blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2007-08-30
Li o artigo do Sr. António Chora no Jornal da Moita e no Rostos e fiquei sem palavras.
Em primeiro lugar entendo tecer aqui algumas considerações sobre o Jornal "O Rio" e depois darei a minha opinião sobre o artigo de António Chora.
Sou colaborador do Rio. Comecei a escrever para o Rio há alguns anos. Considero que por ser o único jornal da "Vila" da Baixa da Banheira se deve manter. Também considero que todos aqueles que defendem a sua terra se devem bater para manter os órgãos de comunicação social locais a funcionar e de boa saúde. Esta é a minha posição independentemente de um ou outro desacordo com o seu director, pessoa com quem falo quando posso e com o maior respeito.
Quanto ao artigo penso que António Chora ao escrever aquelas linhas e daquela forma deveria provar o que insinuou. O que eu sei é que o jornal se mantem a funcionar porque tem alguns apoios financeiros que foram mantidos em segredo pelo seu director. António Chora provavelmente saberá mais do que eu, mas se o sabe deveria escrever no seu artigo quem são os remes e quem são os caciques. Não o fazendo deixa no ar insinuações (até prova em contrário não passam disso) e isso não me parece correcto.
Por outro lado, parece-me que António Chora, deveria se colocar do lado da solução e não do lado do problema. Como resolveremos (sim, todos os colaboradores) o problema do Rio? Isso é que é importante porque nem tudo deve servir para atingir objectivos partidários.
O que me preocupa seriamente é saber que o único jornal da Vila da Baixa da Banheira tem problemas. O que me preocupa seriamente é saber o que fazer para ajudar a resolver a situação.
2007-08-28
2007-08-27
Clima, uma vez mais
Os incansáveis preguiçosos continuam a apontar situações por eles consideradas anómalas para se pronunciarem a favor da pseudo-teoria do aquecimento global. Qualquer percepção de alteração ao clima é apontada como evidência, seja mais fria ou seja mais quente.
Junho e Julho foram meses mais frios do que a média considerada no nosso país. Isto quer dizer alguma coisa? Estaremos a “arrefecer”?
A massa de gelo na Antárctica aumentou este ano. Quer dizer alguma coisa?
Vários são os especialistas que apontam o estudo, e não a especulação, para responder a estas perguntas. Tudo o resto são devaneios, quer sejam do Al Gore ou de outro qualquer.
P.S.- Segundo alguns especialistas da Universidade de Bremen, este ano, a Antártica engordou e o Ártico emagreceu.
2007-08-24
Seara da controvérsia
A entrevista desta semana da revista Visão feita a Fernando Seara (presidente da Camara de Sintra) tem alguns comentários interessantes.
O entrevistado começa por falar nas suas raízes Beirãs donde provém de uma familia das mais tradi€ionais, passando por uma formação no Colégio Militar, um percurso digno de um menino de direita onde previsívelmente se viria a filiar no CDS passando mais tarde para o PSD. Entre muitas coisas dignas de revista de coração, em que de "coração aberto", o entrevistado foi expondo da sua vida privada, chegou-se à parte em que levado pela onda de humildade das perguntas disse algo que realmente devemos de reter; quando questionado sobre as razões que levaram ao estado em que se encontra o seu partido, entre outras coisas respondeu que "há uma serie de actores políticos que deixaram de viver no T1 e passaram a habitar no T4. E que, para continuarem a morar no T4, não podem largar a vida política. Os partidos são isto. No PSD, nas questões centrais como, por exemplo, a privatização da água, qual é a posição partidária? Muita gente será a favor, eu sou contra.".
Não conheço a pessoa do entrevistado, mas concordo plenamente e acho que este exemplo não se limita só ao seu partido. Cada vez mais nos damos conta, alguns mais que outros, que a dependência dos políticos pelos lobbies de grupos económicos, não só significa uma transmutação de valores morais para valores económicos, como também a total inutilidade da existência do Estado, passando este a uma extensão não dos seus cidadãos mas sim, de grandes empresas.
A entrevista desta semana da revista Visão feita a Fernando Seara (presidente da Camara de Sintra) tem alguns comentários interessantes.
O entrevistado começa por falar nas suas raízes Beirãs donde provém de uma familia das mais tradi€ionais, passando por uma formação no Colégio Militar, um percurso digno de um menino de direita onde previsívelmente se viria a filiar no CDS passando mais tarde para o PSD. Entre muitas coisas dignas de revista de coração, em que de "coração aberto", o entrevistado foi expondo da sua vida privada, chegou-se à parte em que levado pela onda de humildade das perguntas disse algo que realmente devemos de reter; quando questionado sobre as razões que levaram ao estado em que se encontra o seu partido, entre outras coisas respondeu que "há uma serie de actores políticos que deixaram de viver no T1 e passaram a habitar no T4. E que, para continuarem a morar no T4, não podem largar a vida política. Os partidos são isto. No PSD, nas questões centrais como, por exemplo, a privatização da água, qual é a posição partidária? Muita gente será a favor, eu sou contra.".
Não conheço a pessoa do entrevistado, mas concordo plenamente e acho que este exemplo não se limita só ao seu partido. Cada vez mais nos damos conta, alguns mais que outros, que a dependência dos políticos pelos lobbies de grupos económicos, não só significa uma transmutação de valores morais para valores económicos, como também a total inutilidade da existência do Estado, passando este a uma extensão não dos seus cidadãos mas sim, de grandes empresas.
Este ano não houve escapatória possível. Agosto foi-me imposto com o mesmo ímpeto com que uma carraça se agarra ao pêlo de um cão. Ainda não refeito da desfeita, no início do mês rumei a Sul, A2 abaixo, apesar da revolta que me provocam os 17€ de portagens. Perto do fim da viagem deixei de ser ultrapassado pelos bólides que habitualmente usam o asfalto para desafiar não só as leis da estrada, mas até as leis da física, por mais estúpido que tal comportamento possa ser. Antes já deixara de ultrapassar aqueles que se fazem ao caminho com mais cautelas do que eu, mas mesmo então acreditei que uma ordem universal estivesse a comandar todos os veículos à mesma velocidade, e a distâncias que tornassem nos tornassem invisíveis uns aos outros.
