeira, hortas e pombais, está agora o Mercado Municipal, uma estrada alcatroada, e alguns resquícios desses tempos idos. Restam também poucos quintais onde se cultiva a couve-galega, o chá de tília ou se guardam um par de rolas.
Foi assim com bastante surpresa que nos últimos meses tenho assistido à transformação do anteriormente abandonado espaço exterior do Centro de Bem-Estar Social da Baixa da Banheira, pelo que me disseram, às mãos de uma pessoa que se deu conta do espaço e pediu para dele se ocupar nos seus tempos livres.
Hoje esta actividade quase desapareceu. O Parque Zeca Afonso abriu o Tejo com outros horizontes e uns poucos sobreviventes da zona ribeirinha só se encontram no extremo norte da Vila, já na Barra-a-Barra dividida com o Lavradio. Nos antigos terrenos do Petinga, onde dantes um caminho de terra serpenteava entre cercas de madeira, hortas e pombais, está agora o Mercado Municipal, uma estrada alcatroada, e alguns resquícios desses tempos idos. Restam também poucos quintais onde se cultiva a couve-galega, o chá de tília ou se guardam um par de rolas.
Foi assim com bastante surpresa que nos últimos meses tenho assistido à transformação do anteriormente abandonado espaço exterior do Centro de Bem-Estar Social da Baixa da Banheira, pelo que me disseram, às mãos de uma pessoa que se deu conta do espaço e pediu para dele se ocupar nos seus tempos livres.
Esta mudança dá-me a sensação de que, se mais espaço houvesse disponível, mais gente se encarregaria de o ocupar também.
A Baixa da Banheira tem uma densidade populacional que aconselha a que não se abuse em mais construção pelo que seria interessante tentar ocupar os poucos espaços ainda livres com outra coisa que não seja mais betão, mesmo que assim já esteja delineado. Refiro-me em particular a uma faixa de terreno que se estende paralelamente à Rua dos Lusíadas, da Rua 1º de Maio em direcção à ponte que neste momento a REFER ergue sobre a linha férrea (e onde em tempos estiveram alguns pombais entretanto transferidos para o Vale da Amoreira), e para a qual está prevista a criação de uma nova rua ao redor da qual surgirão certamente mais alguns edifícios. Se um espaço destes, numa zona central da Vila sofresse uma reconversão, permitindo em parte a sua ocupação por pequenas hortas urbanas, com condições devidamente adaptadas às necessidades e enquadradas por um regulamento de utilização comum, creio que se estaria a dar um passo certo no bem-estar nesta terra, não só dando espaço à continuação de uma ocupação cada vez menos enraizada, como também melhorando o ambiente urbano e (possivelmente) a economia de algumas bolsas menos abonadas.
A Baixa da Banheira tem uma densidade populacional que aconselha a que não se abuse em mais construção pelo que seria interessante tentar ocupar os poucos espaços ainda livres com outra coisa que não seja mais betão, mesmo que assim já esteja delineado. Refiro-me em particular a uma faixa de terreno que se estende paralelamente à Rua dos Lusíadas, da Rua 1º de Maio em direcção à ponte que neste momento a REFER ergue sobre a linha férrea (e onde em tempos estiveram alguns pombais entretanto transferidos para o Vale da Amoreira), e para a qual está prevista a criação de uma nova rua ao redor da qual surgirão certamente mais alguns edifícios. Se um espaço destes, numa zona central da Vila sofresse uma reconversão, permitindo em parte a sua ocupação por pequenas hortas urbanas, com condições devidamente adaptadas às necessidades e enquadradas por um regulamento de utilização comum, creio que se estaria a dar um passo certo no bem-estar nesta terra, não só dando espaço à continuação de uma ocupação cada vez menos enraizada, como também melhorando o ambiente urbano e (possivelmente) a economia de algumas bolsas menos abonadas.
