blog de encontro onde se discute a Baixa da Banheira, sem falsas isenções, porque só é isento quem não tem opinião
2007-01-31
A Câmara da Moita fundamentou o pedido de desanexação da Reserva Ecológica Nacional (REN) de uma zona contígua ao perímetro urbano da aldeia do Penteado com um documento inexistente. Segundo o chefe de gabinete do presidente da autarquia, a invocação de um alvará pré-existente para justificar esse pedido - cuja aprovação permitirá a urbanização de terrenos em que tem interesse o consultor jurídico da câmara - foi "um lapso".
Pela leitura do artigo percebe-se ainda que este pedido de dexanexação à REN não se limitou a esta parcela de terreno, mas que foi comum a outros terrenos que seriam abrangidos pelos 3534 hectares (em 1993 eram apenas 2612), num total de cerca de 250 hectares, sendo que apenas nesta se geraram dúvidas.
Nestes processos em que se alteram as possibilidades de utilização dos solos é natural que se gerem descontentamentos naqueles que se julgam prejudicados face a outros, porventura, mais privilegiados. O que é necessário, para que tudo corra com normalidade, é que estes processos corram com lisura e sem “lapsos”, que naturalmente originam suspeitas desagradáveis sobre processos de decisão menos claros, minando a reputação da Câmara e daqueles que a representam.
Sobre o resto das suspeitas levantadas pelo mesmo jornalista na edição de domingo do mesmo periódico, continuo à espera que a CMM preste o devido esclarecimento, que a meu ver, é essencial para se aquilatar da verdade do que está escrito.
Não posso deixar de fora uma questão: uma vez que o PDM ainda não está aprovado, será que ainda é possível "revogar" esta alteração?
Mais grave, sobre a intenção de pressionarem reacções, acusaram-me a mim de andar por lá a comentar anonimamente, e isto porquê? Porque na sua caça de IP´S repararam que alguém comentou a partir da Câmara Municipal e logo a seguir lançam a acusação sobre a minha pessoa, o que é falso. Tenho lido o blogue, mas não deixo lá comentários e se voltar a deixar, assino com o meu nome para assumir aquilo que escrevo coisa que eles não o fazem e que por isso, serviu de base ao jornalista para não os considerar no seu trabalho, que aliás, estava muito bom e não ofendia ninguém. É bom ser anónimo, não temos responsabilidades e podemos escrever tudo o que nos apetecer porque a seguir ninguém nos vem pedir responsabilidade mas como tudo tem dois lado pelo menos, o anonimato não nos confere legitimidade para outras coisas e uma delas é ser uma fonte credível.
Esgrimem-se números quanto a julgamentos e condenações. Fala-se da realidade dos números. Os movimentos do "não" concluem até que tudo não passa de uma falsa questão. Enfim, uma "invenção" do "sim" para a campanha do referendo.
Quem viveu, porque acompanhou esses julgamentos, nas suas diversas sessões, na Maia (2001/2002), em Aveiro (2003), em Setúbal, em Lisboa e em Coimbra (2004), não pode deixar de sentir uma grande indignação perante tal afirmação. É por este motivo que trago aqui à memória todos esses julgamentos.
MAIA - 2001/ 2002 - Um megajulgamento
O processo durou meses e iniciou-se em 2001. A 18 de Janeiro de 2002 foi lida a sentença. Foram acusadas 43 pessoas, dezassete das quais por terem praticado um aborto. As outras estavam "envolvidas", tinham dado apoio. Uma enfermeira foi condenada a oito anos e meio de prisão. Um assistente social foi condenado por ter sido sensível ao drama de uma daquelas mulheres. Quinze mulheres foram absolvidas porque se remeteram ao silêncio. Bons advogados fizeram o resto. Duas delas acabaram por não resistir à pressão e falaram. Uma, foi condenada a quatro meses de prisão remível a multa. Para outra, o "crime" tinha prescrito. Foram longos meses de sofrimentos, numa tenda gigante a servir de tribunal. Com as vidas expostas. A ouvir, a dissecar, a analisar, o que só a elas dizia respeito, numa enorme invasão da privacidade. Na maioria jovens, elas eram desempregadas, costureiras, recepcionistas, domésticas, cozinheiras, empregadas de balcão. A solidariedade de outras mulheres fez-se sentir durante meses à porta do tribunal.
AVEIRO - Dezembro de 2003 - Desta vez, os familiares são indiciados como "cúmplices"
Arguidos foram 17, dos quais sete mulheres acusadas de terem abortado. Os restantes eram familiares que as tinham acompanhado e os profissionais de saúde. O processo remontava a 1995. Algumas jovens, entretanto já tinham casado e até já tinham filhos. Uma delas estava grávida. As mulheres tinham sido esperadas à porta do consultório do médico pela Polícia Judiciária e levadas compulsivamente ao hospital de Aveiro para exames ginecológicos. Situação aberrante, de prepotência de um poder cego em cumprir uma lei que não faz justiça porque desadequada da realidade. Um procurador do Ministério Público acusou manifestantes e deputados solidários de perturbarem o tribunal: "Varram o lixo em vossa casa e não em porta alheia", afirmou, perante o espanto dos presentes. "A rua não perturba, ajuda a democracia", respondeu-lhe um dos advogados de defesa. Com ar imponente, o procurador lê as escutas telefónicas, consideradas ilegais pela defesa. E não se coíbe: "Havia telefonemas de quem perguntava se doía muito, se tinha anestesia." Exibem-se as dores das mulheres, os exames que lhes foram feitos. Uma outra advogada reage: "É preciso um safanão na justiça; as pessoas não podem ser lançadas desta forma na fogueira; há leis justas e injustas e esta é certamente injusta." A defesa bateu-se por uma absolvição. Mas o Ministério Público recorreu. O resultado foi a condenação dos profissionais de saúde e de uma das mulheres que tinham feito o aborto.