Entrei e saí da serra, segui pela A22, N125 e nem no centro da Vila se via um carro. Às 5 da tarde, o café fechado, um sino que não badalava à passagem de um cão vadio e um gato que miava a uma osga na parede receberam-me com indiferença. A cobertura da rede de telemóveis sempre foi má por estas bandas, agora é inexistente. Percorri as ruas mais próximas na companhia do cão, pequeno, preto e silencioso, que parecia apreciar a calmaria que me começava a perturbar. Entrei no carro e segui em direcção a Silves, depois Monchique, Aljezur, Lagos, Portimão e regressei já com a noite por companhia. Só aquela brisa de mar, normalmente ofuscada pelo buliço das gentes, perturbava o odor ao estio algarvio. Perto da meia-noite o cão já se chamava Bohr e o gato trincava a osga. Pouco depois o cansaço da viagem fez-me dormir no quintal, torcido numa cadeira de baloiço que me embalou para um sono pesado até aos primeiros minutos da aurora. Levantei-me num sobressalto sempre com o Bohr por companhia e com ele meti caminho rumo a Norte, seguindo o caminho inverso ao da véspera. N125, A22, e enquanto atravesso a Serra, a curiosidade faz-me voar até Messines, em vão.
Poucas horas depois, e já confortavelmente sentado no sofá de casa, consegui apresentar o Bohr à sua nova família. Foi notícia à escala mundial: naqueles dias, inexplicavelmente, estive sozinho no Algarve.
Entrei e saí da serra, segui pela A22, N125 e nem no centro da Vila se via um carro. Às 5 da tarde, o café fechado, um sino que não badalava à passagem de um cão vadio e um gato que miava a uma osga na parede receberam-me com indiferença. A cobertura da rede de telemóveis sempre foi má por estas bandas, agora é inexistente. Percorri as ruas mais próximas na companhia do cão, pequeno, preto e silencioso, que parecia apreciar a calmaria que me começava a perturbar. Entrei no carro e segui em direcção a Silves, depois Monchique, Aljezur, Lagos, Portimão e regressei já com a noite por companhia. Só aquela brisa de mar, normalmente ofuscada pelo buliço das gentes, perturbava o odor ao estio algarvio. Perto da meia-noite o cão já se chamava Bohr e o gato trincava a osga. Pouco depois o cansaço da viagem fez-me dormir no quintal, torcido numa cadeira de baloiço que me embalou para um sono pesado até aos primeiros minutos da aurora. Levantei-me num sobressalto sempre com o Bohr por companhia e com ele meti caminho rumo a Norte, seguindo o caminho inverso ao da véspera. N125, A22, e enquanto atravesso a Serra, a curiosidade faz-me voar até Messines, em vão.
Poucas horas depois, e já confortavelmente sentado no sofá de casa, consegui apresentar o Bohr à sua nova família. Foi notícia à escala mundial: naqueles dias, inexplicavelmente, estive sozinho no Algarve.
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crónicas de sorriso aberto
2007-08-21
O problema dos edifícios devolutos
Nos últimos dois anos tenho tomado conhecimento desta problemática. Na Freguesia da Baixa da Banheira, onde sou eleito, quase todos os meses efectuamos diligências no sentido de contactar proprietários para tomarem medidas que atenuem ou resolvam estas situações.
Como todos sabem este problema não é novo e parece que actuamente se acentua com enorme rapidez, seja por dificuldades económicas dos proprietários, seja por inércia das autoridades competentes e aqui, é clara a falta de uma política nacional.
Sem querer deixar de responsabilizar os proprietários é minha opinião e conhecimento, de que alguns pura e simplesmente não conseguem intervir nos seus edifícios por falta de capacidade financeira, pelo que, à semelhança de alguns projectos piloto, que agora deveriam ser estendidos a todo o país, deveria ser criado um fundo para apoio nesse sentido.
Muitos edifícios estão em risco, colocando as pessoas que fazem as suas vidas na envolvente em constante sobressalto e contribuindo para um mau clima urbano (principalmente).
Um caso específico, na Baixa da Banheira, que agora "despachei" é sintomático dos problemas que um edifício em estado degradado origina:
1- Coloca em risco os outros edifícios;
2- Coloca em risco pessoas e veículos na via pública;
3- Permite o desenvolvimento de actividades ilícitas: tráfico de droga, consumo de droga, prostituição e vandalismo;
4- Cria mau ambiente urbano;
5- Coloca em causa a saúde pública porque se constitui um foco de doenças;
Por isso, todos somos poucos para a resolução do problema e todos devemos ser parte da solução.
Por último, mesmo com bases de dados robustas e com os sistemas de informação, por vezes é muito difícil identificar os proprietários e a criação de um sistema que agilizasse esta tarefa, já era uma grande coisa.
Nos últimos dois anos tenho tomado conhecimento desta problemática. Na Freguesia da Baixa da Banheira, onde sou eleito, quase todos os meses efectuamos diligências no sentido de contactar proprietários para tomarem medidas que atenuem ou resolvam estas situações.
Como todos sabem este problema não é novo e parece que actuamente se acentua com enorme rapidez, seja por dificuldades económicas dos proprietários, seja por inércia das autoridades competentes e aqui, é clara a falta de uma política nacional.
Sem querer deixar de responsabilizar os proprietários é minha opinião e conhecimento, de que alguns pura e simplesmente não conseguem intervir nos seus edifícios por falta de capacidade financeira, pelo que, à semelhança de alguns projectos piloto, que agora deveriam ser estendidos a todo o país, deveria ser criado um fundo para apoio nesse sentido.
