2006-11-22

No jornal "o rio", num artigo de opinião de Vitor Alves Pereira (pág. 5), remete para um blog http://montijo-blog.weblog.com.pt/arquivo/week_2006_11_05.html onde se publica um excerto de uma entrevista do responsável pelos Recursos Humanos do Grupo Volkswagen, que passo a colocar aqui:


Despedimentos de pessoal podem ser concretizados

Segundo comunicado a que tivemos acesso, onde é divulgada a tradução de uma entrevista à imprensa alemã, pelo responsável da gestão dos Recursos Humanos do Grupo VW, o despedimento de trabalhadores na Volkswagen Autoeuropa pode vir a tornar-se realidade. António Chora, membro da Comissão de Trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa, alerta os trabalhadores da empresa para essa probabilidade.Divulgamos a passagem da referida entrevista, do Responsável da Gestão de Recursos Humanos do Grupo VW, onde pode verificar-se as suas preocupações com a situação das fábricas na Europa, nomeadamente em Portugal.

Excerto da entrevista

HAZ: Até agora a questão da redução de pessoal na VW só era referida para as fábricas alemãs. O que se passa com as fábricas na Bélgica, Espanha e Portugal?

Continuamos, de facto, com um problema na Europa Ocidental. Tal como na Alemanha iremos proceder a redução de pessoal. O mercado cresce em países como a Rússia, a Índia e a China e ao mesmo tempo, países como a Espanha perdem as suas vantagens económicas. Além do mais temos de terminar com a ocupação de apenas três quartos da capacidade das fábricas. Por isso iremos prosseguir com as reduções na Europa Ocidental.

HAZ: Isso significa encerramento de fábricas?

Já fiz encerramentos e trata-se de algo dramático. Se possível, queremos evitá-los.

HAZ: Como é que se adaptam sobre capacidades ao prolongamento do tempo de trabalho?

Tivemos de prolongar o tempo de trabalho para as 33 ou 34 horas, para conseguirmos ter custos horários competitivos. Simultaneamente reduzimos a capacidade através da redução de pessoal.

Gostava de saber se isto é verdade, ou não, até porque o blogue não refere a fonte, quer da imprensa, quer do comunicado.

4 comentários:

Carlos (Brocas) disse...

BRUSSELS, Belgium (AP) - Volkswagen AG said Monday it had no plans to close its Belgian plant after workers went on strike, demanding to know what was in store for them as the company cuts back production amid falling demand.

The German car maker will hold a meeting Tuesday to discuss the future of the factory where it employs around 4,900 people making the VW Golf A5 model. It stressed that no decision has yet been made.

"A final decision will be taken after the end of the information and consultation period," a company statement said.

Workers at the Vorst plant on the outskirts of Brussels, walked off the night shift late Friday to protest uncertainty over the future of their jobs and management's refusal to tell them what lay ahead.

The strike widened Monday morning when the regular shift also downed tools.

German media reports have touted the Belgian plant as a potential candidate for closure as Volkswagen seeks to save money by shifting Golf production to Germany, shedding jobs in Spain, Portugal and Belgium instead of making more cuts in its home country, Germany.

The European Metalworkers' Federation said the Belgian strike was just a first reaction to possible job losses and union representatives from all VW's European sites would meet on Nov. 27 to set out their plan of action. They said they would not allow plant to be played off against another.

Belgian politicians spoke angrily about the company's German management on Sunday, saying they were acting arrogantly by not bothering to inform Belgian employees and the government about their plans.

"Our government has done everything to make the Vorst plant a competitive and flexible factory and it is now punished by the German trade unions and executive board," Johan Vande Lanotte, leader of government's socialist coalition party SP.A told VRT network.

The leader of Prime Minister Guy Verhofstadt's party, Bart Somers, said the company's attitude was "unacceptable."

Volkswagen's former chief executive, Bernd Pischetsrieder, told the Belgian government earlier this year that the plant would not be shut down.

His sudden departure and talk of changes to restructuring plans have aroused fears that the factory may be victim to new cuts in Western Europe as the company opens plants in booming car markets - such as India - and commits to keeping sites open in Germany.

nunocavaco disse...

Obrigado Carlos.

Infelizmente existem motivos para preocupações. Penso é que alguns andam a embandeirar muito em arco e com muito poucos motivos para o fazer, falo do António Chora. O que tem passado na comunicação social é que o acordo garantia que não ocorressem despedimentos e que o número de trabalhadores até aumentasse. Espero bem que isto aconteça e sinceramente que a Comissão de Trabalhadores tenha razão.

Anónimo disse...

Acho que antes de acabarem com os de Portugal que até são dos que trabalham melhor vamos vêr outros de países com ordenados (logo custos) mais elevados a apanhar com a castanha.

Só quando, enfim, se capacitarem de que devem dar apoio a sério às Pequenas e Micro Empresas -- e as mesmas entenderem que se têm de unir -- e não dar benesses atrás de benesses a multinacionais sem rosto é que eu vou acreditar que a Europa (e Portugal em particular) poderá voltar a ser competitiva e a economia irá crescer duma forma sustentável.

Assim é só darem de barato o dinheiro que as PME pagam (que os pequenos empresários deste país são muito castigados, se não mais que os trabalhadores) em impostos a corporações que assim que se mostrar necessário irão para outras paragens mais "saudáveis".

Até mais.

Anónimo disse...

Pssst!

O Plano já está fresco que chega.

Como os ares aqueceram já o pusemos na bancada para preparar futuros cozinhados.

Até mais.