2006-02-28

Porque sou dos que acredita que “é da discussão que nasce a luz” é para mim difícil de perceber a razão pela qual na Baixa da Banheira um fórum de discussão tão prolífico como a Assembleia de Organismos Populares de Base ter sido abandonado. A discussão gerada no Falta Papel mostra que existem temas de extrema importância ao nosso associativismo aos quais é importante um amplo debate.

A dinâmica resultante das primeiras edições desta Assembleia mostrou que um fórum que à partida seria apenas um órgão consultivo, extravasou as suas competências tomando deliberações que resultaram em melhorias efectivas para a população, como um jornal e uma rádio, o monumento a Zeca Afonso, a actualização dos estatutos de algumas colectividades ou a fusão de clubes da qual nasceu o União Cultural e Desportiva Banheirense, entre muitas outras.

O próprio facto de alguns destes exemplos terem tido uma vida mais ou menos curta (a Rádio Arremesso desapareceu, o jornal A Voz da Vila teve dois sucessores, um deles - O Rio - ainda luta para sobreviver, o União foi “perdendo gás”) é mais um motivo para reflexão colectiva.

Nos moldes em que se realizaram as primeiras assembleias, ou noutros, urge dar continuidade a este fórum que se iniciou a 25 de Fevereiro de 1984.

2006-02-25

Há 2 anos fui a Alhos Vedros ver alguns amigos a desfilar no Corso. Reconheço que cada vez tenho menos paciência para estes desfiles, mas o ver as moçoilas de fartas carnes arroxeadas pelo frio, à espera para entrar num Corso no Carnaval tão absurdo como qualquer outro na sua tendência para imitar o Carnaval Brasileiro, e sem tentar perceber que no hemisfério Sul é verão, deixou-me mais perplexo que o próprio Carnaval em si.

No entanto serve para manter em convívio toda aquela gente que durante tantos meses se prepara afincadamente para a folia.

2006-02-24

Riqueza gastronómica!
Um destes dias, fui dar um passeio com a Familia para os lados do Alentejo. Além da paisagem verdejante nesta altura do ano, há coisas que permanecem em todas as épocas, como é o caso da sua cozinha típica. Após termos "rodado" uns bons quilómetros, lá parámos para almoçar num restaurante regional. Enquanto almoçavamos, comentavamos o gosto da comida e o belo vinho alentejano. Como é hábito nestas situações, começa-se a lembrar outros sítios também bons para comer, parecendo até, que não se está satisfeito com o que se tem. No meio das “migas” lembrei-me do meu sogro, que as faz como ninguém. E pensei, que para comer umas boas “migas” não precisava sequer sair de casa. É verdade, meus caros conterrâneos! Nós na Baixa da Banheira, temos dos ménus mais completos que pode haver, pois temos diversas origens gastronómicas. Estes "cozinheiros amadores", trouxeram com eles a arte culinária dos seus ancestrais. Acontece também, que muitas vezes, embora o “prato” seja o mesmo, o modo de o confecionar difere. Eu adoro a “caldeirada na cataplana há Algarvia” da minha mãe e aprendi a gostar de umas boas “migas à alentejana”com o meu sogro. Como eu, de certeza muitos de vós, foram surpreendidos em almoços ou jantares em casa de amigos que provêem de outras regiões ou países. Se é verdade, que quem faz a terra são as pessoas, podemos dizer que como banheirenses, temos mais esta riqueza a acrescentar.
Continuação da discussão do Programa Eleitoral da CDU para a freguesia da Baixa da Banheira

É com agrado que vi discussão no primeiro post. Continuando:

· Instalação de uma Repartição das Finanças, e justificá-lo com o número de entregas de declarações de IRS no espaço disponibilizado pela Junta de Freguesia

· Construção do novo Centro de Saúde, com terreno disponibilizado pela Câmara


Estas, dirão alguns, são as do costume, as reivindicações ao poder central, concordo, são muito necessárias.


· Construção do Pavilhão Multiusos

· Lançamento do projecto para a construção da Piscina Municipal da Baixa da Banheira

Estas, são essênciais ao desenvolvimento da freguesia, precisamos de muito trabalho para as realizar.
E agora eu pergunto: a acção de um executivo eleito deve resumir-se ao seu programa eleitoral, ou ir além dele?

2006-02-23

O Ginásio Atlético Clube esteve presente no Campeonato Distrital de Duplo Minitrampolim e Tumbling, que decorreu em Sines, do passado dia 18. Dos 12 participantes, várias foram as subidas ao pódio, tanto individual como colectivamente.

Ver a noticia no Rostos On-line

2006-02-22

Os Reset surgem no verão de 1997 com Carlos e Walter nas guitarras, Flávio no Baixo, Dinho na voz e mais tarde, Castanheira na Bateria., então com o nome Drift Away, e o seu som baseia-se no Heavy Metal tradicional com uma pequena vertente gótica. Em 2000 a banda retoca a sua sonoridade deixando um leque de músicas para trás, mudam elementos, e muda o nome para Reset. Em 19 de Maio do mesmo ano dão o seu primeiro concerto no El Matador(Barreiro), fazendo a 1ª parte dos Shut.

Em Janeiro/Fevereiro de 2001 gravam a primeira demo, nos estúdios Boom em Corroios. Após alguns concertos e novas alterações de line-up , mas mantendo-se sempre um núcleo duro, a banda grava a segunda demo-cd em novembro de 2003 nos estúdios Floyd, intitulada “Freedom”. Produzido por Nuno Loureiro e pela própria banda, “Freedom” mostra uns Reset mais agressivos e algo direccionados para as novas vertentes do metal.

