blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2007-02-28
O grupo deve fazer um permanente levantamento com interesse ambiental, da fauna e da flora, da ocupação dos solos, do património cultural e do seu estado de conservação.
O desenvolvimento da promoção de actividades desportivas, culturais e recreativas, ligadas aos equipamentos existentes e aos que se venham a criar no parque, é também um dos objectivos do grupo."
Estas sim, já me parecem actividades próprias de um grupo chamado “Os Amigos do Parque” que, estando integrados na Comissão de Moradores da Zona Norte, garantem que participação neste grupo não seja exclusiva às colectividades
2007-02-26
2007-02-24
"Pelos vistos incómoda, e por isso se omite, as contrapartidas para o interesse e o património municipal, designadamente: a cedência para o domínio municipal de prédios rústicos consagrados a zonas de protecção natural, espaços verdes ou equipamentos, de aproximadamente 131 hectares, mais um prédio urbano de 3 hectares; a construção, a suas expensas, dos troços da futura Via de Ligação entre os nós IC21 e do IC32 (designada por CREM e prevista no Plano Rodoviário Nacional como ER10) correspondentes às suas propriedades; a construção de um complexo desportivo no Juncalinho, Moita, incluindo campo relvado, campo de treinos, balneários, bancada, espaço de apoio técnico e viveiro de relva."
"O PIDDAC que não corresponde minimamente às necessidades do concelho, nem sequer às promessas e compromissos assumidos; o serviço público, designadamente na área da saúde e da segurança que continua a ser reduzido; a asfixia financeira das autarquias que se vem acentuado, associada ainda à transparência, por vezes encapotada, de atribuições sem os necessários meios. Como cereja no topo do bolo está a sanha com que se pretende bloquear a acção da autarquia por via do bloqueio da Revisão do PDM."
"Todos e cada um dos actos praticados pelos eleitos da CDU rege-se pelos princípios e ética que norteiam os autarcas comunistas e regulam-se pelo quadro legislativo e normativo vigente. Todos e cada um dos actos dos eleitos da CDU tem como único propósito a promoção do desenvolvimento do concelho, a defesa do interesse público e a sua primazia sobre os interesses particulares, e a defesa das legítimas aspirações da população."
"A actividade fiscalizadora e inspectiva das entidades competentes é permanente e não actua a pedido nem, esperamos, ao sabor das conveniências que ditam a quando e o quê se publica, bem como o que não se publica, na imprensa. Tal como ao longo dos anos sempre foi prestada toda a colaboração necessária às diversas inspecções (IGAT, IGF, IGP, etc.) a que a CMM foi submetida, sempre tendo por resultado a confirmação da legalidade da gestão dos eleitos da CDU, também agora aguardamos com tranquilidade qualquer inspecção que vier a ser feita a qualquer área da gestão municipal. É que no nosso caso, sabe-se ao que vimos e quem nos paga."
Outubro 12, 2003
O Sr. José Bastos e o Cais do Seixalinho
O Sr. José Bastos vem mais uma vez defender a boa opção, para os montijenses, de transferir o cais fluvial para o Seixalinho, da mesma forma bacoca com que defendeu a boa arquitectura do Café da Praça.
Em primeiro lugar, só se percebe o entusiasmo da defesa do novo cais da boca de alguém que nunca o deve ter utilizado, na medida em que não precisa dele para nada.Para quem trabalha em Lisboa, como é o meu caso, a localização do novo cais, tal como está configurada, constitui um grave revés para a qualidade de vida dos montijenses.Desde logo, e pela total inexistência de passeios, não é minimamente seguro nem viável fazer o percurso a pé.Depois, as más condições da estrada, que já eram más apenas quando a zona era meramente industrial, tornam insegura, penosa e pouco expedita a deslocação dos utentes para o cais, factos a que se junta o pagamento do parque de estacionamento, que mais parece a Piscina Municipal II às primeiras chuvas...Não menos importante é a inexistência de passes combinados entre a Transtejo e os autocarros que servem o cais (que, ao contrário do prometido, não são os mini bus não poluentes), e a ausência de horários que sirvam todas as carreiras.E, bem assim, as condições da própria estação, apenas são excelentes para quem a não usa.Ou seja, o novo cais é para os montijenses um prejuízo a todos os níveis: as pessoas levam mais tempo de casa para o cais, e do cais para casa, pagam mais dinheiro mensalmente para irem trabalhar, perderam em qualidade de vida (e devida) e não foram compensadas, ao contrário do que foi efusivamente propalado pelo executivo camário, pelo encurtamento do tempo da travessia fluvial.É inadmissível!E mais, diz ainda José Bastos que o Montijo tem estacionamento gratuito no centro da cidade.Não saberá o Sr. José Bastos (que, se não é, parece, o porta-voz oficial do executivo camário), que a partir de Novembro vão ser colocados parquímetros no centro da cidade?E que o cais das faluas está totalmente ao abandono, e que os munícipes apenas estacionam lá os seus carros nas noites de sexta e sábado, quando vão ao bar que lá se situa?E que o Montijo não tem nenhuma cirucular externa, cujo grande óbice à sua construção seria o cais das faluas?E que a cidade continua a viver sem qualquer ordenamento?Passando, agora, para a arquitectura do Café da Praça (praça que é agora um largo), não sabe o Sr. José Bastos que existe legislação específica, desde logo nos acessos para pessoas com deficiência, que não foi observada naquela edificação? Parece que não! Efectivamente, parece que uma parte do P. S. Montijo e que o executivo camarário vivem num autismo que apenas lhes permite ver que fazem tudo muito bem e que são inquestionavelmente melhores do que todos os outros.Pena é que isso seja apenas verdade no mundo em que só eles vivem...
JOBPublicado por JOBLAW em outubro 12, 2003 06:33 PM
Comentários
1 - O Cais do Seixalinho é uma obra inacabada. Aguardamos a conclusão da obra e a resolução urgente dos problemas que são conhecidos por todos nós.
2 - O texto do Sr. José Bastos publicado no "Jornal do Montijo" do dia 10-10-03 demonstra que, quando queremos contar uma história a imaginação e a escrita criativa é sempre uma via...
3 - Aguardo com curiosidade o desfecho da obra em curso na Praça da República (escultura de Lagoa Henriques) para escrever um artigo nesta Blog. Afixado por: Alexande Berardo em outubro 12, 2003 10:57 PM
Caros,
Sou morador não do Montijo mas de Alcochete. Mudei-me para esta margem do tejo recentemente.
Tenho utilizado o barco das transfejo para ir trabalhar muito esporadicamente, e não me revejo nas críticas feitas neste blog sobre este assunto.
Acho que de facto é uma sorte ter-se umas infra-estruturas destas para apanhar um transporte público. Ter um lugar para estacionar o carro a poucos metros do sítio onde se apanha o barco é de facto muito bom.
Não sou do tempo em que o antigo cais era utilizado, mas pelo que vejo não tem as mesmas infra-estruturas do novo. De facto cálculo que uma pessoa que viva no Montijo lhe dê mais jeito ter um cais quase no centro da cidade, mas temos de pensar num cais que sirva também as populações vizinhas.
Com isto tudo de futuro espero vir a utilizar mais vezes o barco e menos o carro não só por uma questão da protecção do meio ambiente mas também de conforto e de qualidade de vida.
Enfim, foi apenas um contributo.
Afixado por: João Silva em dezembro 11, 2003 11:18 AM
Porque é que neste Blog só á pessoa que sabem reclamar!!!
Acho que devem também dizer o que de bom se fez nesta Cidade do Montijo, porque não se pode agradar a Gregos e Toianos!!!
A Cidade do Montijo está muito mais evoluida do que á 10 anos a traz.Afixado por: Anocas em janeiro 20, 2004 03:48 PM
Fonte: http://montijonomapa.weblog.com.pt/arquivo/017098.html
José Bastos acusado de difamação e injuria
O presidente da Comissão política concelhia do Partido Socialista no Montijo, José Bastos vai a Tribunal por difamação e injuria agravada, em resultado de uma queixa apresentada por Honorina Silvestre. No despacho, o Ministério Público adianta que os autos indiciam que o líder do PS terá entregue a várias pessoas, entre os quais os presidentes das juntas de freguesia do Montijo, da Atalaia e do Afonsoeiro, um escrito por si elaborado e intitulado “Delapidação do Património Municipal”, no qual tece considerações classificadas como ofensivas à honra e consideração da autarca. No texto era referido que a autarquia permutara um terreno para construção no valor de 5.000 euros (cem mil contos), por outro de valor muito inferior, pertencente a uma sociedade de construção e no qual não é possível construir, tendo ainda cedido à mesma empresa cerca de 300 metros quadrados de terreno para construção de uma rua. Recorde-se que processos deste género são às dezenas, o que já passou a ser comum no Montijo os políticos tomarem esta iniciativa, só que neste caso são políticos do mesmo partido (PS).
Fonte: http://montijo-blog.weblog.com.pt/arquivo/week_2004_05_30.html
Escrevo com sinceridade, solidário com alguns socialistas que ele atacou até porque conheço o seu trabalho. Reparem, eu escrevi alguns.