SETÚBAL - Janeiro de 2004 - Polícia Judiciária invade casa de enfermeira e encontra uma jovem deitada na marquesa
Foi assim mesmo. Estilo filme de gangsters. Uma jovem trabalhadora rural nos arredores de Setúbal estava lá, nesse dia e a essa hora. "Apanhada em flagrante", uma violação enorme da privacidade e um sentimento sem limites de indignação e humilhação. O caso remontava a Abril de 1999 e envolvia uma enfermeira e outra jovem acusada de ter abortado dias antes no mesmo local. O processo tinha sido arquivado na fase de instrução devido à ausência de exames médicos que servissem de prova a situações de gravidez interrompida. Contudo, o representante do Ministério Público recorreu dessa decisão para o tribunal da relação de Évora e o processo foi reaberto. A defesa pediu a anulação do julgamento, sustentada na nulidade de provas colhidas através das escutas telefónicas. Mas a juíza não concordou e o julgamento prosseguiu. A absolvição das jovens surgiu após longos meses de desgaste emocional.
LISBOA - Novembro de 2004 - "Quando ainda se é muito menina para estas coisas"
Desempregada, 18 anos, a viver numa barraca com a mãe na Quinta das Lajes (Brandoa). Em desespero, ingeriu Citotec, um fármaco para o estômago com efeitos abortivos. Deu entrada no Hospital Amadora/Sintra com fortes hemorragias. Um enfermeiro denunciou-a à PSP e o agente não se coibiu de invadir os corredores do hospital, para ali mesmo fazer o interrogatório. Quadro surrealista num país europeu. Mas foi assim. Valeu-lhe a sensibilidade de um magistrado do Ministério Público que agiu em sua defesa e pediu a absolvição. De uma juíza, que lhe disse com voz magoada que "ela ainda era muito menina para estas coisas da vida". Foi absolvida após longos meses de averiguações.
COIMBRA - Novembro de 2004 - Um hino ao absurdo
Os processos de julgamento de cinco mulheres acusadas de aborto foram suspensos por decisão do DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) de Coimbra. Contudo, tal medida só se concretizou mediante duas condições: as mulheres servirem de testemunhas em relação ao processo da parteira, ou seja, testemunharem contra a pessoa a que recorreram em momento de aflição e, ainda, serem sujeitas a regras de conduta e ao pagamento de um montante, neste caso, a uma instituição de protecção às crianças. Considere-se o requinte desta medida: não sendo penalizadas por via de processo judicial, as mulheres acabam por o ser em termos sociais.
Estes foram os julgamentos mediatizados a partir do referendo. Cerca de 30 mulheres julgadas em situações que significaram uma grande violência sobre as suas vidas. Muitos outros julgamentos aconteceram num período anterior, onde o silêncio era a regra. De 1985 a 1995, registaram-se 79 processos por aborto com 65 condenações: 29 casos com prisão, 22 casos com prisão suspensa, 9 com multa e 5 com outras penas. São dados do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Justiça. Mas mais do que "a realidade dos números", falemos da realidade da vida. E essa realidade mostra que a actual lei é injusta e ineficaz . Não impede o aborto, antes empurra as mulheres para o aborto clandestino e para as urgências dos hospitais. E é injusta porque causa sofrimento e humilhação.
É caso para perguntar aos movimentos do "não": qual será o número "aceitável" de julgamentos e condenações para que eles considerem que a actual lei produz humilhação e penalização das mulheres?
Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim publicado pelo Público
2007-01-29
2007-01-27
Esta exposição tem gerado a sempre a mesma reacção por onde tem passado, e a única coisa que se pede a quem a visita é que partilhe a sua história também. Nesse sentido, alguns dos banheirenses presentes mostraram-se sempre disponíveis para ceder temporáriamente as suas fotografias à Junta, para que estas possam ser integradas nesta exposção em movimento, que continuará a visitar as colectividades da Baixa da Banheira ainda durante mais algumas semanas.
As comemorações dos 40 Anos da Freguesia da Baixa da Banheira continuam amanhã, 28 de Janeiro, com uma almoço-convívio nas instalações da Associação de Reformados "O Norte", e com as actuações do Grupo Coral «O Sobreiro» da União Desportiva e Cultural Banheirense, do Grupo Coral "Amizade" do Centro de Reformados Zona Sul, do Grupo Coral e Musical "O Norte" da ARPI Zona Norte, Grupo Musical "Vozes da Planície" da S.R. União Alentejana e do Rancho Folclórico "Corações Unidos" da S.R. Baixa da Serra.
2007-01-26
O anónimo Mário da Silva mostrou ao que vem e, da minha parte, já deve saber que não me incomodam este tipo de atitudes vindas do nada.
Direcção-Geral da Administração Política e Civil
Decreto-Lei n.º 47 513
Atendendo ao que representou a maioria absoluta dos chefes de família eleitores com residencia habitual no lugar da Baixa da Banheira, pertencente à freguesia de Alhos Vedros, do concelho da Moita, no sentido de ser criada a freguesia da Baixa da Banheira, com sede na povoação do mesmo nome.
Considerando que na circunscrição a criar já existem Igreja e Escolas Primárias.
Considerando que tanto a freguesia de origem como a que se pretende criar ficarão a dispor de recursos suficientes para ocorrer aos seus encargos.
Considerando que se verificam todas as demais condições referidas no artigo 9.º do Código Administrativo e se cumpriram as formalidades exigidas pela mesma disposição legal.
Usando da faculdade conferida pela 1.ª parte do n.º 2 do artigo 109.º da Constituição, o Governo e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte:
Artigo 1.º - É criada no concelho da Moita, distrito de Setúbal, a freguesia da Baixa da Banheira, com sede na povoação do mesmo nome.
§ único - A freguesia da Baixa da Banheira é clasificada de 1.ª ordem.
