Agora que se comemoram os 30 anos da Festa do Avante! quantos de nós se lembram que na Baixa da Banheira se realizou, logo em 1975, a Festa da Revolução, a primeira festa política nacional?
“No mês de Julho, com o Mariano Paixão e aproveitando a nossa experiência da Festa de “L’Humanité”, organizámos a primeira festa política do País a que imediatamente chamámos Festa da Revolução Socialista. Numa visita dos camaradas Octávio Pato e Dias Lourenço à Baixa da Banheira, já com os autocolantes e cartazes feitos, este nos chamou à atenção pela incorrecção política de se chamar “Revolução Socialista”, o que nos levou a corrigir os erros, anulando toda a propaganda feita.
Esta festa realizou-se num pinhal à beira da Estrada da Amizade, onde se situava o estacal do Roque e que hoje é parte da Urbanização dos Fidalguinhos, mas na altura era propriedade de um construtor, o Crespo, a quem tive naturalmente que pedir autorização para utilizar os espaço.
Muito foi o trabalho mas grande foi o êxito desta festa que viria a repetir-se mais quatro vezes, vindo depois a fundir-se com o Barreiro, assumindo o nome de Festa da Revolução e do Trabalho, e mais tarde a extinguir-se. Ficou todavia como um grande marco indicador da vitalidade da organização local do PCP que já tinha sido a primeira terra do País a abrir uma sede política em Portugal (nota: após o 25 de Abril) e agora também a primeira a realizar uma festa política.”
"Gente que fez a história da nossa terra", José Manuel Figueiredo
“No mês de Julho, com o Mariano Paixão e aproveitando a nossa experiência da Festa de “L’Humanité”, organizámos a primeira festa política do País a que imediatamente chamámos Festa da Revolução Socialista. Numa visita dos camaradas Octávio Pato e Dias Lourenço à Baixa da Banheira, já com os autocolantes e cartazes feitos, este nos chamou à atenção pela incorrecção política de se chamar “Revolução Socialista”, o que nos levou a corrigir os erros, anulando toda a propaganda feita.
Esta festa realizou-se num pinhal à beira da Estrada da Amizade, onde se situava o estacal do Roque e que hoje é parte da Urbanização dos Fidalguinhos, mas na altura era propriedade de um construtor, o Crespo, a quem tive naturalmente que pedir autorização para utilizar os espaço.
Muito foi o trabalho mas grande foi o êxito desta festa que viria a repetir-se mais quatro vezes, vindo depois a fundir-se com o Barreiro, assumindo o nome de Festa da Revolução e do Trabalho, e mais tarde a extinguir-se. Ficou todavia como um grande marco indicador da vitalidade da organização local do PCP que já tinha sido a primeira terra do País a abrir uma sede política em Portugal (nota: após o 25 de Abril) e agora também a primeira a realizar uma festa política.”
"Gente que fez a história da nossa terra", José Manuel Figueiredo
3 comentários:
Bonita homenagem a um constituinte que conseguiu intervir uma vez no plenário da Assembleia: http://debates.parlamento.pt/r3/dac/search0_dac.asp
não é uma homenagem a ninguém. é relembrar a história da Baixa da Banheira e daqueles que a fizeram, e não foram poucos.
e esse foi mais um comentário de um nível deplorável mas que desta vez não sou capaz de deixar sem resposta:
"Aprovada a Assembleia Constituinte e terminado o mandato fui abordado pelo partido no sentido da minha continuidade na próxima Assembleia da Republica e de me tornar funcionário de Partido Comunista Português. Bastante surpreso com o convite pois a minha intervenção no Plenário da Assembleia foi quase nulo, exercendo quase exclusivamente o trabalho nas comissões, sobretudo a da juventude com o José Pedro Soares a quem redigi alguns discursos, decidi não aceitar já que também não me encontrava preparado para assumir o sacrificado papel do funcionário, trabalhando hoje aqui, amanhã acolá uma disposição revolucionária para a qual não me encontrava bem preparado.
Desse modo voltei à Siderurgia Nacional e à luta na empresa."
e se num grupo de trabalho de grande capacidade como era o do PCP na constituinte, com deputados como o Vital Moreira, o Dias Lourenço, o José Manuel Maia, o Carlos Brito, Octávio Pato, entre outros, o trabalho foi reconhecido é porque certamente era de valor.
mas as acções ficam para quem as toma, mesmo que não as assine, e esta foi mais uma calúnia cobarde que me tentou atingir, desta vez atravéz de quem já não é vivo para se defender.
Da minha parte só me dão mais alento para continuar.
"...decidi não aceitar já que também não me encontrava preparado para assumir o sacrificado papel do funcionário, trabalhando hoje aqui, amanhã acolá uma disposição revolucionária para a qual não me encontrava bem preparado. "
Provando-se assim, que, o Senhor Figueiredo era Homem honesto, e, que quem estava errado era o colectivo ao convidar alguém que não estava preparado.
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