"A PRÁTICA POLÍTICA DO PS/AMÉLIA ANTUNES NO CONCELHO DE MONTIJO
No Montijo, o Partido Socialista, tem um projecto a médio e longo prazo para o concelho que começou a ser pensado e estudado nos mandatos 1989/1997, quando o PS estava na oposição. Quando ganhámos as eleições em 1997, com maioria absoluta, iniciámos a aplicação na prática daquilo com que sonhámos sempre no PS de Montijo. Liderados na Câmara pela nossa camarada Maria Amélia Antunes, fizemos um trabalho colectivo notável, tanto do agrado dos montijenses que nos deram mais duas maiorias absolutas consecutivas, coisa que o PCP nunca conseguiu no Montijo, mesmo nos seus melhores tempos. Em 2001, quando o nosso camarada António Guterres abandonou o Governo por causa da grande derrota que tivemos nas autárquicas a nível nacional, nós obtivemos um resultado histórico, cinco elementos para o executivo em sete.Sempre que reúne a Comissão Política Concelhia, muita participada (35 membros), estão presentes a Presidente da Câmara e os nossos vereadores que explicam o que se está a fazer e a forma como o nosso programa está a ser cumprido, seguido de debate.Antes das reuniões da Assembleia Municipal existem sempre reuniões preparatórias onde a presidente e os vereadores discutem as matérias propostas para aprovação e os documentos a apresentar antes da ordem do dia.Os militantes estão sempre informados, pois têm fácil acesso aos membros do executivo e ao Partido que está aberto todos os dias.É de facto um projecto colectivo em que envolvemos muitos militantes e procuramos que participem no nosso projecto o máximo de eleitores do concelho.Estamos sempre a renovar o Partido, incluindo jovens nas nossas equipas. Temos um vereador com trinta anos e o líder da nossa bancada na Assembleia Municipal tem vinte seis. As nossas listas tanto para os órgãos do Partido como para as autarquias locais em três candidatos um é mulher.O Partido no Montijo tem uma organização agilizada que funciona bem. A sede está aberta todos os dias e não tem nem nunca teve dividas.Temos um discurso e uma prática contra a corrupção e o compadrio.8 Anos de Boas Práticas do PS no MontijoO Montijo adoptou como desafio de longo prazo um desenvolvimento que melhore as condições de vida das pessoas e ao mesmo tempo contribua para a ecologia do nosso Planeta.Demos uma resposta aos actuais desafios da humanidade, como a poluição e os gastos energéticos descontrolados, promovendo o projecto de educação ambiental da CASA DO AMBIENTE para as novas gerações.Fazemos uma gestão integrada do ciclo humano da água preservando o aquífero da Bacia Tejo-Sado e disponibilizando um abastecimento público de água potável em quantidade, qualidade e segurança.Defendemos uma estrutura verde principal baseada nos corredores verdes – continum naturale – como forma de integração paisagística dos vários espaços urbanos, ao mesmo tempo como garante da preservação dos recursos naturais ( por exemplo os sobreiros ) e ainda que seja favorável ao ciclo natural da água em espaço urbano.Exigimos por regulamento municipal a colocação de painéis solares em todos os edifícios e utilizamos luminárias de iluminação pública para poupança de energia e minimizar a poluição provocada pelo consumo dos combustíveis fosseis.Fomentamos a democratização do acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, quer nos espaços escolares, quer nos espaços públicos da cidade.Investimos nas infra-estruturas básicas da cidade como forma de criar um ambiente favorável à competitividade e eficácia na economia global, estamos a construir a segunda circular.Temos uma visão integrada dos eventos culturais e turísticos da cidade, que vai desde a recuperação e reabilitação do património edificado até ao projecto de excelência que é a gestão cultural do Cinema Teatro Joaquim D’ Almeida. Apostamos estrategicamente na educação, melhorando os espaços e edifícios escolares e alargando a rede de pré-escolar a todo o território, como factor chave para a competitividade e inovação na actual economia do conhecimento.Promovemos a integração social e a coesão territorial não autorizando condomínios privados ou guetos sociais, fortalecendo as relações sociais entre vizinhos e a identidade dos bairros.Desenvolvemos uma política de gestão de trânsito amiga do ambiente e a favor da qualidade de vida, construímos parques de estacionamento periféricos ao centro da cidade para todos e criando ruas de sentido único e pedonais.Melhorámos a qualidade de vida da cidade de Montijo alargando as zonas verdes e os espaços públicos com elevados padrões de qualidade, de modo a incentivar o lazer, o recreio e apoiar o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis.Temos uma situação financeira equilibrada fruto de uma gestão rigorosa, transparente e com sentido de serviço público.. Se a Amélia ganhar novamente a Federação, como espero, o trabalho já iniciado, consolidado e com bons resultados vai continuar e nada será como antes. Os maiores problemas da Federação são as listas de deputados e a nomeação para lugares da Administração do Estado, mas estes também se resolvem com determinação, escolhendo os mais competentes e com melhor perfil para cada lugar. Há camaradas que estão no Partido com dois objectivos ou conseguir um lugar de deputado ou um lugar bem remunerado na Administração do Estado.
Cumprimentos do José Bastos
Fonte: http://apurga.blogspot.com/2006/04/argumentao-de-qualidade-parte-v.html
Argumentação de qualidade - Parte III
"Os que exercem a actividade política para ocuparem cargos da Administração do Estado Constituíram-se em grupo eleitoral na Federação de Setúbal do PS"
Os nossos camaradas que andam na política por lugares e não para defenderem causas são os principais apoiantes do nosso camarada Vítor Ramalho, que não é do distrito, a presidente da Federação de Setúbal do Partido Socialista. , são eles:
Eduardo Cabrita já foi deputado, responsável pela regionalização e Secretário de Estado por duas vezes.
Pedro Marques é um jovem que conheço bem, esteve no Ministério da Segurança Social, foi tesoureiro da Junta de Freguesia do Afonsoeiro, vereador da Câmara de Montijo e é agora Secretário de Estado.
Teresa Almeida, candidata à Câmara de Setúbal com o pelouro do urbanismo (3º lugar da lista), sofreu pesada derrota. Depois de ter passado em trânsito pelo Instituto de Estrada de Portugal, Câmara de Montijo e pela CCR, é hoje Governadora Civil de Setúbal.
Fátima Lopes, responsável pelo Instituto da Juventude no distrito de Setúbal nos governos de Guterres, candidata à Câmara de Setúbal (4º lugar da lista em 2001), sofreu pesada derrota. Depois de ter passado em trânsito pela Câmara de Montijo, hoje é directora do Centro Regional de Segurança Social do distrito de Setúbal.
Euridice Pereira, chefe de gabinete do Cáceres que perdeu as eleições em 2001, depois de ter estado em trânsito pela Câmara do Barreiro, candidatou-se a presidente da Câmara da Moita e sofreu uma pesada derrota. Hoje é Vice- Presidente da Comissão de Coordenação de Lissboa e Vale do Tejo.
Catarina Marcelino, foi da Câmara de Montijo para adjunta do Pedro Marques. Era uma grande defensora da paridade entre homens mulheres. Hoje é contra a Amélia que é a única mulher presidente de Federação do PS.
João Barata, adjunto da Governadora Civil. Desde que ocupou o lugar mudou de ideias.José Inocêncio ganhou a Câmara de Alcochete em 2001 e perdeu em 2005.A Amélia Antunes e a Comissão Política do PS de Montijo retiraram a confiança política em 2002 à então vereadora da Câmara de Montijo Honorina Silvestre (apoiante do Vítor Ramalho), nesse mesmo momento foi admitida com contrato de avença de umas centenas de contos na Câmara de Alcochete.
Ana Catarina Mendes, deputada, esteve em trânsito na Câmara de Montijo e voltou a deputada.
Emídio Xavier, perdeu a Câmara do Barreiro em 1993, esteve em trânsito na Amarsul, ganhou a Câmara do Barreiro em 2001 e perdeu em 2005.
Alberto Antunes, Governador civil da Guarda e de Setúbal, deputado, ganhou a Federação em 1996 e perdeu em 2002, não ganhou a Câmara de Almada em 2005
A MARIA AMÉLIA ANTUNES, que se recandidata é a única mulher presidente de Federação, abandonou a advocacia onde tinha sucesso, para se dedicar à política na defesa de causas e pondo na sua prática política o interesse público acima de tudo. Foi com este pensamento e forma de actuar que ganhou pela terceira vez a Câmara de Montijo com maioria absoluta, quando todos os recandidatos às Câmaras do distrito geridas por militantes do PS perderam nas autárquicas de 2005. Posto isto, é fácil perceber que as alternativas que existem para votar nas eleições para presidente da Federação são as seguintes:
1 – Votar na candidatura de Maria Amélia Antunes que defende causas, o interesse público, a credibilização do Partido e da vida política. Maria Amélia Antunes é hoje a única presidente de Câmara do distrito de Setúbal do PS, porque as outras duas Câmaras que o Partido Socialista ganhou, são lideradas por independentes.
2- Votar numa candidatura que está muito preocupada com o acesso aos lugares da administração, perdedora tanto dentro do Partido, no Congresso Nacional de 2004, como nas eleições autárquicas de 2005. Eu vou votar na MARIA AMÉLIA ANTUNES e penso que todos os militantes do distrito que se revejam na sua maneira de fazer política o devem fazer.