Em Janeiro de 2004 a banda é abalada pela saída de um dos fundadores da banda, Walter Moreira, tendo sido substituído pelo guitarrista dos Shut, André. Depois de alguns ensaios com o novo elemento, a banda volta a actuar ao vivo juntamente com os My Enchantment com 3 datas no Algarve.

Em Janeiro de 2005, os Reset finalmente encontram seu próprio espaço de ensaio permitindo-lhes assim trabalhar mais e melhor.

Durante o Verão, a banda apostou forte na divulgação e promoção de “Freedom” tendo sido convidados a participar num projecto realizado por José Barbosa, o que lhes valeu a gravação de “A Matter of Pride” em videoclip, a participação dos temas “Sorry”, “Know” e “Regret” num documentário de bodyboard chamado “Hotspots”, realizado por Carlos Guerreiro e Hugo Pinheiro e ainda o facto de terem sido seleccionados para seis concursos de música em Setúbal, Alenquer, Almada, Fafe, Bragança e Anadia.

Actualmente a banda continua na promoção e divulgação de “Freedom”, bem como na composição de novos temas a fim de serem inseridos no próximo trabalho a sair em 2006.

Dois dos membros dos Reset são da Baixa da Banheira.

Programa Eleitoral

Quais os pontos fortes e os fracos do Programa Eleitoral da CDU para a Freguesia da Baixa da Banheira? Acham que vão ser cumpridos? E porquê?

Passaram poucos meses das eleições mas a avaliação do que se faz e tenta fazer deve ser uma das preocupações dos eleitos.

2006-02-21


O concerto "Contra3aixos" que junta Carlos Barreto,Carlos Bica e Zé Eduardo, 3 dos melhores contrabaixistas portugueses, passa amanhã dia 22 de Fevereiro às 22H, pelo auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo.

2006-02-20

Uma dúvida

Se um homem comum tem uma ideia extraordinária continua comum, porque é que um homem extraordinário quando tem uma ideia comum continua extraordinário.

A dúvida é quais são por ordem de prioridades os maiores problemas da Freguesia Baixa da Banheira e do Concelho da Moita, segundo a vossa opinião.

2006-02-18

O artigo 64º da Constituição da República Portuguesa é bastante claro:

"Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito"

O Ministro Correia de Campos acabou de dar só mais uma machadada no Estado Social, a maior conquista do Sec XX.

2006-02-17

Situação Política


Fui hoje a uma reunião promovida pelo Partido Comunista Português onde se discutiu assuntos relacionados com a Linha do Sado. O facto mais relevante é que movimentos sociais apartidários estiverem presentes e louvaram o facto de o Partido Comunista estar ao lado das Populações nesta grande luta que é a Defesa da Linha do Sado. Estranho o apoio que o Governo dá à Fertagus em prejuízo das empresas públicas. Estranho que os outros partidos se calem. Estranho que não se faça mais pela DEFESA DA LINHA DO SADO. Vinha para casa, ligo o rádio e ouço um Ministro a dizer que se calhar teríamos de acabar com o Sistema Nacional de Saúde nos moldes em que está, ou seja, o direito à saúde é uma coisa a ser vista. Pois se calhar a ideia de todos (até quem tem menos dinheiro) poder ser tratado dos seus males se calhar é demais, é uma ideia comunista, isto do direito à saúde é uma chatice, se calhar poderíamos matar uns quantos e poupávamos uns tostões.

Agora este governo foi longe de mais, só o simples facto de vir com estas ideias injustas para o povo merecia que muitos de nós (utentes do Sistema Nacional de Saúde) viessemos para a rua gritar. A situação política é péssima e a malta não repara, assobia para o lado.

Já agora o que dizer da fúria privatizadora do governo. Querem entregar o que dá dinheiro ao estado para a seguir aumentarem os impostos porque o dinheiro que entregam aos amigos é NOSSO.
Voltando à conversa com João Lobo publicada no Rostos On-Line, destaco ainda algumas linhas

“Queremos valorizar a própria natureza e identidade cultural do concelho da Moita.

Somos um município que é polinucleal, com quatro núcleos fortes, em termos populacionais, que são a Baixa da Banheira, Vale da Amoreira, Alhos Vedros e Moita. Tendo dois outros núcleos, em termos populacionais, menos expressivos, que são os casos de Gaio- Rosário e Sarilhos Pequenos.
Mas, cada um destes núcleos e cada uma destas freguesias, com características muito especificas e com identidades muito próprias.”


. ao contrário de um vizinho com aspirações ao poder, não vejo nesta afirmação qualquer contradição.

“Para nós é importante, a consolidação e desenvolvimento do tecido económico, neste campo, apostamos no desenvolvimento de dois pólos que queremos sejam fortemente atractivos para a instalação de unidades comerciais e actividades económicas.

Um pólo é junto à IC32, que tem vindo a crescer, com loteamentos destinados a diversas actividades económicas e empresarias. Outro projecto que está em elaboração é na Quinta da Fonte da Prata, na zona entre a Estrada Nacional e o Caminho de Ferro, que é fornecida por fibra óptica, é fornecida por gás natural, tendo, portanto, infraestruturas que potenciarão a futura criação de uma zona empresarial, receptiva a diversas actividades económicas.”


