Um homem chega a casa, liga a televisão porque o jogo está a começar. Depois do jantar, uma mulher liga a televisão porque a novela está a começar. No quarto um filho brinca até ter sono. O caderno dos trabalhos de casa continua aberto, mas vazio, sobre a cama.
Um professor chega a um quarto alugado. Jantou num tasco e prepara-se para telefonar à família. Só mais dois dias e 300 km e tudo isto ficou para trás até à próxima segunda feira. Entretanto os testes estão por corrigir. À mesma hora, um seu colega, sortudo porque colocado perto de casa, folheia a secção de emprego de um jornal. Já passaram 8 anos mas ainda não desistiu de tentar o emprego para que estudou. As aulas são um refúgio que dia a dia se torna mais insuportável.
Um miúdo brinca com os amigos da rua até depois do anoitecer. O tempo está bom e convida os pais ao convívio numa esplanada perto. “As conversas são como as cerejas” já se sabe, mas amanhã é dia de trabalho, e já se vai fazendo tarde. Além disso, os miúdos têm escola.
Aqueles pais não souberam dizer não. Aquela criança nunca ouviu um “não”, nem um “talvez”, mas ouviu um complacente “está bem”. Aquela criança está frustrada na escola, que tem regras, e onde lhe dizem não. Aquela criança não gosta da escola.
O tio daquele está preso. Matou o amante da tia ali mesmo em frente à casa onde todos viviam. Todos sabiam, até o tio. Naquele dia fora apenas uma cerveja a mais que fizera a diferença. O pai também já foi à esquadra, mas foi só porque batia na mãe.
Aquele miúdo chega cansado à escola. Levanta-se 2 horas mais cedo do que os restantes colegas porque a escola onde andava, com mais 8 amigos, fechou. Agora vem para a vila, longe da aldeia onde vive.
A OCDE coloca-nos na cauda de 41 países no que toca à leitura e compreensão de textos e somos os penúltimos no ranking da iliteracia na Europa comunitária.
Isto anda tudo ligado.
Um professor chega a um quarto alugado. Jantou num tasco e prepara-se para telefonar à família. Só mais dois dias e 300 km e tudo isto ficou para trás até à próxima segunda feira. Entretanto os testes estão por corrigir. À mesma hora, um seu colega, sortudo porque colocado perto de casa, folheia a secção de emprego de um jornal. Já passaram 8 anos mas ainda não desistiu de tentar o emprego para que estudou. As aulas são um refúgio que dia a dia se torna mais insuportável.
Um miúdo brinca com os amigos da rua até depois do anoitecer. O tempo está bom e convida os pais ao convívio numa esplanada perto. “As conversas são como as cerejas” já se sabe, mas amanhã é dia de trabalho, e já se vai fazendo tarde. Além disso, os miúdos têm escola.
Aqueles pais não souberam dizer não. Aquela criança nunca ouviu um “não”, nem um “talvez”, mas ouviu um complacente “está bem”. Aquela criança está frustrada na escola, que tem regras, e onde lhe dizem não. Aquela criança não gosta da escola.
O tio daquele está preso. Matou o amante da tia ali mesmo em frente à casa onde todos viviam. Todos sabiam, até o tio. Naquele dia fora apenas uma cerveja a mais que fizera a diferença. O pai também já foi à esquadra, mas foi só porque batia na mãe.
Aquele miúdo chega cansado à escola. Levanta-se 2 horas mais cedo do que os restantes colegas porque a escola onde andava, com mais 8 amigos, fechou. Agora vem para a vila, longe da aldeia onde vive.
A OCDE coloca-nos na cauda de 41 países no que toca à leitura e compreensão de textos e somos os penúltimos no ranking da iliteracia na Europa comunitária.
Isto anda tudo ligado.
6 comentários:
pois é Nuno....somos tão bons em quse coisa nenhuma...:)
salva-se a leitura....aqui e "aqui".
uma boa tarde....:)
Não me chamo Nuno :D
enfim... não há nada mais a dizer... foi tudo dito...
beijinhos
Ó João, há quem apareça para permutar beijinho com o Nuno, nem olham para a assinatura. É o que dá muito tempo livre e pouco trabalho na assessoria.
Mas sinto mesmo é falta de uma poesia do HL, esse grande pornógrafo local.
"ligações perigosas"....:)
as minhas desculpas João.... sinceramente...
não volta a acontecer....mudei de´lentes...(brinco).
bom dia.
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