2006-08-11

Feito o contraditório tenho de argumentar.

Um lamentável desrespeito pela comunidade cientifica portuguesa, que em duas ocasiões, na CCI e no Grupo de Trabalho Médico, e por decisão do Parlamento, foi chamada a dar o seu contributo sobre esta matéria, com acrescidas responsabilidades, enfrentando uma campanha hostil e sistemática de desinformação, numerosas tentativas de descrédito, nalguns casos claramente caluniosas. O mesmo poder político que utilizou a CCI para evitar assumir responsabilidades numa decisão impopular, vem agora, sem qualquer fundamentação credível, desprezar todo o trabalho produzido, tentando afastar os seus autores;- escrito pela CCI (Comissão Científica Independente, não sabemos é de quem é dependente); este ponto é engraçado, os senhores falam em nome de toda a comunidade científica portuguesa, mesmo em nome daqueles que consideram este processo errado. Já no caso dos médicos que dizer do compromisso do governo de avaliar do estado de saúde antes, durante e depois da co-incineração, que agora é esquecido? Boa fé ...

-Significando o desrespeito pela Convenção de Estocolmo, que recomenda que os Estados signatários devem dispor de processo de destruição das moléculas que constituem os Poluentes Orgânicos Persistentes; esta é mais engraçada - Convenção de Estocolmo, Anexo C, Parte 2, alínea b- http://www.co-incineracao.online.pt/Stockholm%20Convention.pdf , que diz exactamente o contrário.

-Violando o Princípio da Precaução, continuando a arriscar a Saúde Pública pela manutenção duma situação perigosa resultante da inexistência duma forma de tratamento adequada para o enorme passivo de RIP espalhados pelo país;- Que eu saiba não fazer os exames para saber qual o estado de saúde da população antes do processo, durante e depois, como o governo quer é que é arriscar a saúde pública. Também foram propostas outras soluções o governo é não ouve ninguém.

Isto é mais sério do que parece, no Norte de Itália e na Grã-Bretanha crianças em redor de locais que praticam a co-incineração têm duas vezes mais problemas realativamente a doenças pulmonares e da tiróide do que as outras que vivem em locais onde a co-incineração não se faz.

Peguei em poucos pontos do documento da CCI, mas pareceu-me o bastante para mostrar que estes senhores ou se têm muito em conta ou têm os outros em muito pouca conta.

Até quarta.

13 comentários:

Anónimo disse...

Cenário a:
Banheirense, o espaço para discutir tudo menos a Baixa da Banheira.

Cenário b:
Banheirense, o espaço onde se fotocopiam as posições oficiais do PCP.

Cenário c:
Banheirense, o espaço onde os jovens camaradas dão nas vistas.

Cenário d:
Banheirense, o espaço de convício da JCP.

nunocavaco disse...

Falta 1

Cenário e:
espaço onde quem não tem uma ideia vem explanar contra os autores do blog.

Amigo cagatachos sei que é capaz, tente e vai ver que consegue pensar pela sua cabeça e questionar o que escrevo, vá lá não é complicado. Aposto consigo que qualquer dia até consegue escrever um artigo para o jornal, afinal se eu consigo, qualquer um consegue.

nunocavaco disse...

Agora a sério, a co-incineração traz problemas ao concelho da moita e à minha freguesia a Baixa da Banheira e por isso, é um tema sempre mas sempre a ser discutido no banheirense.

Anónimo disse...

Vou ler. Não estou convencido com nada. Mas acho correcto mostrar o texto da CCI e depois argumentar sobre os resultados. Eu nem sequer sabia que já lá tinham feito testes e já valeu a pena ter cá vindo. Continuo a achar que se deve fazer alguma coisa em relação ao resíduos.

Anónimo disse...

"Isto é mais sério do que parece, no Norte de Itália e na Grã-Bretanha crianças em redor de locais que praticam a co-incineração têm duas vezes mais problemas realativamente a doenças pulmonares e da tiróide do que as outras que vivem em locais onde a co-incineração não se faz."

Era giro que isto tivesse um link para qualquer lado que provasse esta afirmação e que o estudo também foi feitto com base em amostras antes e depois de instalada a co-incineração.