. quanto aos parque aos parques empresariais, eu acrescentaria um outro polo. Não creio que seria de grandes custos criar um espaço incubação de pequenas empresas de matriz tecnológica, necessariamente a baixos custos. São empresas que devido à utilização de meios informáticos, não necessitam de muito espaço, e ocupam mão de obra altamente qualificada.

“Há um projecto que, para nós é fundamental, que vamos dar início, que é o Projecto “Alhos Vedros Cultural”, o qual tem por finalidade interligar e potenciar vários equipamentos, naquela freguesia, dirigidos a várias dinâmicas de carácter cultural, nomeadamente, a Biblioteca, o Auditório, uma pequena Galeria, zona para Atteliers, ligando três pontos – Núcleo Cultural José Afonso, o Mercado de Alhos Vedros ( que está praticamente desactivado) e, o antigo Edifício da Cooperativa Operária de Consumo (um processo que ainda não está fechado, que poderá trazer à posse da Câmara aquele edifício), para além, naturalmente, de um pólo de características museológicas que é o Moinho de Maré.”

. continuo a sentir falta de uma grande galeria no concelho, ou de um espaço de condições dignas para que se possam realizar grandes mostras culturais . É que o Pavilhão de Exposições da Moita não tem essas características.

“Já está em fase de conclusão o Pavilhão Gimnodesportivo da Escola José Afonso, que fora do horário escolar, será gerido pela Câmara Municipal, para apoio ás colectividades, com prioridade para as da zona de Alhos Vedros.

Temos um protocolo assinado com a DREL, mas que não está em PIDDAC, o lançamento do Pavilhão da Escola Secundária do Vale da Amoreira, que será outro passo importante.

Temos, em finalização o projecto, de construção do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, na Baixa da Serra, para o qual procuramos financiamento, uma vez que há redução significativa das verbas do PROQUAL.

Já está desenvolvido o estudo prévio do projecto da Piscina Municipal da Moita, que esperamos, durante este mandato, lançar esta obra.”


. daqui lanço mais um desafio: porque não pensar em aproveitar a onda das parcerias com o Barreiro e tentar acordar com o Fabril e com Câmara Municipal do Barreiro a recuperação do parque desportivo, para a utilização conjunta dos concelhos? É que pistas de atletismo não abundam por aí...

“O concelho da Moita tem 20 Km lineares de zona ribeirinha e, cada vez, neste conceito da cidade de duas margens, centrada no estuário do Tejo, como espaço de recreio e lazer, nós apostamos na requalificação da zona ribeirinha.

Onde se enquadra uma rede municipal de ciclovias que tem vindo a ser desenvolvida, por partes, mas de uma forma articulada, para permitir a ligação desde o Parque José Afonso, na Baixa da Banheira, até, ao objectivo final, em Sarilhos Pequenos, através de toda a zona ribeirinha.”


. é desta que compro a biclicleta!

Sobre a REN: “Não, não vai ser reduzida, pelo contrário vai aumentar.”

. uma falha grave minha: não conheço o PDM

João Lobo referiu a importância da electrificação da Linha Barreiro – Praias Sado – “porque está extremamente atrasada e continua estar como existia há quase quarenta anos”, para alem de uma mais regular frequência de comboios – “ia melhorar a mobilidade das pessoas no concelho”.

Na sua opinião também é fundamental a complementaridade rodo-ferroviária porque, hoje, os Caminhos de Ferro e os TST funcionam como estruturas paralelas, competindo até ao Barreiro – “quando é necessária uma nova atitude, ou seja, o transporte rodoviário a complementar o transporte ferroviário”.
Referiu, igualmente, o empenhamento no modernizar e desburocratizar os serviços, com melhoria de instalações e condições de trabalho para os trabalhadores.”


. o que eu espero mesmo é que se construa a Ponte Barreiro-Chelas com tráfego ferroviário sub-urbano.

"Digamos que estamos a passar um período de dificuldades, que não há município nenhum que não esteja a passar. Até porque esta Lei de Finanças Locais, quando é cumprida é deficitária.

Os municípios são sustentados com as receitas do Urbanismo. Tem que haver uma alteração estrutural à Lei de Finanças Locais se, se pretender que os municípios tenham uma intervenção e papel importante, que é reconhecido, independentemente das cores partidárias que estão à frente das suas gestões."


. eu diria que o financiamento e as competências das autarquias devem ser estruturalmente revistas.

Após ler esta conversa, o tom leve com que aparentemente decorreu fez-me sentir novamente da falta de uma rádio local. É que estas conversas podem ser melhor espremidas em directo...

2006-02-16

Na conversa, ou entrevista, concedida por João Lobo ao Rostos On-Line, o presidente da Câmara Municipal da Moita afirma:

“Vamos apostar na recuperação do Parque da Moita, perspectivando que o mesmo seja vedado, para evitar o vandalismo e a degradação.”

Já não é a primeira vez que oiço o meu amigo João Lobo a defender esta ideia, e esta também não será a primeira vez que lhe digo que não concordo com esta opção, e muito menos para o Parque José Afonso, opção que também já ouvi ser defendida por algumas almas da nossa praça. E digo-o porque a extensão do parque, e a sua localização, fazem daquele espaço um local onde a Baixa da Banheira se abre ao rio. Já bastaram os anos em que as barracas e as pequenas hortas roubavam o rio à vila.

A degradação do parque devido ao seu uso, e principalmente ao abuso, aconselham a uma maior vigilância por parte das autoridades policiais, e a um maior cuidado na preservação por parte da Câmara.