Muitos edifícios estão em risco, colocando as pessoas que fazem as suas vidas na envolvente em constante sobressalto e contribuindo para um mau clima urbano (principalmente).
Um caso específico, na Baixa da Banheira, que agora "despachei" é sintomático dos problemas que um edifício em estado degradado origina:
1- Coloca em risco os outros edifícios;
2- Coloca em risco pessoas e veículos na via pública;
3- Permite o desenvolvimento de actividades ilícitas: tráfico de droga, consumo de droga, prostituição e vandalismo;
4- Cria mau ambiente urbano;
5- Coloca em causa a saúde pública porque se constitui um foco de doenças;
Por isso, todos somos poucos para a resolução do problema e todos devemos ser parte da solução.
Por último, mesmo com bases de dados robustas e com os sistemas de informação, por vezes é muito difícil identificar os proprietários e a criação de um sistema que agilizasse esta tarefa, já era uma grande coisa.
"Fernando Santos agarrou-se aos números na hora da despedida, mas era mais do que evidente a ruptura, primeiro com os adeptos e, mais grave, com Luís Filipe Vieira, surgindo agora Camacho por entre o nevoeiro que tem assombrado este início de época dos encarnados". Convém não esquecer que do nevoeiro nunca regressou D. Sebastião, e para o seu lugar não tardaram os Filipes de Espanha.
Se há alguma característica marcadamente portuguesa que detesto é essa estúpida necessidade de se criarem mitos em redor de “homens providenciais”.
Se há alguma característica marcadamente portuguesa que detesto é essa estúpida necessidade de se criarem mitos em redor de “homens providenciais”.
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desabafos de um benfiquista de sofá
2007-08-20
Resposta a António Ângelo
No seguimento do desafio/provocação, lançado no seu blogue, venho responder que não entro no jogo. Não jogo o mesmo jogo porque considero que você, António Ângelo, não respeita as regras básicas de convivência democrática e que a sua forma de agir é contrária ao que defendo.
Reconheço que qualquer cidadão tem o direito de questionar e participar na vida pública, não posso é aceitar que o faça como você o faz, acusando, denegrindo, lançando boatos. Para si tudo serve para atingir o PCP na Moita e os seus eleitos e por isso, não me coloco à sua beira nem para debates, nem para qualquer outra coisa.
Repare que não assino como Res Publica, ou com outro nome qualquer, assino com o meu nome e assumo o que escrevi, só não o vou voltar a repetir.
No entanto e para que fique escrito, também não reconheço legitimidade nenhuma a outros que o criticam da mesma forma que você faz. Mas também não me sinto vocacionado, nem com vontade de andar a esgrimir argumentos a seu favor, até porque não os tenho e até penso que nem você ...
No seguimento do desafio/provocação, lançado no seu blogue, venho responder que não entro no jogo. Não jogo o mesmo jogo porque considero que você, António Ângelo, não respeita as regras básicas de convivência democrática e que a sua forma de agir é contrária ao que defendo.
Reconheço que qualquer cidadão tem o direito de questionar e participar na vida pública, não posso é aceitar que o faça como você o faz, acusando, denegrindo, lançando boatos. Para si tudo serve para atingir o PCP na Moita e os seus eleitos e por isso, não me coloco à sua beira nem para debates, nem para qualquer outra coisa.
Repare que não assino como Res Publica, ou com outro nome qualquer, assino com o meu nome e assumo o que escrevi, só não o vou voltar a repetir.
No entanto e para que fique escrito, também não reconheço legitimidade nenhuma a outros que o criticam da mesma forma que você faz. Mas também não me sinto vocacionado, nem com vontade de andar a esgrimir argumentos a seu favor, até porque não os tenho e até penso que nem você ...
A força do hálito
A força do hálito é como o que tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força.
Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,
que no fundo é sempre a mesma,
desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,
que no fundo é sempre o mesmo.
Sovacos pompeando vinagres e bafios,
não são nada --bah...-- em comparação
com certos hálitos que até parece que sobem do coração.
"Ai onde transpira agora
o bom sovaco de outrora!"
Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhas
são autênticas (e sem hálito) maravirilhas.
Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,
amoniacal bafor que suporta sem dor
aquele que está ao rés de tal teor.
Mas o mau hálito é pior que a palavra
sobretudo se não for da tua lavra.
Da malvada, da cárie ou, meu deus, do infinito,
o mau hálito é sempre, na narina,
como o baudelaireano, desesperado grito
da "charogne" que apodrecer não queria.
Alexandre O'Neill
A força do hálito é como o que tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força.
Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,
que no fundo é sempre a mesma,
desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,
que no fundo é sempre o mesmo.
Sovacos pompeando vinagres e bafios,
não são nada --bah...-- em comparação
com certos hálitos que até parece que sobem do coração.
"Ai onde transpira agora
o bom sovaco de outrora!"
Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhas
são autênticas (e sem hálito) maravirilhas.
Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,
amoniacal bafor que suporta sem dor
aquele que está ao rés de tal teor.
Mas o mau hálito é pior que a palavra
sobretudo se não for da tua lavra.
Da malvada, da cárie ou, meu deus, do infinito,
o mau hálito é sempre, na narina,
como o baudelaireano, desesperado grito
da "charogne" que apodrecer não queria.
Alexandre O'Neill
Quando fazemos as nossas férias estivais no Algarve temos por hábito convidar alguns amigos e familiares para passarem uns dias connosco. Tunes fica ali ao lado e habitualmente cabe-me a função de os ir buscar e levar alguns dias depois. Com o passar dos anos noto que apesar da elevada afluência, tanto nos comboios pendulares como nos intercidades, fora os jovens turistas de mochila e chinelo, poucos são os passageiros que utilizam a Linha do Algarve como ligação ao seu destino final. Tal como eu, muitos são os que ali acorrem a recolher passageiros. A explicação é simples: a Via do Infante é muito mais eficiente do que uma velha ferrovia servida por material circulante obsoleto e com estações afastadas da costa, que já se sabe, é destino preferencial nesta altura do ano.
