2007-01-24

Aprendi a apreciar a música e as palavras contidas nas canções do Vitorino com o álbum “Sul”, e suspeito que o que me mais me chamou a atenção foram as pequenas histórias do quotidiano rural e urbano, pois as pessoas são iguais em todo o lado. A sua música que cheira a Alentejo, e às migrações que as sua gentes fizeram para os centros urbanos, sabe a fado temperado com marcha. Em tempos mais recentes, essas imagens canções tomaram a pena comprida de António Lobo Antunes, e dai resultou mais um disco memorável. "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada" retrata uma certa Lisboa, ao som do tango, da valsa e do bolero do piano de João Paulo Esteves da Silva. Antes disso ainda passei pela Aula Magna para ver nascer o projecto Lua Extravagante, em que embarcou com os irmãos Janita e Carlos Salomé e onde descobri a bela voz da Filipa Pais.

Vitorino volta à Baixa da Banheira depois de, com o seu irmão Janita, aqui nos ter apresentado o projecto Utopia, em que recriavam algumas das canções do Zeca Afonso e nos confidenciavam alguns episódios que com ele partilharam, naquele que foi o segundo concerto a ter lugar no Fórum José Manuel Figueiredo.

Este espectáculo que Vitorino vem estrear à nossa terra comemora os seus 30 anos de carreira, e denomina-se“Tudo! Alentejo, Amor, Lisboa” com não seria de difícil imaginar.

cartoon sacado aqui

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