José Bastos
Fonte: http://apurga.blogspot.com/2006/04/argumentao-de-qualidade-parte-iii.html
Camarada,
Tomo a liberdade de te tratar por tu, tal como tens tomado a liberdade de me inundar o e-mail com propaganda mal feita sem que eu te autorizasse a tal. Venho pela presente missiva rebater os argumentos que tens utilizado; faço-o enquanto socialista com consciência crítica, a título única e exclusivamente pessoal. Na carta aberta ao Camarada Vitor Ramalho, fizeste questão de relembrar que o candidato a Presidente da Federação de Setúbal do nosso partido (pelo menos, do meu) foi indicado para a lista de candidatos a deputados pela "cota nacional" - logo, sem o aval dos militantes do Distrito, já que o seu nome não passou pelo crivo da Comissão Política Federativa. Dizes, também, e com indisfarçável orgulho, que no Montijo tens um vereador com 30 anos. Fico feliz por isso, até porque tenho a honra de o conhecer pessoalmente, e sei que tem capacidade para isso e muito mais. E é precisamente por isso que não consigo perceber como é possível que defendas simultaneamente a renovação do partido e a inclusão no meu Camarada Renato Gonçalves na lista de vereadores e em lugar elegível, e a lista de deputados que passou pelo crivo da CPD. Possivelmente já não te recordas - a idade tem destas coisas -, mas essa mesma CPD incluiu a Sandra Marisa Costa em 6º lugar (por sugestão da Presidente da Federação), e uma senhora chamada Maria Manuel Oliveira em 11º - Sendo o Renato Gonçalves o 12º elemento dessa mesma lista de candidatos... Acreditas, muito sinceramente, que tanto a Sandra Marisa Costa como a Maria Manuel Oliveira tenham o aval dos militantes? E o que dizer de ti próprio, que te "renovas" ao leme da concelhia do Montijo há trinta anos? Haja decoro! Nos documentos por ti assinados e que transcrevi neste blog, referes com insistência que os apoiantes do Camarada Vitor Ramalho são aqueles que assumiram, após as eleições legislativas de 2005, cargos na Administração Pública; mais: que os que estão agora com o Vitor Ramalho estiveram em tempos com a Camarada Amélia Antunes. Por outro lado, nada dizes sobre os que estiveram, nas últimas eleições federativas, com o Alberto Antunes, e agora apoiam incondicionalmente a tua candidata. Não estranhas que alguém como Catarino Costa, o maior baluarte da arte do compadrio, venha agora expressar o seu apoio a uma candidata que nunca foi a sua? Não vislumbras nesta atitude um lavar da honra, um pagamento pela eleição da filha como deputada? Dizes que a Amélia apoia o nosso Secretário Geral. É o que lhe compete, na qualidade de Presidente da Federação de Setúbal. Sabes, é que no meu Partido Socialista, apesar de todas as divergências que possam existir antes das eleições internas, após as mesmas TODOS OS MILITANTES se unem em torno do líder. É isso que faz o nosso Partido forte. Dizes também que a Amélia usa o seu carro particular nas deslocações que faz e que não são ao serviço da Câmara Municipal do Montijo. Demonstra bom senso, e correcta utilização do que é propriedade de todos nós, contribuintes. Mas, mais uma vez, mais não faz do que lhe é exigível - para não dizer que cumpre a lei. As boas práticas que exaltas na CMM, são as práticas pelas quais qualquer autarca socialista que se preze se deve reger. Em treze Concelhos deste Distrito, apenas três têm Presidentes eleitos pelas listas do meu Partido; desses, dois são independentes (um dos quais, Carlos Beato, foi mandatário distrital da campanha presidencial de Cavaco Silva). Em resumo, em 2005 perdemos Sesimbra, Barreiro, e Alcochete - as duas últimas conquistadas em 2001. Se, nalguns casos, toda a responsabilidade deve ser imputada ao candidato derrotado (como em Setúbal - só um louco escolheria Catarino Costa para Presidente da CMS), noutros a Federação não deu o apoio necessário à obtenção de um melhor resultado. Presumo, claro, que saibas que uma das funções de uma Federação do Partido Socialista é apoiar as candidaturas e campanhas autárquicas. E que o Partido ficou mais do que fragilizado no Distrito, com estes resultados.Já em Fevereiro de 2005, o resultado do Partido Socialista no Distrito foi pouco mais que miserável. Nas primeiras eleições em que obtivemos uma maioria absoluta, Setúbal elegeu tantos deputados como em 2002, quando perdemos as legislativas para a direita. A quem assacar responsabilidades, senão à Presidente da Federação? Em Fevereiro de 2005 participei nalgumas acções de campanha (aquelas que a minha vida profissional me permitiu). Em todas elas vi o Vitor Ramalho, o Eduardo Cabrita, a Teresa Dinis, o Renato Gonçalves, o Luís Gonelha, a Catarina Marcelino. Em nenhuma te vi a ti, nem à Maria Amélia Antunes. Acredito que é nos momentos de luta que devemos dar a cara. Eles estiveram lá, tu nem por isso. Sim, eles eram os candidatos. Mas TU e a Maria Amélia Antunes são dirigentes de estrutura, e a melhor forma de demonstrar solidariedade e apoio é na rua, e não em e-mails patéticos como os que escreves. Dizes ainda que a Maria Amélia Antunes é a única mulher Presidente de Federação no país. Não te admito que uses esse facto como argumento para que qualquer militante vote nela. Ser mulher não a torna nem mais nem menos competente; significa apenas que não pode usar um urinol.
Cordiais Saudações Socialistas,Pursennide
Fonte: http://apurga.blogspot.com/2006_04_09_apurga_archive.html
Caso bizarro da nossa terra, do Montijo aqui tão perto. Foi há poucos anos...
http://www.setubal.ps.pt/setubal/55/12/21207zpb.htm
Avalanche de Inscrições Agita PS do Montijo
Por CLARA VIANA
Sábado, 07 de Dezembro de 2002
Presidente da câmara fala em "tentativa de assalto" por parte de empregados de construtora apoiados por ex-responsável pelo urbanismo
Algumas dezenas de quadros e trabalhadores de uma grande empresa de construção civil com sede no Montijo foram recentemente angariados para o Partido Socialista, que detêm a maioria na câmara. As fichas de adesão dos novos militantes foram preenchidas na sede central do PS em Lisboa e acabaram recusadas pela estrutura local. "Tratou-se de um verdadeira tentativa de assalto ao PS local", considerou Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara do Montijo e membro da comissão política nacional do Partido Socialista, segundo a qual o que foi tentado constitui "um atentado ás regras da democracia".
O que estava em causa? Segundo o responsável da comissão política local José Bastos, "tomar o PS para tratarem do urbanismo a seu belo prazer". A empresa a que pertencem os militantes propostos chama-se Montiterras, é a promotora da mega-urbanização prevista para o Vale da Rosa, em Setúbal, e "tem muitos hectares de terreno para urbanizar" no Montijo , sublinhou. José Bastos recordou, a este respeito, que a política da actual presidente da câmara é precisamente a de conter a construção, não autorizando, por exemplo, condomínios privados.
Foram 50 as fichas que, em Setembro, chegaram de Lisboa. O que, segundo José Bastos, é uma estreia na história do PS local. Daquele total, 31 eram propostas por militantes que não pertenciam ao Montijo. Em comum tinham ainda o facto de se encontrar em branco a identificação da empresa onde os candidatos trabalham.
Mas a identificação não foi difícil. Refere José Bastos que, pelo menos, 14 deles são bem conhecidos dos montijenses - chefes de serviço, empregados de escritórios e outros trabalhadores da Montiterras. Sendo que vários, acrescentou, são conhecidos "como simpatizantes do PSD e da direita". José Bastos supõe que os outros 17 candidatos que não identificaram a empresa para onde trabalham sejam também empregados da Montiterras, embora integrem mão-de-obra mais anónima - serventes, pedreiros e outros profissionais da construção.
"O PS sempre foi o meu partido", sustentou ao PÚBLICO um dos candidatos, Manuel Simplício Varandas, chefe de serviços administrativos da Montiterras. Varandas disse que desconhecia que a sua inscrição tivesse sido feita em Lisboa: "Não sei onde me inscrevi. Deram-me aqui uma proposta e eu assinei". O candidato a militante escusou-se a dizer o nome de quem lhe apresentou a proposta. Sobre a razão da sua inscrição nesta altura referiu: "Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS".
José Bastos está convicto de que , por detrás, desta vaga se encontra a vereadora e membro da comissão distrital do PS de Setúbal, Honorina Silvestre. Honorina foi a responsável do urbanismo no anterior mandato, mas este pelouro foi-lhe retirado por Maria Amélia Antunes. "Desde então nunca mais parou", acusa José Bastos.
As propostas não foram, contudo, assinadas por Honorina. Quem propôs os novos militantes foram três filadas de Lisboa, uma delas antiga assessora do presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. "Não tenho qualquer dúvida que não conhecem nenhum deles", denuncia Maria Amélia Antunes, para quem, neste caso, poderá assim existir também "matéria crime" por "fraude e falsas declarações". José Bastos irá apresentar queixa ao conselho jurisdicional do PS.