Artigo 2.º - Os limites da nova freguesia são definidos por uma linha que, partindo da margem esquerda do rio Tejo,das marinhas de João da Silva e das de Sebastião Alves Dias, e orientando-se no sentido dos ponteiros do relógio, segue pela azinhaga de serventia das mesmas até encontrar a estrada nacional n.º 11 - 1ª, que intercepta ao quilometro 1.067, e por onde continua até alcançar a fábrica de cortiça pertencentes à firma Aldemiro & Mira, Ldª, ao quilometro 0.860; aqui inflecte para sul e avança por um caminho de pé posto situado junto da dita fábrica, até atingir a linha férrea, seguindo depois por esta até ao quilometro 4.565; dirige-se então para poente, prosseguindo pela azinhaga que separa a propriedade de Boaventura Martins da dos herdeiros de António Alves, até encontrar um caminho de pé posto que margina, de um lago a dita propriedade dos herdeiros de António Alves e o lugar da Vinha das Pedras e, do outro lado, a propriedade da Carvalheira, continuando por este caminho até atingir a estrada municipal pela qual avança até à estrema comum das propriedades do herdeiros de Fausto Braga e do Marquês de Rio Maior; a partir deste ponto, progride pela referida extrema até encontrar a azinhaga que separa as propriedades de herdeiros de Jorge Massito, António Anastásio Guerreiro, Quinta do Lacrau e Quinta da Chouriça das de José Veigas Valagão, João da Silva, Emília dos Santos e Quinta da Barroca, prosseguindo por esta azinhaga até ao pontão denominado Rio dos Paus; aqui, inflecte para sul, acompanhando a vala de água que se situa entre as propriedades de Quinta da Chouriça, Quinta da Ratinha e Quinta de Suzano dos Santos e a propriedade de Luis de Almeida Carvalho, até alcanças o pontão de serventia do bairro do Brejo Faria; continua pela mesma vala, atravessando sucessivamente, as propriedades de Marcelino de Sousa, Palmira Marques Estaca, Francisco de Sousa Dias, Florência de Almeida e propriedade denominada Migalha, até atingir o limite do concelho da Moita; neste ponto, dirigisse para poente, avançando por aquele limite até atingir a margem esquerda do Rio Tejo, que serve igualmente, de limite à nova freguesia até ao ponto onde se iniciou a descrição.
Artigo 3.º - A eleição da Junta de Freguesia da Baixa da banheira realizar-se-á no dia que for designado pelo Presidente da Câmara Municipal da Moita e serão eleitos os chefes de família da respectiva área inscritos no recenseamento eleitoral da freguesia de Alhos Vedros.
§ 1.º - A Junta eleita nos termos deste artigo servirá até ao final do quadriénio em curso.
§ 2.º - A competência atribuída pelo Código Administrativo ao presidente da Junta no que se refere à eleição e instalação, será exercida pelo presidente da Câmara Municipal da Moita.
Artigo 4.º - A Câmara Municipal da Moita procederá no prazo de 60 dias, a contar da publicação do presente decreto-lei, à colocação de marcos onde se tornem necessários, por forma que fiquem bem patentes os limites fixados no artigo 2.º
Publique-se e cumpra-se como nele se contém.
Paços do Governo da República, 26 de Janeiro de 1967 - Américo Deus Rodrigues Thomaz - António de Oliveira Salazar - António Jorge Martins da Mota Veiga - Manuel Gomes de Araújo - Alfredo Rodrigues dos Santos Júnior - João de Matos Antunes Varela - Ulisses Cruz de Aguiar Cortês - Joaquim da Luz Cunha - Fernando Quintanilha Mendonça Dias - Alberto Mariano Gorjão Franco Nogueira - Eduardo de Arantes e Oliveira - Joaquim Moreira da Silva Cunha - Inocêncio Galvão Teles - José Gonçalo da Cunha Sottomayor Correia de Oliveira - Carlos Gomes da Silva Ribeiro - José João Gonçalves de Proença - Francisco Pereira Neto de Carvalho.
2007-01-25
2007-01-24
Vitorino volta à Baixa da Banheira depois de, com o seu irmão Janita, aqui nos ter apresentado o projecto Utopia, em que recriavam algumas das canções do Zeca Afonso e nos confidenciavam alguns episódios que com ele partilharam, naquele que foi o segundo concerto a ter lugar no Fórum José Manuel Figueiredo.
Este espectáculo que Vitorino vem estrear à nossa terra comemora os seus 30 anos de carreira, e denomina-se“Tudo! Alentejo, Amor, Lisboa” com não seria de difícil imaginar.
cartoon sacado aqui
2007-01-22
- a Srª Dª Minha Sogra o que acha desta minha posição?
- ai.. não sei bem. eu nunca me dei bem com isso
- e tu filho?
- ó papá, este periodo estudamos a posição de missionário. violação é só pró ano...
...
anda tudo doido?
NOTA:
"O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) fez, em Dezembro, um inquérito a cem mil jovens de mais de 800 escolas públicas, que incluía uma bateria de perguntas sobre violência doméstica. Os alunos - entre os 11 e os 18 anos - foram questionados sobre se os pais “ou substitutos” se batiam, insultavam ou se “tinham vida sexual contra vontade”. Os responsáveis pelo estudo - que contou com o aval dos Ministérios da Saúde e da Educação - acham o trabalho “rigoroso, equilibrado e sereno”. Mas especialistas contactados pelo Expresso, discordam. Acham as perguntas “disparatadas”, “absurdas” e mesmo “bárbaras do ponto de vista ético”."
2007-01-21
Eu voto SIM porque não quero que nenhuma mulher, que numa situação extrema se viu obrigada a fazer um aborto, seja arrastada para os tribunais e condenada à prisão.
Nos ultimos dias, voltámos a fazer uma chamada de atenção para que haja alguma contenção verbal. No entanto, uma maré de insultos, insinuações e outras abjecções voltaram a obrigar-nos a apagar mais uma série de comentários. Se assim continuar, voltaremos a apagar todos os que forem necessários para evitar que um clima de agressão mútua volte a instalar-se, e não são as acusações de fascismo que nos vão perturbar mínimamente. É que “a Liberdade de uns acaba onde começa a dos outros”.
Daniel,
João,
Luis,
Nuno.
2007-01-20
Penso que os jornais locais têm feito um excelente trabalho na cobertura das iniciativas que vão acontecendo neste concelho. Através destes órgãos de comunicação social podemos saber o que acontece e vai acontecendo nos mais variados aspectos da vida, cultura, desporto e política.
Estão de parabéns pelo verdadeiro serviço público.
2007-01-19
2007-01-18
Aprender a desaprender
Se existe algo que distingue os homens uns dos outros são as suas opiniões. Costuma-se dizer “cada cabeça sua sentença”, sem dúvida! Mas é na convivência e no debate de ideias que nos vamos reciprocamente reconhecendo e reconstruindo. O entendimento de busca sobre construção do pensar humano teve inicio há pelo menos 2500 anos. Foi como o homem tivesse nascido para si nesse momento, descobrindo a sua capacidade crítica/criadora através duma matriz começada por uma simples palavra “porquê?”. Depois dessa noção da sua capacidade nada ficou igual!
