2006-03-29

O artigo de Pedro Braz Teixeira (para mim um ilustre desconhecido) sobre o papel do Estado, na minha opinião coloca a questão no ponto central. É que boa parte da opinião publicada, e não tenho dúvidas que conscientemente, faz por esquecer-se da economia paralela e das dívidas ao Estado e omite a Constituição da República Portuguesa, que como o Nuno relembra no Rostos On-line, “apontava os caminhos para um Portugal mais solidário, mais justo e mais fraterno”.

Não ignorando eu as ineficiências dos serviços públicos, e sabendo nós que muitos destes opinadores passaram por vários Governos, interrogo-me se não será isto uma farsa, já há muito combinada, e se nós como principais actores, não estaremos a ser empurrados para a plateia. Devagarinho, com alguma subtileza, mas cada vez com mais força.

7 comentários:

nunocavaco disse...

João parece-me que o senhor se esquece dos direitos dos portugueses, esquece os direitos mas não esquece as posições políticas de uma coligação partidária o PSD/CDS, o que me parece suspeito e mais suspeito ainda é a tentativa de afirmação de independência política do autor. Enfim, um artigo que diz tudo e não diz nada ao mesmo tempo.

joao figueiredo disse...

não sei se o senhor é independente ou não, o que sei é que concordo com ele na questão técnica, ou seja, na necessidade de uma boa gestão de serviços.

parece-me lógico que sem este passo, tudo o que se disser sobre funcionários a mais ou a menos, se o Estado faz muito ou pouco com as receitas que tem, é só areia nos olhos do povo.

Anónimo disse...

"blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião"

PARA QUANDO?

joao figueiredo disse...

agora e sempre :)

Anónimo disse...

Mais importante que o que Sr. Pedro escreveu é o que o Sr. Nuno escreveu, não que a Constituição torne os objectivos uma realidade, mas, sim porque esta traça o caminho a percorrer ajudando-se com palavras como progressivamente ou tendecialmente. O anónimo que vos ataca padece do síndroma do anti-comunismo e do vírus da desinformação, o que se cura com uma boa dose de consciencia social. A Baixa da Banheira é uma povoação de Portugal e aos Banheirense interessa e muito, a Constituição, como a todos os Portugueses. Daqui do Concelho de Palmela digo ao Sr. Nuno que ainda ele era pequeno já eu festeja a Constituição, mas é engraçado como um jovem da idade dele escreve o que escreve sem se preocupar com a idade. Sr. Nuno mais que não seja escreva ainda mais, pelo menos incomoda alguns dos que nos têm incomodado a nós e olhe que sei do que falo.

mg disse...

mais actual que nunca...
(…)
Tu vais conversando, conversando, que ao menos agora pode-se falar, ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, ah? Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?
(…)
A ver quem vai ser capaz de convencer de que a culpa é tua e só tua se o teu salário perde valor todos os dias, ou de te convencer de que a culpa é só tua se o teu poder de compra é como o rio de S. Pedro de Moel que se some nas areias em plena praia, ali a 10 metros do mar em maré cheia e nunca consegue desaguar de maneira que se possa dizer: porra, finalmente o rio desaguou!
(…)
FMI - José Mário Branco - 1979

nunocavaco disse...

Caro Nuno Marques obrigado pela visita e pelo texto que subscrevo, a culpa é nossa e só nossa, porque lutamos pouco, porque culpamos os outros, porque nos dividimos em questões secundárias. A defesa de um Portugal justo, fraterno e solidário é a tarefa do povo português. Na Baixa da Banheira como na Marinha Grande a luta sempre fez parte do dia a dia do povo e é minha convicção que a luta consciencializa, lutemos pois na Baixa da Banheira, na Marinha Grande e em todo o Portugal. A União faz a força.

Um abraço.