CONCENTRAÇÃO EM FRENTE À EMBAIXADA DE ISRAEL
Os bombardeamentos constantes e diários levados a cabo por Israel sobre o Líbano, que se sucedem à violenta ofensiva contra o povo palestiniano em Gaza, são verdadeiros crimes e representam uma nova e perigosa escalada belicista no Próximo e Médio Oriente que só podem merecer a nossa mais firme condenação. Os bombardeamentos já causaram centenas de mortos, entre os quais mulheres e crianças, e a destruição de importantes infra-estruras vitais daquele país e que bem demonstram quão falaciosa é a procura dos soldados israelitas.
Nada justifica estas acções bélicas contra as populações civis. Trata-se de uma acção belicista absolutamente desproporcional, tendo em conta o desequilíbrio da correlação da força militar...
Convém ter presente que Israel continua a ocupar territórios palestinianos, do Libano e da Síria, sendo – à luz do direito internacional – legítima a luta contra os ocupantes. As acções bélicas de Israel só são possíveis com a cobertura dos EUA e com a cumplicidade da União Europeia, incluindo a do governo português. Consideram
insuportável o silêncio da ONU.
As organizações subscritoras:
Apelam a todos os portugueses para que se solidarizem com o povo libanês e palestiniano vítimas destas agressões e exigem do governo português uma posição de condenação dos ataques israelitas e de defesa
uma política que conduza à paz na região, com base no respeito dos direitos nacionais de cada povo.
Convocam para o próximo dia 26 de Julho, às 18.30, uma concentração em frente à Embaixada de Israel a fim de exigir o fim dos bombardeamentos e uma paz justa no Médio Oriente.
— Reafirmam a sua solidariedade com a luta do povo palestiniano pela edificação de um Estadoindependente e viável, com a capital em Jerusalem Leste, e com o povo libanês na defesa do seu país e com todos os povos do Médio Oriente, vitimas de agressão ou ocupação.
— Desde já condenam a possível extensão do conflito. Em particular qualquer agressão à Síria ou ao Irão, seja qual for o pretexto que vier a ser invocado.
— Apelam à ONU para intervir no sentido de pôr termo aos bombardeamentos, nos exactos termos da Carta, que estatui como filosofia da organização a resolução política dos conflitos.
— Saúdam todas as organizações que em Israel se opõem à guerra e defendem a paz justa e duradoura para toda a região.
Organizações Subscritoras
PAZ NO MÉDIO ORIENTE!
26 JULHO • 18H30
FIM AOS MASSACRES NO LÍBANO E PALESTINA!
PAZ NO MÉDIO ORIENTE!
APD – Associação Portuguesa dos Deficientes
Associação Amizade Portugal – Cuba ATTAC Portugal
Bloco de Esquerda
CCPC – Conselho Português Para a Paz
CESP – Sindicato do Comércio e Serviços
CGTP-IN
Colectivo Múmia Abud Jamal
FEQUIMETAL – Fed. Metalúrgica, Metalo-Mec., Minas, Química,Farm., Petróleo e Gás. Intervenção Democrática
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático das Mulheres Núcleo de Almada do CPPC – Almada pela Paz Núcleo do Seixal do CPPC
Opus Gay
Partido Comunista Português
SNTCT – Sind. Nac. Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações
Sociedade “Os Penicheiros”
STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Local URAP – União de Resistentes Anti-fascistas Portugueses
USL – União de Sindicatos de Lisboa
http://resistir.info/moriente/convocatoria_26jul06.pdf
7 comentários:
Ufff!…
Já vinha lançado para desancar as tuas contradições.
Entendi-te e confirmo a ideia inicial com que fiquei.
Abraço.
Não gosto de politica nem de guerras em que sempre falam em nome da liberdade, soa-me a falso é liberdade para quem, gente que morre fica mutilada, crinças sem pais, ,abandonadas, maltratadas, o que é isso de liberdade, tem tem razão , por que lutal afinal, será que faz sentido....doi-me ver a dor estampada nas caras..
beijos
O "Colectivo Múmia Abdul Jamal"?
Alguém sabe o que esse senhor fez?
Só essas companhias chegam para desanimar qualquer um.
Hl este é daqueles pontos em que nós nunca iremos concordar. A questão, para mim, não é se Israel responde, é todo o enquadramento. Ouvir o Bush defender um lado, ouvir os ingleses defender um lado. O valor que se dá a um arábe por parte destes países não é o mesmo que o valor que se dá a um israelita ou a um americano. Quando a vida humana tiver o mesmo valor poderei concordar contigo, até lá fico do lado dos mais fracos, que sem dúvida são os cívis que morrem, quer de um lado quer do outro. Mas que fique bem claro que penso que Israel faz o que lhe apetece;
Ao PiresF que não conheço escrevo que não percebo porque me vinha desancar, não o fez, mas entendeu o que coloquei.
À Luna obrigado pela visita, mas a guerra tem tudo a ver com a política.
Ao anónimo peço que nos esclareça.
Oop’s!…
Meu caro Nuno, mil desculpas, não sei como isto aconteceu, mas confundi-o com o HL.
Este comentário não era para si.
Um abraço.
Para não recuarmos 2000 anos na história,como aventou "HL",direi
que estamos diante um conflito da responsabilidade da comunidade internacional e que remonta ao final da 2ª guerra mundial. Altura em que nenhum país estando interessado em manter os seus cidadãos de origem judaíca,
aproveitaram o fim da colonização inglesa em território da palestina para os despachar para aquela terra.
O processo decorreu sob os auspícios da ONU e nos seguintes moldes: 50% da Palestina para judeus, 40%(não me enganei!) para
os árabes e os restantes 10% do território eram para uma cidade internacional(jerusalém). Escusado será dizer-vos que esta brilhante decisão da ONU, em 1947, por razões diferentes não agradou a ninguém e deu origem à irracional violência e ódio que se foram acumulando até aos nossos dias.
Evidentemente que se isto fosse
à porta dos ocidentais, há muito que estava resolvido(a antiga Jugoslávia é ilucidativo), mas como não é e porque os interesses geo-estratégicos e económicos do imperialismo
estão(pelo seu peão na região) bem assegurados, façamos por não entender e deixemos andar que não é o nosso povo a ser dizimado.
O mais recente e actual episódio
deste conflito tem origem no rapto/prisão de 2 soldados
israelitas e não vou falar das centenas de, soldados/guerrelheiros árabes
presos por Telaviv.
É verdade que foram lançados rockets sobre Israel, provocando, inaceitavelmente do meu ponto de vista, baixas civis e destruição de alguns bens materiais. Mas,
convém não esquecer que este acto foi uma "resposta"à INICIATIVA bélica,absolutamente desproporcional e brutal de Israel.
Se dúvidas houver será uma questão de recordar o estado de cinzas a que o Libano está a ser transformado pela poderosa e sofisticada artilharia em concertação com os misseis, top de gama americanos, da força-aérea israelita;será uma questão de compararmos as condenáveis e criminosas baixas civis do povo árabe com a dos judeus.
Resolvida a equação, digam-me que não há, e não é de hoje, um abusivo e injustificado comportamento dos "falcões e da máquina de guerra" israelita.
Digam-me que não estamos perante um massacre.
O consciente e deliberado aniquilamento de civis configura um atentado aos direitos humanos e um crime de guerra.
Há semelhança do sucedido no Iraque ou na antiga Jugoslávia, para quando a prisão e julgamento, no Tribunal Penal Internacional, dos responsáveis e cúmplices pelas atrocidades cometidas ao longo do conflito Israel-Árabe?
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