Sou contra a co-incineração na Arrábida, mas também sou contra aproveitamentos demagógicos em que se copiam extensivamente uns documentos e outros nem se apresentam e em que a preocupação coma co-incineração é muito grande, mas nula em relação à poluição diária da zona ribeirinha de Alhos Vedros a partir do Cais Novo.

Critérios, claro.

Anónimo disse...

Voltamos, através do "sou eu", à questão da poluição do rio em Alhos Vedros. Quer-me parecer tratar-se de um problema (suiniculturas, agricultura,águas residuais das habitações...) que afecta todo o rio Tejo e não somente a nossa zona ribeirinha, antes fosse porque para o Tejo seria menos grave e de mais fácil resolução.
Não é correcto falar em despreocupação com as águas residuais no nosso concelho. Porque há muito (décadas!) que a autarquia vem apresentando projectos para solucionar o problema, sem que os mesmos tenham, pelas autoridades centrais, merecido a atenção e o financiamento necessários. A ausência de Regionalização tem destas coisas: impossibilidade de, em questões fundamentais, decidirmos Políticas de Desenvolvimento e a nossa própria Vida.
Graças à persistência dos nossos eleitos locais que, neste momento, temos com financiamento à "vista" e em fase de estudo de impacto ambiental a ETAR Moita/Barreiro, cuja construção está decidida para os terrenos da Quimiparque e o início de funcionamento para meados de 2009. Nessa altura, a qualidade do rio dar-nos-á acrescidas razões para o slogan, "Bem Estar à Beira Tejo"!

Anónimo disse...

Poluição devido à agricultura no nosso concelho?
Onde, onde, onde, onde?

Quanto aos porcos, isso era toda uma outra conversa, mas principalmente sobre os de duas patas.

isabel mendes ferreira disse...

perfeito o último parágrafo.....!






beijos.

a correr. mas aqui.

(estendo ao H.)

Anónimo disse...

Exmo. senhor "cobarde anónimo",

Lamento se não me fiz compreender. Quando falei em poluição julguei não deixar dúvidas de que era em relação a todo o rio Tejo e os exemplos dados são, em maior ou menor grau, uma realidade de norte a sul.
Como muito bem sabe, a terminologia "aldeia global" é também aplicável ao ambiente e nessa perspectiva a qualidade das águas na nossa terra, pode e vai ser melhorada, mas não se trata de um problema e de uma solução com exclusividade no concelho. Deixo-lhe um exemplo: os metais pesados (levam 100 anos a ficar inertes) ainda são um problema na nossa zona ribeirinha sem que para isso tivessemos contribuido, mas não fica surpreendido porque não ignora os efeitos causados pelas indústrias da antiga CUF. E se quizer pensar nos efeitos nocivos da agricultura (pesticidas...), suinicultura ou em muitas outras áreas produtivas sobre o ambiente, na nossa terra, basta recordar-se das condições em que se trabalha(va) no Ribatejo ou no Montijo.
A terminar, pergunto quem já não viu centenas de peixes mortos na caldeira da Moita? A causa como todos sabem tem origem a montante, concretamente em despejos poluentes de alguma actividade económica no concelho de Palmela.
Podemos mas não devemos, sob pena de injustiça, imputar a nós a responsabilidade de tudo o que acontece.

AV disse...

Vê-se que o MMadeira diminuiu a dose do que estava a tomar e agora já só diz que os peixes mortos são culpa de Palmela, essa terra governada por sociais-fascistas.

AV2

Anónimo disse...

A culpa não é de Palmela mas do desrespeito das elementares normas de segurança ambiental que, infelizmente, ainda se verifica em muitíssimas empresas deste país.É a máxima do capital: maior lucro possível com o menor imvestimento e despesa. É o desrespeito para com o ser humano.
Mas V.Exa., AV2, não enxerga. Compreendo-o.

Anónimo disse...

Alguém alerta para um problema e uns senhores muito espertos mudam o assunto. Existem mais problemas e a nível ambiental todos contam.
Gostei do que li no post e agradeço ao seu autor algumas informações que não se apanham na comunicação social. Deixo um abraço e um incentivo à continuação do bom trabalho.

Anónimo disse...

Não gosto de "cobardes anónimos" que só sabem elogiar.
A menos que sejam o autor a elogiar o autor, não sei se estão a ver.