Hoje passados todos estes anos eu pergunto: Porque é que a Filosofia é vista como uma disciplina dispensável nas escolas portuguesas? Porque é difícil? Porque é que é difícil? Será que as Crianças não gostam do Saber? Então, porque é que existe a chamada idade dos porquês?
Penso, que quando os responsáveis pela educação deste pais abordarem Seriamente este assunto reunindo-se conjuntamente com alguns filósofos, irão perceber que só através da razão e da reflexão se obtêm logicamente resultados positivos em todas as outras disciplinas (menos religião e moral).
Enquanto não houver esse debate de ideias o ensino não se reconhecerá (carecendo do autismo de quem governa), porque só se ensina a quem tem dúvidas, mas pelos vistos o governo está a demonstrar que não as tem e raramente se engana, agarrou no leme dos filósofos em direcção a Tróia mas foi ter à ilha do Ciclope, agora vamos ver como saí de lá sem a ajuda da Sabedoria.
a ver:
http://cef-spf.org/imp_49.html
Nestas reduções encontra-se a ridícula verba inscrita para a nova Escola Secundária da Moita, apenas 1000€, que nem paga o aviso.
É lamentável a falta de respeito que o governo do partido socialista tem pelas populações do distrito de Setúbal.
2007-01-17
Do artigo do DN (no qual não é feito qualquer referência ao concelho da Moita) retiro algumas notas. É dito sobre o Barreiro que “foi pensado em função da actividade económica, foram construídos bairros para o operariado. O fim da indústria tornou-o numa zona envelhecida e pesada”. A Baixa da Banheira é, fundamentalmente, um desses bairros operários que nasceu décadas antes do “boom demográfico e urbanístico na margem sul do Tejo, logo após a construção da Ponte 25 de Abril”, tendo o seu crescimento sido consistente nestas décadas, então sim, devido à instalação da industria Metalúrgica e Construção Naval nos concelhos vizinhos, sem poder deixar de referir que muitos banheirenses encontravam também emprego nas indústrias corticeira e têxtil, então existentes em Alhos Vedros. Após o 25 de Abril e com o processo de descolonização, a nossa terra foi novamente destino de muitos dos que abandonaram África, instalando-se no Vale da Amoreira, que (salvo erro) em 1988 se tornou a segunda freguesia da Vila da Baixa da Banheira.
Frases como “Cresceram espontaneamente” ou “Cresceram desordenadamente como zonas dormitório e não mais conseguiram abandonar essa imagem” aplicam-se na perfeição à nossa terra, mas do “caos urbanístico” já discordo, porque apesar de não ser o desejável, estamos longe do caos que se verifica por outras paragens. Quanto à “conflitualidade social”, essa é fruto dos “índices elevados de emprego precário e de escolaridade básica”.
Concordo bastante com o que afirma Ricardo Martinez, sociólogo do Instituto Politécnico de Setúbal. "Os cinco concelhos cresceram em tempos diferentes e com grandes diferenças a nível historial e de estruturação demográfica. Nenhum pode ser caracterizado como concelho desenvolvido", defende. O boom urbanístico e o demográfico não foram integrados, em parte, devido às autarquias, mas também "por responsabilidade do poder central, que colocou dificuldades à descentralização". Não é por acaso que estes concelhos "mantêm bolsas de pobreza e que são um barómetro do País em termos de conflitualidade social", salienta. Por outro lado, a Margem Sul ainda é muito dependente da capital no que toca a vivência urbana, apesar das "boas" agendas culturais e desportivas de Almada e Seixal. "Lisboa é uma cidade cosmopolita, mas o outro lado do rio não conseguiu alcançar um prolongamento deste estilo, desenvolvendo um outro totalmente diferente". No que à Baixa da Banheira diz respeito, apesar do que ainda falta fazer, o Parque Zeca Afonso, Fórum Cultural José Manuel Figueiredo (com uma programação de relevo não só a nível local) ou as bibliotecas públicas, são um passo importante para esse desenvolvimento. Neste momento estamos à espera que o Governo Central disponibilize as verbas prometidas na Operação de Revitalização da Vila da Baixa da Banheira onde, entre outras coisas, estava prevista a construção de um Pavilhão Multiusos na Baixa da Serra.
Como nota final, direi que falta abordar o problema do trânsito local e estacionamento, que na Baixa da Banheira começa a ser um problema relevante, e sobretudo a mobilidade dentro da própria Margem Sul, especialmente entre os eixos Almada/Seixal e Barreiro/Moita/Montijo/Alcochete. O Metro poderá vir a aliviar este panorama, mas a demora na sua chegada aos concelhos do Barreiro e Moita promete prolongar-se por anos, e da ponte Barreiro-Seixal nem sinal.
2007-01-16
Talvez hoje viesse mais sensível ao espaço que me rodeia do que habitualmente mas a escuridão naquele pequeno trecho da Rua Fernando Pessoa incomodou-me, assim como o muro derrubado na entrada do Centro de Bem-Estar Social, e ainda mais, a meia dúzia de lámpadas apagadas no Jardim das Laranjeiras.
Obrigado.
2007-01-14
2007-01-13
Ainda nas mesmas páginas inclui-se uma caixa de texto cujo conteúdo está em completo acordo com aquilo que aqui defendemos, motivo pelo qual a transcrevemos integralmente.
De diários pessoais a espaços de debate
Os blogues começaram por ser um espaço na Internet onde eram colocadas diariamente as actividades do seu autor. Funcionavam, inicialmente, como uma espécie de diários online. Com a sua popularização nos últimos anos, este espaço tornou-se, como referem David Kline e Dan Burstein no seu livro “Blog! How the newest media revolution is changing politics, business and culture” (CDS Books, 2005), “numa importante onda de inovação que contribui para recuperar a voz dos cidadãos”.
Para Catarina Rodrigues, autora da tese de mestrado “Blogs e a fragmentação do espaço público” defendida, em Julho, na Universidade da Beira Interior, os blogues “representam, de facto, um novo espaço para o exercício da cidadania. A nível regional têm surgido iniciativas muito interessantes da utilização de blogues. Nestes espaços, os autores defendem causas públicas, apontam problemas existentes, criticam a actualidade local, analisam os media regionais e expõem potencialidades da localidade em questão”. A investigadora, que admite consultar blogues regionais, considera que “o anonimato, nomeadamente quando é utilizado para a calúnia e difamação é reprovável e constitui uma desvantagem”, mas sublinha que “quem escreve na blogosfera e assina com o seu nome, assumindo a verdadeira identidade, produz uma espécie de efeito de transparência e um anónimo nunca terá a mesma credibilidade de alguém perfeitamente identificado e a quem possam ser imputadas responsabilidades sobre o que é dito”.
