2007-03-08

Em termos físicos, a TTT assegurará, na margem Norte, ligações ferroviárias convencionais à linha de cintura (no sentido de Entrecampos) e à linha do Norte (na Estação do Oriente).

Na margem Sul, será ligada à linha do Alentejo, permitindo dar resposta aos tráfegos suburbanos (Setúbal, Pinhal Novo, Barreiro/Lavradio) e de longo curso (para Évora, Beja e Algarve). Está igualmente prevista uma ligação na margem Sul em direcção às actuais oficinas ferroviárias do Barreiro, no sentido de viabilizar a futura utilização desse espaço para parque de materiais e oficinas, tanto para comboios de Alta Velocidade como para os convencionais.


Quanto à introdução do modo rodoviário, como referi, a RAVE foi mandatada para desenvolver os estudos de suporte à decisão do Governo, dado que a mesma pode, à partida, ser encarada em duas perspectivas antagónicas.

Por um lado, é atraente a perspectiva de aproveitamento da oportunidade dada pela construção da ponte ferroviária e executar desde já uma ligação rodoviária, em falta na actual rede da AML, em condições eventualmente mais favoráveis, tirando partido do facto do custo marginal da introdução desta componente poder ser inferior à construção em data posterior. Desta forma, seria possível transferir tráfego das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, descongestionando a primeira e, sobretudo, permitindo atenuar algumas das assimetrias hoje existentes na AML em termos de acessibilidade, em especial na margem Sul e concretamente na península do Barreiro.

Noutra perspectiva, numa altura em que os problemas de congestionamento rodoviário são uma realidade quotidiana na AML, em que existe uma subutilização do sistema de transportes colectivos que urge corrigir e em que as questões ambientais estão no topo da agenda mundial, deverá ser ponderada e sustentada a decisão de associar a um projecto que tem como principal propósito a promoção de um modo de transporte colectivo ambientalmente sustentável, uma infra-estrutura que poderá potenciar a utilização do transporte individual.

De referir que os estudos, desenvolvidos entre 2001 e 2002 pela equipa de missão para a TTT, concluíram, com base em análise multicritério, como vantajosa a consideração do modo rodoviário. No entanto, esta conclusão foi determinada fundamentalmente pela componente financeira, já que em todos os restantes critérios técnicos e ambientais as soluções incorporando o modo rodoviário foram sempre pior pontuadas.

na Intervenção da Secretária de Estado dos Transportes no debate sobre a nova travessia do Tejo: Chelas-Barreiro, na Sociedade de Geografia de Lisboa

3 comentários:

Anónimo disse...

Isso era se o TGV fosse prá frente, coisa que nunca acontecerá e por isso nunca haverá também nenhuma nova ponte entre o Barreiro e Lisboa.

Anónimo disse...

Tb acho que não é, pelo menos, na próxima década que aquilo avança.

Este governo é só propaganda, muita novidade para as televisões mostrarem e pouca obra no terreno!

Anónimo disse...

Eu acho mais que este governo só esta bem quando construir muitas otas TGVs, para isso vai ter de mandar para a rua muitos funcionarios publicos a comecar pelos profesores e a acabar nos medicos e enfermeiros.