2006-08-03



Foi por acaso que passei ontem na Rua Alves Redol. Mesmo em frente às instalações do União, deparei com esta casa que ostentava 3 ou 4 anúncios à sua demolição hoje, dia 3. Comecei de imediato a fotografá-la e logo veio ter comigo um rapaz, para as minhas idades, que ali tinha morado. “A casa já está muito velha”, “Não tem condições” foram duas das afirmações que demonstram a sua concordância para com a demolição.

Encaro esta demolição como mais uma destruição do património da Vila. Não como um castigo divino imposto a partir da sede de concelho, mas primeiramente como falta de consciencialização por parte dos próprios habitantes para a necessidade da preservação deste traço que nos identifica, pela nossa cultura.

Uma construção deste tipo poderia ser facilmente adaptada de modo a, mantendo o aspecto exterior, incorporar todas as comodidades das construções actuais. Em vez de 3 famílias, passaria a ser ocupada por 1, talvez 2, mas custa caro, e um prédio de 2 andares rende muito mais a quem constrói.

Creio não estar enganado se disser que, lamentavelmente, já não existe na Vila da Baixa da Banheira nenhuma rua em que pelo menos uma das casas originais não tenha sido substituída por uma construção mais recente, e normalmente mais alta. É aqui que entra o papel da edilidade municipal, e neste caso por omissão ...

2 comentários:

Anónimo disse...

Sem desprimor para a casa em questão e as suas memórias, há uma diferença entre uma casa de meados do século XX e outra do século XVII com vestígios tardo-medievais.
Percebo que por vezes pareça tudo o mesmo, mas a verdade é que não é.

Anónimo disse...

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