Ao resto da entrevista, voltaremos mais tarde

2006-02-15

Temos um Fórum Cultural e agora ...


O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo é um equipamento moderno que "oferece" bons espectáculos à população. Como o próprio nome indica é um local de reunião e partilha, mas a população não adere como deveria aderir. Uns dizem que é o nível cultural da população, outros dizem que os espectáculos não são divulgados e outros ainda acham que era preferível ter-se construído um estádio de futebol. Na minha opinião é uma grande mais valia para toda a população e deve ser tarefa de todos a divulgação do espaço e dos espectáculos. E vocês, o que acham?

2006-02-13

CACAV comemora o Centenário de Agostinho da Silva
(13/2/1906 - 3/4/1994)


"Espírito livre, inconformista e original em todos os domínios, colocou as ideias e a vida ao serviço do pleno cumprimento de todas as possibilidades humanas. Em conformidade, e na linha de Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Jaime Cortesão, intuiu a superior vocação da cultura portuguesa, brasileira e lusófona como a de oferecer ao mundo o seu espírito fraterno e universalista, contribuindo para a criação de uma comunidade ético-espiritual mundial onde se transcendam e harmonizem as diferenças nacionais, culturais, políticas e religiosas."

Paulo Borges
(Presidente da Comissão das Comemorações do Centenário
e da Associação Agostinho da Silva)

A CACAV promove a exibição do filme "Agostinho da Silva: um pensamento vivo" de João Rodrigues Mattos, que irá ter lugar hoje, dia 13 de Fevereiro, pelas 21,30 horas, na Biblioteca Municipal de Alhos Vedros.

Informações sobre a obra de Agostinho da Silva e sobre as comemorações aqui.

2006-02-12

Lusíadas da Nossa Terra!

Pranto Primeiro

As damas e os varões recenseados
No Ocidental bairro lusitano
Em parte alguma ultrapassados
Em vinte anos só, o que convence
Que em extensão e progressos esforçados
Ser mais que freguesia lhe pertence,
Entre gente heterogénea edificaram
Novo bairro que os anos conspurcaram.

Pranto Segundo

Mas vós ó burgo triste, malfadado,
tendes em mim um defensor ardente,
P'ra sempre em verso humilde, celebrado,
Pedir à entidade competente:
Esgotos, pavimento calcetado,
Praças, jardins, mercado, água corrente,
P'ra que o nosso povo humilde, obreiro
Não deserte p'ra vila do Barreiro.

Pranto Terceiro

E também em memórias gloriosas
Eu escreverei p'ra todos dilatando
A história destas ruas pantanosas,
Que pelo bairro fora vão formando
Lagoas esverdeadas, asquerosas
E lixo que se vai amontoando.
Cantando espalharei por todo o lado
Que este bairro é triste e malfadado!...

Pranto Quarto

Põe tu Moita em efeito o meu desejo
Como merece a Baixa da Banheira
E dá a esta terra, à beira do Tejo,
O que ela necessita, de maneira
A ser a freguesia que antevejo,
Enorme, majestosa e astaneira...
Se não direi que tens um certo medo
Que a Sede p'ra cá passe tarde ou cedo!

Publicado no "Jornal do Barreiro" em 26 de Março de 1959, este texto pertence também ao "Coteveladas", uma recolha de textos sobre a Baixa da Banheira de José Rosa Figueiredo, publicado em 1986 pela Junta de Freguesia da Baixa da Banheira.

Esta deriva pela nossa história não é alheia à visita a Alhos Vedros que ontem, com prazer, acompanhámos com os Amigos da História Local.

2006-02-11


Falta de consciência

Assisti a uma enorme barbaridade num dos programas "Prós e Contras". Um indíviduo, que me resuso a escrever o nome, defendeu que todos os portugueses deveriam abdicar de 10% do seu salário para que Portugal voltasse a ter consolidação das suas contas. A isto, o público reagiu com uma salva de palmas de pé. Incrédulo, questionei-me se as pesoas realmente tinham ouvido o que se propusera? Pensei, pensei, e cheguei a uma conclusão: as pessoas não querem ouvir o que se diz, só lhes interessa quem o diz. Não ter consciência, é deixar que outros decidam por nós, e o direito de decidir, custou tanto a ganhar. A consciência ou a falta dela, é a maior arma de todos aqueles que vêm no ser humano um meio para atingir um fim, e são esses que recebem as palmas, recebem-nas de quem ... O escravo, só o deixa de ser, quando entende que só o é, para servir o seu senhor. Quando ganha consciência do que é, e percebe que o senhor para o ser, precisa dele, luta para mudar a sua situação. A que se deve a falta de consciência?
No meio de toda esta confusão em redor das caricaturas de Maomé retenho as palavras de Jihad al-Momani, editor do jornal Al-Shiyhan da Jordânia:

"Muçulmanos de todo o mundo sejam razoáveis: o que prejudica mais os árabes? Caricaturas ou um suicida que faz explodir uma bomba durante uma festa de casamento?"
Cá vai da minha parte:

1- Adoro caminhar.
2- Adoro descobrir novos sons e imagens.
3- Não posso ir à FNAC (o tempo acelera).
4- Adoro ver filmes piratados.
5- Adoro o brigadeiro de chocolate da "casinha da lasanha" no alto seixalinho (nisto só me diferencio de quem ainda não o provou).