2007-01-11
Macedo (o invejado)
Esta questão sobre o ordenado de Paulo Macedo (Director Geral dos Impostos) está a despoletar na sociedade portuguesa uma nova discussão acerca do nosso valor real como trabalhadores e qual a melhor maneira de lidar com isso.
Por um lado está o facto dele ser português e exercer um cargo público de responsabilidade para o pais e não o fazer de forma despretensiosa em nome dos valores e da nação, que já só por si, seria uma grande honra para ele. E do outro lado está um gestor "da área" com um curriculo invejável, cobiçado por qualquer grande empresa, as quais não hesitariam em lhe dar o referido ordenado.
São estes dois factos que tornam a questão polémica, pois por um lado queremos pagar menos e por outro ter os melhores. No fundo todos somos economistas de bancada e achamos sempre que nos estão a tramar (eu sei que temos que sobra para pensar assim!), mas o facto de ter acontecido no seio do governo deste pais tem só por si a ironia do destino dele próprio (governo) ver-se nu! Pois ao contrário da velha máxima de "apertar o cinto", surge a nova máxima de "incentivo para quem tem mérito" dita por João Cravinho. É esse mérito que existe em muitos de nós que somos explorados a favor do lucro de quem não o merece e nos incentiva com palmadinhas nas costas ou com o Medo da Crise e de mesmo assim conseguir fazer furos num cinto que já nos faz num oito. Se provas existem, de que quem deve gerir determinados cargos públicos, deve ter formação e provas dadas na área, outro caso de sucesso entre nós é o da TAP. De uma falência anunciada a uma empresa de sucesso a nível europeu foi um passo, esse dado através de Fernando Pinto, brasileiro e presidente executivo da TAP (com escola na Varig).
Como dizia José Pinto, professor do INSEAD, no programa Grande Entrevista de Judite de Sousa "Não existem maus trabalhadores, existem sim, maus dirigentes", dando o exemplo do Luxemburgo que conta na sua mão-de-obra com 30% de portugueses bem pagos. No dia seguinte, José Pinto (não queria que o tratassem por Dr, achava isso piroso) ia dar uma palestra a grandes empresários portugueses. Só espero que eles conjuntamente com o governo, aprendam alguma coisa com estes acontecimentos.
- Já fez interrupção voluntária da gravidez cerca de 14,5% das mulheres entre os 18 e os 49 anos.
- No último ano fizeram-se entre 17.260 e 18.000 abortos
2007-01-10
Alhos Vedros: CDU votou contra o debate da Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez- o que não é verdade.
Nunca a CDU votou ou votaria contra o debate da Despenalização do aborto tal como os autarcas eleitos pelo Bloco de Esquerda por Alhos Vedros afirmaram. O que a CDU fez, tal como se pode ler mais à frente no comunicado do Bloco de Esquerda, foi votar contra uma moção do Bloco de Esquerda, para que fosse a Assembleia de Freguesia de Alhos Vedros a promover o debate, aliás apresentaram a mesma, ou uma moção semelhante, em tantas outras Assembleias de Freguesia. É entendimento da CDU que cada partido, cada movimento, tem a sua agenda política e não é o Bloco de Esquerda que a tem de marcar, o que aliás é prepotente. Por isso a CDU votou contra.
Na Assembleia de Freguesia da Baixa da Banheira, a CDU votou favoravelmente à moção porque o Bloco retirou o parágrafo que referia que devia ser a Assembleia de Freguesia a fazer os debates.
Considero que os autarcas eleitos pelo Bloco de Esquerda faltaram à verdade e não se preocuparam minimamente com o “debate”, apenas quiseram atacar mais uma vez a CDU e o PCP. Falam em verdade, mas o título do seu comunicado é falso e demonstram claramente que a energia que gastaram e gastam a atacar a CDU/PCP podia ser encaminhada para tentar realizar os debates que referiram. Utilizaram expressões como sectarismo caduco, referindo-se à CDU, e não nos enganemos quem utiliza estas expressões não quer dialogar.
No passado Domingo, na Pluricoop da Baixa da Banheira participamos na apresentação de uma Comissão do Concelho da Moita do “em Movimento pelo Sim”, porque defendemos de uma forma permanente a maternidade e paternidade responsável e consciente, lutando por educação sexual nas escolas, uma rede de planeamento familiar funcional e abrangente a nível territorial, por protecção social em sede de leis do trabalho e de segurança social e por políticas de protecção ao trabalho com direitos. Aliás foi o PCP em 1982 o primeiro partido a promover o debate e por isso, pensamos que não é legítimo que nos ataquem desta forma.
O mais importante agora é o esclarecimento das pessoas e não a guerrinha partidária com vista ao aumento dos votos. E escrevo agora porque o referendo foi marcado e as forças que se batem pelo não andam aí. Para termos ideia, basta escrevermos num motor de pesquisa, IVG e vamos ver que até bancos como o BCP estão envolvidos e a tentar que o "Não" vença.
Trabalhemos mas é para que o "Sim" ganhe para que as mulheres não continuem sujeitas a julgamentos e penas de prisão até 3 anos e que o aborto se continue a fazer em condições de insegurança e em vãos de escada, colocando em risco a sua saúde e a sua própria vida.
2007-01-09
Após a exibição haverá espaço para um debate com a realizadora Christine Reeh, com Amândio Coroado, professor do Departamento de Cinema da Universidade Lusófona e produtor, e com Conceição Loureiro, chefe da Divisão de Inclusão Social da Câmara Municipal de Setúbal.
À atenção dos espectadores: a Crim Produções está a promover dois concursos de crítica a este filme. Um concurso destina-se a estudantes do Ensino Secundário e Ensino Superior, e outro destina-se a todos os emigrantes que residam em Portugal (“Novos Residentes”).
