2006-09-20


A discussão a que neste momento vamos assistindo sobre o sistema de Segurança Social, e que é um capítulo fundamental na luta entre Liberalismo e Socialismo, onde se define largamente a existência ou não do Estado Social, pode resumir-se com alguma simplificação à escolha entre dois regimes (ou políticas, se preferirem).

De um lado estão os que defendem que o sistema deve ”evoluir” para um sistema de capitalização, em que é o próprio indivíduo, durante os seus anos de actividade profissional, a gerar poupanças para a sua reforma através da subscrição de fundos de pensões privados. No meu ponto de vista este sistema enferma de algumas debilidades, como a falta de segurança que a gestão dos fundos garanta uma remuneração condigna aos aposentados. A falência de fundos de pensões até nem á caso virgem no mundo financeiro. Outro ponto relevante prende-se com os custos de transição. Quem assegura as reformas da geração apanhada entre sistemas?

No outro grupo, onde me incluo, estão os que defendem a solidariedade inter-geracional, onde os trabalhadores descontam para pagar as reformas dos aposentados, e onde cabe ao Estado, enquanto entidade Social, gerir e desenvolver este sistema. Este regime assenta como uma luva num princípio que me é bastante caro, e que diz simplesmente “De todos segundo as suas possibilidades, para todos consoante as suas necessidades”.

2 comentários:

nunocavaco disse...

Claro que está que a falta de informação, que gera falta de discussão sobre o assunto é muito importante na batalha entre socialismo e liberalismo. O 4º poder, a informação é controlada pelos liberais e isso explica tudo.

Anónimo disse...

Em Portugal o retrocesso é total, voltaram os bufos.
Como se chama agora a PIDE, senhores do governo, donos da verdade, da liberdade, da democracia que só falam com maioria absoluta, não gostando de oposição?!