Já Alberto Antunes, responsável pela distrital de Setúbal do PS - órgão que recentemente se solidarizou com Honorina-, não vê nada de estranho no caso."As pessoas são livres de se inscreverem onde e quando quiserem", comentou, acrescentando que "é normal, quando existem disputas internas no partido, sejam acompanhadas por uma tentativa de novas inscrições".
O PÚBLICO não conseguiu contactar com Honorina Silvestre. Em declarações à Lusa, a vereadora intenções de destituir Maria Amélia Antunes, mas afirmou que quer mudar a comissão política local do PS. "José Bastos é um agita-fantasmas, com quem é impossível trabalhar e que destrói tudo o que ameace a sua liderança, que já dura há 28 anos", acrescentou.
A António Galamba, que era o responsável da organização no PS, foi dado conhecimento do caso. "Não tenho de andar a investigar", disse ontem. Mais comentários não faz. Apenas que considera "lamentável que questões internas do PS sejam tratadas praça pública".
a frase:
"Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS"
Manuel Varandas
chefe de serviço da Montiterras
In: http://varzeamoitareservaecologicanunca.blogspot.com
Carta Aberta a Vítor Ramalho“A luta na nossa Federação é por causas pessoais e não por projecto” Por José Bastos
Os seus mais entusiastas apoiantes estão sempre muito preocupados em ocuparem cargos políticos e lugares de chefia na administração central.A Amélia é uma pessoa competente, dedicada ao Partido, só está na Federação há um mandato, tem feito um trabalho responsável. Nada fazia prever o combate político que vai acontecer. A política é o que é e não o que nós queremos que seja. Como este combate vai ser feito só na Federação de Setúbal vamos antecipar aquilo que será feito no futuro no PS.
CARTA ABERTA AO CAMARADA VÍTOR RAMALHO
Recebi a sua carta datada de Março, na qualidade de militante do Partido Socialista, informando-me que vai ser candidato a Presidente da Federação do nosso Partido em Setúbal e recordando-me que é deputado por Setúbal e que na Assembleia da República preside à Comissão de Trabalho e Segurança Social. O camarada é deputado por Setúbal, mas não foi incluído na lista de candidatos aprovada pela Comissão Política da Federação, isto é não tem nem nunca teria o aval dos militantes do distrito. Acha que em Janeiro de 2005 algum dos seus apoiantes o proporia para candidato? Nunca o fariam, mais que não fosse por medo do camarada poder ir ocupar um lugar deles. Anda por aí a correr um documento de reflexão sem assinatura que apresenta um método, que assenta no principio que não se deve entrar por qualquer luta de pessoas, e fulanizada. Inevitavelmente fraticida. Tudo o que vai acontecer é da sua responsabilidade, pois a Amélia Antunes só está há um mandato na Federação tem feito um bom trabalho, preocupa-se com a credibilidade do Partido e da vida política, aliás deixou a advocacia onde tinha sucesso para se dedicar à causa pública. Nunca procurou lugares. Se bem que se quisesse deixar a vida política ganhava muito mais dinheiro. É fácil de perceber que a luta na nossa Federação é por causas pessoais e não por projecto, todos (?) estamos disponíveis para apoiar o Governo, não entendo porque apareceu um candidato fora do distrito para combater a Amélia. Já pensou que a nossa Federação é a única no país em que são conhecidos dois candidatos? E também a única que tem uma mulher como presidente. Os seus mais entusiastas apoiantes estão sempre muito preocupados em ocuparem cargos políticos e lugares de chefia na administração central. A Teresa Almeida e a Euricide Pereira estavam ambas na Câmara de Setúbal no mandato 1997 a 2001, uma era vereadora do urbanismo e a outra chefe de gabinete do presidente da Câmara. É do conhecimento de toda a população do distrito a grande polémica que se deu na área do urbanismo. Fomos a eleições em 2001 e saímos mesmo de gatas com o Partido de rastos. Hoje a Teresa Almeida é Governadora Civil de Setúbal e a Euiridice Pereira é Vice-Presidente da CCR nomeadas pelo nosso Governo com o compadrio de camaradas nossos. Eu pergunto se foi sensato e não prejudicou a imagem do PS terem nomeado estas nossas camaradas para cargos de tanta visibilidade? Como querem que as pessoas acreditem em nós? O camarada sabe tão bem ou melhor que eu que a transparência política e a ocupação de cargos da administração central está na ordem do dia tanto junto das populações como dentro dos próprios Partidos. Pensava que este debate se ia fazer mais tarde, dado que estávamos no Governo, tivemos quatro eleições seguidas no mandato que agora termina e precisamos de sossego para apoiarmos o nosso camarada José Sócrates. A Amélia é uma pessoa competente, dedicada ao Partido, só está na Federação há um mandato, tem feito um trabalho responsável. Nada fazia prever o combate político que vai acontecer. A política é o que é e não o que nós queremos que seja. Como este combate vai ser feito só na Federação de Setúbal vamos antecipar aquilo que será feito no futuro no PS.José Bastos
Fonte: Rostos
14 - 3 - 2006
A Dra. Maria Amélia Antunes utilizou o seu voto de qualidade, enquanto Presidente da Câmara Municipal, para arquivar um inquérito sobre eventuais irregularidades urbanísticas praticadas pelo líder da concelhia do P. S., o Sr. José Bastos.
Desde sempre me habituei a considerar a Dra. Maria Amélia Antunes como alguém que preza a transparência e a legalidade, pelo que me chocou que tenha utilizado o seu voto para inviabilizar o cabal esclarecimento de factos que indiciam irregularidades legais e, consequentemente, um tratamento de favor ao líder da concelhia do P. S. Montijo.Este clima de suspeição não favorece a democracia, nem este tipo de atitude é tolerável numa governação local que se reputa límpida como a água! Espera-se, agora, que o pedido de fiscalização feito à Inspecção-Geral da Administração do Território reponha, pelo menos, o intuito do esclarecimento dos factos, a bem da verdade.
JOBPublicado por JOBLAW em outubro 12, 2003 06:38 PM
O autor do blogue é João Oliveira Bastos, jurista, nascido e criado no montijo.
Por aqui me fico, estranhando tanta sapiência.
Fonte:http://montijonomapa.weblog.com.pt/arquivo/017101.html
A vereadora Honorina Silvestre está a ponderar a hipótese de apresentar uma nova queixa-crime contra o presidente da Concelhia do PS do Montijo e, eventualmente contra a presidente da autarquia, Maria Amélia Antunes. “José Bastos tem que provar”, junto das entidades competentes, que a vereadora anda a “tentar vender o partido a uma empresa da terra”.
“O presidente da concelhia não permite a renovação do partido” , afirma Honorina adiantando que, “o que José Bastos tem medo é de perder a maioria do partido no Montijo” e que “não tem condições para continuar à frente da concelhia”. A vereadora já inscreveu no partido cerca de 70 pessoas e garantiu ao “Setúbal na Rede” que vai continuar “a propor novos militantes de forma a renovar o partido”.
“Colocar pessoas com novas ideias no partido e que ajam com a sua própria maneira de pensar” , é neste momento uma das prioridades de Honorina Silvestre. Neste momento, o número de filiados no PS do Montijo está “em metade do que era habitual”. Para a vereadora a não renovação por parte dos militantes deve-se ao facto de estarem “descontentes com a maneira como José Bastos trata os assuntos e da maneira como comporta, como se fosse um autarca da Câmara”.
A não-aceitação das propostas por parte da concelhia é classificada por Honorina de uma atitude “anti-democrática”, e refere que José Bastos vai ter que explicar “porque é que estas pessoas não podem fazer parte do Partido socialista do Montijo”. Segundo a vereadora “não há nenhuma norma que militantes do partido não possam propor outros militantes”, por isso garante que vai continuar a fazê-lo. “Os montijenses têm medo de José Bastos”, afirma a vereadora da Câmara Municipal referindo que há pessoas que lhe pedem para que sejam “outros militantes a assinar as propostas” porque, quando aparece o nome de Honorina “o mais provável é que a proposta seja rejeitada”.
Quanto a reuniões feitas pela vereadora, que José Bastos classifica de “conspirações”, Honorina Silvestre confirma que fez algumas com pessoas da Câmara com “o intuito de retirar o presidente da concelhia do seu lugar”. Mas a vereadora garante que as reuniões “não foram secretas pois foram dadas a conhecer à presidente da autarquia”, à qual pediram “ajuda” para retirarem José Bastos do seu cargo. Algum tempo depois a presidente respondeu que “nunca agiria contra o presidente da concelhia e que era ele que devia continuar no cargo”.
No que diz respeito à queixa que José Bastos vai apresentar contra a vereadora, Honorina diz que não está preocupada e afirma que “as pessoas já se esqueceram” de que fez “muitas reuniões deste tipo para conseguir ajudar o Partido Socialista a ganhar as eleições ao PCP”. Uma coisa é certa, Honorina garante que vai continuar a ser vereadora na Câmara, apesar de não ter pelouros, gabinete e secretariado.
