2006-03-22

Em Quinzena da Juventude vou tentar deixar aqui duas propostas, já brevemente afloradas por aqui e não só:

. Criação de bolsas de estudo municipais em determinadas áreas consideradas essenciais à actividade económica do concelho. Quais serão estas áreas é um debate que vos proponho. Já li algumas hipóteses no AVP. Como evitar que o investimento não é desperdiçado? Eu sou da opinião que o investimento na formação das populações não é um desperdício, mesmo que os resultados apareçam lá fora. Mesmo assim, poderá tentar-se que o retorno local desse investimento esteja assegurado com a obrigatoriedade da actividade profissional ser desenvolvida no Concelho, durante um determinado período de tempo, sob pena de devolução dos valores investidos.

. Centro de incubação de empresas, com facilidades de instalação a baixo custo de empresas recém-criadas nas tais áreas definidas como essenciais.

33 comentários:

AV disse...

Concordo com as duas ideias, sendo que falta definir que áreas são essenciais.
São as que servem para alimentar o que já existe, e assim nada mudará, ou serão outras, necessariamente resultantes de uma ideia para o desenvolvimento e "projecção" do concelho, que não se resuma a festas e toiradas como até aqui ?

AV1

joao figueiredo disse...

e em que áreas apostaria?

AV disse...

Aquacultura e extracção de sal marinho,utilizando as antigas salinas desactivadas, especialmente na área dos mariscos do rio, caranguejo e camarão do rio, isso implica a saída do desmantelamento de barcos do caís novo.
Na baixa da Banheira o parque deveria ter uma área dedicada às hortas urbanas e às culturas biológicas.
Artes tradicionais como a fabricação dos barcos típicos do rio, que ainda pode ser encontrada no Gaio e em Sarilhos.
Na área tecnológica, criarem-se ninhos de empresas, aproveitando as instalações das fábricas de cortiça e confecções desactivadas em Alhos Vedros.
E esssencialmente voltar-se a apostar na área da cortiça.
Estas são algumas ideias que posso compartilhar, outras mais, apenas as divulgarei se me der a certeza que a Baixa da Banheira, pertencerá ao futuro concelho de Alhos Vedros.

AV2

Anónimo disse...

Em 1988, uma organização de "combate ao desemprego" fundada por trabalhadores despedidos de diversas empresas, no quadro das então denominadas ILEs-Iniciativas Locais de Emprego, chegou a reunir com altos responsáveis do Município. O resultado: - dois anos mais tarde surgiram um género de garagens encastradas em locais inadequados para a maioria das actividades, e com elevados custos.
Nada foi levado a sério. De então para cá, são vários os espaços ditos industriais, mas todos ou quase todos não comportáveis para a maioria das micro-empresas. Muitas estão espalhadas por barracos e barracões sem condições, até em antigas pocilgas.
Tais actividades estão definhadas à dimensão de "bucha e caneca".

Nestes casos, a preserverança dos promotores é essencial, mas também é indispensável surgirem sinais concretos das entidades locais, tutelados por entidades competentes.

O que não tem acontecido com a expressão que se deseja.

AV disse...

"Na área tecnológica, criarem-se ninhos de empresas, aproveitando as instalações das fábricas de cortiça e confecções desactivadas em Alhos Vedros.
E esssencialmente voltar-se a apostar na área da cortiça."

Caro PI-PI,Vou-lhe dar um exemplo de uma fábrica de cortiça desactivada que reune as condições para ser um ninho de empresas, a antiga Silcork, frente à demolida, cadeia velha, que ocupa uma área nobre e de dimensões considerávéis,no centro histórico de Alhos Vedros, acho que um arquictecto Alhos Vedrense até fez um projecto para esse espaço.
E acho que é um Banco Nacional actualmente o dono, se este poder moiteiro tivesse visão estratégica, há muito que tinha contactado com esse banco e negociado com o estado, para a criação desse ninho de micro-empresas.

AV2

Anónimo disse...

A aldeia de alhos vedros é que vai faer parte do futuro concelho da Baixa da Banheira.

Anónimo disse...

fazer

Anónimo disse...

AV2, e se eu te disser que o Banco não se mostra disponivel a ceder/vender as instalações da fábrica de cortiça-Silcork, como sucede com o palacete que a Câmara gostava de adquirir, ao lado do moinho de maré.

AV disse...