2006-02-10

Desafio aceite, amigo Nuno:

- ando sempre com uma máquina fotográfica (pelo menos)
- não gosto de usar chinelos
- sou particularmente desarrumado
- gosto do gelado de tiramisu do lidl
- não faço seguir as correntes na net

Um abraço :D
O Av1 lançou-me o desafio e aqui vai:

«Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.»

1- Tenho um fascínio por mapas e por geologia;
2- Tenho imenso prazer em tocar guitarra, mas já há muito que não o faço;
3- Sou extremamente optimista e penso sempre que tudo vai correr bem;
4- Sou extremamente teimoso, mas peço desculpa quando erro;
5- Não entendo porque é que os portugueses (e eu próprio daí a mania) arranjaram um bode expiatório (o eles, a culpa é deles, não se faz porque eles não querem, etc) e não fazem o que têm de fazer que é melhorar o "cantinho".

Lanço o desafio para o Zeferino do Falta Papel, para o Daniel, João e Luís do Nascimento do Banheirense e não consigo arranjar o que falta.

Mais um ex-ministro, que vai para um cargo importante de uma empresa estrangeira, com sucesso no nosso pais. Ainda pelo que é nos dado a entender, nem precisa de trabalhar. Porque será?


Aqui estão alguns sites para ajudar a reflectir:

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=63121

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20060208-Corrupcao+impune+em+Portugal.htm

http://management.journaldunet.com/repere/corruption.shtml

http://www.braudel.org.br/paper14.htm

2006-02-09


Ciclo de Cinema Nanni Moretti

9/2 - Querido Diário
10/2 - O Quarto do Filho
11/2 - Abril

Às 21:30 no Forum Cultural José Figueiredo

2006-02-07

À Descoberta da História Local

Uma iniciativa com muito interesse, e que O Banheirense divulga com prazer



o regulamento está aqui.
Estava a ver que não

Já andava um pouco preocupado a pensar que só tinha a dizer mal e eis que, do lado que menos esperava encontro uma posição tal e qual a minha. Estas palavras sairam da boca do Ministro dos Negócios Estrangeiros e reflectem exactamente a minha posição.


Num comunicado emitido esta terça-feira, Freitas do Amaral considera que a publicação deste tipo de desenhos ofende «as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos» e incita a uma «inaceitável guerra de religiões». Fonte TSF- 07 de Fevereiro de 2006.

Aqui o nosso ministro esteve bem (e não é a primeira vez que o faz). Admito que tinha alguma relutância em entender este senhor e até duvidava das suas novas posições, mas parece-me que até que não aposta no mais fácil. Com esta quase me caí no esquecimento o episódio BUSH, em que ele retira o que afirmou de uma forma pouco clara. O que estranho neste processo é o facto de os nórdicos estarem a despir a sua capa de neutralidade. Sinais dos tempos ou uma questão de afirmação? Na minha opinião o estado norueguês deveria ter-se demarcado da posição do jornal. O jornal segundo as leis vigêntes está dentro da lei, mas a demarcação destas posições por parte dos responsáveis do estado norueguês iria concerteza acalmar os mais exaltados. Esta é a minha opinião, concordo com o nosso ministro.

2006-02-06

Pertenço àquela geração de crianças que em meados dos anos 70 foi inaugurar um novo infantário e jardim escola na Baixa da Banheira, um modelo para a época, não só por somente existir, mas pelos excelentes equipamentos e instalações (ainda hoje invulgares).

É claro que tudo isto é fundamental para que as minhas memórias daquele espaço estejam repletas de correrias em espaços livres, da descoberta das laranjeiras que ainda decoram o vasto espaço exterior, e mais ainda daquelas que assaltávamos no pomar do Ti Rafael, situado logo ali, no outro lado da vedação, mas fundamentalmente das amizades que ainda hoje me orgulho de manter.

Passados anos começou a ser construída a urbanização da Quinta dos Algarvios, o pomar foi abandonado, sendo agora apenas relembrado na memória dos que por ali viveram, e pelo Jardim das Laranjeiras, entretanto construído naquela fracção de terreno onde nos revezávamos entre o trepar à laranjeira e roubar laranjas azedas de verde e ficar à espreita do velho caseiro.

O Jardim de Infância ainda lá continua, mas com o lento passar dos anos, as sua instalações exteriores foram-se progressivamente degradando, assumindo um aspecto triste de abandono, chegando mesmo nos últimos tempos a ser feita uma divisão, impedindo o acesso aos antigos campo de jogos, horta e galinheiro. Com efeito, o espaço exterior é agora menos de metade do que aquele que nós percorríamos, correndo com um pneu, ou atrás de uma bola, ou apenas porque sim.

O Centro de Bem Estar Social da Baixa da Banheira é propriedade da Segurança Social, aquela mesma para a qual nós todos somos obrigados, e bem, a descontar. O mínimo que lhe exige, é que cumpra o seu dever, e que zele por aquilo que não é apenas do Estado como entidade abstracta, mas efectivamente de todos os banheirenses.

2006-02-05

O Poltrão.

Poltrão era uma figura escura, de rosto opaco e pavor à luz. De corpo amorfo moldado à ocasião, por sinal a mesma que faz o ladrão, e desprovido de verticalidade, desliza sob uma camada viscosa sob a qual se alimenta e defeca.

Não sendo poliglota, fala sob várias línguas, não sendo culto, disserta sobre o tudo, mas principalmente sobre o nada.