“Setúbal na Rede” - 20-12-2002 14:22
Fonte: http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=3880
Este senhor que eu não conheço mas que é muito conhecido escreveu um artigo/comunicado que contém algumas ideias de força (na minha modesta opinião):
1ª Na Câmara da Moita e segundo a comunicação social existem irregularidades tal como na Câmara de Lisboa - que se está a passar na Câmara de Lisboa e aqui na nossa vizinha Câmara da Moita são exemplos daquilo que afirmo e do que se passa em muitas câmaras do litoral e das Áreas Metropolitanas. Se existe o caos urbanístico na zona Norte da Área Metropolitana de Lisboa, como todo o mundo afirma, é porque as regras não foram cumpridas!- José Bastos ;
2ª A concelhia do PS Montijo correu com o algumas pessoas e estas foram para a Câmara Municipal da Moita- Tudo aconteceu por aqui. A luta foi muito dura, mas saímos vitoriosos. Os principais protagonistas transferiram-se com “armas e bagagens” para a Moita e hoje passados quase dez anos ninguém se entende naquele concelho. Porque é que o PCP não toma uma posição no concelho da Moita?- José Bastos;
3ª Na concelhia do ps jogam-se interesses. As secções concelhias têm umas centenas de militantes, mas por vezes nas eleições internas os resultados são muito aproximados. Aconteceu na Secção do PS de Montijo a tentativa de inscreverem cerca de 50 militantes, quase todos trabalhadores de empresas de construção com a intenção de ganharem a concelhia.José Bastos;
4ª Depois deste esforço herculano nenhum munícipe do montijo acha que existe corrupção naquela Câmara Municipal -Foi uma luta muito difícil, mas valeu a pena. Hoje qualquer munícipe sabe que não existe corrupção na Câmara de Montijo, respondemos não só pelos autarcas, mas também pelos técnicos e pessoal administrativo, todos juntos temos nestes anos conseguido um concelho com uma qualidade de vida que nos pudemos orgulhar, diferente dos outros para melhor.- José Bastos ;
Na minha opinião, modesta, este senhor pensa que por ser da presidente da concelhia do P.S Montijo também é juiz, ainda por cima em causa própria. Também considera que na Câmara Municipal do Montijo são tudo maravilhas, ainda bem. Acha normal que militantes de determinado partido juntem esforços para influênciar a gestão autárquica, formando listas concorrentes. Ora eu não acho, mas eu também sou do Partido Comunista Português e não é assim que funcionamos. E por último, é muito modesto e consciente quando escreve "Hoje qualquer munícipe sabe que não existe corrupção na Câmara de Montijo", o que é de louvar.
Boa noite a todos e também ao Sr. Bastos.
2007-02-23
A Sociedade União Alentejana, considerando que o nosso jardim parque tem o nome dum inesquecível amigo de luta contra o fascismo, e que corajosamente soube sempre e quis transmitir a sua mensagem cultural ao Povo, através das suas canções, como é verdadeiro testemunho este salão onde nos encontramos agora, no Ginásio Atlético Clube.
A Sociedade União Alentejana propõe a todos os Organismos presentes, que seja criada uma comissão com o fim de angariar fundos para levantar um monumento de homenagem no parque que tem o seu nome.
Falamos evidentemente do grande poeta e amigo Zeca Afonso.
Pela União Alentejana,
António Manuel de Brito
28 de Abril de 1990 (III Assembleia de Organismos Populares de Base, 28 e 29 de Abril de 1990)
(esta proposta foi aprovada com uma abstenção)
Foi esta a proposta que deu origem ao monumento instalado no Parque José Afonso, e que se apresenta, há vários anos, a necessitar de uma intervenção de recuperação. É um monumento que merece um carinho especial dos banheirenses, por vários motivos, e cuja ordem aqui apresentada é puramente arbitrária: Tal como o Parque, é dedicado a José Afonso, foi mais um dos que aqui foi erigido à custa de uma campanha de subscrição pública, e é uma grande honra para a nossa terra ter aqui exposta uma obra do Mestre Lagoa Henriques.
E já que se comemora este ano, e hoje em particular, a passagem dos 20 anos sobre o seu desaparecimento, era muito bom que este monumento não continuasse abandonado.
2007-02-21
2007-02-20
2007-02-19
Eu acho muito bem que as colectividades se reúnam para discutir o Parque Zeca Afonso, a sua actividade, o seu estado de conservação, propor alternativas aos equipamentos existentes, etc e tal.
Parece-me é que discutir “apenas” o Parque é redutor, e que se está a perder uma oportunidade de criar um organismo, composto pelas diversas colectividades e, desejavelmente, com o apoio da Junta de Freguesia, que faça a coordenação das actividades das colectividades em toda a freguesia, para que se evitem actividades simultâneas, para que se promova a colaboração, a partilha de equipamentos, para que se discutam as necessidades dos diversos organismos, individual e colectivamente. Um organismo com estas características já existiu na Baixa da Banheira, e provavelmente, este é um sinal da sua falta.
O grupo "Os Amigos do Parque" que a Comissão de Moradores da Zona Norte propõe teria, na minha opinião, essencialmente uma actividade de “fiscalização”, reivindicativa e promotora de iniciativas no espaço do Parque, poderia ser eventualmente composta pelas colectividades, mas também francamente aberta aos utilizadores do Parque, porque são estes quem, melhor que ninguém, conhecem as suas virtudes e os seus defeitos.
Mas de uma coisa não há dúvida, o Parque Zeca Afonso integra-se na zona norte da Baixa da Banheira, e é também para discutir o seu espaço que serve uma Comissão de Moradores.
“Os Amigos do Parque”
A Associação de Moradores da Zona Norte promove uma reunião com clubes e colectividades, no dia 24 de Fevereiro, pelas 15 horas, no salão da Junta de Freguesia. Esta reunião tem por objectivo a criação de uma estrutura unitária para coordenar a utilização do parque José Afonso, nas vertentes cultural, desportiva e recreativa. No fundo, será a criação de “Os Amigos do Parque”.
É mais ou menos isto que eu penso do nosso carnaval abrasileirado. Este ano fico em casa.
A entrega dos trabalhos poderá ser efectuada, de 15 de Março a 16 de Abril/2007, na Junta de Freguesia de Alhos Vedros, e os trabalhos seleccionados serão expostos no no Moinho de Maré de Alhos Vedros, entre 19 a 27 de Maio de 2007.
fonte: O Rio
2007-02-17
2007-02-16
Mais tarde ou mais cedo a maioria PSD terá que se convencer que o capital de confiança que a maioria da população de Lisboa lhes depositou está corroído, e que a solução passa pela realização de eleições intercalares. Para o bem de Lisboa.
2007-02-15
“É a história da democracia portuguesa: só o PS pode jogar em todos os tabuleiros. Foi agente de radicalização do PREC até se ter reinventado como líder de uma frente direitista para pôr termo ao PREC. Foi guardião das "conquistas irreversíveis de Abril" consagradas na Constituição de 1976 até se decidir a ajudar a revertê-las na revisão constitucional de 1989. Foi o grande ideólogo do "Estado social" durante o "guterrismo", para agora aparecer como o partido da "reforma" do "Estado social". Quer dizer, atrasou sempre o processo de transformação institucional e económica do País, para melhor poder afirmar-se depois como o único intérprete legítimo das mudanças "necessárias". Nos períodos de contenção da mudança acusa PSD e direita de serem algozes do "Estado social". Nos períodos em que assume a "necessidade" da mudança acusa-os de promoverem o "neoliberalismo selvagem", de quererem ir longe de mais. Graças a esta estratégia bem sucedida, a verdade é que o PSD ficou circunscrito, ao longo dos últimos 30 anos, ao papel de coro grego, na oposição, ou de mero gestor da realidade criada pelo PS, no poder.”
É claro que, mais uma vez, esta não é a reforma necessária, porque reformar não é alterar vínculos laborais, mas sim analisar o Estado, alterar processos de trabalho, formar pessoas e serviços, para que o Estado melhor sirva os cidadãos e o País.
No fundo, o que falta a este Governo simplex é “controlo de qualidade”.
A antiga farmácia Teixeira situava-se ao fim da Rua de Moçambique (provavelmente no nº 84, mas não teimo). Por ser a farmácia mais perto de casa, era lá que sempre me dirigia, e onde assisti a alguns episódios engraçados, e algumas situações embaraçosas sempre resolvidas com simpatia, mesmo quando o ritmo de clientes obrigava uns à espera e outros a trabalhos redobrados. Hoje fiquei a conhecer melhor uma personagem que orgulha a nossa terra.
2007-02-14
Ora o que é grave é andar a chamar nomes às pessoas sem ter provas.
O que é grave é dizer hoje uma coisa e amanhã outra.
O que é grave é julgar que é intocável só porque pode escrever umas linhas num blogue, tipo país das maravilhas.
Não me espanta, até porque o considero inane e talvez o mais inane da "town" de Alhos Vedros.
Mudando de assunto.
Hoje é dia de Benfica e o resto pouco importa pelo menos até perto das 10 horas ou como os eruditos gostam, 22 horas, dá para todos os gostos, desde que o benfica ganhe.
Outro assunto.