Para finalizar, deixo aqui uma nota que infelizmente tende a repetir-se: não custa nada informar de que o Fórum Cultural José Manuel Figueiredo está localizado na BAIXA DA BANHEIRA, Concelho da Moita. É que a referência “Moita” é muito vaga para quem não nos conhece, e esta iniciativa até é divulgada pelo Observatório da Imigração. Da Moita ao Fórum ainda são uns quilómetros e ninguém gosta de ser enganado e ter que andar por aí perdido, de noite, à procura de uma placa a indicar "Baixa da Banheira"...
O caso de Monsanto, eleita em 1938 a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, pela propaganda do Estado Novo (numa manobra onde também se inseriu a criação de inúmeros ranchos folclóricos, ou a célebre Exposição do Mundo Português), é disto exemplo vivo. É o próprio site da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova a referir no quadro histórico de Monsanto que “a falta de trabalho aprofundado de carácter científico no campo da arqueologia faz com que certos períodos da pré e proto-história do lugar permaneçam envoltos numa certa obscuridade”. Segundo a mesma fonte, no ambiente sócio-económico “aconteceu o mesmo que ao restante do concelho, que é comum também a muitas zonas do interior: um processo de despovoamento e desertificação que se acentuou na década de sessenta, mantendo-se até aos nossos dias”.
Divulgar o Património é importante, e o próprio País começa a estar atento a essa divulgação, mas estudar e preservar em todas as suas vertentes, é essencial.
2007-01-08
2007-01-07
Ficam assim a aguardar financiamento a construção do JI da EB1 Baixa da Banheira n.º 4 e respectivos arranjos exteriores, no Vale da Amoreira, e do JI e ATL da EB n.º 5, e arranjos exteriores, na Baixa da Banheira, bem como os arranjos exteriores da EB1/JI do Vale da Amoreira. Inseridos na ORUVBB estavam também a construção do Centro de Treinos de Atletismo, previsto para o Parque José Afonso, na Baixa da Banheira; o Pavilhão Gimnodesportivo, na Quinta da Carvalheira; e a construção do ginásio, bancadas e bar no Campo de Futebol do Vale da Amoreira. Em situação idêntica, estão os projectos municipais de ampliação da Biblioteca Municipal - Pólo do Vale da Amoreira, a 2ª fase do Reperfilamento da Av. 1ª Maio, a 5ª fase do Parque José Afonso, na Baixa da Banheira, bem como a requalificação da Zona C do Vale da Amoreira que inclui o Polidesportivo das Fontaínhas e os arranjos exteriores.
A Câmara Municipal continua empenhada em encontrar formas de financiamento que garantam a concretização daqueles projectos essenciais à requalificação da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira."
2007-01-05
Na Baixa da Banheira, terra criada do ajuntamento de gentes provenientes de múltiplos pontos do País, maioritariamente do Alentejo, Algarve e Beiras, e fonte de emigração, mormente nas décadas de 60 e 70 do século passado. "Município da Moita. A ½ hora da baixa de Lisboa. A 10 minutos a pé do Vale da Amoreira, numa zona onde a palavra lusófonia saiu dos discursos e anda na rua."
“O vídeo não acabou com o cinema, o vídeo democratizou o cinema.
No contexto da Lusofonia, o advento do digital, aliado ao despertar cultural nas novas tecnologias das nações africanas de expressão lusófona, a consagração internacional do cinema brasileiro e a efervescência das produções independentes portuguesas, criaram uma fertilidade de autores e obras que justificam todo o esforço de programar e mostrar trabalhos e novos talentos do vídeo e do cinema falado em português."
Mais informações, programação, e grande parte das palavras escritas neste post (o adiantado da hora tem destas coisas) podem ser encontradas no blog da Mostra de Cinema e Vídeo Lusófono.
Logo à partida agradou-me de sobremaneira a escolha dos 3 filmes para ilustrar a grande depressão americana. A saber: “As Vinhas da Ira” de Jonh Ford, 1940; “Era uma Vez na América” de Sergio Leone, 1984 e ”Bonnie and Clyde” de Arthur Penn, 1967.
Quanto ao outro post, sobre a declaração de voto do P.S. respondeu-me assim:
Receitas
Rúbrica 04 - Transferências correntes
Orçamentado em 2006 - 6.233.844,00 €
Executado em 27/12/2006 - 6.649.613,23 € (106,67%)
Recebido a mais - 415.818,23 €
Orçamentado para 2007 - 7.596.012,00 €
Diferença a mais do Orç. 2006 - 1.362.217,00 € (a mais 17,93%)
Diferença do executado 2006 - 946.398,77 € (a mais 12,46%)
Pelo que lhe respondo que o que eu questionei concretamente não tem resposta nestes dados. A declaração de voto do P.S. contém uma não verdade. Está escrito nesta declaração que as obras do ORUVBB já terminaram, aliás esta afirmação é usada para justificar uma verba menor nas transferências correntes e de capital, ou seja no total das transferências, pelo que a vossa justificação e vossa, leia-se do partido socialista, não está muito correcta porque as obras do ORUVBB não terminaram, aliás o nosso município só recebeu cerca de 1/3 do que deveria ter recebido. Mas você não referiu este pequeno pormenor, preferiu, se calhar olhar para o lado. E são estes pormenores que mostram o amor à terra.
Cumprimentos
O Concerto de Ano Novo pela Camerata Musical do Barreiro, no Fórum Cultural José Figueiredo é já amanhã, sábado, às 16 horas.
O programa é contêm as seguintes obras:
- Suite nº1 de Luís Cipriano
- Ária da Suite em Ré M de Johann Sebastian Bach
- Christmas Cracker
- Pizzicato Polka de Johann Strauss
- Danubio Azul de Johann Strauss
- Marcha Radetsky de Johann Strauss
- White Christmas com a soprano Sónia Pereira
- Christmas Stravaganza
e a entrada é livre!
2007-01-04
Segundo o dn, o ano de 2007 terá na agenda, como tema fundamental, as alterações climáticas, para além disso e, passo a transcrever: "Consequência disso, ou não, a última conferência da ONU sobre o clima (a COP 12), que reuniu dirigentes de 180 países no Quénia, em Novembro, conseguiu consensos sobre alguns pontos importantes considerados difíceis. Entre eles, a criação do primeiro imposto global para um Fundo de Adaptação no combate ao aquecimento global. O fundo está decidido, resta encontrar a entidade internacional que vai geri-lo. Este é um dos temas quentes para a próxima COP, em Bali, Indonésia, em Dezembro. ", ora bem, já faltava. Então vamos pagar um novo imposto para combater o aquecimento global. Tudo bem.