Bizarro é o horário das ligações dos comboios de longo curso à linha do Sado. Imaginemos que apesar das férias sou obrigado a vir à Baixa da Banheira. O preço da gasolina, e das portagens se optar pela rapidez e comodidade da A2, aliado a um gosto particular por viajar de comboio, faz-me optar pela ferrovia. O bilhete compro-o no multibanco mais próximo, e desta vez sou eu quem agradece a boleia até Tunes, porque à porta da velha estação existe uma paragem de autocarros que sempre vi deserta. Duas horas e meia depois, supondo que utilizo o pendular que alterna a velocidade entre os 240 e os 80 km/h dependendo do troço de via em que circula, e já no Pinhal Novo, sou obrigado a uma espera de quase uma hora pelo comboio de ligação à Baixa da Banheira. Estranho não é? É, e para o trajecto inverso a espera é da mesma magnitude. Na prática o que acontece é que quase todos temos um familiar ou um amigo que se disponibiliza a ir buscar-nos, e 15-20 minutos depois já estamos em casa. Assim é natural que a Linha do Sado vá perdendo mais alguns utentes, e a CP sabe-o.
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atira-me água fria,
Linha do Sado
2007-08-18
Quando era criança lembro-me de sair de casa pela mão da minha mãe, e atravessar o mercado de rua que duas vezes por semana se instalava à nossa porta na Rua de Moçambique. Para mim era uma alegria andar pela rua com o reboliço matinal semeado de cheiros a frutas, legumes, galinhas, pintos e coelhos. Passados uns anos este mercado mudou-se para uma zona mais ampla na Rua de Diu, mas o meu trajecto matinal continuou a cruzar-se com um mercado de rua, desta vez na Rua Fernando Pessoa.
Estas memorias foram puxadas pelo novo blog barreirense mercado de rua "marquês de pombal", onde o seu autor propõe a mudança do Mercado de Levante da Verderena para aquela zona do Barreiro velho, e tenho que reconhecer que o romantismo da ideia me agrada.
É claro que tal mudança não pode ser feita, como o autor reconhece, com a transposição do mercado de um lugar para outro. É necessário acautelar várias premissas e aproveitar a ocasião para reformular o modelo de funcionamento destes mercados. É para mim insuportável que se permita a um qualquer mercado de levante a sua transformação de um lugar de escoamento de produtos agrícolas para um mercado de material contrafeito. A agricultura já não ocupa o lugar que ocupou em tempos na economia local (e nacional) mas, a meu ver, nada impede que um espaço novo mantenha este segmento como um dos seus pilares. Volto às minhas recordações de infância para relembrar o Mercado da Fruta das Caldas da Rainha onde, além dos produtos da terra já referidos, também se encontram bancas com flores (tão presentes por essa Europa fora), com bolos e doçarias da região, o artesanato (incluindo os mais famosos artefactos das Caldas) ou ainda uma banca (entretanto já desaparecida) onde se comercializavam aves (mais ou menos) exóticas, e que naturalmente fazia as minhas delicias. Não recordo exactamente a ultima vez que lá estive, mas creio que foi no ultimo inverno, e estas características mantêm-se. Terão provavelmente reparado que não referi a venda de roupa ou de cd’s e dvd’s. Não foi esquecimento. Este tipo de produtos não tem ali lugar. E continuando a referir o exemplo das Caldas, nos últimos anos apercebi-me da existência de um mercado de velharias no Parque D. Carlos I, se não estou em erro, aos domingos de manhã, ou voltando a memorias passadas, foram várias as vezes que me desloquei ao mercado de coleccionismo que se realizava em Lisboa, na Praça do Comercio, por baixo das arcadas junto à antiga Bolsa (e mais recentemente se transferiu para a zona da expo, onde desconheço se ainda se mantém).
Como é simples de ver, são muitos os produtos que se podem incorporar numa feira com estas características, mas necessariamente com um conjunto de regras e condições logísticas bem diferentes das que se encontram actualmente na Verderena. E como diz Cabós Gonçalves, numa entrevista ao Jornal do Barreiro, “quer estejamos a falar de ciganos, feirantes, tendeiros, doutores ou engenheiros, seja qual for a raça ou etnia, julgo que a única coisa que se deve exigir é que cumpram as regras. Não cumpri-las obriga a que sejam sancionados”.
Desta actividade de cidadania (vida de um conhecido militante socialista), o ponto que mais me despertou a atenção foi que, até à data, os moradores ainda não foram ouvidos e, como bem questiona Carlos Humberto no Rostos Online, “Qual é a aceitação da população, ali residente, de ser instalado um Mercado destes, naquele espaço?”
A discussão ainda agora está no início, a Câmara Municipal está disponível para discutir alternativas com regras, as dificuldades para instalar um mercado no Barreiro Velho não serão poucas, e vou aguardar com muita curiosidade este processo, também porque me parece que o mercado de rua da Baixa da Banheira está a precisar de ser reformulado, e convém aprender com os exemplos dos outros.
Estas memorias foram puxadas pelo novo blog barreirense mercado de rua "marquês de pombal", onde o seu autor propõe a mudança do Mercado de Levante da Verderena para aquela zona do Barreiro velho, e tenho que reconhecer que o romantismo da ideia me agrada.