2007-11-08
2007-11-05
PERGUNTAS
Onde estavas tu quando fiz vinte anos
e tinha uma boca de anjo pálido?
Em que sítio estavas quando Che foi estampado
nas camisolas das teen-agers de todos os estados da América?
Em que covil ou gruta esconderam as armas
para com elas fazer posters cinzentos e emblemas?
Onde te encontravas quando lançaram mão a isto?
E atrás de quê te ocultavas quando
mataram Luther King para justificar sei lá que agressões
ao mesmo tempo que víamos Música no Coração
mastigando chiclets numa matinée do cinema Condes?
Por onde andavas que não viste os corações brancos
retalhados na Coreia e no Vietname
nem ouviste nenhuma das canções do Bob Dylan
virando também as costas quando arrasaram Wiriamu e
enterraram vivas
mulheres e crianças em nome
de uma pátria una e indivisível?
Que caminho escolheram os teus passos no momento em que
foram enforcados os guerrilheiros negros da África do Sul
ou Allende terminou o seu último discurso?
Ainda estavas presente quando Victor Jara
pronunciou as últimas palavras?
E nem uma vez por acaso assististe
às chacinas do Esquadrão da Morte?
Fugiste de Dachau e Estalinegrado?
Não puseste os pés em Auschwirz?
Que diabo andaste a fazer o tempo todo
que ninguém te encontrou em lugar algum?
Joaquim Pessoa
Onde estavas tu quando fiz vinte anos
e tinha uma boca de anjo pálido?
Em que sítio estavas quando Che foi estampado
nas camisolas das teen-agers de todos os estados da América?
Em que covil ou gruta esconderam as armas
para com elas fazer posters cinzentos e emblemas?
Onde te encontravas quando lançaram mão a isto?
E atrás de quê te ocultavas quando
mataram Luther King para justificar sei lá que agressões
ao mesmo tempo que víamos Música no Coração
mastigando chiclets numa matinée do cinema Condes?
Por onde andavas que não viste os corações brancos
retalhados na Coreia e no Vietname
nem ouviste nenhuma das canções do Bob Dylan
virando também as costas quando arrasaram Wiriamu e
enterraram vivas
mulheres e crianças em nome
de uma pátria una e indivisível?
Que caminho escolheram os teus passos no momento em que
foram enforcados os guerrilheiros negros da África do Sul
ou Allende terminou o seu último discurso?
Ainda estavas presente quando Victor Jara
pronunciou as últimas palavras?
E nem uma vez por acaso assististe
às chacinas do Esquadrão da Morte?
Fugiste de Dachau e Estalinegrado?
Não puseste os pés em Auschwirz?
Que diabo andaste a fazer o tempo todo
que ninguém te encontrou em lugar algum?
Joaquim Pessoa
2007-11-04
2007-11-03
2007-11-02
Fertagus: ideias pró "futuro"!
Cada vez andamos mais (de comboio) para a estupidificação!
A fertagus lançou uma NOVIDADI, passe para 30 dias.
Ou seja, no dia 31 pagamos bilhete se não queremos andar a contar os dias.
Uma política à Eng."chico esperto", para tentar roubar mais um pouco.
O que vale é que temos o Mourinho, senão tinhamos que pensar nestas tretas que só apoquentam!
Cada vez andamos mais (de comboio) para a estupidificação!
A fertagus lançou uma NOVIDADI, passe para 30 dias.
Ou seja, no dia 31 pagamos bilhete se não queremos andar a contar os dias.
Uma política à Eng."chico esperto", para tentar roubar mais um pouco.
O que vale é que temos o Mourinho, senão tinhamos que pensar nestas tretas que só apoquentam!
2007-11-01
A propósito da lista da avaliação das escolas logo aparece o lóbi do ensino privado, este ano reforçado com o anacronismo da segregação por géneros, fazendo alarde de uma suposta superioridade. Bastaria recordar a Universidade Independente para se reconhecer a falácia.
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