O poltrão não se vê, não se cheira, nem mata.
Hipocrisia

A opinião deve ser da responsabilidade de quem a dá (não de quem a tem, porque este pode não a partilhar). As acções devem ser responsabilidade de quem as pratica. As acusações vão pelo mesmo caminho. Quando o João me convidou para participar num blogue colocou em cima da mesa que cada um era responsável pelos seus posts e nós assim o fazemos. Infelizmente aconteceu o inevitável numa sociedade em que a liberdade de opinião é controlada ao máximo. A sociedade do medo, em que não podemos falar no trabalho porque poderemos perder o emprego, não podemos questionar porque muitas vezes não temos informação para isso, temos medo do terrorismo e aceitamos que nos tirem as liberdades. A sociedade do medo é a sociedade da ignorância, porque quem conhece não tem medo. Devemos lutar para que as pessoas percam o medo e tentem ser livres, para que o pensamento não seja formatado, para que as diversas opiniões resultem em ganhos para todos. Esta liberdade não deve ser a liberdade dos hipócritas, dos que mais não sabem que criticar. Dos que atacam cobardemente, dos que lançam a confusão. Ontem foi lançada a confusão, o banheirense foi alvo de um ataque e estranhamente um dos bloguers concelhios chamou-nos nomes e acusou-nos de fascistas. Para ele as portas que abril abriu no meu pensamento convidam-no a comentar aqui sempre, porque também a critica deve ser feita, ainda que neste caso injusta.
por enquanto voltou tudo à normalidade.
é uma coincidência tremenda!
Aparentemente, desde as 12h15m que os comentários aqui colocados não são automáticamente gravados no mail do blog.

Ou é uma estranha coincidência, ou alguém anda muito perturbado...
Aparentemente, durante as ultimas horas, toda a plataforma blogger esteve com alguns problemas. No nosso blog, comentários e um post foram apagados antes que o referido problema fosse visível por outras paragens.

Cronologia das ultimas horas:

Eu dei a cara pelo Manuel Alegre, aquando das eleições internas no PS, para secretário geral e agora por Manuel Alegre para a Presidência da República e vejam o que eu ganhei, o PS ostracizou-me e o Manuel Alegre agora voltou para o Parlamento.
Resumindo só me queimei políticam ente e profissionalmente dando a cara pelo que acredito.
Uma coisa descobri, só dá a cara quem tem as costas protegidas ou então quem é irremediávelmente estúpido e romântico, como é o meu caso e o de muitos que como eu gastaram do seu bolso o que tinham e o que não tinham para agora tudo ficar na mesma.
Esta democracia é uma democracia minada pelos lobbys e aparelhismos partidários e quem tem algum poderzinho agarra-se a ele com unhas e dentes em todos os partidos desta reles democracia !

Luís Guerreiro

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 09:48:21 AM



Promete-se muito mas...

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Posted by baixa to O Banheirense at 2/04/2006 03:18:35 PM


ENTÃO VIVA A CENSURA NÃO É ?
ANDAMOS A APAGAR COMENTÁRIOS ?
MUITO BEM ISSO É A DEMOCRACIA DOS CAMARADAS ?
****-**....

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Posted by Dinis Ataide 49, Alhos Vedros to O Banheirense at 2/04/2006 05:43:50 PM


A culpa nunca é do povo. Se querem saber a minha opinião e é a minha opinião, o que falta é consciência e com isto não quero dizer que todos os governos e todos os partidos são maus e o P.C.P. é que é bom. Quero dizer que as pessoas votam sem conhecimento de causa. Que as pessoas não questionam os programas eleitorais. Que as pessoas não exigem o cumprimento dos programas eleitorais ou pelo menos justificação para quando estes não são cumpridos. Não se trata de partidos, mas sim do comportamento de todos nós portugueses. Temos de ser mais exigentes, mas conscenciosos, temos de reivindicar com a Junta, com a Câmara (...) - NC

Eu nem queria a aqui pôr nada mas... isto não se aplica rigorosamente à nossa querida Câmara e ao seu executivo?
Não foram a maior parte das promessas que até tiveram direito a outdoor atiradas para as calendas gregas -- ou mais concretamente para mais próximo daas próximas eleições?
Não foram feitas promessas imcumpríveis dada a monstruosa dívida da CMM?

Olhe que este discurso quase que podia ser tirado a papel quimico das opiniões do AV1, minhas e de mais uns companheiros -- ou camaradas,conforme o gosto -- e olhe que este tipo de discurso ainda lhe vai causar problemas laborais.

Eu não concebo que o seu chefe, Rui Garcia, o deixe dizer isto impunemente já que é, mesmo que incosncientemente, um claro ataque até ao executivo para o qual você próprio trabalha.

Até mais.

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Posted by Mário da Silva to O Banheirense at 2/04/2006 05:51:52 PM


Discordo da intrepretação.

Para mim não tem nada a vêr com lutadores incansáveis. Lutadores incansáveis encontram-se por toda a parte e nem todos têm de ser sonhadores.

Uma pessoa que luta pela sua sobrevivência será incansável mas pouco tempo lhe restará para ser ideialista, utópica ou sonhadora.

Para mim este texto tem a vêr com a capacidade idealista inerente à maior parte dos seres humanos e de como isso pode gerar abnegação e produzir conhecimento e cultura.

Até mais.

