2006-10-25

A primeira vez que lembro de ouvir falar de Carlos Bica foi algures entre os finais dos 80 e inícios do 90 quando integrava o Grupo Cal Viva com Mário Laginha, Maria João, José Peixoto e José Salgueiro. Vi-os na TV numa gravação de um concerto no S.Luis, se não estou em erro. Para mim foi o abrir de uma porta para o jazz, mas não só, porque a sua música é também jazz, entre muitas outras coisas. Há alguns meses foi isto mesmo que mais uma vez pude confirmar no excelente projecto Contra3aixos, que também esteve entre nós.

Sobre o álbum que vem agora apresentar à Baixa da Banheira, o seu site diz o seguinte:

Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do jazz europeu.

Entre os vários projectos musicais que lidera e para além das suas colaborações com teatro, cinema e dança, o trio Azul, com o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor.

Quando fala da música de Carlos Bica, a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas.

O que corresponde, como seria natural, à própria trajectória do intérprete compositor. Aprendeu a tocar contrabaixo na Academia dos Amadores de Música, nos Cursos de Música do Estoril, na escola superior de música de Würzburg, na Alemanha. Mas o seu primeiro concerto de jazz deu-o pouco antes de partir para a Alemanha.
Fez muita música improvisada, durante anos tocou com Maria João, trabalhou e gravou na área da música popular portuguesa com Carlos do Carmo, José Mário Branco, Janita Salomé, Camané e participou em inúmeros festivais de jazz internacionais em colaboracäo com músicos como Kenny Wheeler, Ray Anderson, Aki Takase, Alexander von Schlippenbach, Lee Konitz, Mário Laginha, Albert Mangelsdorf, Paolo Fresu, António Pinho Vargas, Steve Arguelles, John Ruocco e Matthias Schubert entre outros.

Em Outubro de 2005 edita o belíssimo Single (Bor Land), o seu primeiro álbum de contrabaixo solo, onde músico e instrumento se encontram a sós e onde Bica revela o seu lado musical mais íntimo. Na digressão que fez em Portugal de promoção desse disco, resolveu ter como convidados alguns dos seus amigos e músicos favoritos, tais como tais como: João Paulo Esteves da Silva; Jesse Chandler; Sam the Kid; Kalaf; Alexandre Soares; Jorge Coelho; DJ Il Vibe; Matthias Schubert; Kalle Kalima e Ana Brandão.

A colaboração com DJ Ill Vibe prolonga-se agora para o novo álbum — o quarto, após Azul, Twist e Look What They've Done to My Song — do projecto Azul onde o DJ é convidado especial.

Believer marca o 14º aniversário da existência do Azul, que mantém intacta a formação original, numa empatia rara que tem contribuído para o reconhecimento internacional do projecto de Carlos Bica, Frank Möbus e Jim Black.

O concerto é já amanhã, 26 de Outubro às 22h.

nota: como já devem ter verificado, no programa de Outubro a data vem com gralha.

4 comentários:

Emanuelle disse...

Amanhã lá estarei!!!

Os concertos de jazz vão continuar, em Novembro teremos o przer de ouvir a Jacinta!

Emanuelle disse...

Tive um episódio engraçado com o Carlos Bica. Há umas semanas fui visitar o seu site, só estava disponível em inglês e alemão, enviei-lhe um e-mail "pouco amistoso" acerca disso, ao qual ele me respondeu de imediato e muito simpaticamente a informar que ía resolver o mais rápido possível! Já está!

Ponto Verde disse...

Como ninguém aqui vem resolveram ir para blogues mais visiveis fazerem autopromoção? Já agora uma retribuição...

www.a-sul.blogspot.com

Emanuelle disse...

Grande concerto!!!
Adorei o baterista:-)