É claro que tal mudança não pode ser feita, como o autor reconhece, com a transposição do mercado de um lugar para outro. É necessário acautelar várias premissas e aproveitar a ocasião para reformular o modelo de funcionamento destes mercados. É para mim insuportável que se permita a um qualquer mercado de levante a sua transformação de um lugar de escoamento de produtos agrícolas para um mercado de material contrafeito. A agricultura já não ocupa o lugar que ocupou em tempos na economia local (e nacional) mas, a meu ver, nada impede que um espaço novo mantenha este segmento como um dos seus pilares. Volto às minhas recordações de infância para relembrar o Mercado da Fruta das Caldas da Rainha onde, além dos produtos da terra já referidos, também se encontram bancas com flores (tão presentes por essa Europa fora), com bolos e doçarias da região, o artesanato (incluindo os mais famosos artefactos das Caldas) ou ainda uma banca (entretanto já desaparecida) onde se comercializavam aves (mais ou menos) exóticas, e que naturalmente fazia as minhas delicias. Não recordo exactamente a ultima vez que lá estive, mas creio que foi no ultimo inverno, e estas características mantêm-se. Terão provavelmente reparado que não referi a venda de roupa ou de cd’s e dvd’s. Não foi esquecimento. Este tipo de produtos não tem ali lugar. E continuando a referir o exemplo das Caldas, nos últimos anos apercebi-me da existência de um mercado de velharias no Parque D. Carlos I, se não estou em erro, aos domingos de manhã, ou voltando a memorias passadas, foram várias as vezes que me desloquei ao mercado de coleccionismo que se realizava em Lisboa, na Praça do Comercio, por baixo das arcadas junto à antiga Bolsa (e mais recentemente se transferiu para a zona da expo, onde desconheço se ainda se mantém).
Como é simples de ver, são muitos os produtos que se podem incorporar numa feira com estas características, mas necessariamente com um conjunto de regras e condições logísticas bem diferentes das que se encontram actualmente na Verderena. E como diz Cabós Gonçalves, numa entrevista ao Jornal do Barreiro, “quer estejamos a falar de ciganos, feirantes, tendeiros, doutores ou engenheiros, seja qual for a raça ou etnia, julgo que a única coisa que se deve exigir é que cumpram as regras. Não cumpri-las obriga a que sejam sancionados”.
Desta actividade de cidadania (vida de um conhecido militante socialista), o ponto que mais me despertou a atenção foi que, até à data, os moradores ainda não foram ouvidos e, como bem questiona Carlos Humberto no Rostos Online, “Qual é a aceitação da população, ali residente, de ser instalado um Mercado destes, naquele espaço?”
A discussão ainda agora está no início, a Câmara Municipal está disponível para discutir alternativas com regras, as dificuldades para instalar um mercado no Barreiro Velho não serão poucas, e vou aguardar com muita curiosidade este processo, também porque me parece que o mercado de rua da Baixa da Banheira está a precisar de ser reformulado, e convém aprender com os exemplos dos outros.
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Baixa da Banheira,
blogosfera local
Conversa de WC sem qualquer semelhança com a realidade:
- Como é que isso funciona?
- É simples: vamos ao blog dos gajos e insultamos o primeiro nome que nos aparecer mais a jeito. De vez em quando os gajos apagam um comentário e é aí que nós lhes chamamos fascistas.
- E os gajos não nos apanham?
- Não porque eles não tem aquelas cenas para controlar quem por lá passa.
- Como é que isso funciona?
- É simples: vamos ao blog dos gajos e insultamos o primeiro nome que nos aparecer mais a jeito. De vez em quando os gajos apagam um comentário e é aí que nós lhes chamamos fascistas.
- E os gajos não nos apanham?
- Não porque eles não tem aquelas cenas para controlar quem por lá passa.
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da honestidade e outras estórias
2007-08-17
“sai da frente senão és atropelado pelo comboio” é uma coisa que me soa mal...
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da honestidade e outras estórias
2007-08-16
2007-08-14
Mais uma vez os nossos vizinhos desatam a desancar no banheirense. Isto acontece ciclicamente, tal e qual as alterações climáticas, mas para não fugir à questão central que é a facilidade com que se acusam os membros deste blogue e especialmente o autor deste texto, vou responder a duas ou três coisitas:
1- O banheirense é um blogue com comentários abertos e por isso todos podem participar, tal e qual o avp. No banheirense como nos outros blogues registam-se ataques pessoais, se bem que nunca vi nenhum post a atacar pessoas no banheirense (estes sim, são da responsabilidade dos autores). É portanto falsa a continuada e repetia insinuação de que aqui se fomenta o ataque baixo. No entanto e ao contrário de outros, já nos insurgimos contra palavras dirigidas a adversários políticos. É que para os autores do banheirense são todos merecedores de respeito, até quem não nos respeita;
2- É do conhecimento geral dos “blogonautas” que o banheirense não é isento, é pró-pcp, se bem que nem todos os membros do blogue são do partido. Também é do conhecimento geral que alguns são dirigentes do partido. Não o escondemos e temos orgulho nisso.
3- Quanto ao cerne da questão. Nos últimos dias surgiu um blogue o António do Telhado que nos primeiros dias publicou textos sobre António Angelo. Textos fortes com situações de ataque pessoal à pessoa, que eu discordo, mas também muitos textos de resposta a este homem que considero que também não usa de melhor forma a intervenção, não porque não tenha o direito de questionar, mas porque o faz de forma que roça (para não escrever outra coisa) o ataque pessoal, com insinuações e calúnias. Insinua que o PCP é um partido de mafiosos, que a direcção política da Câmara faz negociatas… Isto não são modos de estar em democracia e já o escrevi por várias vezes. Para mim é tão condenável a postura de António do Telhado como a de António Ângelo.
4- A oposição política democrática no concelho segue as linhas escritas por estes blogues e por vezes nas suas intervenções até os cita, sem se preocupar se o que referem é verdade ou mentira. E os blogues são isto que se está a ver, servem para tudo e até para propósitos menos claros.