Também podemos ler: " 2007 é ainda o ano do novo relatório do IPPC, o painel de peritos que no âmbito da ONU estuda o clima. E se antes não havia certezas, seis anos depois, o IPCC já não tem dúvidas: a responsabilidade do que está a acontecer é do Homem. Resta saber que efeitos terá esse veredicto. ", o que também é engraçado.
Como podem constatar já existem certezas. Existe aquecimento global, com números e tudo (em cerca de 150 anos, 0,8ºC no máximo e 0,4ºC no mínimo, independentemente que regiões, como o Vale do Nilo tenham arrefecido 1,1ºC e independentemente dos aparelhos de medição e dos locais de medição) e o grande responsável é o homem, por isso, eu e você temos de pagar um imposto a "alguém" que nos irá salvar. Esse imposto será pago com base no princípio do poluidor-pagador que é justo, muito justo e será gerido por uma entidade internacional (fico mais descansado).
Só para terem uma ideia da falta de informação. Em conversa com alguns professores de ciências, perguntei o que achavam sobre o aquecimento global, ao que todos responderam que era alarmante, o degelo, o aumento do nível do mar, enfim, era preocupante. Perguntei também qual era o aumento de temperatura registado e como é que esses dados tinham sido recolhidos. Ninguém sabia responder, apenas sabiam a lenga-lenga do costume. Quando dei a minha opinião, esta não foi tida em conta. Só passados alguns dias, um, e apenas um, me pediu mais informação. Hoje já envia mail´s para os colegas a alertar e a sugerir cautela. E é isso que sugiro, cautela e questionem o que não se lhes apresenta com provas, como o aquecimento global.
A verdade está escondida e é sempre questionável ao contrário do que Al Gore apregoa. Vejam se viram esta verdade. No dia 30 de Dezembro de 2006, registou-se – 5 ºC em cima dos poços de petróleo da Arábia Saudita. Mais "noticioso", no Irão registaram-se temperaturas negativas até – 29,4 ºC! Em Bagdad registou-se 0ºC. Pois é, esconderam, porque esta notícia não possibilita a criação de impostos e nem facilita a difusão da energia nuclear.
2007-01-03
Pelo menos têm cara de serem pessoas em quem se pode confiar.
Mal escolhido.
Engraçado.
Não comento.
A última.
Podem consultar estas figuras e muitas mais aqui, de onde as retirei.
http://banheirense.blogspot.com/2006/06/resposta-ao-desafio-lanado-por-av1-av2.html#links
"- Será que o assessor do vereador para o Urbanismo (e autarca eleito com 112% dos pelouros numa certa Junta de Freguesia) é tão parvo como se quer fazer passar e nada sabe sobre as movimentações de propriedades de que as cartas dos moradores da Várzea identificam? E sobre os valores envolvidos e sua aparente discrepância em relação ao valor que as ditas propriedades teriam normalmente no mercado?
- Será que um certo assumido amigo de um determinado autarca de topo, familiar de outro já desaparecido e ligado algum tempo ao Urbanismo, também nunca ouviu falar de nada e é ingénuo ao ponto de não querer saber? Ou usa a estratégia do don't ask, don't tell para que não saiba de nada ou para que não seja obrigado a ouvir coisas menos verdadeiras?
(...)
Vejam lá se, por uma vez, têm a hombridade de discutir algum assunto de relevante interesse local e não se refugiam nas tretas do costume: o Cavaco, o Aquecimento Global, a Co-incineração e a "Cecil" (pasme-se é mesmo assim que está escrito!!!).
E não me venham com superioridades morais a rasgar as vestes porque eu ao vivo sou muito menos civilizado nos argumentos do que por escrito."
As nossas respostas foram estas:
Não percebo a fixação que tem pelo banheirense. Ora arranja umas estatégias para denegrir a nossa imagem ou tenta "comandar" a linha editorial do blogue.
Falamos do que achamos relevante. Se a co-incineração ou o aquecimento global são abordados por mim no banheirense é porque acho que são temas interessantes e se você considera que não são de interesse local então parabéns que está no caminho certo. Agradecia era que parasse de tentar influenciar o que escrevemos, sabe é que nos temos personalidade própria.
Quanto ao resto, fico contente que leia tudo o que escrevo com extrema atenção e que "apanhe" todos os meus erros ortográficos.
Acho muito divertido que se aborreça com quem não dá importância e até que insinue e mande para o ar acusações que até lhe são feitas a si.
Em relação ao movimento da várzea eu e o joão assumimos uma posição, deixemos que os procedimentos cheguem ao fim. Em democracia não se condenam nem se absolvem pessoas na blogosfera e parece-me que é a posição mais sensata. Falta saber é se existem motivos para condenações.
Por último, não chego aqui com superioridade moral até porque ao vivo se calhar até lhe dizia na cara outras verdades, mas se calhar também não valia a pena por que acho que você não tem vergonha na cara.
# posted by nunocavaco : 11:29 PM
"Será que um certo assumido amigo de um determinado autarca de topo, familiar de outro já desaparecido e ligado algum tempo ao Urbanismo, também nunca ouviu falar de nada e é ingénuo ao ponto de não querer saber? Ou usa a estratégia do don't ask, don't tell para que não saiba de nada ou para que não seja obrigado a ouvir coisas menos verdadeiras?"
para o caso pouco importa, mas o meu pai nunca foi vereador do urbanismo, mas sim dos serviços urbanos. e tanto importa porque sei a honestidade com que o meu pai sempre se entregou a tudo o que fazia.
esta foi mais uma tentaviva cobardemente patética para me atingir, usando novamente o nome do meu pai. espero que esta tenha sido a ultima vez que me vi obrigado a fazer um comentário neste blog
# posted by joao figueiredo : 2:23 AM
A resposta dos autores do blog foi esta:
Ao João Figueiredo esclareceria que enfiou a barreta que quis pois nunca neste blog escrevi o nome do seu pai, se não a propósito do fórum.
