2007-01-24

Voltando a uma ideia que já expus aqui, há aquela Igreja que condena o uso do preservativo e de outros métodos contraceptivos, e depois há a outra Igreja.

6 comentários:

Mário da Silva disse...

Infelizmente para vocês essa campanha de maledicência e de desvio de atenções pega cada vez menos.

Este site é do NÃO e não é da igreja. Nem todas as pessoas que são contra esta LIBERALIZAÇÃO sem regras e encapotada são da Igreja e algumas até são VERDADEIRAMENTE pela DESPENALIZAÇÃO, ao contrário de vocês.

Também há muita alarvidade dita por gente que mais valia estar calada.

O artigo recente do sr. Mega Ferreira é um mimo de educação, de democracia e de civilidade. Vai muito na linha deste tipo de artigos seus.

E para finalizar deixo-lhe aqui um excerto de artigo que pôe o dedo na ferida e que eu TAMBÉM gostaria sinceramente de vêr respondido sem o habital chorrilho de insultos dos caceteiros anónimos que por cá vão polulando impunemente:

Há duas questões para as quais gostava de encontrar resposta nas bandas do sim.

Invocam, exaustivamente, que a mulher tem o direito de optar se quer ou não levar a sua gravidez até ao final e, estendendo o raciocínio, chegam à conclusão, numa argumentação de raiz norte-americana, que o Estado não tem legitimidade para intervir em matéria de aborto. Pergunto eu, então, onde vai esse mesmo Estado adquirir legitimidade para criminalizar o comportamento às 11 semanas de gravidez?

Sustentam, noutra linha de pensamento não menos falaciosa, que a vitória do sim é essencial para acabar com a humilhação dos julgamentos. Pergunto eu, novamente com preocupações temporais, o que acontecerá se a mulher apenas descobrir a gravidez depois das 10 semanas de gestação?


Mafalda Miranda Barbosa 21 de Janeiro de 2007

Mário da Silva disse...

Algumas coisas interessantes da legislação americana sobre o aborto:

Contando somente desde que o aborto se tornou legal nos USA o valor começou logo em 16,3 / 1000 e subiu em DEZ anos para quase o DOBRO onde estabilizou, eventualmente devido a alterações legislativas mais restritivas, já que os dados se referem a um universo de mulheres com idades a partir dos 15 anos.

Thirty-four states currently enforce parental consent or notification laws for minors seeking an abortion. The Supreme Court ruled that minors must have an alternative, such as the ability to seek a court order authorizing the procedure.

Esta proposta a referendar nada prevê nesse sentido. Fala somente em "mulher" e não em "mulher, maior de idade". E mulheres são todas desde que nascem e potenciais progenitoras desde os 14 anos.

Congress has barred the use of federal Medicaid funds to pay for abortions, except when the woman's life would be endangered by a full-term pregnancy or in cases of rape or incest.

O que é o mesmo que o Estado português já faz e até vai mais longe já que paga sempre, em qualquer estágio de gravidez e com uma latitude bem mais alargada de potencialidades do que este acordão do Supremo dos EUA obriga.

Seventeen states do use public funds to pay for abortions for some poor women, but only four do so voluntarily; the rest do so under a court order. About 13% of all abortions in the United States are paid for with public funds (virtually all from state governments)

Isto é o que realmente vai acabar por acontecer, mesmo que a Lei e os acordãos e as outras boas intenções digam o inverso.

Family planning clinics funded under Title X of the federal Public Health Service Act have helped women prevent 20 million unintended pregnancies over the last 20 years. An estimated nine million of these pregnancies would have been expected to end in abortion

Num Estado altamente liberal como o americano é natural este tipo de coisas serem no fim suportadas pela Sociedade Civil. É um Estado Liberal que a Esquerda quer? Digam-nos, se faz favor.

Ou querem que nós paguemos os abortos sem regras ou condições com os nossos impostos, paguemos para as associações privadas darem apoio às mães e tentar evitar abortos ao estilo americano, se encerrem maternidades, se encerrem urgências hospitalares, se acumulem as intervenções cirurgicas em filas intermináveis, se desinvista na educação?

É que nós todos precisamos também de perceber isto muito bem.

Até mais.

Mário da Silva disse...

Errata:

Onde se lê "este acordão do Supremo dos EUA obriga" deve ler-se "o Congresso dos EUA autoriza"

joao figueiredo disse...

campanha da maledicência? tb lhe fazia uma lista cas as enormidades que o "não" anda aí a divulgar, mas não vale a pena ir por aí...

provavelmente foi buscar uns dos piores exemplos, o americano, que como se sabe não são um bom exemplo em muitas coisas. por exemplo, em França não é assim.

mas o que interessa é que se referenda aqui, e qual a situação actual, com esta lei. são cerca de 17 a 18 mil abortos clandestinos por ano, feitos sem condições e, muitas vezes, por quem não tem conhecimentos para os fazer, com uma lei que não é cumprida porque (segundo a sua ideia) ninguém quer condenar uma mulher que aborta.

Mário da Silva disse...

Mas você leu o estudo que me mandou lêr a mim?

Anónimo disse...

tu sabes ler mário da silva? se não sabes escrever é dificil leres não é "parte inserta" AHAHAH