Não vou terminar com gritos de guerra, nem com palavras de ordem, apenas com uma recomendação a quem anda por bem: é preciso discutir e criticar de forma elevada, os pequenos ataques levam a outros ataques e estes a grandes ataques e como já viu, neste concelho existem muitas pessoas que gostam de se informar pelos blogues, o que significa que pelos menos 500 mãos digitam comentários nas caixas de comentários dos blogues da Moita e muitos só com o intuito de achincalhar.
2007-08-09
Depois de se lançar o pânico afirmando que os últimos anos tinham sido os mais quentes, o GISS (Goddar Institute for Space Studies), reconheceu a existência de erros na avaliação do ranking dos 10 anos mais quentes nos EUA.
Assim a lista que era: 1998, 1934, 2006, 1921, 1931, 1999, 1953, 2001, 1990, 1938, passou a ser: 1934, 1998, 1921, 2006, 1931, 1999, 1953, 1990, 1938, 1939 e pode ser consultada aqui.
Assim começam a cair por terra as teses que apontam um clima cada vez mais severo, e perante esta evidência, demonstrada no ranking dos dez anos mais quentes nos EUA, em que 50 % pertencem à primeira metade do século XX e o mais quente foi o de 1934, ficamos sem palavras e com muitas dúvidas.
Já agora e porque vi um post no a-sul sobre a utilização de biocombustivel deixo duas notas:
1ª Uma boa parte da Amazónia está a ser destruída para permitir a produção de Etanol, que lança uma quantidade enorme de gases para a atmosfera, contraditório e curioso;
2ª Quando destinamos parte da produção agrícola para a produção de energia/combustível estamos a encarecer os preços dos produtos agrícolas e a utilizar "comida" de uma forma absurda quando milhões de pessoas não têm comida para dar aos filhos;
A solução não passa por novas formas de combustível baseadas na exploração intensiva da terra. Passa por uma redução nos consumos e pela utilização de energias realmente renováveis e como sabem, o solo não é renovável à escala humana e muito menos finito.
É curioso verificar que os mesmos que são contra a ciência, os seguidores das verdades incovenientes, têm muitas certezas.
Assim a lista que era: 1998, 1934, 2006, 1921, 1931, 1999, 1953, 2001, 1990, 1938, passou a ser: 1934, 1998, 1921, 2006, 1931, 1999, 1953, 1990, 1938, 1939 e pode ser consultada aqui.
Assim começam a cair por terra as teses que apontam um clima cada vez mais severo, e perante esta evidência, demonstrada no ranking dos dez anos mais quentes nos EUA, em que 50 % pertencem à primeira metade do século XX e o mais quente foi o de 1934, ficamos sem palavras e com muitas dúvidas.
Já agora e porque vi um post no a-sul sobre a utilização de biocombustivel deixo duas notas:
1ª Uma boa parte da Amazónia está a ser destruída para permitir a produção de Etanol, que lança uma quantidade enorme de gases para a atmosfera, contraditório e curioso;
2ª Quando destinamos parte da produção agrícola para a produção de energia/combustível estamos a encarecer os preços dos produtos agrícolas e a utilizar "comida" de uma forma absurda quando milhões de pessoas não têm comida para dar aos filhos;
A solução não passa por novas formas de combustível baseadas na exploração intensiva da terra. Passa por uma redução nos consumos e pela utilização de energias realmente renováveis e como sabem, o solo não é renovável à escala humana e muito menos finito.
É curioso verificar que os mesmos que são contra a ciência, os seguidores das verdades incovenientes, têm muitas certezas.
2007-08-08
2007-08-04
A paranóia do clima em Português
O nosso Instituto responsável pelo estudo e previsão do tempo/clima (são distintos, muito distintos) apresenta e muito bem, relatórios mensais onde entre muitas coisas se refere à comparação entre as médias dos valores registados e a média das normais climatológicas.
Curiosamente, quando num mês se registam valores inferiores aos das normais o tipo de escrita é diferente de quando ocorre o inverso. Porquê?
Vejamos:
- Para um mês mais quente
"O mês de Maio de 2007 caracterizou-se por valores médios da temperatura média do ar superiores aos valores médios em todo o território.
Referência para os períodos de 7 a 12 e 16 a 19, com valores altos da temperatura do ar; e para os primeiros dias do mês, com valores da temperatura do ar muito baixos, muito inferiores aos respectivos valores médios.
Quanto à quantidade de precipitação, o mês de Maio classificou-se como chuvoso nas regiões do interior Norte e em parte da região do Alentejo e normal a seco no restante território.
Em 31 de Maio de 2007 mantém-se a situação de seca fraca em parte da região Sul."
- Para um mês mais frio
"O mês de Junho de 2007 caracterizou-se por valores médios da temperatura média do ar inferiores em cerca de 0.5 °C em relação ao valor médio no período de referência.
De referir que valores médios da temperatura média do ar inferiores aos de Junho 2007 ocorreram em cerca de 20% dos anos.
De realçar que dos 10 Junhos mais quentes 6 ocorreram desde 2000 (2004, 2005, 2003, 2000,2006 e 2001); Junho de 2004 foi o mais quente, seguido de Junho 2005; Junho 2003 o 5º, Junho 2000 o 8º, Junho 2006 o 9º e Junho 2001 o 10º.Em Portugal Continental, os valores da quantidade de precipitação ocorridos no mês de Junho de 2007 permitem classificá-lo como chuvoso (150 % em relação à média de 1961-1990).
Junho 2007 foi, em Portugal Continental, o 11º mais chuvoso desde 1931 (depois de 1974, 1988, 1939, 1970, 1971, 1964, 1958, 1963, 1935 e 1977). Em termos de totais médios do território pode assim afirmar-se que este é o Junho mais chuvoso dos últimos 20 anos.
De referir, no entanto, que os valores agora observados estão longe dos maiores valores anteriormente observados em Junho de 1974 e de 1988.
Em 30 de Junho de 2007 mantém-se a situação de seca fraca em parte da região Sul."
