2006-03-03

Posso com alguma certeza afirmar que o nosso Presidente cessante foi a minha maior desilusão política. Desilusão porque votei nele com a esperança de que os seus ideais de esquerda fossem colocados ao serviço do cargo que ocupou durante 10 anos. Enganei-me. Jorge Sampaio tem do poder presidencial uma visão restrita, legalista, pouco mais que um assessor jurídico com tempo de antena, que se limita aprovar ou a pedir pareceres ao Tribunal Constitucional, ou ainda a mandar recados embrulhados em discursos emocionados, disparados ao vento.

Numa entrevista à revista Visão, em jeito de despedida, deixa-nos dois avisos:

“Nós estamos a passar uma transição que não vai ser fácil. Nos últimos anos, Portugal defrontou-se com uma globalização da economia mundial e com o alargamento da União Europeia. É muito difícil para uma estrutura económica antiga, com mão-de-obra barata, empresários com a quarta classe e empregados com o 9º ano...”

“Não tenho dúvidas que ele (Cavaco Silva) e José Sócrates se vão entender."

5 comentários:

Anónimo disse...

Não tenho a minima duvida desse entendimento.
Quanto ao presidente cessante, nunca soube despir a camisola partidária, fazia avisos diários a outras cores e dizia que sim a tudo á sua côr politica.
Engraçado em como as preocupações sociais e os discursos em defesa dos mais carenciados so surgem nos ultimos meses do segundo mandato presidencial, nos outros 9 anos e alguns meses essa preocupação nunca existe.

Anónimo disse...

Eu não me desiludi.
Eu não votei nele.

Anónimo disse...

A culpa mais uma vez é do povo (inculto), e não de politicas feitas por eruditos.

joao figueiredo disse...

não questiono a seriedade do Jorge Sampaio. o que digo é que um cargo de Presidente da República Portuguesa, um cargo político de eleição directa, não deve ser assumido com se de uma secção da administração publica se tratasse. existe uma componente política e os eleitores fazem escolhas de acordo com os ideais os candidatos.

Anónimo disse...

Última hora. O Cavaco vai divorciar-se.