Um fim de semana normal. Não, não é. Mas a vida corre, flui ao sabor de algumas certezas e contradições. A batalha política inexistente é levada para campos errados, para campos pessoais. A importância que damos às coisas leva-nos a questionar e a lutar. Escolhemos o nosso lado, partido ou movimento e entregamo-nos à causa. Duro, muito duro. Horas dispendidas, tempo ganho e perdido nestas batalhas. Alguns dizem que não vale a pena outros que é obrigação. Não me saí da cabeça a agenda política, as obrigações assumidas e o tempo que foge e que nos leva da presença de quem gostamos. É hoje ponto assente que muitos muros ruiram e que a visão do mundo se altera constantemente. De que escrevo? De tudo, de nada. Ou será apenas um desabafo sem objectivo, um grito de cansaço, uma revolta demonstrada no rosto de quem quer e não pode. Enfim, é somente a vida e esta corre independentemente do estado do tempo ou da roupa que vestimos.
No dia 12 de Outubro ocorrerá uma manifestação, um grito de revolta que se iniciará pelas 15 horas na Praça do Rossio. Pessoas descontentes com a política do governo vão se manifestar por uma outra política. A presença de todos os descontentes fará com que a voz de todos seja mais forte.
O P.C.P. desenvolve uma campanha pela Segurança Social. Dito assim parece que somos os únicos que a defendemos. Parece e é verdade porque a privatização de fatias desta conquista levará a que o seu caractér universal se transforme em caractér pessoal e de poder, onde quem tem cifrões terá uma reforma digna e onde quem não tem verá o seu esforço de anos resultar numa humilhação.
O Al Gore parece estar a ser desmacarado ainda que a maioria da população acredite no que vem no documentário. A forma como ele se apresenta é esquisita, para não escrever outra coisa e os dados expostos, baseados na teoria dos limites e levantados ao limite superior, demonstram claramente que o documentário é extremista e alarmista. Deve-se explicar ás pessoas que as suas demonstrações se baseiam nas previsões mais alarmistas e catastrofistas dos cientistas.
Na Moita a festa está a ser um grande sucesso. Muitas pessoas nas ruas. A questão central parece ganha. A Festa é concelhia e não da Vila da Moita. Os bairrismos são perigosos e devem ser combatidos.
Na Baixa da Banheira o espirito crítico da população leva a que a sua participação cívica seja elevada. Os contactos de rua são constantes e muitos levantam questões muito pertinentes. Ocorreram dois fogos nesta freguesia que destruiram habitações e que colocaram em risco outras. O primeiro aconteceu num terreno, no final da Rua do Algarve, onde as ervas estavam muito altas e secas. A Câmara conjuntamente com a Junta limparam o terreno substituindo-se ao proprietário. A situação parece agora resolvida mas, a questão não foi respondida. Foi este e muitos poderão ocorrer se as pessoas não assumirem a sua responsabilidade e esperarem que os autarcas tudo resolvam. O segundo fogo foi mais grave e também na Rua do Algarve. Destruiu habitações levando a tragédia a pessoas como nós. Sobre este não quero escrever mais porque deve estar a ser alvo de investigação mas louvo a atitude de alguns banheirenses que ajudaram quem precisava, quem ficou com apenas a roupa que vestia.
Negro, pintado de negro é o quadro mas da cinza brotam rebentos e a vida continua.
7 comentários:
Este é um grito lancinante a que alguém deve dar a devida a tenção, o chefe directo, a coordenadora local e regional, alguém na Dinis Ataíde, quem quer que seja.
O homem tornou-se um exército de um homem só e o engenho e o tempo não dão para tanto.
É o tempo gasto, as pessoas amadas que se não vêem, a dureza a luta, tudo está aqui.
Portanto, ó chefões que se escondem atrás do rapaz, cheguem-se à frnte que ele está farto de ser atingido para vos defender e são vocês, com a dupla dinâmica á cabeça, que deviam levar com a pedrada.
Agora se há quem se meta no meio do caminho a atrapalhar o tiro, depois não se queixe que leva chumbada no lombo.
vamos nos ver sim trotsky tretas em breve, muito em breve
noto nestes comentários excesso de consumo de substancias ilícitas
Se é comigo, é verdade.
Ando no pastel de nata e nos éclairs.
Mas não sabia que eram ilícitos. Pensava que eram as bolas de Berlim, que larguei há uns anos.
Aquilo era que era mesmo pesado.
O Nuno não viu passar a marcha do BE? Estaria de ressaca de uma noitada de bejeca e amendoins?
Marcha?
Quanto muito chamar-lhe-ia amostra. 200 metros, em Alhos Vedros, com, sendo generoso, uma multidão de 30 pessoas originárias de Lisboa e Setúbal, sem que o chefe Louçã se dignasse dirigir e falar às pessoas.
Estranho não é? O que é que se passará com o homem? Está a perder a convicção?
Viste 30? Deves ter visto trinta pinheiros a serem desancados no paraíso da Fonte da Prata. Ou 30 bagaços?
E naquela marcha não foi necessário dar sandes de fiambre à entrada do autocarro de excursão, como faz o PCP.
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