Hoje é um dia negro para os trabalhadores.
O governo socialista encomendou mais um estudo sobre as relações laborais. Os grandes sábios chegaram a brilhantes conclusões:
1- É preciso reduzir as férias;
2- Flexibilizar horários e reduzir as pausas;
3- Flexibilizar os despedimentos;
Mais uma leva de linhas e chegavam à parte da coleira e da bola nos pés. Todos nós percebemos o que aí se aproxima e também por sabermos é que dia 30 de Maio se fez uma Greve Geral. Para quem não via motivos para a Greve se calhar arranjou agora um motivo para estar mais atento.
O Ministro ainda conseguiu ver aspectos positivos no estudo e apontou a Autoeuropa como exemplo, mas esqueceu que a realidade do país não é a Autoeuropa e não sendo esta um paraíso, tiramos a medida.
Jerónimo de Sousa falava em Flexi-segurança à portuguesa, ou seja, flexibilizar os despedimentos (despedimentos selvagens) sem investir na protecção social que até foi reduzida (sobre protecção social, nenhuma linha, nem nenhum destaque).
A hora é de luta e isto só veio provar a justeza da Greve. É hora de todos aqueles que dependem de um salário lutarem pelos seus direitos porque a continuar assim até o direito à luta e indignação vai ser perdido.
9 comentários:
Entre caracóis e bejecas, hoje o tema de debate na mesa era esse mesmo (e é pra que não digas que eu nunca cá venho; hoje já vim 2 vezes e com esta é a terceira!!)e cá a mim me quer parecer que a porcaria das greves serve para cada vez MENOS. Seja: venham de lá os grupos terroristas! Este país está a precisar de um grupo terrorista como deve ser.... à antiga.
Partir isto tudo.
Acabei a conversa com a seguinte consideração: os militares estão-se a borrifar; os estudantes estão-se a borrifar; o povo está-se a borrifar.... a questão é: quem avança? Lembro-me sempre do V for Vendetta... já lá estamos a chegar... e eu só penso na esperança cada vez mais pequena...
Olha Nuno, não quero perder o meu resgisto singular neste conturbado mundo da Blogosfera, mais vezes lírico que negro, na parte que me toca.... portanto, o meu grito a este post é
Someday.... someday people will have roses again...
beijos
....
and people SHOULD have roses... again...
Sim concordo um dia muito negro. Mas a unica arma do povo é a greve, pois apesar de muitas vozes dizerem que o patrão ganha com elas sabemos que não é verdade, sabemos que se não se produzir não ha lucro e isso nenhum patrão quer. Agora que portugal precisa de um abanão lá isso precisa.
Afinal estas notícias são uma lição da Greve Geral para António Chora que até foi apresentado como um exemplo pelo ministro.
Bem me parecia que PS e BE a andarem a distribuir propaganda no mercado só maostravam a mesma face.
Com tanta lição a tirar da greve e António Chora não conseguiu deslindar esta. Não deve ter falado com todas as esposas dos trabalhadores.
Ferreira Fernandes escreve hoje no DN
CASTRO LOPES E A SUA LUTA PARA PERDER
O Governo apresentou aos patrões e sindicatos o Livro Branco das Relações Laborais. Despedimentos mais flexíveis, modernices, coisas lá de fora.
Carvalho da Silva definiu a coisa desta forma: "Isto é um cardápio de maldades." Opõe--se, pois. Mas é curto dizer só isso da frase do secretário-geral da CGTP. Detenhamo-nos na estranha palavra: cardápio. Ele não disse o que dizemos à uma da tarde: "Passe-me o menu." Disse "cardápio".
Houve antigamente (na viragem do séc. XIX para o seguinte) um médico carioca, António Castro Lopes, também ele avesso às novidades de fora.
Ofendendo-o a palavra football, Castro Lopes inventou "ludopédio".
Chauffeur? Que horror! Inventou "cinesífero". E por aí adiante, passando, em vez de menu, por "cardápio", agora retomado por Carvalho da Silva. Esforços vãos. Ou muito me engano, ou vamos ter mesmo de engolir o que vem no tal Livro Branco. É que a vida não é um piquenique (e muito menos um convescote, como dizia Castro Lopes).
Entende muito bem o suso da palavra Ferreira Fernandes. Cardápio fica no ouvido porque é novo. Mas a expressão cardápio de maldades funciona melhor do que só cardápio.
É triste neste país ouvir o Presidente da industria dizer que o estudo podia ter ido além. Além do quê? Dos lucros milionários que vocês têm? Do aumento da exploração dos trabalhadores portugueses? Do quê?
Rola o novelo e a ponta está sempre pronta. Esta continuação do ataque aos direitos dos trabalhadores teve o alto patrocínio da esquerda que lhes bate mais forte (lembram-se), que na altura de lhes bater criticou a Greve Geral, colocando-se de joelhos ao lado do governo. Ele foi o Louçã, o Portas e até o nosso Chora, afirmando que não havia razões para lutar daquela forma e que os trabalhadores não estavam conscientes dos motivos da Greve. E agora? Qual é o cardápio que se apresenta?
O mal está feito, as peças estão colocadas e o esforço do bloco em querer isolar o PCP, mediante a visão de um abutre ansioso pelos votos, resultou na divisão dos trabalhadores, na confusão destes e no ataque à luta.
O Bloco prestou o serviço que o PS queria e agora vai haver banquete com a esquerda caviar.
Girl A tu é que tens razão, isto quer é bombas nos rabos dos politicos e dos patrões chulos, o poder podre um dia tombará
Vendetta
O palerma do av1 anda incomodado em não saber quem eu sou? Engraçado isto vindo de quem não quer que se saiba quem é, só demonstra pequenez de espírito e uma falta de amor-próprio gritante. Um homem, ou mulher, (às vezes parece devido às características que revela no sentido da bisbilhotice é claro) que ataca pessoalmente outras pessoas, que afirma que não revela a identidade porque tem medo de represálias (ele lá sabe o que fez) ainda tem a lata de questionar identidades. Olha só te digo tenho eu mais probabilidade de me chamar Ricardo do que tu Av1.
O av1 criou um mundinho virtual onde se julga rei, tem um egozinho muito frágil, quer controlar tudo e todos e receber chuvas de elogios, mas não passa dum badameco que não interessa a ninguém. O mais me diverte nele é o facto de ele se julgar muito inteligente e culto ahahahah
mas voltando ao assunto, quando digo que isto precisa de um abanão estou a falar em lutas nãoem bombas, pois nós não queremos transformar portugal numa França ou mesmo numa Espanha que para se mostrae descontentamento aquivai uma bomba não o que eu acho que temos de fazer algo que seja violencia. Se for greve por que não? èuma luta justa isso é que importa.
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