Porque tanta justificação. Junho foi um mês mais frio que o habitual, é normal. Não é normal é não se justificar os meses mais quentes como o que é demonstrado neste exemplo.
Será que anda tudo maluco, ou é só o tempo? Espero de que a ideia de se tentar passar que todos os meses são mais quentes do que a média seja apenas por incompetência e não por...
O nosso Instituto responsável pelo estudo e previsão do tempo/clima (são distintos, muito distintos) apresenta e muito bem, relatórios mensais onde entre muitas coisas se refere à comparação entre as médias dos valores registados e a média das normais climatológicas.
Curiosamente, quando num mês se registam valores inferiores aos das normais o tipo de escrita é diferente de quando ocorre o inverso. Porquê?
Vejamos:
- Para um mês mais quente
"O mês de Maio de 2007 caracterizou-se por valores médios da temperatura média do ar superiores aos valores médios em todo o território.
Referência para os períodos de 7 a 12 e 16 a 19, com valores altos da temperatura do ar; e para os primeiros dias do mês, com valores da temperatura do ar muito baixos, muito inferiores aos respectivos valores médios.
Quanto à quantidade de precipitação, o mês de Maio classificou-se como chuvoso nas regiões do interior Norte e em parte da região do Alentejo e normal a seco no restante território.
Em 31 de Maio de 2007 mantém-se a situação de seca fraca em parte da região Sul."
- Para um mês mais frio
"O mês de Junho de 2007 caracterizou-se por valores médios da temperatura média do ar inferiores em cerca de 0.5 °C em relação ao valor médio no período de referência.
De referir que valores médios da temperatura média do ar inferiores aos de Junho 2007 ocorreram em cerca de 20% dos anos.
De realçar que dos 10 Junhos mais quentes 6 ocorreram desde 2000 (2004, 2005, 2003, 2000,2006 e 2001); Junho de 2004 foi o mais quente, seguido de Junho 2005; Junho 2003 o 5º, Junho 2000 o 8º, Junho 2006 o 9º e Junho 2001 o 10º.Em Portugal Continental, os valores da quantidade de precipitação ocorridos no mês de Junho de 2007 permitem classificá-lo como chuvoso (150 % em relação à média de 1961-1990).
Junho 2007 foi, em Portugal Continental, o 11º mais chuvoso desde 1931 (depois de 1974, 1988, 1939, 1970, 1971, 1964, 1958, 1963, 1935 e 1977). Em termos de totais médios do território pode assim afirmar-se que este é o Junho mais chuvoso dos últimos 20 anos.
De referir, no entanto, que os valores agora observados estão longe dos maiores valores anteriormente observados em Junho de 1974 e de 1988.
Em 30 de Junho de 2007 mantém-se a situação de seca fraca em parte da região Sul."
Porque tanta justificação. Junho foi um mês mais frio que o habitual, é normal. Não é normal é não se justificar os meses mais quentes como o que é demonstrado neste exemplo.
Será que anda tudo maluco, ou é só o tempo? Espero de que a ideia de se tentar passar que todos os meses são mais quentes do que a média seja apenas por incompetência e não por...
2007-08-03
Num comentário a um post do Alhos Vedros ao Poder (e para que fique escrito nenhum dos av´s teve nada a ver com isso uma vez que o post era sobre outra temática), pode ler-se:
"Que giro, esta lógica de recebedores-pagadores de benesses.
As Festas de Alhos Vedros, este ano, tiveram o apoio em força de propmotores imobiliários.
A FADESA, depois de vários anos a não aopiar os eventos em a.vedros voltou atrás.
E a MACLE, muito bem!
Porque terá havido esta onda de solidariedade perante AV?
Poder-se-ia escolher:
1- Reconhecimento do valor dos eventos locais
2- Aposta na terra onde estão a investir
3- Pagamento a "favores" ao Departamento do Urbanismo da CMM
4- "obrigados a colaborar" em resultado de telefonemas e mensagens do sr. Vice
5- "obrigados a colaborar" em resultado de telefonemas e mensagens do sr. Presidente
# posted by Anónimo : 12:02 PM"
Isto é mesmo mesquinho e muito baixo. As festas de Alhos Vedros excederam em muito as expectativas da maior parte das pessoas que eu conheço, fruto do trabalho da Comissão de Festas, da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal da Moita, da Paróquia, das colectividades, dos apoios das empresas e de pessoas em nome individual. Foi feito um trabalho notável no que respeita aos apoios uma vez que conseguiram de forma inteligente rentabilizar espaços e ao mesmo tempo conseguir financiamento para os mesmos. O cartaz era bom, tendo em atenção que não se pode agradar a gregos e troianos. O número de pessoas presentes foi sem sombra de dúvida muito elevado.
Por isto penso que todos nós devemos estar satisfeitos e esperar que para o ano se festeje ainda de melhor forma. Por isso e por saber que o que está escrito no comentário é pura maldade, não podia de deixar de escrever este texto.
As festas foram um sucesso. Parabéns a Alhos Vedros
2007-08-01
Acordos de Lisboa
Ao que parece Bloco de Esquerda e Partido Socialista têm acordo para governar a Câmara de Lisboa. O Bloco de Esquerda, com legitimidade política, porque não escondeu durante a campanha eleitoral que estava aberto a negociações com o vencedor desde que este não fosse o PSD, CDS ou Carmona Rodrigues, coloca no acordo condições que do ponto vista legal estão a levantar dúvidas. Apontam que parte dos empreendimentos imobiliários deverá ser feita tendo em atenção a habitação a custos controlados, mais baixos e por isso mais apelativos no sentido de 20% das casas novas da capital sejam vendidas (ou arrendadas) a preços sociais, ou seja, abaixo dos valores praticados no mercado, o que esbarra nas funções da EPUL e nos direitos já adquiridos de promotores. A segunda diz respeito a novos empreendimentos ribeirinhos, que segundo o Bloco devem ser reduzidos, para além de uma passagem de responsabilidades do Porto de Lisboa em locais que não se prendam com assuntos de exclusiva competência técnica deste, o que claramente não cabe nas funções da Câmara Municipal.
