Num artigo de opinião de título Cybercobardia, publicado Expresso, Miguel Sousa Tavares faz algumas considerações sobre a blogosfera.
“Tenho lido muitas opiniões contrárias, de gente que acredita que os blogues e toda essa conversa «in absencia» são uma forma moderna de democracia de massas, directa e instantânea, como nunca houve: uma espécie de «speaker’s corner» planetário. Mas discordo: não penso que a qualidade da democracia se meça pela quantidade de envolvidos e, menos ainda, pela irresponsabilidade. Não há liberdade de expressão onde existe impunidade do discurso. E se no «speaker’s corner» fala quem quer, também é verdade que quem fala tem o rosto a descoberto, pode ser convidado pelos circunstantes a identificar-se e pode, sobretudo, ser confrontado e contraditado por estes - enquanto na maioria dos blogues o anonimato é regra, santo e senha.”
(...)
“O que já sabia dos blogues confirmei: em grande parte, este é o paraíso do discurso impune, da cobardia mais desenvergonhada, da desforra dos medíocres e dessa tão velha e tão trágica doença portuguesa que é a inveja. Mas fiquei a saber, e não sabia, que os blogues, mesmo anónimos, são uma fonte de informação privilegiada e credível para o nosso jornalismo.”
11 comentários:
Eu já esxperimentei escrever para o Expresso, para contrariar afirmações de MST com factos.~
Com o meu nome por baixo, BI e tudo.
Inútil.
Estes senhores sentem-se acima da crítica.
Como outros por aí.
Em vez de demonstrarem a invalidade da mensagem, atacam os mensageiros.
Em vez de desmentirem os factos, refugiam-se na ofensa.
Cobarde é quem não dá direito de resposta aos outros.
Ou quem tem apaniguados para darem a cara por si.
Como, por exemplo...
realmente, uma diferença entre um blog e um jornal é que neste só escreve quem o director quer. e convirá dizer que até existe alguma lógica nisto... a não ser que se tenha sentido ofendido com o artigo do MST e exija direito de resposta, o que não creio.
já agora, um boato ou um levantar de suspeita infundada não assinadas que hipóteses de resposta dão?
Em muito do que escreveu concordo com o Miguel Sousa Tavares. Os blogues podem ser um instrumento de intervenção e cidadania mas também podem ser um instrumento de calúnia e ofensa, tudo o resto que se diga a este respeito não acrescenta muito a isto.
Parece-me que os blogs da zona não exercem a censura.
Não me lembro de alguém se queixar de enviar textos para "direito de resposta" e não serem publicados.
Que dizer, havia blogs "vigiados", mas isso, claro, aquim ninguém sabe porque não andava por cá.
Mas e se concretizasse uma calúnia - não valem as dos vigilantes sobre pessoas do PS ou de outros blogs - sobre alguém que algum blog tivesse recusado divulgar o desmentido, talvez a conversa pudesse começar a ser a sério...
Até lá, com acusações vagas, não me parece que.
Em primeiro lugar pode assinar com o seu nick. Já usou o "eu" mais vezes e portanto já sabemos quem é, claro que isto é somente uma sugestão.
Em segundo lugar não se trata de direito de resposta mas sim de lançar calúnias e acusações pelas quais não se pode ser responsabilizado. Este clima de impunidade leva a que por exemplo já tivessem ocorrido ameaças à integridade física de pessoas nestes mesmos blogues e não é preciso procurar muito para as encontrar. Fico-me por aqui.
por exemplo...
"c) A história dos Planos de Pormenor é muito interessante, se não se soubesse como tudo isso funciona, desde quem os realiza até às famosas "contrapartidas" que são negociadas em troca da construção."
http://alhosvedrosaopoder.blogspot.com/2006/10/aprovaes-ad-hoc.html
eu que ate já o ouvi questionar algumas contrapartidas para a construção de algumas áreas comerciais no seu burgo, mas que tb já li por aí algumas linhas sobre supostos comportamentos ilícitos de uma ex-presidente de câmara deste distrito, fico com algumas dúvidas sobre a que tipo de "contrapartidas" quer fazer alusão..
Parece-me que as calúnias ou como alguns lhe chamam denúncias, ainda que não as provem porque dizem que a prova é complicada pecam pelo efeito inverso. Se a prova é complicada a sua difusão é facilitada e se a aposta nesta estratégia continua sem resultados visíveis o meio não se fundamenta por si e leva a que surjam mais dúvidas não contra os visados mas sim sobre os que visam. Simples pelo menos a escrever.
Primeiro, e porque me chamou à conversa, nunca me ouviu questionar nada, porque nunca estivemos a distância um do outro que desse para ouvir a voz.
Em segundo, as "famosas contrapartidas" são como aquelas feitas em troca de urbanizações, mas que depois só aparecem anos do previsto (QFPrata, OK?)
Em terceiro lugar, eu questionei "uma ex-presidente da Câmara do distrito"?
Você alucinou de vez?
É que eu não consigo discutir com coisas inventadas.
E para si calúnias parece que é tudo o que lhe toca nos berlindes dos amigos.
Explique-nos antes porque saiu o João de Almeida da CMM e depois conversamos.
Não goze, tomando os outros por parvos, que lhe fica mal.
Achava-o capaz de coisas com um pouco mais de nível argumentativo.
Assim descemos ao nível do 3 em 1, aquele que copia textos alheios e telefoina a desoras para inquirir pideiramente sobre a identidade de amigos meus.
(Será isto uma calúnia? Deve ser... o 3 em 1 é seu amigo.)
o "ouvir" deveria ser "ler" porque realmente não o conheço, e cada e não tenho vontade de o conhecer.
eu não alucinei, e você é que já se deve ter esquecido das referências que fez ao ex presidente da CM Setúbal. mas tb já estou habituado às suas amnésias e ao seu modo dúbio de usar o português. suponho que também nunca assinou aqui como "eu" ou "eugénio", ou...
mas disto http://alhosvedrosaopoder.blogspot.com/2006/09/apenas-mais-do-costume.html que talvez se tenha esquecido também, eu ainda tenho na memória.
"supostos comportamentos ilícitos de uma ex-presidente de câmara"
Isto foi o que você escreveu, no FEMININO.
Não sou obrigado a advinhar o que lhe vai na cabeça, mas não passa para os dedos.
Quanto à situação concreta de Setúbal, o que sei,e sei-o de fonte alta, não envolve necessaria ou especialmente o (ou apenas) ex-Presidente.
Aliás, foi tipo dominó.
Ele caiu, porque...
Quanto ao resto, parabéns, se ainda lhe resta alguma vontade de me conhecer.
Não me leve a mal, mas a minha nunca existiu, como se lembrará quanto à hipótese das fotos.
"não o conheço, e não tenho vontade de o conhecer." era isto que deveria ter sido escrito, mas o adiantado da hora...
lembro-me perfeitamente, e passados estes meses o que tenho a dizer é que em boa hora vocês recusaram.
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