2006-06-12

Quaternário na Península de Setúbal

Nos últimos 1,8 milhões de anos (Quaternário) como consequência das glaciações, houve várias oscilações do nível do mar testemunhadas pelos terraços marinhos bem expressos no litoral da Arrábida.

Há cerca de 1,5 milhões de anos, em ambientes litorais, depositaram-se conglomerados, com elementos essencialmente de quartzo e quartzito, de tons esbranquiçados. Na parte superior ocorrem seixos desgastados pelo vento. Alguns foram trabalhados pelo Homem ("pebble culture") o que permite comprovar a sua presença na Estremadura portuguesa desde esses tempos remotos.

Há cerca de 35 000 anos (Plistocénico superior) o clima, bastante frio, provocou a retenção de água nos polos terrestres e nos glaciares de montanha; o mar desceu para cerca de 60 metros abaixo do nível actual. Nas extensas planícies litorais deixadas a descoberto, viviam mamutes, bois selvagens e cabras; constituíam territórios de caça previlegiados para o Homem. Um dos últimos grupos de "Homens de Neanderthal" habitou as grutas da serra da Arrábida.

Mais tarde, no apogeu da última grande transgressão marinha, há cerca de 5 000 anos, as águas salgadas chegaram ao Paúl da ribeira de Muge, 40 km a montante do mar da Palha. Constituíram-se povoados importantes na zona de Muge que aproveitavam os abundantes recursos marinhos e/ou salobros que aí chegavam. São dessa época os célebres "concheiros de Muge", estação arqueológica de enorme importância, muito rica de espólio humano (esqueletos) e restos de alimentação.

Com a retirada do mar, as dunas ganharam grande desenvolvimento na parte terminal da bacia do Baixo Tejo. As dunas de praia são, fundamentalmente, de tipo longitudinal e paralelas à arriba litoral da Costa de Caparica-Lagoa de Albufeira.

Na parte alta da arriba as dunas têm morfologia variada, com destaque para alguns grandes "barkanes".

Em certos locais (Capuchos e Fonte da Telha, p. ex.), existem paleossolos intercalados nas dunas com cerca de 2000 anos. Estes solos podem corresponder ao desenvolvimento das explorações agrícolas em tempos do Império Romano, que se terá prolongado até o início do domínio árabe. O abandono subsequente da agricultura conduziu à remobilização dunar.

Fonte: http://www.dct.fct.unl.pt/CEGUNLP/Geoverao

18 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

NUNO....


magnifico.


que bom chegar aqui e ver que há quem saiba e quem goste de mostrar....

Setúbal....a saudade ....

beijo.

Anónimo disse...

Indescritível.
Inenarrável.
Imbecil, mesmo...

nunocavaco disse...

Bem, Mendes Ferreira obrigado, precisava era de uma melodia para abafar as palavras do amigo que comentou a seguir, mas também está no direito dele, pena é que não mo diga na cara.

Anónimo disse...

Era dedicado ao comentário e não à posta, mas quem enfia barretes que andam no ar, se calhar é porque lhe servem.

Iasnara disse...

e o Felipe agrada? de 1 em 1... se chega. bjos. saudades.

Sea disse...

é assunto que me escapa, sou leiga na matéria...
por acaso, gostava de saber se há algum estudo do género aqui para estes lados...

nunocavaco disse...

Existem vários, falo-te disso depois. Bjo. Sentir o Felipão é bom treinador mas é muito arrogante e eu não gosto de arrogantes. Boa sorte para o Brasil mais logo.

Anónimo disse...

Indescritível.
Inenarrável.
Imbecil, de novo.
O barrete serve a quem tiver toutiço para ele, está bem Nuno assessor com isenção de horário?
O Afrodite não apareceu ainda por aqui, por cima do teu ombro, ou és só tu a dar o teu lado feminino, rico?

nunocavaco disse...

Já te disse várias vezes que ainda me vais ter de dizer isso na cara e depois vês o meu lado feminino.

Bird disse...

Nuno...

no comments para os comments...

Abraço para ti

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Este blogue não tem remédio.
Eu sei o que li aqui ontem.
Por isso sei até que pontos as sensibilidades andam à flor da pele.
Não é verdade que o post é uma mera cópia de cola e tesoura?

Anónimo disse...

Calem-se, porra!...Copiado ou não o post tem trambelho.

...Cala-te Catalino! acaba com as tuas catalinárias...

Foi assim que o palavroso deputado romano Catalino, foi interrompido. Foi assim que nasceram as "catalinárias".

Indescritíveis.
Inenarráveis.
Imbecis mesmo, a maioria destes comentários.

Anónimo disse...

Broncas, acalma-te que talvez não saibas o destino do Catalina.
Acabou, como muitos outros, vítima de conspirações e contra-conspirações, muitas delas baseadas e rumores e repressões conduzidas e selectivas aos que discordavam dos donos de Roma.
Pensa nisso.

O estilo do Trotsky não me agrada, mas é apenas uma amostra do que alguns senhores deste blog serviram para almoçar e jantar antes das eleições quando andaram a infestar outros quintais.
Agora queixam-se do quê?
Eu aqui repito o que li, com uma outra forma, há por estas bandas um mau poeta pretensioso com alma de censor e há uim técnico que só sabe copiar textos de outros locais, porque por si mesmo não sabe produzir prosa capaz e fundamentada.

Foi isto que o "terrorista" que por aqui passa escreveu, à bruta, é certo, mas com alguma razão.

Anónimo disse...

olha lá "eu", tu também ora dás nisto ora dás naquilo, no que é que ficamos? Não gostas do meu estilo e depois? E o que é isso de "terrorista"? bombas aqui só o outro que acha que devem matar-se os dissidentes, que ele já lá escreveu em cima, o hl-poeta de subúrbio.

nunocavaco disse...

Sempre a considerar as suas opiniões.

Anónimo disse...

vai trabalhar, malandro que desde as eleições não fazes nada. quem é que te chamou agora?

nunocavaco disse...

mais uma e está a contar :)