2007-06-27

Num post no Brocas Vetus, o Carlos escreveu que eu estive francamente mal ao afirmar que a Câmara da Moita é das que apresenta as taxas menores de IMI. Apresentou uns dados e chegou à conclusão de que a Câmara Municipal da Moita não pratica exactamente isso.

Vejamos então melhor o que o nosso amigo escreveu:

No caso do Distrito de Setúbal


















No nosso Distrito é ou não verdade que a Câmara da Moita foi das autarquias que apresentou as taxas de IMI mais baixas?

No caso de Portugal Continental temos de atender à especificidade de cada Região mas os valores médios são estes:

Prédios urbanos – 0,71% e Prédios Urbanos Avaliados desde 2003 – 0,37%

Os valores falam por si, não os vou comentar se não vamos andar a discutir com base na teoria do copo meio-cheio.

O problema não está nas taxas mas sim na génese do imposto. O governo é que o definiu e impôs a estipulação das taxas às autarquias passando o odioso para os municípios, o que fez com sucesso. Vejam a carta publicada no jornal o Rio e vejam o post do Brocas, nem uma linha sobre o governo central, mentor do imposto.

Para além disto ocorreu uma reavaliação dos prédios o que fez disparar o imposto a cobrar. A reavaliação foi uma medida correcta, o seu pagamento é que foi estipulado sem ter em atenção as dificuldades das pessoas. Vejam o que a senhora escreveu na carta. Refere a senhora de que de um ano para o outro registou um aumento de cerca de 14 vezes neste imposto. Ora se a reavaliação foi correcta o ajustamento do valor a cobrar deveria ter sido progressivo. Foi aí que o governo falhou. Nunca poderia permitir um aumento de cerca de 14 vezes num ano num imposto. Isto não se deveu às taxas mas sim ao valor tributário do prédio.
E de quem é que as pessoas se queixam? Da Câmara Municipal.
Quem são os responsáveis pelo aumento? O governo que reavaliou os prédios de forma correcta mas definiu os valores a pagar sem ter em atenção as dificuldades das pessoas.

Por último sugiro que o imposto se passe a chamar. IMIG – Imposto Municipal Imposto pelo Governo, porque não nos devemos esquecer que este foi criado para ocorrer uma diminuição directa das transferências do governo para as autarquias.

PS: Caro Brocas, não estive mal e o amigo não se preocupou com as pessoas, só se preocupou, e mais uma vez, em bater na Câmara Municipal e em mim por arrasto.
Um abraço

12 comentários:

A disse...

Passo aqui e leio esta coisada toda pra que não me chames falsa e outras coisas igualmente simpáticas

:P


(achas que ler sobre a Baixa da Banheira é interessante pra quem vive a kms de distância Nuninho? Ainda por cima não sou da tua bancada pá!!)


Olha, beijinhos grandes...

;)

Anónimo disse...

"valores médios são estes:
Prédios urbanos – 0,71% e
Prédios Urb. Avaliados desde 2003 – 0,37%"

As palavras acima, são tuas.
Nos de após 2003, a média a ser 0,37%, e na Moita a taxa ser 0,5% (o máximo admissível), consegues ter a lata de dizer que a nossa é das mais baixas do Pais? E depois vens justificar a coisa com a merda que este Governo vai fazendo?

nunocavaco disse...

Sabes ler Carlos?

A discussão começou porque eu considerei errado que no jornal o Rio, na rubrica Cartas ao Director, tivesse sido publicada uma carta de uma senhora que referia o presidente da Câmara Municipal como o responsável pelo aumento de 14 vezes este imposto num ano. Considerei que o jornal ao publicar a carta deveria ter feito uma de duas coisas:

1- Ou solicitar informação à câmara

2- Ou explicar que estes aumentos eram devidos à reavaliação do valor tributários dos prédios- coisa que o jornal sabia

Depois fui logo atacado e alguns blogues referiram que eu mordia a mão que me dava de comer, como se eu não pudesse manifestar opinião.

Depois vens tu com a conversa das taxas (se reparares no post e nos comentários quase não dei importância a esse factor, escrevi que eram das mais baixas e se calhar deveria ter referido na Península de Setúbal) mas o problema central é o aumento brutal, não por aumento das taxas que não ocorreu mas pelo modo que se aplicaram aos novos valores gerados pela reavaliação.

Conheço casos em que as pessoas pagavam 50€ e agora pagam 150€ e estas pessoas não colocam o problema nas taxas. Afirmam que o problema está na Câmara porque o imposto é municipal. E isto está errado, o imposto foi decidido a nível central e a reavaliação também. Os aumentos foram devidos à reavaliação e isto é que tem de ser dito às pessoas.

Não quero justificar nada, só não gosto que se aproveitem dos problemas das pessoas, sem os querer resolver para fazer política baixa.

Anónimo disse...

Pancada no Rio.
Mais.
De novo.

nunocavaco disse...

Para que fique bem claro:

Apenas discordei da publicação da carta. Ninguém anda à pancada no rio. Sou colaborador do jornal e tenho a maior consideração pelo mesmo, agora quando não concordo manifesto a minha opinião, apenas e só.

A disse...

... e mái nada!


Não se enganem, porque euzinha, apesar de ser da bancada da oposição, estou com o N.Cavaco!


"Dá-les DE força, amigo!"

;)

Unknown disse...

Noutros lados continuam a afirmar que o Nuno atacou o jornal. Até parece que o jornal o Rio está a salvo de todas as críticas.

O Nuno criticou e sugeriu como se deveria ter feito e na minha opinião com total razão. O jornal o Rio não é a blogosfera em que se diz o que apetece e alguns (nem todos) nem sequer assumem a sua identidade. Sei que num ou noutro caso é por vergonha. Se soubessem quem é o Av1 já ninguém ia ao blogue :) e o sitemeter descia.

Anónimo disse...

Ricardinho, vai para dentro, não apanhes sol tu nem distingues o cotovelo do rabo da vizinha quanto mais quem é o av's.

Unknown disse...

Mas quem é que disse que eu sabia quem era o av. Já agora quem é o av1?

Serei eu?
Serás tu?
Eu não sou certamente
e tu nem te lembras de ti
fui ver era o orvalho
Lá para os lados da estrada

Anónimo

Anónimo disse...

Isto quer é umas bombas no rabo dos especuladores e avs tais

Anónimo disse...

Nuno,
Sei ler sim.
Já tinha um post preparado e que irei publicar de seguida. Uma das coisas era relativamente à tus "confusão" com Setbal país.
Vou publica-lo na mesma pois não estou com paciência para alterações etc e tal.
Contudo, e conforme tu por ai escrevestes em tempos afirmando que o fazias, comigo é o mesmo, só respondo "ao que quero" e "me apetece" e, no teu texto, o que me camou a atenção foi os factos que transcrevi para o post.

Anónimo disse...

tua...Setubal/país
chamou