E escrevi "ligado ao Urbanismo" não "do Urbanismo" e não tento denegrir ninguém, de forma patética ou outra. Apenas que todos sabemos um pouco o que está em redor da saída de João de Almeida da CMM, mas todos fingimos que não é connnosco, que somos todos ingénuos.
Ao nuno, olhe, cresça em todos os sentidos e apareça.
Não se arme em corajoso, porque muitos já sabem que em privado mete o rabo entre as pernas logo que o colocam em sentido.
Só tenho "fixação" (na sua cabeça) quando acho que a hipocrisia, pessoal e política, ultrapassa os limites do razoável.
Mas quando à substância registo que ninguém desmente nada.
É da confiança na Justiça, evidentemente.
# posted by AV : 8:49 AM
Mais vez mais se comprova que quando num blog respeitável se quer discutir política, as pessoas identificam-se. Até porque assim têm mais tino no que dizem.
2007-01-02
Em 29 de Dezembro, foi aprovado O GOP e Orçamento para o ano de 2007 em Assembleia Municipal. Toda a oposição votou contra sendo a aprovação feita com base na votação dos elementos da CDU. Até aqui tudo normal e legitimo, o que não é legitimo é a declaração de voto do P.S. com várias imprecisões:
1) Este parágrafo consta da declaração de voto- O modelo proposto vai acentuar a centralidade e manter, se não agravar, a assimetria das oportunidades e das condições de vida no Concelho. Vai manter-se, na zona em questão, o défice do serviço público de transportes, com graves consequências para os idosos e para as crianças. Vai continuar o envelhecimento e a diminuição do saldo fisiológico, o definhamento do comércio tradicional, a desvalorização relativa dos bens imóveis patrimoniais dos residentes, a fragilidade das condições de segurança física a falta de incentivos e alternativas para a fixação e manutenção da riqueza maior de qualquer região – as pessoas.
Bem, a maioria das referências não são da competência da autarquia e inclusivé podia bem constar num abaixo assinado ao governo. Os transportes, envelhecimento e a diminuição do saldo fisiológico, segurança e pasme-se a desertificação (ou seja lá o que está referido na declaração). Na questão do comércio tradicional até posso entender, bem como a desvalorização relativa dos bens imóveis (se bem que ela não está a acontecer, antes pelo contrário), agora o resto são competências do governo, ainda que os senhores do Poder Central gostem de confundir as pessoas, como é agora o caso do controlo de desempregados que eles bem tentaram fazer passar às juntas de freguesia. Em vez de criar emprego persegue-se os desempregados.
2) Segundo a mesma declaração é falso que o munícipio venha a receber menos verbas este ano do que as que recebeu o ano passado, devido à aplicação da tão aclamada Lei das Finanças Locais. Aqui nem comento mas vou retirar apenas uma pequena frase da declaração e tentar perceber um pouco melhor estes "balanços". Ora, esta afirmação é falsa. A transferência orçamentada de Receitas Correntes do Orçamento Geral do Estado para o Município da Moita em 2007, é aumentada em 17,93% (aumento previsto de 1.362.217,00 €). No total das transferências (Correntes e Capital) a verba é menor porque ao terem terminado as obras da ORUVBB, o Município deixa de receber a respectiva comparticipação. Mais, as transferências correntes da Administração Central ao longo de 2006 para o Município da Moita ultrapassaram a receita orçamentada, ajudando assim a consolidar o presente Exercício.
Já terminaram as obras da Operação de Revitalização Urbana da Vila da Baixa da Banheira? Em números grosseiros, esta operação devia ser financiada em 29 000 000€ e apenas o foi em cerca de 12 000 000€ pelo que ainda falta fazer umas pequenas coisitas que constavam nesse projecto. Mas se as contas do partido socialista são essas então está explicado o porquê da defesa da lei das finanças locais, de 1/3 se faz um todo.
Bem, palavras para quê, é uma posição que defende as populações, ou seja a riqueza maior do concelho. As pessoas na Vila da Baixa da Banheira até festejam o final do ORUVBB mesmo este não estando terminado.
Deixo aqui links com informação para não a ter de escrever outra vez:
http://www.rostos.pt/paginas/inicio2.asp?cronica=110319&mostra=2
http://www.distritonline.pt/_dev/seccoes.php?nid=1530&PHPSESSID=ab704ea8f8ed5b3b9b2248465e6b38bb
http://banheirense.blogspot.com/2006/08/ingerncias-governativas-so-vrios-os.html#links
http://banheirense.blogspot.com/2006/08/coloquei-um-post-sobre-as-atribulaes.html#links
http://banheirense.blogspot.com/2006/08/feito-o-contraditrio-tenho-de.html#links
http://banheirense.blogspot.com/2006/08/resultados-dos-testes-de-co-incinerao.html#links
http://banheirense.blogspot.com/2006/08/novamente-co-incinerao-falemos-do.html#links
Nestas ligações referem-se alternativas ao tratamento/eliminação dos resíduos e constata-se a arrogância deste Primeiro Ministro que não cumpre a palavra ao assinar uma convenção e depois vem fazer exactamente o contrário, prejudicando milhares de pessoas.
Hoje tudo isto é passado, e o presente é feito por uma dupla siamesa Sócrates/Cavaco que segue o mesmo caminho já trilhado nas últimas décadas de diminuição das funções do estado, desta vez com o álibi do défice, e mais uma vez servido a crise como pretexto para a diminuição do preço do trabalho e da sua regulação. Os resultados já se reflectem não só nas classes de rendimentos mais baixos, como também na classe média, engordando uma classe alta que gasta por si e pelos outros. Como bem caracterizou o Sr. Presidente nas comemorações do 25 de Abril, "o nosso País é, no quadro da União Europeia, o que apresenta maior desigualdade de distribuição de rendimentos. E é também aquele em que as formas de pobreza são mais persistentes. São características estruturais em que pesam o atraso na qualificação dos recursos humanos, a fragilidade das nossas classes médias, a má qualidade do emprego e os baixos níveis salariais em vastos sectores da nossa economia."
Por isto, e que já não é pouco, mas não só, não espero que 2007 seja particularmente diferente de 2006. Para mal de todos nós.
A nossa democracia é frágil, e como tal, necessita de ser cultivada constantemente, nas nossas relações pessoais, profissionais, sociais, políticas, etc. A História já provou que o pior que lhe podemos fazer é ficar indiferentes ante a barbárie.