Parece que Portugal só vai andar para a frente quando for mais fácil despedir os trabalhadores. O ministro até já afirmou que aceita todas as recomendações. Já agora envio-lhe uma daqui que depois seguirá por carta contendo as seguintes palavras:
Exmº Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social
Face às suas últimas declarações e conjungando estas com as dos seus colegas, permita-me que lhe recomende uma semana, uma simples semana de trabalho numa fábrica, com o salário correspondente e com as despesas correspondentes a um seu co-cidadão que esteja nessa situação. Ao ver que o dinheiro não estica, que a dependência do salário e a incerteza de que este venha sempre, o Sr. Ministro iria ponderar a aceitação de algumas recomendações. Mas vou mais longe, recomendo que não se gaste dinheiro com estudos parvos. Dinheiro esse que sai do bolso dos trabalhadores e que deveria ser aplicado para melhorar a sua vida e não para aconselhar o seu despedimento.
De certo que irá considerar esta recomendação e se não o fizer espero que tenha uma dor de barriga.
Outro assunto
A blogosfera concelhia anda entusiamada com o poder prevejo que dentro em breve nasça o Gaio-Rosário ao Poder, Vale da Amoreira ao Poder e o Sarilhos Pequenos ao Poder. Já sei que criaram o Baixa da Serra ao Poder, mas como o capitalismo selvagem na blogosfera ainda é pior do que lá fora este foi comprado pelo Baixa da Banheira ao Poder num "take over" hostil.
Despeço-me desejando as melhores felicidades aos benfiquistas e a todos os portugueses que apoiam PORTUGAL e os PORTUGUESES, neste dia e em todos, que se querem de glória.
É por estas, e por muitas outras, que eu digo que alternância democrática não é solução, porque o que é necessário é existir alternativa...
E ouvir também aos movimentos pelo SIM, não dá? Ou esses já não são “nós”?
Hoje nem foi dos piores, mas é já longa sequência de dias em que encontro este, ou outros carros, a tapar a visibilidade de quem sai da Rua Cidade de Pinhel.
Todos sabemos que o estacionamento não é fácil, mas por enquanto, ainda dá para não estacionar em cima do passeio, desde que não se queira ter sempre o carro à porta de casa. É um pouco de paciência e perder 5 minutos procurar pelas redondezas, e encontra-se sempre lugar.
Como esta situação é incómoda para o trânsito, não seria possível colocar por ali alguns daqueles pequenos pilares arredondados de betão para impedir o estacionamento no passeio? E refiro-me a estes porque os “pins” metálicos são autênticos estafermos.
E já agora, para tentar resolver a questão, que tal pensar em construir uns parques de estacionamento para residentes?
De princípio, embora não muito saborosa talvez devido à proximidade do Estuário de Tejo, bebia-se perfeitamente mas, em virtude das fossas e das infiltração das águas estagnadas que corriam em regueiras pelas ruas enlameadas e fétidas, cedo se tornou perigosa para a saúde.
É oportuno recordar um entrevista, publicada em 15 de Setembro de 1958 no «Jornal do Barreiro» concedida ao seu correspondente local pelo dr. Alcino Furtado Fragoso, médico que então aqui um consultório. Na altura tinha-se declarado na vila alentejana de Aljustrel um surto de febre tifóide cujo motivo fora a injestão de águas inquinadas.
Abordado sobre este caso o dr. Fragoso foi da opinião de que as condições higiénicas da Baixa da Banheira eram mais do que suficientes para que tal epidemia se declarasse aqui também, não só devido às águas dos poços como até através das moscas que proliferavam nas estrumeiras e na lama pútrida que poderiam contaminar géneros alimentícios.
A entrevista teria assustado a maioria da população desta localidade que passou a ir buscar água para beber a um fontenário da vizinha vila do Lavradio ou à Quinta da Várzea onde alguns dos seus inquilinos a vendiam, e como nem toda a gente tinha tempo para andar a acarretar água para casa, mormente aqueles que moravam mais distantes da extrema com o Lavradio, comprávam-na à porta a indivíduos que, como é natural, se dedicaram a este negócio.
2007-02-13
Este é um pequeno excerto de uma entrevista a Victor Angelo, diplomata português que chefia a missão das Nações Unidas na Serra Leoa, publicada na Visão Online. Como complemento podem encontar no site de Kadir Van Lohuizen, fotógrafo da Agência VU, dois portfólios dedicados ao seu (multipremiado) trabalho "Diamond Matters", onde o autor percorre os caminhos dos diamantes desde a sua fonte até ao consumidor final, entre Angola, Serra Leoa, Congo, Belgica, India, França, Holanda e Reino Unido
2007-02-12
Se muitos portugueses sabem que existe um problema ao qual é necessária uma solução, mais ainda foram os que deixaram a decisão para outrem (não deixando de colocar em questão a adequabilidade do referendo a uma matéria destas), mas novamente demitindo-se dos seus deveres de cidadania, oferecendo mais argumentos aos que já recusaram o referendo à integração europeia, à integração na moeda única, e tentarão desta abstenção retirar argumentos para evitar um referendo a um futuro tratado “constitucional” europeu.
A culpa é de quem, ontem, decidiu não decidir.
Apesar da abstenção elevadíssima, resta-me apenas regozijar-me com os resultados do SIM na nossa vila. Segundo O Rio:
Baixa da Banheira – Sim: 88,02%; Não: 11,98%
Vale da Amoreira – Sim: 69,98% ; Não: 30,02%
[ao pessoal da Junta de Freguesia, que sei que os dias de eleições são sempre longos, deixo uma nota para que corrijam com brevidade as incompreensíveis percentages de votos que apresentam]
2007-02-10
Isto é ridículo, o juiz não usou os termos no desempenho da sua actividade profissional. Será que quem castigou o juiz também não diz palavrões?
Fonte: www.margemsul.pt
Desde já discordo do autor em dois pontos.
O primeiro, obviamente, é a opção pelo anonimato. O segundo prende-se com uma sua afirmação. Está enganado, eu não estou limitado na liberdade da escrita pela minha opção política e partidária. Provavelmente não gostará de algumas coisas que aqui escrevo, tal como eu não gosto de algumas coisas que se escrevem todos os dias, e em todo o lado, as quais estou certo que não são escritas por "filiação partidária". Cada um escreve sobre o que quer e quando quer. Pelo menos é o que vou fazendo. As minhas limitações existem, mas quedam-se no domínio do português e no pouco tempo que vou dispondo para alimentar um espaço como este.
Exposto isto, só me resta desejar-lhe um bom trabalho e muita paciência.
2007-02-09
Ontem foram exibidos os documentários “Quintal do semba” (Maianga Produções – 24’ – 2003 – Brasil/ Angola) e “Angola, Histórias da música popular” de Jorge António (50’ - 2005 – Portugal/ Angola)
Para hoje está reservada a exibição do documentário “Vinícius” da autoria de Miguel Faria Jr, datado de 2005.
Amanhã, com encerramento da Mostra, haverá lugar a dose dupla. Às 15h30m será exibido um conjunto documentários de Portugal, Cabo Verde e Moçambique:
"Onze burros caem no estômago vazio" de Tiago Pereira (28’ - 2006, Portugal)
"Batuque, a alma do povo" de Júlio Silvão Tavares (52’ – 2006, Portugal/ França/ Cabo Verde)
"Marrabentando, ou as histórias que a minha guitarra canta" de Karen Boswell (50' - 2004, Moçambique)
E às 21:30h será exibibo “Movimentos perpétuos - Tributo a Carlos Paredes” de Edgar Pêra, realizado em 2006. Esta apresentação será ainda acompanhada pela presença do realizador, de uma pequeno momento com guitarra portuguesa e um debate sobre o Carlos Paredes.
Passados vinte anos após a morte de José Afonso, desdobram-se e dobram-se iniciativas sobre o seu legado. Fica presente que é preciso muito para saber e poder continuar a exercer a liberdade que o José Afonso construiu connosco e para nós, mas que aquela força, da Luta que nunca é vencida, ficou cravada para sempre na nossa memória colectiva. Lembremos, pois, um legado português pleno de pragmatismo revolucionário, de coragem e lealdade humana. E se hoje estas palavras têm gosto e sentido, se as dizemos sem embaraço, será talvez, também, porque ele as cantou, e porque foi um homem que entre outras coisas cantava.
Experimentemos soltar umas quantas palavras sobre o José Afonso: liberdade; coragem e despojamento; esperança viva feita de horizontes musicados e de convívio; luta incansável por um colectivo fraterno; música que fala do ocorrido e que é reivindicada para a contestação popular; música que recupera e transforma a tradição melódica portuguesa e o imaginário dessa mesma tradição...
O maestro António Vitorino de Almeida referiu que o Carlos Paredes e o José Afonso foram os dois maiores compositores portugueses do século XX. Com ele, outros o referem, musicólogos e músicos. Para José Mário Branco, com José Afonso a forma musical da “canção popular” atinge uma grande qualidade estética, equalizando-a à de Bob Dylan, Chico Buarque, Brel... Desde a balada coimbrã à sua vivência em África, inúmeras são as fontes da cultura humanista do José Afonso, que assimila e vive: “praticar a liberdade dá asas à criação” (disse José Mário Branco para a Associação José Afonso). Como também e nesse sentido, procurou sempre ser um agente activo do seu tempo e do seu espaço, mais do que alguém que procura formas musicais “eternas” (por mais bem conseguidas que fossem as suas). E esta dimensão real, que é o seu legado, da palavra, do som e do comportamento, permanece e deve ser sempre cuidada. Não faltarão “vampiros” da burocracia procurando confundi-la com a música comercial dos “eunucos” (vazia de intenções libertadoras e contestatárias).
