Pode ler-se aqui:
"O estuário do Tejo, o maior da Europa Ocidental com os seus cerca de 320 km2 apresenta diversos habitats que contribuem para a sua enorme riqueza natural. Foram considerados como os principais habitats caracterizadores do Estuário do Tejo os seguintes: praias rochosas, bancos de vasa intertidais e subtidais, ostreiras, sapais e salinas.
Destacam-se, para cada um destes habitats, as características principais que justificam a sua importância, seja em termos da área que ocupam, do tipo de comunidades que suportam ou da importância que assumem na paisagem ecológica do Estuário.
As praias rochosas constituem um habitat pouco representado no Estuário do Tejo, existindo, fundamentalmente, entre a Trafaria e Cacilhas. São zonas sujeitas à influência das marés, o que justifica o tipo de comunidades que as colonizam. As características destas comunidades são, em muito, semelhantes às dos povoamentos de substracto rochoso da costa portuguesa, ainda que seja notória uma diversidade menor, justificável pelo sistema estuarino.
Os bancos de vasa, extremamente comuns no Estuário, dada a sua constituição (sedimentos finos), permitem a ocorrência de diversos invertebrados, o que justifica a enorme importância que este habitat apresenta para a alimentação de um elevado número de espécies com destaque para as aves limícolas. Na maré alta oferecem também biótopo de alimentação para diversas espécies de peixes, como as taínhas (Liza ramada, Liza aurata, Mugil cephalus e Chelon labrosus) e as patruças (Platichthys flesus).
As ostreiras constituíam, num passado não muito longínquo, povoamentos ricos e que eram explorados comercialmente. Hoje estão, praticamente, mortas. Não é, portanto, um habitat comum no Estuário, mas que apresenta uma importância significativa pelo tipo de diversidade florística e faunística que suporta. As conchas vazias, sobre substracto vasoso, conferem suporte para fixação de diversas espécies. Surgem espécies como a esponja laranja (Hymeniacidon sanguinea) e uma grande abundância de cracas (Balanus spp.) e mexilhões (Mytilus galloprovincialis). No entanto, o grupo mais representado nas ostreiras é o dos poliquetas, com referência a catorze espécies, destacando-se pela sua abundância Hediste diversicolori.
Os sapais constituem uma das zonas mais produtivas que se conhece. Apresentam um papel fundamental no equilíbrio ecológico do Estuário do Tejo e são ainda relativamente abundantes, ocupando cerca de 2 000 ha. A margem esquerda é aquela que apresenta as principais manchas de sapal, destacando-se o troço leste compreendido entre o Mouchão das Garças e Alcochete. Os sapais caracterizam-se pela presença de um tipo de vegetação específico, halófito, como a morraça (Spartina maritima), Arthrocnemum fruticosum e Halimione portulacoides. Nas zonas mais elevadas surgem tufos de Arthrocnemum glaucum e Sueda fruticosa. Os canais e esteiros que entrecortam os bancos de sapal são utilizados por plâncton e ictiofauna. As aves procuram, igualmente, este habitat. Tem-se assistido a uma diminuição generalizada das manchas de sapal no Estuário.
A importância do habitat “salinas” advém, fundamentalmente, da sua importância para o suporte das aves aquáticas. De facto, as salinas possibilitam a ocorrência de uma macrofauna diversa e rica que contribui para que este habitat seja utilizado para alimentação por diversas espécies de aves. Dos quase 1 000 ha de salinas que já existiram no Estuário, parte significativa encontra-se degradada ou transformada. Mesmo assim, o que resta, proporciona ainda importantes áreas de refúgio para largos milhares de aves limícolas. De entre as diversas espécies que utilizam as salinas destaca-se o pilrito-comum (Calidris alpina) e a tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola).
Verifica-se, portanto, que o Estuário do Tejo apresenta uma diversidade de habitats que justifica e condiciona a ocorrência de comunidades naturais interessantes."
"O estuário do Tejo, o maior da Europa Ocidental com os seus cerca de 320 km2 apresenta diversos habitats que contribuem para a sua enorme riqueza natural. Foram considerados como os principais habitats caracterizadores do Estuário do Tejo os seguintes: praias rochosas, bancos de vasa intertidais e subtidais, ostreiras, sapais e salinas.