Então o que pretende o banco fazer com os terrenos ?
Essa do palacete até é mais grave, porque é património histórico, será que se prepara outra destrição de património em Alhos Vedros.
Banheirense a integração da Baixa da Banheira em Alhos Vedros é lógica, porque a BB, não têm mais espaço para crescer, a não ser que comecem a construir no parque, a BB, sem o parque tem mais ou menos dois Km2 de área assim como o Vale da Amoreira.
A gestão do novo concelho é que tem de ser tripartida entre Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Vale da Amoreira,
Isto se os seus cidadãos o quiserem porque Alhos Vedros tem espaço e massa humana criativa para aqui fazermos o melhor concelho da margem sul !

AV2
AV2

Anónimo disse...

Assim já é outra conversa av2, gestão tripartida.

Anónimo disse...

Eu sou a favor de municipios maiores, dou um exemplo que já aqui dei anteriormente, juntar Barreiro e Moita num só concelho.

AV disse...

Isso é também a ideia do meu camarada, AV1...
Só que assim os factores afectivos de ligação dos munícipes ao munícipio, ficam descorados e trata-se apenas de gestão regional, ou seja é outra maneira de se atingir a regionalização.
A distância e antagonismo entre os munícipes do Barreiro e da Moita, por exemplo, seria tão grande que concerteza haveria um deflagrar de bairrismos exacerbados e não é esse clima, o propício para o desenvolvimento.
A associação de municípios é que servirá esses objectivos de gestão supra-municipal.

AV2

Anónimo disse...

Eu acho que os bairrismo são algo exagerados, também se fala muito a outro nível da rivalidade porto lisboa mas, no entanto isso resume-se ao futebol e pouco mais.
Eu acho que por exº a junção de municipios iria proporcionar uma admnistração mais leve, menos burocracias e iria dar uma maior capacidade financeira aos municipios para por exº poderem se modernizar tecnologicamente, para poderem adquirir programas que funcionem em sistemas livres como o Linux.
Eu acredito que as vantagens são superiores ás desvantagens.

Anónimo disse...

Ah e antes que me esqueça vou dar um caso prático, os transportes colectivos do barreiro, poderão ser viavéis económicamente se o projecto pretendido pela CMB e CMM for para a frente.
Os transportes passarão a servir os 2 concelhos.
É um beneficio evidente, nem que seja por uma melhor cobertura e melhores preços em relação aos transportes sul do tejo.

joao figueiredo disse...

eu tenho muitas duvidas que os transportes publicos sejam alguma vez viáveis. os preços reais dos trajectos obrigariam a bilhetes demasiado caros. a questão da partilha de recursos pelos dois concelhos teria com objectivo partilhar os custos ao mesmo tempo que se melhora o serviço, passando a abranger mais possíveis utentes.

vejo nessa ambição do AV2, de criação de um super concelho (não em área mas em matéria humana), estrutura de um triunvirato romano, que acabaram como se sabe

:D

AV disse...

Quinquovirato, porque me esqueci da Barra Cheia e da Quinta da Fonte da Prata.
Os tempos da República em Roma foram os mais brilhantes, depois é que entrou a ditadura e o Império Romano, caiu devido a isso.

AV2

Anónimo disse...

AV2, AV2, tu andas mal...

Anónimo disse...

Eu mantenho a minha ideia, municipios maiores com mais autonomia e responsabilidades.

AV disse...

Só uma pergunta a quem defende os municípios maiores, (AV1, Helder)se acontecesse o infeliz e dramático caso dos concelhos da Moita e Barreiro se juntarem onde ficaria a sede do concelho ?
No Barreiro, punha a população da Moita contra. Na Moita punha a população do Barreiro contra.
Segundo a ideia do AV1, seria em Alhos Vedros...será que haveria consenso.
Essa ideia dos concelhos maiores é a ideia de querer juntar por exemplo Gaia ao Porto, ou porque não criar-se a megalópolis Setúbal, Lisboa? É uma visão centralista e transformaria o nosso país num regionalismo de cidades estado, que se guerreariam sem tréguas, para receberem subsídios e terem mais poder, fico espantado com o meu camarada AV1, defender tal situação.
O que eu proponho são menores municípios que representem as populações, mas que se possam associar livremente, quando há objectivos comuns.

AV2

AV disse...

Fico espantado, mas respeito a ideia...

AV2

Anónimo disse...

Av2 eu entendo essas tuas preocupações mas, eu acho que bairrismos e rivalidades sobre onde deveria ser a sede de concelho, não podem impedir que se faça o que é melhor para as populações ( melhor na minha opinião ).
Se a junção dos 2 municipios pode trazer maiores beneficios não devemos deixar que escaramuças bairristas impeçam o que for melhor.
Quanto á decisão de onde deveria ser a sede de concelho poderia por exemplo ser decidido por um referendo local.
Quanto a mim a moita seria o menos lógico, nem no presente concelho tem qualquer lógica ser a moita a sede de concelho mas isso são outras histórias.