O “nacional-cançonetismo” também se transforma. Por exemplo, hoje, sob o signo do amor (provavelmente o tema mais cantado no mundo e em todos os tempos, um tema neutro e transversal a todos nós) e não importando a qualidade musical, faz-se um apelo fortíssimo ao mero sentimento do indivíduo que se vira para si próprio. Os nossos sentimentos privados tornam-se dominantes, e por vezes sem qualquer critério, dividem-nos em pseudo-comunidades, isolam-nos e prendem-nos nas nossas próprias capacidades de pensar e de sentir, incapacitam-nos de pensar em colectivo, de olhar o outro sem ser um objecto ou um instrumento em função do nosso consumo que nos consome. Como poucos, José Afonso falou de amor, mas de um amor que é aberto ao que nos rodeia, que trata da nossa relação com o mundo, que diz respeito a essa correspondência.
Não será por acaso a desproporção, e cada vez mais acentuada, existente entre os interesses privados e os interesses públicos na nossa sociedade. Como também não foi por acaso que José Afonso tenha recusado a Ordem da Liberdade, e que depois de morrer, a título póstumo, a viúva tivesse mantido a sua posição.
Deste amante do PREC (Processo Revolucionário Em Curso), que ainda se ouve cantar como um amigo maior que o pensamento, a sua coragem e ímpeto, a maneira como a sua presença nos homenageou, são formas sempre re-encontradas e re-ligadas para um mundo melhor.
2007-02-08
Hoje uma pessoa ligada ao bloco de esquerda dizia-me que o PCP não fazia nem tinha feito nada pelo sim. O PCP fez e faz muito. Em 1940, em pleno regime fascista, já Álvaro Cunhal abordava o assunto. Foi tema da sua tese de licenciatura. Muitos militantes comunistas participaram nas iniciativas pelo sim, quer pelo Partido Comunista Português, quer integrados em movimentos. Não gosto de particularizar mas a minha camarada e estimada amiga Fernanda Gaspar trabalhou imenso nesta campanha e hoje apetece-me dar-lhe um grande cumprimento.
em 16/11/2004"P.S. De Post Scriptum", copyright Público, 14/11/04
"Os leitores mais atentos repararam – embora nenhum deles se tenha pronunciado – em duas pequenas notas, publicadas em páginas diferentes do Público do passado dia 9. Com posições opostas sobre o mesmo assunto, surgiram ambas no final de textos, assinados por dois jornalistas, um dos quais o director: no espaço do editorial (dedicado a outro tema) José Manuel Fernandes escreveu em ‘post scriptum’ : ‘Pedro Silva Pereira respondeu ontem no Público a uma notícia da nossa edição de sábado. A matéria de facto que evoca é susceptível de contestação, tema que desenvolvemos na edição de hoje. Num ponto, porém, o antigo secretário de Estado tem razão: devia ter sido ouvido e devia ter tido oportunidade de expôr os seus argumentos quando a notícia inicial foi escrita, como mandam as regras internas do jornal’. Mais à frente, na página 14, o jornalista José António Cerejo (autor da notícia) assina outro texto de carácter informativo e um artigo de opinião. No final deste, escreve também em P.S.: ‘Não tinha nada que ouvir Silva Pereira, porque transcrevi o essencial da lamentável posição por ele assumida em todo o processo’.
O contexto: no sábado, dia 6, o Público destacava uma notícia através da manchete ‘Governo manda investigar obra viabilizada por porta-voz do PS’ e, em subtítulo, ‘hotel em dunas algarvias a que está ligada a família de Almeida Santos teve luz verde do então governante Pedro Silva Pereira’. Dois dias depois, o jornal publicava, ao abrigo do direito de resposta, um texto em 14 pontos, onde Silva Pereira considerava ‘falsa e difamatória’ a notícia assinada por José António Cerejo: ‘esta notícia constitui um exercício repugnante de mau jornalismo: distorce ou omite factos manifestamente relevantes e foi publicada sem que previamente fosse ouvido o visado e sem que quaisquer diligências tenham sido feitas nesse sentido, violando assim, grosseiramente, as mais elementares regras legais e deontológicas’.
É na sequência deste texto (‘Porta-voz do PS responde ao Público’) que, no dia seguinte, surgem nas páginas do jornal, os dois P.S.contraditórios.
Centremos neles a atenção, procurando responder a dúvidas e tentar ver, para lá delas, o que se passou. Ouvir ou não o ‘visado’, duas regras para o mesmo jornal ? democracia interna ? gosto pelo debate ? conflito ? descoordenação ? casos próprios daquilo a que os teóricos chamam ‘rotinas profissionais’ do jornalismo?
Sobre o aspecto central da divergência, o código deontológico dos jornalistas é claro: ‘os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso’. E e o Livro de Estilo do Público também:’ qualquer informação desfavorável a uma pessoa ou entidade obriga a que se oiça sempre o `outro lado´ em pé de igualdade’.
Será que o caso em apreço é diferente ? A pedido do provedor, José António Cerejo explica:’Na verdade as contingências da produção de um diário, com decisões editoriais que muitas vezes têm de ser tomadas em cima da hora, com a rotativa à espera para começar a imprimir o jornal, acabaram por levar a que PSP [Pedro Silva Pereira] tivesse um lugar central, o lugar principal, indiscutivelmente, na primeira página do jornal e no seu interior, no que respeita à fotografia e respectiva legenda.
Sucede que a opção do director de fecho, que eu subscrevi quando foi tomada, à beira do fecho da edição, de privilegiar o papel que objectivamente PSP teve no caso(...) trouxe PSP para um lugar que, admito-o, justificava que eu lhe telefonasse.
Só que, na prática, à hora do fecho do jornal, essa hipótese era completamente inviável, embora, pessoalmente, eu ainda a tivesse equacionado’.
Acrescentando que, embora não sabendo ‘muito bem o que lhe perguntaria’, já que a sua posição ‘estava claramente sintetizada (...) no seu despacho de há quatro anos’, José António Cerejo afirma : ‘por uma mera questão de princípio, julgo que, em condições distintas das que descrevi, teria contactado PSP. Embora pense que, se não o fizesse, isso também não corresponderia a ‘um exercício repugnante de mau jornalismo’.
Não ouvido a propósito da primeira notícia, também a peça do dia seguinte – surgida como réplica ao direito de resposta – não contempla a posição de PSP. Aqui há, no entanto, uma razão de outra natureza, explicada pelo sub-director Eduardo Dâmaso:’Silva Pereira recusou-se a ser ouvido por José António Cerejo e a direcção entendeu não dever destacar outro jornalista para o efeito’.
Além do texto noticioso, José António Cerejo publicava, na mesma página, um comentário onde respondia à principal acusação que lhe era feita, centrada na expressão ‘exercício repugnante de mau jornalismo’. Um texto ‘em defesa da honra’ – como explica ao provedor – e que termina com o já citado ‘post scriptum’: ‘O meu PS pretendeu apenas assinalar que eu não aceitava aquela acusação, sem entrar em detalhes por falta de espaço e tempo, mas também porque essa era uma questão lateral, que PSP pretendeu sobrevalorizar para me atacar. Mesmo assim, entendi reagir. Terei reagido da melhor forma? Provavelmente não. Mas reagi da forma possível, face à ofensa que me foi dirigida e à impossibilidade de me explicar mais detalhadamente’.
Apesar deste reconhecimento, o jornalista explica que escreveu não ter ‘nada que ouvir Silva Pereira’ porque lhe dedicava ‘ao todo (...), além da entrada do texto, a seguir ao subtítulo, e da sua repetição no segundo parágrafo do artigo, as 16 linhas que constituem o penúltimo parágrafo’ e que aí transcrevia ‘a única posição expressa que PSP emitiu em todo o processo arquivado no Ministério do Ambiente e que sintetiza o seu entendimento sobre a matéria’.
Como vimos, na mesma edição em que o jornalista afirmava não ter que ouvir PSP, o director afirmava o contrário. José António Cerejo nega que o seu texto seja uma resposta ao de José Manuel Fernandes. E, atribuindo o que aconteceu a falta de diálogo do director, explica que quando escreveu o seu P.S, ‘ignorava totalmente que o director do Público tivesse escrito (ou viesse ainda a escrever nessa noite ?) o que escreveu (no PS dele)’.
José Manuel Fernandes afirma que já era já muito tarde quando se apercebeu de que o texto do jornalista mantinha o PS que figurava numa primeira versão.Na impossibilidade de contactar José António Cerejo, preferiu mantê-lo: ‘poderia ter mandado cortar, mas tratando-se de um texto de opinião não o faria sem falar com o autor. Ou retirava todo o texto, ou o mantinha integralmente. Preferi que fosse publicado. Mas para que não pudesse aparecer como a posição oficial do jornal, mantive também o meu, deixando para os dias seguintes a análise da questão’ [que já foi apreciada em reunião de editores e vai sê-lo em Conselho de Redacção].