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Posted by Mário da Silva to O Banheirense at 2/04/2006 06:24:35 PM
Tava capaz de jurar que tinha comentado este post...
Devo estar a ficar velho :/

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Posted by baixa to O Banheirense at 2/04/2006 06:28:29 PM

JÁ PODES APAGAR TUDO O QUE QUISERES SEU FASCISTA QUE DIZ QUE É COMUNISTA, É QUE JÁ DIVULGUEI O PRINT SCREEN POR AI...

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 06:38:40 PM

andamos com problemas tecnicos (KGB)?

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 06:48:25 PM


DEVE SER MESMO PROBLEMAS TECNICOS, É QUE A MSG É PUBLICADA E DEPOIS VÊM O VIRUS (kgb, nc) E APAGA A GAJA

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Posted by Dinis Ataide 49, Alhos Vedros to O Banheirense at 2/04/2006 07:02:34 PM


OLÁZINHO

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Posted by Dinis Ataide 49, Alhos Vedros to O Banheirense at 2/04/2006 07:23:08 PM


É O RUI GARCIA QUE TE PAGA NAO É ?

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Posted by FASCISTA DE QUINTA to O Banheirense at 2/04/2006 07:27:26 PM

TU ÉS MAU!

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Posted by FASCISTA DE SEGUNDA to O Banheirense at 2/04/2006 07:25:13 PM

TU ÉS UM MERDA

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Posted by FASCISTA DE TERCEIRA to O Banheirense at 2/04/2006 07:25:39 PM


Este blog está com problemas tecnicos.

Aparentemente existe um atraso na publicação dos comentários. Todos os comentários ficam registados no mail do blog, pelo que se a situação não for normalizada todos serão publicados num post especial.

Pedimos desculpa e agradecemos a vossa compreensão.

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Posted by joao figueiredo to O Banheirense at 2/04/2006 07:30:00 PM


QUE GIRO, NO ULTIMO POST NÃO SE PODE POR COMENTARIOS...

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 08:49:47 PM


mas neste pode-se...
será problemas técnicos ?

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 08:51:03 PM

VIGILANTE STRIKES AGAIN.....

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 08:55:21 PM

E O OUTRO POST QUE FIZERAM ASEGUIR A ESTE ? TAMBÉM FOI PROBLEMAS TECNICOS ? APAGOU-SE ? SOZINHO ?

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 09:31:37 PM

"sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião"
? ? ? ? ? ? ? ?
JURA ?

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 09:32:31 PM


Concordo na globalidade com o post, no entanto queria deixar no ar uma questão muito simples. Sendo a habitação uma das competências das autarquias e sendo a habitação uma das componentes mais pesadas em muitos orçamentos familiares, onde a diminuição desse encargo corresponderia a aumentos significativos dos rendimentos de muitas famílias, o que esperam as autarquias para agir?

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Posted by Brains to O Banheirense at 2/04/2006 10:05:51 PM


PENA SÓ TERES VINDO DAR EXPLICAÇÕES QUANDO EU FIZ O PRNT SCREEN....
SERÁ ...... ?

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Posted by Anonymous to O Banheirense at 2/04/2006 09:34:48 PM

É só rir, só rir...

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Posted by AV1 to O Banheirense at 2/04/2006 10:14:19 PM

2006-02-03

A LUTA CONTINUA

A reunião realizada no âmbito do processo de negociação suplementar, entre a Frente Comum e o Governo, no passado dia 13 de Janeiro veio confirmar as intensões do Executivo de impôr um aumento de 1,5%, no quadro de uma ofensiva mais global e prolongada contra os trabalhadores da Administração Pública.Nesta reunião, o Ministro das Finanças disse que nada tinha sofrido alteração relativamente a 28 de Dezembro e que posição do Governo era a mesma.Por seu lado, a Frente Comum comunicou ao Ministro das Finanças que contrariamente ao Governo, esta tinha uma posição mais flexível pelo que baixava a sua proposta de 6,5% para 5%, esperando que o Governo acompanhasse esta predisposição para o diálogo e a negociação.Numa atitude de total irredutibilidade, o Ministro das Finanças desvalorizou a disponibilidade da Frente Comum e recusou, inclusivamente a possibilidade de se verificar um arredondamento do subsídio de refeição para 4 euros.
Fonte: FNSFP- Frente Nacional dos Sindicatos da Função Pública

Em consequência disto hoje houve manifestação em Lisboa.
Milhares de trabalhadores da Função Pública (20 000 pessoas- números do sindicato vs 10 000 pessoas- números da policia) aderiram, esta sexta-feira, à manifestação convocada pela Frente Comum para protestar contra o aumento salarial de 1,5 por cento proposto pelo Governo, o congelamento das carreiras e o quadro de supranumerários. Fonte: TSF

Os dados do quadro mostram uma das razões pela qual se deve lutar.












Fonte: Eugénio Rosa- resistir.info
Ando desde há alguns anos a tentar fotografar o Concelho, e confesso que muitas vezes sou atraído pelo lado fácil. Lá dou comigo a fotografar largadas na Moita e no Rosário, e o Carnaval de Alhos Vedros (e até gostava de saber até que ponto é que os alhosvedrenses se revêem no seu corso). Normalmente arrependo-me, mas volto a tentar mais tarde.

Na Baixa da Banheira não encontrei nenhum evento tão aglutinador como as festas. Dias seguidos de musica parola, farturas e carrosséis, e como se não bastasse, tudo em honra de um santo operário. E para mim não chega mesmo. Cada vez mais me convenço que o que caracteriza uma terra é o seu quotidiano, e esse não é só de festas.

