2007-03-15

Muito interessante.

2 comentários:

PintoRibeiro disse...

Eis um tema URGENTE! Abraço,

joao figueiredo disse...

Nuno, estive a ver este documentário com alguma atenção e acho que as suas intenções são bastante dúbias. Se é verdade que apresenta dados, que a mim me parecem bastante lógicos, como por exemplo a relação entre o aquecimento da água dos oceanos e a libertação de CO2 para a atmosfera, ou aqueles gráficos relacionando a actividade solar (como se mede actividade solar que existiu à 1000 anos?) com o aquecimento da atmosfera, por outro lado, é dado demasiado ênfase na queima de combustíveis fósseis como uma solução energética. É que, tendo ou não o CO2 um papel importante, convém ter muito cuidado com o que se manda para a atmosfera...

É neste segundo ponto que eu estou em completo desacordo. Não só porque no processo de queima, e apesar dos filtros que possam existir, não se liberta apenas CO2 (em alguns processos a altas temperaturas nem se sabe muito bem o que sai dalí), como pelo desperdício que é queimar uma fonte finita de inúmeros materiais. Boa parte da nossa qualidade de vida a partir da segunda metade do século passado deve-e aos avanços que se fizeram na área da química orgânica, em áreas como os polímeros ou as fibras texteis sintéticas, só para referir dois exemplos com bastante relevância na indústria do nosso distrito. E com a agravante que a reciclagem destes produtos não é possível a 100%.

Na minha opinião, a produção energética tem que assentar na diversificação de fontes de energias renováveis, que tem várias vantagens além da poluição que não provocam. Em termos de eficiência, não existindo actualmente nenhum método com uma grande eficiência, a diversificação tem como grande vantagem a não dependência de nenhum tipo de geração. É um erro construir muitas barragens, porque podem haver anos em que a chuva não permite os níveis de produção necessários, por exemplo. Algumas das fontes renováveis podem ser produzidas localmente, não necessitando de grandes linhas de transporte, onde muita da energia é dissipada (existem sempre perdas na regulação das caracteristicas do corrente electrica). Ainda não compreendo como um país como o nosso, que deverá ser um dos 2 ou 3 com mais horas de Sol na Europa, é um dos que menos investe na energia solar (seja fotovaltaica, ou apenas para aquecimento).

Por último, e talvez o ponto mais importante, é a redução. Todos gastamos demais.

Não vi nada disto reflectido no documentário, e fiquei com a ideia de que se tratou mais de um “contra-ataque” ao documentário do Al Gore, provavelmente patrocinado pelo lóbi das petroquímicas. Apesar disto, não deixa de apresentar algumas ideias que me parecem com bastante lógica.