Anónimo disse...

Só mais uma coisa que me esqueci de referir av2, se tu achas que é a junção de cidades e a criação de mega municipios iria criar guerras entre cidades, então a criação de pequenos municipios também poderia exacerbar ainda mais os tais bairrismos que tu consideras impeditivos de por exº juntar a moita ao barreiro.
Eu acho novamente que os bairrismos são sobre valorizados.
A junção de Lisboa e Setubal seria exagerado, é uma área grande demais para ser um municipio leve e funcional, aí seria o equivalente a uma região e com a regionalização eu discordo.
Quando falo de municipios maiores não são tão grandes quanto o exemplo que deste av2.

AV disse...

Os mega-municipios são o retorno ao sistema feudal.

AV2

AV disse...

É engraçado que nunca comentam a possibilidade de associações de municípios por mim aventada.

AV2

Anónimo disse...

Atenção av2 eu não defendo mega municipios , creio que nunca usei o termo, se o usei foi de modo errado, eu defendo a junção de municipios mas, nunca mega municipios, acho que tem lógica juntar moita e barreiro e existem outros exemplos assim, acho que moita e barreiro não formariam um mega municipio.
Quanto á associação de municipios, acho que partindo daquilo que eu defendo, seria mais fácil que surgissem depois algumas associações entre municipios de uma mesma região para desenvolverem projectos conjuntos como por exº a utilização de software livre, formação e compra de softaware para correr em sistemas como o Linux.
Isso só é possivel juntando alguns municipios que desejem lançar em conjunto um projecto dessa envergadura.
Como já disse se criarmos primeiro alguns municipios maiores, não os mega municipios, seria mais fácil depois os municipios maiores chegarem a um consenso e formarem uma associação que defendesse interesses comuns.

AV disse...

Isso que está a dizer é com as associações livres, de municípios que terá de ser feito.
Projectos que englobem actividades supra-municipais.
Para ter um exemplo o município maior de Portugal é no Alentejo (por acaso não me recordo qual é...), penso que é o maior município da Europa e é por isso que funciona bem, não, talvez se fosse dividido em três ou quatro começasse a funcionar melhor.
Acha que o Pinhal Novo funciona melhor estando integrado no concelho de Palmela, pergunte aos PinhalNovenses.

AV2

AV disse...

...e que é que o Linux tem a ver com isto ?

AV2

Anónimo disse...

O linux própriamente dito nada tem a ver com isto.
Eu falei do Linux como um exemplo de um projecto que seria na minha opinião benéfico pois defendo o software livre, e sei que os municipios actualmente não têm capacidade para o fazer e estão presos á microsoft.
Se alguns municipios numa primeira fase se juntassem, depois seria mais fácil criar a tal associação de municipios que aí sim teria capacidade para projectos como este que eu referi, e para outros mais que seriam benéficos para as populações.
Agora não me vais perguntar o que têm projectos para as populações a ver com isto pois não?
É que defender ideias puramente no campo teórico a mim não me diz muito, eu ao defender uma ideia é porque sei que essa ideia é sustentada pela possiblidade de poderem existir projectos concretos que venham a beneficiar as pessoas, mudar só por mudar sem uma ideia, sem nenhum beneficio concreto não serve de nada.

Anónimo disse...

O pinhal novo pode não funcionar melhor estando ligado a palmela, tudo bem mas, eu não defendo o simples juntar de municipios, eu defendo modificações na estrutura administrativa dos mesmos.
Teria de ser uma estrutura mais leve, menos burocratizada, mais efectiva e prática.

Anónimo disse...

"Os mega-municipios são o retorno ao sistema feudal."

Ó camarada co-editor, é exactamente o contrário !
A reforma liberal dos municípios acabou com vários municípios e não o contrário.
Ou achas que o de Alhos Vedros desapareceu quando ?
Na Idade Média o que existia era exactamente a fragmentação extrema, em especial até ao Modego.
A Sul do Tejo os concelho foram ficando maiores porque a Reconquista foi entregue às ordens Militares e no nosso caso a Ordem de Santiago ficou com uma área muito vasta que tinha pouca população, pelo que não fazia sentido andar a retalhá-la.

Lê qualquer coisa sobre a reforma municipal dos tempos do Mouzinho da Silveira e seguintes e vê lá quantos concelhos "feudais" desapareceram.

AV disse...

Espera aí, mas houve feudalismo em Portugal ?

AV2

Anónimo disse...

Segundo o avp existiu o feudo de alhos vedros, ridiculos.

Anónimo disse...

repito: ridiculos da aldeia de alhos vedros