O Fórum Cultural poderia ser esse factor identificador, quando fizer parte do quotidiano dos banheirenses (e falo no futuro porque sou optimista por natureza), assim se trabalhe para isso.

A caminhar para o primeiro ano de existência, continua por resolver a questão da cedência do espaço do Café Concerto e Esplanada. Uma vez que não se apresentam privados a concurso, ou se alteram a condições do concurso, ou o Câmara ela própria avança para a exploração do espaço. Parece-me que um espaço com a aquelas características, propícias à realização de pequenos eventos, ao convívio e ao lazer, não pode passar mais um ano encerrado.

Mais importante ainda é a participação activa dos banheirenses na programação, produzindo e promovendo os seu eventos. É que um Fórum Cultural é um instrumento muito diferente de uma sala de espectáculos, e nem se reduz ao seu espaço físico. Sei que já se realizaram alguns espectáculos de raiz local (o do Miguel Patrício foi mesmo um êxito a que tenho muita pena de não ter assistido). Sei que estão previstos mais algumas actividades, mas ainda não é suficiente, porque o Fórum ainda não faz parte do quotidiano dos banheirenses, e quando o fizer fará toda a diferença!

2006-02-02

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão
Pedra Filosofal

Este é um dos meus poemas favoritos, representa a esperança e a força de vontade dos que lutam sem se cansar e que nunca desistem. Qual a vossa interpretação do poema?


Num destes dias enquanto fazia zapping, fui dar com um programa ao vivo com o saudoso Julio Isidro. Festejavam os 25 anos do ex-programa de radio “febre de sábado de manhã” apartir do pavilhão Atlântico e ai fiquei sintonizado. Estava na parte da banda de baile a cantar o “patchouli”, acompanhei daí até ao final do programa. Enquanto as personagens passavam senti-me um côta, nelas revia a sua juventude e a minha meninice. Como era um programa sobre a história da musica portuguesa dos anos 80 lembrei-me:
—Se calhar vão lá os "TNT", foram das primeiras bandas rock portuguesas dos 80’s.
Mas não! O Julio convidou aquelas que fizeram mais sucesso na época, e que ele passava na altura até à exaustão. Senti-me logo um cidadão periférico, daqueles a quem ninguém quer fazer história. Porquê? Perguntam! Era legitimo ir lá os "TNT"! Foram na sua altura um novo impulso no rock português.
Nunca são mencionados em nada nem em nenhuma radio portuguesa. É pena!
Este comentário pode suar a bairrismo, até pode ser…mas saudável. Gostava de aqui prestar-lhes a homenagem como melómano e Banheirense tanto a eles como aos Ibéria, banda Metaleira pioneira no nosso pais deste estilo de musica como também a General D, pai do RAP moderno português também ele crescido entre nós e aos muitos fadistas e músicos amadores que existem na nossa terra. Por falar em pioneiro e pai, não devemos esqueçer a nossa radio “arremeço” e a sua importância pioneira nas lides radiofonicas na margem sul do tejo. Como banheirense penso que temos de ser os primeiros a inaltecer a nossa terra e a as suas gentes.
Ainda me lembro de à alguns anos na decada de 80, era eu puto, num carnaval no nosso histórico “Ginásio” ia o baile a meio e derrepente começou-se ouvir um côro de vozes a chamar pelos "Iberia", sabendo que eles estavam presentes. Estes por simples amizade lá subiram o Landum e companhia então ao palco para delírio dos conterrâneos a quem presentearam com a sua perfomance fazendo todo “Ginásio” cantar em côro os seus refrões.
Tudo isto foi possível porque havia e há na nossa terra gente pioneira e de qualidades e origens tão diversas a quem devemos apoiar, pois eles são a nossa própria identidade como Banheirenses.
O Múltiplo

A fantasmagoria do anonimato nos blogs é interessante e propiciada, também, pelo próprio meio da net. Aquilo que nos é retirado é a identificação civil do sujeito. Não se retiram, no entanto, as posições do autor porque se assume um nome. Existe uma malha de comentários que o elabora e através da qual, virtualmente, estabelecemos uma relação. Podemos, em hipótese, estar presente de um ou mais indivíduos que assumem um mesmo nome, ou de um indivíduo que assume mais que um nome (o que também é interessante).

Existe, portanto, uma espécie de corpo virtual, através de um suporte digital.

Uma proposição decorrente é que se esse corpo virtual não assume uma identificação civil, mesmo na crítica mais violenta lançada sobre uma instituição concreta ou um sujeito civil, não é obrigado ao confronto entre sujeitos civis e instituições: o que é uma espécie de moldura de interesse e não deixa de despertar curiosidade do ponto de vista das possibilidades que coloca em relação à liberdade das palavras e dos pensamentos enquanto corpo que se desdobra sobre si mesmo (despegado do sujeito civil e institucional), enquanto entidade quase-idealizada e fantasmática.

Embora o autor assuma uma política, uma força de influência, os efeitos materiais desse gesto nunca se reflectirão sobre um qualquer corpo civil do autor. Em vez de se afirmar a incerteza e a insegurança, como também, a certeza e a insegurança, de qualquer sujeito civil, prefere-se que estas sejam delegadas para um corpo virtual, um múltiplo.

Um múltiplo que multiplica também a realidade (neste caso, a Baixa da Banheira) nas suas assumpções, coerências e incoerências, terá interesse enquanto entidade ficcional e potenciadora de uma outra realidade.

Poderá, ainda assim, existir um conflito honesto. O que vemos é a democracia (civil) diminuida.