O Presidente Cavaco Silva pediu aos autarcas algarvios para que resistam à pressão dos construtores. Como o Algarve é, de uma ponta a outra, um exemplo de boa gestão urbanística, e não só, podemos estar descansados.
Podemos estar descansados também porque as receitas ficais de milhares de camas ilegais ficam longe da Tesouraria Nacional, assim como os de cada um dos pequenos comerciantes que vive 10 meses à sombra do roubo que faz ao turista no pico a época estival.
A agricultura é outra das mais valias da região. Os relvados de golfe reproduzem-se bem, assim como os pomares e vinhas abandonados, à espera de mais um subsídio europeu. Tanto assim é que até aquela senhora, já com mais de 70 anos vividos, prefere a amendoa espanhola para usar nos seus doces regionais.
Salva-se aquele turista que não vê um algarvio. Aquele que sai do avião e é empacotado numa carrinha directamente para um daqueles resorts onde não se fala português, e que de nacional apenas a areia da praia, já que do sol se diz que é de todos. Esse paga, e bem!
Mas não aprendem.
Ouvi eu, não foi ninguem que me contou, da boca de uma senhora que tem várias casas alugadas, que se constroi demais; ouvi da boca do outro que gosta de falar da história da terra, que "isto havia mais pescadores e muita gente rica" e que "andam a acabar com isto tudo", mas dele sei que já são duas casas, uma delas forrada azulejo sanitário. Também se queixam das pensões, que são baixas. Já se sabe, foi uma vida de trabalho, mas descontar nunca houve, nem haverá.
Agora é so começar a subir pelo País e descobrir as diferenças.
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