Destacam-se, para cada um destes habitats, as características principais que justificam a sua importância, seja em termos da área que ocupam, do tipo de comunidades que suportam ou da importância que assumem na paisagem ecológica do Estuário.
As praias rochosas constituem um habitat pouco representado no Estuário do Tejo, existindo, fundamentalmente, entre a Trafaria e Cacilhas. São zonas sujeitas à influência das marés, o que justifica o tipo de comunidades que as colonizam. As características destas comunidades são, em muito, semelhantes às dos povoamentos de substracto rochoso da costa portuguesa, ainda que seja notória uma diversidade menor, justificável pelo sistema estuarino.
Os bancos de vasa, extremamente comuns no Estuário, dada a sua constituição (sedimentos finos), permitem a ocorrência de diversos invertebrados, o que justifica a enorme importância que este habitat apresenta para a alimentação de um elevado número de espécies com destaque para as aves limícolas. Na maré alta oferecem também biótopo de alimentação para diversas espécies de peixes, como as taínhas (Liza ramada, Liza aurata, Mugil cephalus e Chelon labrosus) e as patruças (Platichthys flesus).
As ostreiras constituíam, num passado não muito longínquo, povoamentos ricos e que eram explorados comercialmente. Hoje estão, praticamente, mortas. Não é, portanto, um habitat comum no Estuário, mas que apresenta uma importância significativa pelo tipo de diversidade florística e faunística que suporta. As conchas vazias, sobre substracto vasoso, conferem suporte para fixação de diversas espécies. Surgem espécies como a esponja laranja (Hymeniacidon sanguinea) e uma grande abundância de cracas (Balanus spp.) e mexilhões (Mytilus galloprovincialis). No entanto, o grupo mais representado nas ostreiras é o dos poliquetas, com referência a catorze espécies, destacando-se pela sua abundância Hediste diversicolori.
Os sapais constituem uma das zonas mais produtivas que se conhece. Apresentam um papel fundamental no equilíbrio ecológico do Estuário do Tejo e são ainda relativamente abundantes, ocupando cerca de 2 000 ha. A margem esquerda é aquela que apresenta as principais manchas de sapal, destacando-se o troço leste compreendido entre o Mouchão das Garças e Alcochete. Os sapais caracterizam-se pela presença de um tipo de vegetação específico, halófito, como a morraça (Spartina maritima), Arthrocnemum fruticosum e Halimione portulacoides. Nas zonas mais elevadas surgem tufos de Arthrocnemum glaucum e Sueda fruticosa. Os canais e esteiros que entrecortam os bancos de sapal são utilizados por plâncton e ictiofauna. As aves procuram, igualmente, este habitat. Tem-se assistido a uma diminuição generalizada das manchas de sapal no Estuário.
A importância do habitat “salinas” advém, fundamentalmente, da sua importância para o suporte das aves aquáticas. De facto, as salinas possibilitam a ocorrência de uma macrofauna diversa e rica que contribui para que este habitat seja utilizado para alimentação por diversas espécies de aves. Dos quase 1 000 ha de salinas que já existiram no Estuário, parte significativa encontra-se degradada ou transformada. Mesmo assim, o que resta, proporciona ainda importantes áreas de refúgio para largos milhares de aves limícolas. De entre as diversas espécies que utilizam as salinas destaca-se o pilrito-comum (Calidris alpina) e a tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola).
Verifica-se, portanto, que o Estuário do Tejo apresenta uma diversidade de habitats que justifica e condiciona a ocorrência de comunidades naturais interessantes."
18 comentários:
Texto algo datado e inverificável porque o link é cavaquista.
Enlouqueceu.
E o Seixal e Moita e Alcochete e todas as atrocidades ambientais enquadram-se onde?
Este texto já parece o outro. Deve ser a nova linha de discurso, completamente desfasada da realidade.
Paciência.
Explique-nos, se possível, qual o objectivo deste texto? É uma crítica ao estado das coisas ou às coisa do Estado Central? É que não conseguimos perceber mesmo.
Azelhice nossa, de certeza.
Caro :d
O link existe sim. Está com um pequeno erro mas pode ser recolhido aqui. Acontece.
O que é triste é que é já de 2004 e o resultado do aprofundado estudo que são os PDMs e que deviam ter em conta toda esta documentação oficial é o que se vê.