Temos então dois aspectos: O surgimento de dois textos e o facto de eles defenderem pontos de vista opostos. Embora possam ajudar a compreender o que se passou, as justificações de José António Cerejo – para não ouvir PSP e para escrever que não tinha ‘nada que ouvir’ – são insuficientes. Se o princípio não se aplica em situações que envolvem valores como o bom nome, então quando se aplica? José António Cerejo teve, por isso, razão quando equacionou a necessidade de contactar Silva Pereira, mas não quando desistiu de o fazer.
A ‘lamentável posição por ele assumida’ não seria uma boa razão para ouvir PSP?
O relevo que ganha um assunto de primeira página não torna ‘mais obrigatório’ o cumprimento do princípio. E ainda que prevalecesse o argumento contrário, porque não desistir então da
capa ?
Por seu lado, ao escrever o seu ‘post scriptum’ – embora para reiterar o princípio correcto – o director do jornal escolheu uma via pouco ortodoxa que só um pronto esclarecimento nas páginas do próprio jornal evitaria que produzisse efeitos na imagem da vida interna da redacção. Permitindo, ao mesmo tempo, remeter o episódio para a matriz plural do Público. P.S. Neste caso foi invocado duas vezes o direito de resposta, um mecanismo consagrado na Constituição de que beneficiam ‘todas as pessoas singulares e colectivas’ que tenham ‘sido objecto de referências, ainda que indirectas, que possam afectar a sua reputação e boa fama’. O Livro de Estilo do Público estabelece que ‘o princípio do contraditório é uma regra de ouro – todas as partes envolvidas serão sempre ouvidas e confrontadas – mas, se subsistirem razões para o exercício do direito de resposta, o Público acolhê-lo-à livremente nas suas páginas’. E estabelece ainda que o jornal replicará ‘às versões ou comentários abrangidos pelo direito de resposta, só quando estiver em causa a verdade dos factos ou acusações de boa-fé do jornalista’."
Fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=303VOZ008
Informar Ou Insinuar?
Por JOAQUIM FIDALGO
Domingo, 24 de Setembro de 2000
Afirmava o PÚBLICO há dias (16/9), num desenvolvido trabalho a propósito da venda de um quartel de Lisboa à cooperativa de ensino Universitas, que o "Estado perdoou juros ao Opus Dei". Nas páginas interiores, em antetítulo, especificava que o alegado tratamento de favor beneficiara uma "cooperativa do Opus Dei". Mais adiante, já no corpo do texto, introduzia nova cambiante para dizer que esta situação envolvia "uma cooperativa de ensino superior ligada ao Opus Dei". E era tudo, no que toca a referências a esta prelatura da Igreja Católica. Em que ficamos? O alegado "perdão fiscal" favoreceu a instituição OpusDei?... Ou uma escola de sua propriedade - mas, em si, entidadeautónoma?... Ou uma escola nem sequer dependente formalmente daprelatura, embora a ela de algum modo "ligada"?... Convenhamos que são situações diversas, com diversa ressonância pública. Esta ambiguidade causou estranheza ao leitor Vítor Costa Lima, do Porto,que, em carta ao provedor, argumentou de modo claro: "Chamou-me aatenção a expressão 'ligada ao Opus Dei'. Tal expressão é habitual emnotícias de vário tipo mas sempre me pareceu uma forma equívoca, que nãoinforma. (...) Dizer que A está ligado a B não informa nada e insinua tudo.Seria necessário indicar o tipo de ligação existente para que a expressãotivesse conteúdo informativo". Já pouco satisfeito com esta formulação, o leitor considera ainda "mais grave" a síntese escolhida para título de primeira página ("Estado perdoou juros ao Opus Dei"), comentando: "Aqui estamos já noutro campo, o campo de afirmação sem fundamento real. O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica, reconhecida pelo Estado português, à luz da Concordata. A Universitas é uma cooperativa de ensino, aparentemente aprovada pelo Ministério da Educação. A notícia não estabelece nenhuma relação entre as duas instituições, a não ser a ambígua expressão 'ligada' que, como vimos, não diz nada. Portanto, é completamente abusivo transformar qualquer diferendo entre a Universitas e o Estado português num diferendo entre o Opus Dei e o Estado português." O jornalista José António Cerejo, autor do trabalho em questão, é o primeiro a dar razão a estas críticas: "Reconheço o erro. Ao leitor era devida mais alguma coisa do que a minha palavra profissional. Embora seja para mim evidente que, se eu escrevo que a Universitas é 'uma cooperativa de ensino superior ligada ao Opus Dei', é porque tenho essa informação como certa, reconheço que os leitores têm o direito de saber o que me leva a dizê-lo". Dois aspectos refere o jornalista para explicar, que não desculpar, a sua opção de não desenvolver o tema das "ligações": por um lado, o facto de a pertença ao Opus Dei não ter, junto da opinião pública, uma conotação "reprovável ou criticável" e, portanto, não parecer ofensivo referir alguém como estando "ligado" à prelatura; por outro lado, a circunstância de osemanário "Expresso" ter, há meses, "abordado desenvolvidamente asligações entre a Universitas e o Opus Dei", com base no pressuposto de que diversos sócios da cooperativa seriam conhecidos membros da "Obra". Sobre este segundo ponto, todavia, é o próprio José António Cerejo aadmitir que "não basta o "Expresso" escrever duas vezes sobre o assuntopara que ele passe a ser do conhecimento dos leitores do PÚBLICO". Finalmente, Cerejo admite também que a formulação demasiado redutora do título de primeira página "corresponde a um género de simplificação habitual na imprensa diária, embora eventualmente perversa", que leva a que se tome o todo pela parte e se transforme uma cooperativa "ligada ao Opus Dei" no próprio Opus Dei. Acresce que, em esclarecimento entretanto enviado à Direcção do PÚBLICO e de que o provedor recebeu cópia, o próprio Gabinete deInformação do Opus Dei nega qualquer tipo de ligação com a Universitas, o que tornaria ainda mais imperiosa a necessidade de justificar as afirmações feitas no artigo. Não parece haver muito mais a dizer sobre o caso, tão clara e incontornável é a argumentação do nosso leitor - que, obviamente, tem razão -, como tão frontal é a assunção das culpas por parte do jornalista. Há, ainda assim, três pontos sobre que podemos reflectir: 1) Todo o artigo em análise gira à volta do Governo português (por via dediversos ministérios) e da cooperativa de ensino Universitas. Há umareferência inicial à tal suposta "ligação" ao Opus Dei, mas depois nunca mais se fala da "Obra". Ou seja, ela não parece minimamente relevante para a substância da notícia. Mas é evidente que, ao referi-la (na primeira página...), o jornal dá uma maior projecção pública e até algum "picante" lateral ao trabalho - coisa que, depois, não cuida de justificar. Se se achavaj ornalisticamente útil ou interessante citar o Opus Dei neste caso, é óbvio que a citação teria de ser respaldada no texto. Assim, aparece como uma referência gratuita, que cria expectativas mas logo as defrauda. Invoca-se onome do Opus Dei em vão; 2) Os jornalistas, por força do seu ofício, lêem muitos jornais, pois precisamde estar ao corrente do que vai sendo noticiado. Mas esquecem-se, por vezes, de que a generalidade dos leitores só lê regularmente um jornal ou,quando muito, um diário e um semanário. Significa isto que os jornalistas sabem de muitas notícias, lidas nas mais diversas publicações, que os leitores do "seu" jornal não conhecem. Portanto, ao escreverem, não podem partir do princípio de que são do domínio público matérias que, em boa verdade, só circularam no restrito meio profissional ou pouco mais. Além disso, o facto de determinado assunto ter sido tratado por um jornal não o transforma automaticamente em verdade inquestionável. Como bem sabemos, os jornais, mesmo os mais credíveis, enganam-se e cometem erros. Utilizá-los como fonte de informação implica, assim, ter cuidados semelhantes àqueles com que se trata qualquer informação recolhida através de fontes: identificar a origem, confirmar os dados, contrastar os elementos recolhidos junto de outras entidades. E o que se diz de jornais diz-se, naturalmente, de rádios ou televisões; 3) O caso aqui apreciado tem um lado bastante perverso: estamos todos adiscutir (e compreensivelmente, pelo que se viu atrás) a questão do OpusDei, mais das suas hipotéticas ligações à Universitas, e quase nos esquecemos do fundo do trabalho jornalístico, que é um suposto "perdão dejuros" a uma escola por parte do Estado. O próprio autor, José António Cerejo, o diz: "Observo que esta polémica é lateral ao essencial da notícia e que nem os ministérios da Defesa e das Finanças, nem a Universitas,puseram, até agora, em causa o que escrevi". Tem o jornalista toda a razão na sua observação. Mas concordará que foi também ele quem, indirectamente, acabou por contribuir para este perverso desvio das atenções do público. E não havia necessidade: ou deixava simplesmente de lado a história do Opus Dei (e já ninguém lhe pegaria por isso...) ou, como ele mesmo admite, justificava minimamente em que se baseava para estabelecer a dita relação. Assim, e logo puxando para título de primeira página essa questão lateral... Resta esperar que, esclarecida consensualmente a polémica acessória, as atenções dos leitores - e de quem de direito - se concentrem na essência doartigo publicado.
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