O que me parece é que o Bloco ao colocar estas condições ao Partido Socialista vai além do que António Costa Presidente da Câmara Municipal de Lisboa poderia comprometer-se e entra na esfera do que António Costa como ex-membro do Governo poderia fazer, ou melhor como ministro. Mas se o Bloco considera António Costa desta forma também sabe que Costa foi o responsável pela Lei das Finanças Locais e que Costa é um dos responsáveis pelas políticas de direita praticadas desde Fevereiro de 2005 (pelo menos).
Segundo a opinião de Gil Garcia, da Ruptura-FER — corrente que, aliada a um movimento de independentes e sindicalistas, elegeu no último congresso do BE 12 elementos em 80 , em declarações à Agência Lusa, o acordo "vai no sentido contrário à orientação política" aprovada na convenção do Bloco de Esquerda de Junho.
"Com este acordo, o Bloco cedeu ao PS e não se afirma como alternativa socialista ao Governo de Sócrates. Este acordo com António Costa, que foi o número dois do Governo, representa indirectamente um apoio ao Governo do PS.
O ponto do acordo sobre o plano e orçamento camarários foi o que mereceu mais dúvidas por parte dos críticos. Gil Garcia afirmou recear que o BE não tenha garantido a liberdade de voto em relação àqueles instrumentos."
Isabel Faria, sindicalista, de acordo com nota publicada na tsfonline, fez uma leitura nacional do acordo em Lisboa, mostrou incompreensão quanto à posição de Sá Fernandes e afirmou que não entende a disponibilidade por parte do Bloco para este tipo de acordos com o PS de António Costa. Questionando: Como é que em 2009 nos afirmamos como alternativa socialista ao Governo do PS se na Câmara de Lisboa apoiamos um presidente da câmara que foi o número dois do Governo PS?
Louvo a postura de Ruben de Carvalho e do Partido Comunista Português que continuam a afirmar que não entram em coligações, tendo em atenção que não se pode criticar o governo à segunda, quarta e sexta-feira e à terça-feira fazer parte de uma coligação governativa na maior autarquia do país com o antigo número dois do governo.
De positivo, a imposição do corredor verde de Ribeiro Telles, vamos ver, se o conseguirem ganhamos todos, lisboetas e não só.
Ao que parece Bloco de Esquerda e Partido Socialista têm acordo para governar a Câmara de Lisboa. O Bloco de Esquerda, com legitimidade política, porque não escondeu durante a campanha eleitoral que estava aberto a negociações com o vencedor desde que este não fosse o PSD, CDS ou Carmona Rodrigues, coloca no acordo condições que do ponto vista legal estão a levantar dúvidas. Apontam que parte dos empreendimentos imobiliários deverá ser feita tendo em atenção a habitação a custos controlados, mais baixos e por isso mais apelativos no sentido de 20% das casas novas da capital sejam vendidas (ou arrendadas) a preços sociais, ou seja, abaixo dos valores praticados no mercado, o que esbarra nas funções da EPUL e nos direitos já adquiridos de promotores. A segunda diz respeito a novos empreendimentos ribeirinhos, que segundo o Bloco devem ser reduzidos, para além de uma passagem de responsabilidades do Porto de Lisboa em locais que não se prendam com assuntos de exclusiva competência técnica deste, o que claramente não cabe nas funções da Câmara Municipal.
O que me parece é que o Bloco ao colocar estas condições ao Partido Socialista vai além do que António Costa Presidente da Câmara Municipal de Lisboa poderia comprometer-se e entra na esfera do que António Costa como ex-membro do Governo poderia fazer, ou melhor como ministro. Mas se o Bloco considera António Costa desta forma também sabe que Costa foi o responsável pela Lei das Finanças Locais e que Costa é um dos responsáveis pelas políticas de direita praticadas desde Fevereiro de 2005 (pelo menos).
Segundo a opinião de Gil Garcia, da Ruptura-FER — corrente que, aliada a um movimento de independentes e sindicalistas, elegeu no último congresso do BE 12 elementos em 80 , em declarações à Agência Lusa, o acordo "vai no sentido contrário à orientação política" aprovada na convenção do Bloco de Esquerda de Junho.
"Com este acordo, o Bloco cedeu ao PS e não se afirma como alternativa socialista ao Governo de Sócrates. Este acordo com António Costa, que foi o número dois do Governo, representa indirectamente um apoio ao Governo do PS.
O ponto do acordo sobre o plano e orçamento camarários foi o que mereceu mais dúvidas por parte dos críticos. Gil Garcia afirmou recear que o BE não tenha garantido a liberdade de voto em relação àqueles instrumentos."
Isabel Faria, sindicalista, de acordo com nota publicada na tsfonline, fez uma leitura nacional do acordo em Lisboa, mostrou incompreensão quanto à posição de Sá Fernandes e afirmou que não entende a disponibilidade por parte do Bloco para este tipo de acordos com o PS de António Costa. Questionando: Como é que em 2009 nos afirmamos como alternativa socialista ao Governo do PS se na Câmara de Lisboa apoiamos um presidente da câmara que foi o número dois do Governo PS?
Louvo a postura de Ruben de Carvalho e do Partido Comunista Português que continuam a afirmar que não entram em coligações, tendo em atenção que não se pode criticar o governo à segunda, quarta e sexta-feira e à terça-feira fazer parte de uma coligação governativa na maior autarquia do país com o antigo número dois do governo.
De positivo, a imposição do corredor verde de Ribeiro Telles, vamos ver, se o conseguirem ganhamos todos, lisboetas e não só.
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