Onde isto se enquadra no que se passou na Fonte da Prata e ainda se vai passar e o que se passou com o POLIS da Moita e com a Quinta da Trindade e a Quinta do Outeiro e o Pinhal de Frades, no Seixal, é tão em oposição com este texto que suspeitamos que o João Figueiredo já deve ter rasgado o cartão do partido.
Até mais.
Já agora, caro joão, pergunte aí aos camaradas de partido o que é isto [1][2]?
É que, subitamente, parece que ninguém sabe nada de nada e este seu texto é muito curioso lido nesse contexto.
Até mais.
O link já está corrigido, e não é o que o Mário da Silva indica. Acontece.
Até mais.
Bem me parecia que o link estava marado.
Mas continuo a achar que é daqueles textos se eu tenho 10 frangos e tu tens dois, então ´porque temos os dois meia dúzia.
A coberto de algumas médias se esconde a vergonha.
já lá diz a sabedoria popular que "se não é do cu é das calças".
Desculpe lá, ò João, mas não me queira fazer de parvo.
O link que você tinha no artigo era http://banheirense.blogspot.com/www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/pbh/pbh03_tejo/3/vol_texto/memoria.pdf e eu corriji-o para http://www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/pbh/pbh03_tejo/3/vol_texto/memoria.pdf
Se você estava a apontar COMPLETAMENTE para o link errado isso é outra coisa mas não me chame parvo nem insinue que eu estava a querer apontar para um artigo do meu interesse.
Tenha honestidade intelectual.
Até mais.
o link estava errado, e isso foi erro meu. após a correcção, não disse mais nada e portanto essas conclusões são suas.
Minhas não. Ora veja lá a diferença que faz:
O link já está corrigido, e não é o que o Mário da Silva indica.
Se o texto fosse:
Obrigado Mário da Silva. O link já está corrigido e em todo o caso não era aquele que eu lá tinha posto.
Isto sim já era outra conversa sem subentendidos dúbios.
Desculpe lá mas a sua frase é então infeliz já que subentende que eu estava a querer apontar para um link de minha autoria quando, nesse caso, eu só estava a ajudar.
Aliás, se juntarmos este tipo de fraseologia ao último artigo do seu camarada e confrade NC é fácil haver mal-entendidos.
Já que está esclarecido ficamos assim.
Até mais.
desculpe, mas realmente os seus cometários neste post são uma ajuda preciosa.
começa com "Enlouqueceu", continua perguntando se já rasguei o cartão de militante e acaba acusando de incompetência, ignorância e/ou má fé um grande grupo de pessoas (as que trabalham na revisão do PDM a vários níveis, e os meus camaradas de Partido) e acaba a chamar-me desonesto.
o resto nem comento...
E o que a sua resposta tem a vêr com a minha que lhe está logo acima é mesmo fantástico:
- eu respondo-lhe a uma questão relacionada com um link
- você responde-me a isso com tudo o que eu disse em vários comentários
Continue assim que chega longe.
E quanto a essa gente maravilhosa e competente: ou é má fé ou incompetência.
Escolha você que eu ainda estou a perguntar, mas já desespero de obter resposta alguma da parte dos "camaradas" que não se reduza a um ataque simples e básico mas sem nada no que toca ao contraditório.
"desculpe, mas realmente os seus cometários neste post são uma ajuda preciosa." - jf
E as suas respostas conclusivas e elucidatórias. Obrigado. Fiquei amplamente esclarecido.
Até mais.
voce não quer esclarecimentos, quer é confusão.
Isso. Isso. Continuem a chutar para o lado que a gente já os entendeu bem.
Durma bem e não se canse mais.
Vá lá tomar os comprimidos para a dupla/tripla personalidade que isso está mal.
Um abraço deste seu amigo que não quer que você apanhe uma congestão no Natal.
Isso. Isso.
Para não me repetir leia o meu comentário das 3:48 AM, Dezembro 21, 2006.
O que vocês sabem já eu me esqueci há muito tempo.
Afinal AQUI é que existe CENSURA e não noutros blogs.
Afinal AQUI é que se é um bocadinho, enfim...
Ora, que terei eu escrito de tão grave no comentário acima para ser CENSURADO quando outros insultam porcamente e ficam?
Até mais.
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